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Thiago Braz, o mais improvável dos heróis de ouro no Engenhão

Sonho? Ser atleta olímpico. Sonho melhor ainda? Disputar os Jogos Olímpicos em casa. Sonho ainda mais incrível? Vencer o atual campeão da prova e recordista mundial. E aquele momento que nem em sonho daria para imaginar? Fazer tudo isso e ainda bater o recorde olímpico. Foi exatamente o que se viu na noite desta segunda-feira (15.08). O herói tem 22 anos, nasceu em Marília (SP) e atende pelo nome de Thiago Braz. O mundo acompanhou tudo isso no Engenhão, nos Jogos Rio 2016.
 
Thiago Braz ao lado do placar com o novo recorde olímpico, que valeu ao atleta o ouro olímpico. (Foto: Getty Images)Thiago Braz ao lado do placar com o novo recorde olímpico, que valeu ao atleta o ouro olímpico. (Foto: Getty Images)
 
O novo recorde olímpico é de 6.03m e foi com essa marca que Thiago fez 200 milhões de pessoas se inflarem de orgulho. Ele se superou incrivelmente. Até esta noite, a melhor marca pessoal dele era um 5.93m em uma competição indoor, realizada em fevereiro de 2016, em Berlim. Ele simplesmente voou para subir essa marca em 10 centímetros, em pista aberta. Ele voou para história do Brasil e do mundo. Ele voou para tirar o sorriso do então campeão olímpico e ainda recordista mundial (6.16m), o francês Renaud Lavillenie e levar o Estádio Olímpico à loucura.
 
"Eu estou muito feliz. Eu e minha equipe trabalhamos muito duro por esse momento. Não para o ouro, mas para tentar uma medalha. Esse resultado é absolutamente incrível. É minha primeira vez acima de seis metros. A torcida estava torcendo muito. Eu tive de focar na minha técnica e esquecer as pessoas em volta para conseguir o melhor", afirmou Thiago. 
 
O final feliz, inesquecível e histórico veio em uma noite de chuvas e ventos, competidores encharcados, problemas com o sarrafo e muita tranquilidade e coragem.
 
Chovia forte no Estádio Olímpico quando a prova teve início, às 22h35. Três competidores fizeram o primeiro salto, todos falhos, e em menos de dez minutos a disputa parou em função do mau tempo. A prova voltou após uma hora e os três saltadores tiveram direito de repetir a primeira tentativa. O chinês Changrui Xue errou novamente na altura de 5.50m e ficou encharcado ao cair no colchão que amortece a descida dos atletas. O tcheco Michal Balner acertou, e comemorou igualmente molhado. Neste momento, os competidores já sabiam o que os esperava na aterrissagem.
 
"(A interrupção) me incomodou um pouco no início, mas tentei ficar tranquilo. O máximo que podia acontecer é eu ir mal, mas não quis pensar por esse lado. Se estava mal pra mim, estava para todos", contou o brasileiro.
 
Thiago Braz preferiu não saltar 5.50m e começou bem a competição ao passar 5.65m na primeira tentativa. Por "problemas técnicos", a prova foi interrompida por cerca de 15 minutos outra vez, até que finalmente conseguiram recolocar o sarrafo na altura de 5.65m. No retorno da competição, além de Thiago, outros cinco atletas seguiram na disputa para tentar a marca de 5.75m. Entre os que ficaram para trás, estava o canadense Shawnacy Barber, atual campeão mundial e que havia saltado 6.00m em 2016.
 
Renaud Lavillenie entrou na prova e não teve dificuldades para superar 5.75m. Outros dois atletas passaram de primeira, um ficou pra trás e Thiago Braz conseguiu na segunda tentativa. O norte-americano Sam Kendricks, após errar uma, decidiu tentar a altura seguinte. Neste momento, o brasileiro estava em quarto.
 
O recordista mundial, novamente, passou fácil 5.85m. Thiago também superou a altura de primeira, e assumiu a segunda colocação. O Engenhão gritou alto seu nome. Kendricks foi outro que obteve sucesso. Os dois que falharam na primeira oportunidade em 5.85m decidiram tentar direto a altura seguinte.
 
Lavillenie, sempre ele, brilhou mais uma vez em 5.93m. Thiago e Kendricks erraram na primeira. O tcheco Jan Kudlicka se despediu. Era a chance de Thiago igualar sua melhor marca, desta vez em pista aberta. Ele conseguiu e bateu seu próprio recorde sul-americano outdoor. Quando o polonês Piotr Lisek ficou para trás, Thiago já era pelo menos bronze. O Engenhão aplaudiu, sem nem imaginar o que viria na sequência.
 
