Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
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Artigo do ministro Aldo Rebelo: Marqueteiros do fracasso
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- Última atualização em Quinta, 17 Abril 2014 22:45
- Escrito por Paulo Roberto Rossi de Oliveira
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A cáustica campanha de inspiração político-partidária que desvirtua a Copa para minar o governo tenta mas não consegue tapar o sol com a peneira. A Copa é boa para o Brasil, entusiasma torcedores de todo o mundo, gera negócios capilarizados na sociedade e constrói um legado de benefícios para uso cotidiano da população. Parodiando a música de Capiba, a Copa é madeira que cupim não rói – não o cupim ideológico atiçado para prejudicar um megaevento esportivo disputado pelos países desenvolvidos. Se aqui não é tratado por alguns com a dimensão colossal que encerra é porque os adversários do governo torcem contra a bola para terem sucesso na urna.
Na parte que lhe toca, o Governo Federal não esconde nem disfarça os problemas pertinentes a uma empreitada dessa magnitude. Nem poderia sequer tentar fazê-lo, pois a Copa e obras associadas a ela, que não se esgotam no curto período do torneio, têm sido escrutinadas com lentes de aumento que exageram os problemas. As previsões são sempre catastróficas e fora da realidade. Chegou-se a dizer que o Maracanã só ficaria pronto em 2038, mas o estádio foi reinaugurado 25 anos antes do prazo surrealista, e deslumbrou o mundo na Copa das Confederações em junho de 2013.
O sucesso desse torneio, realizado em seis das doze cidades-sedes, demonstrou que se as coisas não saem perfeitas muito menos configuram o desastre apregoado pelos fracassomaníacos. Aos que dizem que o Mundial da Fifa trará prejuízos, um estudo da Fipe acaba de revelar que a Copa das Confederações gerou um movimento de R$ 20,7 bilhões na economia.
As consultorias Ernst&Young e Fundação Getúlio Vargas calculam que entre 2010 e 2014 serão movimentados R$ 142,39 bilhões adicionais na economia nacional. Para cada real aplicado pelo setor público, 3,4 reais serão investidos pela iniciativa privada. Deverão ser gerados 3,6 milhões de empregos. A arrecadação de impostos atingirá R$ 11 bilhões e a população vai auferir renda adicional de R$ 63,48 bilhões apenas nesse quadriênio. Segundo prospecção da consultoria Value Partners, os investimentos vão agregar R$ 183,2 bilhões ao Produto Interno Bruto até 2019, período que inclui os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.
Um turbilhão de fatores em curso mostra que a Copa é fator de progresso e bem-estar – em todos os campos, inclusive na possibilidade de ganharmos o hexa por jogar em casa. Mas esta é a cartada final dos marqueteiros do fracasso: torcer pela derrota da Seleção Brasileira em pleno Maracanã – de preferência contra a Argentina.
Aldo Rebelo
Ministro do Esporte
Artigo publicado na edição de sábado (12.04) do Diário de S. Paulo
Artigo do ministro Aldo Rebelo: Patrono do Esporte
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- Última atualização em Quarta, 09 Abril 2014 20:33
- Escrito por Paulo Roberto Rossi de Oliveira
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A canonização do padre José de Anchieta remete para a avaliação de sua obra missionária no Brasil, em que se inscreve uma novidade introduzida pelos jesuítas portugueses na colônia tropical: o jogo de argolas. Os curumins que estudavam no Colégio de São Paulo de Piratininga vibravam com o jogo de trespassar argolas com lanças, uma réplica dos torneios medievais da Europa. “Ensinamos-lhes jogos que usam lá os meninos no Reino; tomam-nos tão bem e folgam tanto com eles, que parece que toda a sua vida se criaram em isso”, descreveu o padre Rui Pereira em carta de 1560.
Os índios já praticavam atividades lúdicas e ritualísticas que depois virariam esportes olímpicos – arco, corridas, canoagem, natação e até um jogo de bola praticado com a cabeça –, mas os padres, ao lado da educação formal e do teatro, trouxeram o esporte de competição. Pouco mencionada, tal inovação deve ser reconhecida no ciclo civilizatório que a Companhia de Jesus, tendo à frente o estadista Manuel da Nóbrega, empreendeu no Brasil.
O foco dos jesuítas no esporte infantil já antecipava a preocupação dos Estados modernos de iniciar a infância e juventude nas atividades corporais e lúdicas que instilam disciplina, cooperação em equipe e ajudam a formar o caráter da gurizada.
Atualmente, o Brasil desenvolve um extenso e ambicioso programa que persegue aqueles objetivos e ainda tem o condão de formar competidores em modalidades esportivas olímpicas e paraolímpicas. Parceria dos Ministérios da Educação e do Esporte, o Atleta na Escola teve em 2013 a adesão de 22.900 unidades de ensino de 4.554 municípios, com a participação de 2,1 milhões de alunos na faixa de 12 a 17 anos. A meta de 2014 é reunir 40.000 escolas. As inscrições estão abertas até 30 de abril.
O Atleta na Escola soma-se a outros programas do Ministério do Esporte voltados para a democratização e universalização da prática esportiva, a exemplo do Segundo Tempo, Vida Saudável, Esporte e Lazer na Cidade. Ao mesmo tempo em que propiciam a educação física e a competição solidária, esses programas, que não têm a visibilidade dos torneios, contribuem para que uma parcela massiva da população mantenha-se em boa forma e leve a vida com saúde física e mental.
Por seu pioneirismo, o santo José de Anchieta, que já recebeu o título de Apóstolo do Brasil, bem merece também o de Patrono do Esporte.
Aldo Rebelo
Ministro do Esporte
Artigo publicado na edição de sábado (05.04) do Diário de S. Paulo