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Confira artigo do ministro Aldo Rebelo publicado no Diário de S. Paulo

Logo a África ganhará a Copa?

Quando comparou o futebol verde-amarelo à dança, o sociólogo Gilberto Freire exaltou, como é marca de sua obra fecunda, “a influência [...] dos brasileiros de sangue africano”, que contribuíram para um jogo dionisíaco, “inimigo do formalismo apolíneo e amigo das variações”. Chamou de “futebol mulato” aquele que anos depois o historiador britânico Eric Hobsbawm classificaria como uma forma de arte. Daí que, considerando o enorme progresso do esporte na África, talvez não esteja longe o ano em que uma seleção daquele continente ganhará a Copa do Mundo.

Desde 1970, quando o Marrocos foi a primeira nação a disputar o torneio da Fifa, passando por 1978, ano em que a Tunísia fez uma jornada gloriosa na Argentina, o futebol desenvolveu-se na África a ponto de o continente ter atualmente cinco vagas cativas. Para o Brasil virão, em 2014, Argélia, Costa do Marfim, Gana, Nigéria e, naturalmente, os Leões Indomáveis de Camarões, em sua sétima participação.

A África já é, ao lado da América do Sul, a principal fonte externa de jogadores dos clubes da Europa – a exemplo do camaronense Eto’o, que atua no Chelsea ao lado do nigeriano Obi Mikel, um dos mais valorizados, com salário equivalente a um milhão de reais por mês. Multiplicam-se os craques-ídolos de origem africana, como os marfinenses Didier Drogba, do Galatasaray da Turquia, e Yaya Touré , pelo qual o Manchester City pagou ao Barcelona 30 milhões de euros.

As seleções africanas ainda cumprem tabela, como, aliás, parte das 13 da Europa que estão classificadas para o Brasil, mas seu entusiasmo pelo jogo da bola vai consolidando uma linha evolutiva no esporte. Sua participação na Fifa beira a totalidade: dos 53 países, apenas a Mauritânia não participou das eliminatórias da Copa de 2014, mas lá já estava o Sudão do Sul, o mais novo país do mundo, que pôs sua seleção em campo apenas um dia depois da independência.

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte


Artigo publicado na edição de sábado (07.12) do Diário de S. Paulo

Confira artigo do ministro Aldo Rebelo publicado no Diário de S. Paulo

A magia da Jules Rimet

A deusa alada saiu da mitologia para enlevar a realidade de bilhões de pessoas. Na forma de um troféu, pequeno nas dimensões, com apenas 30 centímetros de altura, seu grande valor não era o ouro com que foi esculpida, mas ser o símbolo da conquista da maior festa competitiva do planeta, a Copa do Mundo. Era a Taça Jules Rimet, entregue pela Fifa desde 1930 à seleção que vencesse o torneio. Aquele que conquistasse o tricampeonato ficaria com ela definitivamente, e a honra coube ao Brasil, em 1970.

Daí porque, ao contrário do mencionado na coluna da semana passada, a Jules Rimet já não é oferecida a quem ganha a Copa. Outro troféu foi confeccionado, tão disputado quanto o anterior, mas sem o encanto que a taça representando a deusa grega da vitória, Nique, injetava em bilhões de torcedores. Para nossa tristeza, ela foi roubada da sede do CBF no Rio de Janeiro, em 1983, e seus 3,8 quilos de outro acabaram derretidos para venda do metal por um valor certamente infinitamente inferior ao do fetichismo que expressava como recompensa de uma façanha que atualmente mais de 200 países ou delegações nacionais perseguem com paixão  no campo de futebol.

A Jules Rimet testemunhava a influência da França na organização do futebol mundial. Os franceses criaram a Fifa e organizaram a Copa. Assim como o barão de Coubertin foi um apóstolo dos Jogos Olímpicos, o cartola Jules Rimet foi um tribuno do futebol. Criado pelos ingleses, o esporte, a começar do nome, propagou-se com termos deste idioma, mas o francês repassou numerosas palavras, acepções e expressões, como passe, prorrogação, linha de fundo e linha de ataque, atacante, defensor, clássico, tiro (mesmo que chute do inglês shoot), marcar um gol, meia, primeiro/segundo tempo, tempo regulamentar.

Galicismos que entraram no português com outros sentidos desdobraram-se em termos do futebol, como artilharia, balão, banheira, bicicleta, campeão/campeonato, chapéu, concentração, copa, equipe, petardo.

Da Jules Rimet guardamos ao menos uma réplica que nos distingue como o primeiro tricampeão do mundo.

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte


Artigo publicado na edição de sábado (30.11) do Diário de S. Paulo

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