O norte-americano Kendricks não foi capaz de passar 5.93m e ficou com o bronze. A medalha mudou de cor no peito de Thiago. Já era sensacional, ainda mais porque o ouro estava com o recordista mundial. Mas ele queria mais.
 
Agora eram apenas Thiago e o atual campeão da prova. Lavillenie passou 5.98m e desceu comemorando. O francês havia batido o recorde olímpico, que era dele mesmo, com a marca que venceu em Londres 2012 (5m97). Ele só não contava com a tranquilidade e a determinação de Thiago de voar ainda mais alto.
 
O brasileiro só tinha uma chance de quebrar todos os parâmetros de expectativa da noite: passar 6.03m, melhor do que o francês. Lavillenie errou a primeira, assim como Thiago. Na segunda, o europeu também errou. O Engenhão gritou: Eu acredito! E Thiago acreditou, entrando para a história. Recorde olímpico, o primeiro de um brasileiro após a façanha de Joaquim Cruz em 1984, nos 800m.
 
"Quando o Lavillenie passou 5.98m, eu escutei de Deus que eu passaria 6.03m. Falei com o meu treinador, a gente colocou o número do poste certinho. A gente pegou uma vara mais forte, que eu já tinha usado umas duas vezes. Na primeira tentativa, eu fui para testar. Na segunda, eu fui para completar, e deu certo", explicou Thiago.
 
Thiago Braz passa o sarrafo em 6.03m de altura para conquistar o inédito ouro olímpico do Brasil na modalidade. (Foto: Getty Images)Thiago Braz passa o sarrafo em 6.03m de altura para conquistar o inédito ouro olímpico do Brasil na modalidade. (Foto: Getty Images)
 
Mas ainda não era o fim. Lavillenie tinha sua última chance de tirar o ouro de Thiago. Era necessário ultrapassar 6.08m de primeira.  Quando se preparava para o salto, foi vaiado pelo público.
 
"Eu compreendo que os brasileiros torçam para o Thiago, mas o que não está certo é a falta de respeito em relação aos adversários. Isso não é fair play, não combina com Jogos Olímpicos. Em todos os campeonatos em que estive, mesmo quando tinha o atleta local, o público jamais vaiou. Você se prepara muito para os Jogos Olímpicos, por muitos anos e, ao final, o público estraga as  esperanças de muitos saltadores", criticou Lavillenie.
 
Não seria inédito para o francês os 6.08m, porque ele sabe o que é passar 6.16m. Mas não era a noite dele. Era a noite de um menino de 22 anos que foi abandonado pela mãe, criado pelos avós, que deixou o país há um ano e meio para treinar na Itália com o ucraniano Vitaly Petrov, mentor de duas lendas do esporte (o ucraniano Sergey Bubka e a russa Yelena Isinbayeva), um menino que é religioso, que é humilde.Era uma noite de sonhos.
 
"Eu queria achar aquela pessoa (um jornalista, em entrevista após a classificatória) que falou que foi um milagre na qualificação. Fala pra ele que foi um milagre hoje também: 6.03m é uma marca que eu já esperava há muito tempo, há três competições a gente estava tentando bater os seis metros, e hoje, numa Olimpíada, é muito mais forte, algo muito mais surpreendente do que eu esperava pra mim", resumiu.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Nota de pesar pela morte de treinador alemão de canoagem

Recebi com grande pesar a notícia da morte de um medalhista olímpico nesta segunda-feira. Stefan Henze foi campeão mundial em 2003 e, em 2004, nos Jogos de Atenas, conquistou a medalha de prata na categoria C2 da canoagem slalom. Henze participava dos Jogos Rio 2016 como técnico da equipe de canoagem slalom da Alemanha e faleceu por conta de ferimentos sofridos em um acidente de carro.
 
Neste momento de dor, quero me solidarizar com os familiares, amigos, admiradores e com a delegação alemã que está na cidade do Rio de Janeiro. Stefan Henze e seu espírito olímpico farão falta a todos.
 
Leonardo Picciani
Ministro do Esporte
 

O bronze herdado que coroa o pioneirismo de Poliana Okimoto

Um quarto lugar que já era histórico, virou pódio e deu a Poliana Okimoto a chance de se tornar a primeira mulher das modalidades aquáticas do Brasil com um pódio olímpico. O resultado veio na prova dos 10km da maratona aquática, disputada em circuito montado na Praia da Copacabana. A atleta brasileira herdou a medalha de bronze após a francesa Aurelie Muller, que seria a terceira colocada, ser desclassificada por "atropelar" a italiana Rochele Bruni (medalha de prata)  na hora de bater na parede que determina a chegada. O ouro ficou com a holandesa Sharon van Rouwendaal, que fechou a prova com 1h55m31s.
Pódio herdado valoriza pioneirismo de Okimoto na modalidade. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Pódio herdado corou pioneirismo de Okimoto. (Foto: Danilo Borges/ Brasil2016.gov.br)
 
