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Artigo do ministro Aldo Rebelo: Demagogia nas ruas

As jornadas da Copa do Mundo têm projetado antigas virtudes e deformidades do Brasil, entre estas uma crise de valores que há muito esgarça relações na sociedade nacional. A crise não se localiza apenas nos desvãos do aparelho de Estado nem nos estratos sociais mais vulneráveis à delinquência. Pessoas, grupos e categorias profissionais de que se esperam práticas éticas, debate esclarecedor e militância transformadora têm protagonizado o vale-tudo nas ruas.

Certos atos públicos estão sendo articulados por facções políticas que desprezam a Política e interditam a via democrática. São setores derrotados e ressentidos e sem perspectiva histórica. Acham que estão na Comuna de Paris em 1871 e sonham levar o Brasil ao inferno de assalto, vibrando metas delirantes como “não vai ter Copa”. Cada manifestação traveste-se de microinsurreição a que, desta vez sim, o povo assiste bestificado, quando não indignado por ter negado seu direito de ir e vir. Ganham 15 minutos de fama, mas, como já dito, a infâmia que praticam dura para sempre.

O recente episódio de encurralamento da Seleção por um grupelho de professores no Rio de Janeiro é exemplo eloquente do ativismo deformado pela histeria política. A pretexto de pleitear benefícios profissionais, grevistas que se apresentam como educadores deram aula pública de grosseria ao agredir os jogadores, vaiando-os e acusando-os de simbolizar o desvio para a Copa de recursos que deveriam ir para a Educação.

Está exaustivamente demonstrado que o argumento é tão falso quanto os bordões gritados nessas algaravias. Segundo dados compilados pela Secretaria de Comunicação, desde 2010, quando prosperaram as obras associadas à Copa, com orçamento-teto de R$ 30 bilhões, o Governo Federal destinou R$ 850 bilhões para Educação e Saúde. A Copa, e agora nossos craques, viraram, no entanto, um palanque de papel onde ecoa a parolagem dos demagogos.

O surto histérico é tão desorientador que manifestantes escolhem inimigos no seio do povo, simbolizado no episódio do Rio por jogadores que graças à mobilidade social proporcionada pelo futebol puderam superar uma infância pobre. Alvejaram um ídolo nacional, jovem com a personalidade ainda em formação, constrangendo-o em público: “Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar.”

Comparações absurdas desse naipe são a bandeira de grupos que, a pretexto de defender direitos, sabotam a Democracia. Felizmente, a contraposição a esses desatinos também já está nas ruas.

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte


Artigo publicado na edição de sábado (31.05) do Diário de S. Paulo

Artigo do ministro Aldo Rebelo: O estádio do Corinthians

Da areia da várzea do Carmo, em São Paulo, em que Charles Miller organizou em 1895 o primeiro jogo de futebol com regras, passando pelas Laranjeiras, no Rio, onde se instalaram arquibancadas e cobrou-se ingresso para um jogo de futebol, em 1904, o Brasil construiu numerosos estádios para palco de sua paixão nacional. Erguido pelo Poder Público, o Pacaembu deu início em 1940 à era dos gigantes de ferro e concreto, inaugurado para 70.000 pessoas, seguido dez anos depois pelo Maracanã, que chegou a receber 200.000 torcedores. Estádios compactos agora iniciam uma era de modernidade enfim compatível com a excelência que o jogo da bola atingiu no País.

O último espécime desta safra de colossos arquitetônicos é a Arena do Corinthians em Itaquera, na zona leste de São Paulo. O clube ganhou o terreno de 197.000 m² do prefeito Olavo Setúbal em 1978 e desde então planejava construir uma praça de esportes à altura de sua torcida, pois o campo da Fazendinha, de 1928, não comporta 20 mil pessoas. A pedra fundamental do estádio foi lançada em 1983, mas só em 2010, no centenário do clube, o presidente Andrés Sanchez anunciou a obra. Logo a seguir, o Comitê Organizador da Copa indicou o estádio para o jogo de abertura do Mundial, entre Brasil e Croácia,  a 12 de junho.

Itaquera, mais que um bairro, é uma região de São Paulo. Consolidou-se como uma zona proletária beneficiada pela abertura de grandes avenidas e a chegada do metrô, e recentemente de outras obras viárias que aceleraram a urbanização e a expansão de estratos de classe média. Como parte da valorização geral registrada em todos os bairros paulistanos, segundo o índice Fipe-Zap, o custo da habitação subiu.

Em contrapartida, os aproximadamente 700 mil habitantes do distrito terão na arena um centro difusor de melhorias, como um Polo Tecnológico, um novo fórum, parque, maiores unidades da Polícia Militar e dos Bombeiros. Os investimentos imediatos do setor público estão calculados em R$ 478 milhões. Serão R$ 345 milhões do estado e R$ 132 milhões do município.

A Prefeitura comemora o estádio como um “fator de desenvolvimento da cidade e da Zona Leste”, devendo-se creditar a boa-nova à determinação do Corinthians de fazer sua magnífica arena na região popular de Itaquera.

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte


Artigo publicado na edição de sábado (24.05) do Diário de S. Paulo

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