O pioneirismo é a marca da atleta desde sempre. Ela foi a primeira nadadora brasileira no pódio de uma competição da Federação Internacional de Natação, no Mundial de Maratonas de 2006. Foi a primeira medalhista brasileira no Mundial de Esportes Aquáticos (em Roma, 2009). Foi a primeira maratonista aquática brasileira medalhista em Jogos Pan-Americanos (Rio 2007) e agora acrescentou a expressão olímpica à sua lista de pódios. "É a concretização de um sonho antigo. Eu me sinto mesmo pioneira. Lá em 2006, quando conquistei a primeira medalha em mundiais, foi o início de uma era boa.
Eu me sinto muito realizada por conta da carreira que tive, muito bonita", afirmou Poliana, que já tinha saído feliz com a quarta posição.
 
“Eu saí satisfeita porque dei o meu máximo. Eu fiz a melhor prova da minha vida, leve, me divertindo, e tive a sensação de dever cumprido. São poucas as provas em que a gente sai sabendo que demos o nosso máximo, e quando veio o terceiro foi muito emocionante, comecei a chorar. Eu já tinha ouvido boatos de que talvez a francesa fosse desclassificada, mas não era oficial. Quando estava dando entrevista para uma TV fiquei sabendo do resultado oficial e não consegui segurar as lágrimas”, disse. 
 
Tente outra vez
 
Aos 33 anos, Poliana disputava a prova pela terceira vez. Em Londres-2012, precisou abandonar a prova após hipotermia. “Tudo é vivência e aprendizado. Nos Jogos Olímpicos de Londres eu sai chateada, eu entrei em depressão por vários meses, mas a gente tem que levar como lição, crescer e ser pessoas melhores e atletas melhores”, contou Poliana. Em Pequim, ela havia terminado em sétimo. "Aqui, tudo conspirou a favor. A água estava mais lisa, a temperatura estava mais amena, tudo nas condições perfeitas", afirmou.
 
Há 11 anos, Poliana trocou as piscinas por provas em águas abertas, mesmo sentindo medo do mar. Com o tempo, foi se adaptando às provas em mar aberto e em 2006 veio a primeira medalha, uma prata na Copa do Mundo. “A primeira vez que nadei em uma prova de mar aberto foi aqui em Copacabana. Um dia antes da prova meu técnico me colocou para treinar. Eu já sentia medo. Eu falava para o meu treinador que não gostava e não queria e ele me obrigou a competir. Nadei 50 metros e voltei chorando porque tinha medo. Mas no dia da prova eu senti a adrenalina da competição, encarei e ainda ganhei”, contou. 
 
Poliana levou o Brasil pela primeira vez a um pódio feminino da natação. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Poliana levou o Brasil pela primeira vez a um pódio feminino da natação. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
Foi em 2006 que anunciaram que a maratona aquática entraria para os Jogos Olímpicos e este foi um dos incentivos para Poliana continuar. “A partir deste dia eu comecei a nadar todas as provas e a perder o medo. No meu primeiro mundial, em 2006, eu ganhei duas medalhas de prata”. Dez anos depois da primeira prata no mundial, Poliana retorna a Copacabana para a conquista da tão sonhada medalha de bronze.
 
“Acho que comecei a acreditar nesta medalha em 2013, quando fui campeã mundial na prova dos 10km. Em 2014 eu tive uma lesão e demorei a voltar. Em 2015, o meu objetivo era conseguir me classificar. Eu acho que construí esta medalha a cada dia e a cada treino. Este ano, cheguei a treinar 100km semanais por causa da Olimpíada. Eu mereci esta medalha, porque lutei muito para estar aqui”, disse. 
 
Ritmo certo
 
Poliana fez uma prova de controle. Sempre mantida no primeiro pelotão, ela entrou para o grupo de elite na terceira das quatro voltas, e se manteve entre as cinco primeiras até a linha de chegada. “A experiência conta muito na maratona aquática. Na última volta eu podia ter parado para me alimentar. Eu estava ali em segundo lugar, no pé da holandesa. A experiência ali contou de não ter parado. Fiquei cinco quilômetros sem me alimentar, foi difícil. No ritmo que a prova estava, era complicado. No final, cheguei a sentir a falta de energia e de hidratação, mas acho que foi uma atitude certa que tomei. Se eu tivesse parado, não teria encaixotado ali e talvez não teria conseguido esta medalha”, contou Poliana. 
 
A outra brasileira na disputa, Ana Marcela Cunha, teve problema em duas tentativas de conseguir pegar a alimentação ao longo da prova. Uma vez uma adversária esbarrou em seu braço. Na outra, deixou escapar o gel que repõe as energias perdidas. Assim, acabou fechando em décimo lugar, com 1h57min29.
 
"Fiquei triste. Dei tudo de mim, tudo o que podia, mas realmente não é um resultado digno de todos que me acompanharam nessa preparação", disse Ana Marcela, que vinha de resultados expressivos no circuito mundial e era uma das esperanças de medalha do país na prova. 
 
Michelle Abílio –brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 

Esgrimista brasileiro recebe prêmio internacional por fair play

O  jovem esgrimista brasileiro Guilherme Murray, de 14 anos, recebeu neste domingo (14.08), na Casa Brasil, no Rio de Janeiro, o Diploma Mundial de Fair Play, na categoria juventude. A honraria foi concedida ao atleta pelo Comitê Internacional para o Fair Play, por conta de uma atitude tomada por Guilherme quando disputava o campeonato Panamericano da modalidade, em Aruba, no Caribe, em 2014.
 
Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, durante evento em que o atleta da esgrima Guilherme Murray foi homenageado por atitude de fair play. Foto: Ivo Lima/MEMinistro do Esporte, Leonardo Picciani, durante evento em que o atleta da esgrima Guilherme Murray foi homenageado por atitude de fair play. Foto: Ivo Lima/ME
 
Na época, Guilherme, com 12 anos, participava das oitavas de final de florete, quando recebeu um ponto por um toque que não tinha acontecido. Sabendo disso, ele alertou o árbitro de que não havia tocado o adversário com sua arma. A atitude fez o juiz rever a decisão, tirando o ponto indevido do brasileiro, que acabou perdendo a disputa.
 
Guilherme Murray recebeu o Diploma Mundial de Fair Play das mãos do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. "Eu pretendo levar esse prêmio pelo resto da vida, para que isso possa ser usado como exemplo no futuro, até por outros atletas que passem a incentivar o Fair Play, para que o Fair Play fique cada vez mais presente no esporte", disse o atleta.
 
De acordo com Leonardo Picciani, a honestidade demonstrada por Guilherme é um exemplo para todas as pessoas, sejam atletas ou não. "As pessoas devem seguir o exemplo de que a vitória deve vir pelo mérito, pelo esforço e dentro das regras. Acho que não poderia ter hora melhor do que nesse momento em que o Rio sedia os Jogos Olímpicos para celebrarmos esse exemplo", comentou o ministro.
 
A atitude tomada por Guilherme também foi comemorada pela familia. A mãe do jovem disse que a postura adotada por ele a fez se sentir realizada. "Eu fico orgulhosa, com aquele sentimento de que a gente passou o que deveria ter passado. Eu fico orgulhosa também porque acho que isso para o Guilherme vai ser algo que ele nunca vai esquecer, ele vai ter como exemplo pelo resto da vida", comemorou.
 
O presidente do Comitê Internacional para o Fair Play, Jeno Kamutti, que estava presente na cerimônia, enfatizou que não é preciso ter experiência para jogar limpo. "Ele é um atleta novo. É um exemplo para a própria geração e para as futuras. O Fair Play é algo que vem de dentro do atleta e ele já carrega isso desde cedo", comentou.
 
Ao fim da cerimônia, Guilherme Murray, que já foi campeão brasileiro e sul-americano infantil, garantiu que tem trabalhado duro e treinado bastante para um dia representar o Brasil em uma edição de Jogos Olímpicos.
 
João Paulo Machado e Valéria Barbarotto, Brasil2016.gov.br

A prata da persistência de Diego veio em inédita dobradinha nos esportes individuais com o bronze de Nory

Redenção. Não há palavra melhor para definir o que Diego Hypolito viveu no domingo (14.08) na Arena Olímpica do Rio. A prata veio com a nota 15.533 na apresentação de solo e foi comemorada por ele, pelos técnicos e pelo público no ginásio como um ouro.
Dobradinha brasileira com prata e bronze na ginástica. (Foto: Roberto Caastro/Brasil2016.gov.br)Dobradinha brasileira com prata e bronze na ginástica. (Foto: Roberto Caastro/Brasil2016.gov.br)
 
 
É comum os atletas dizerem que, no momento de uma conquista ou logo antes dela, passa um filme. No caso de Diego, a dedicação, o esforço e, sobretudo, o histórico de percalços, são partes de um roteiro que o Brasil acompanhou. Ele foi bicampeão mundial (2005 e 2007) no solo e chegou aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 como favorito. Caiu na final e ficou fora do pódio. Quatro anos depois, a queda foi ainda na fase classificatória: mais uma vez o sonho da medalha olímpica foi embora. Ele não desistiu. Superou lesões e até uma depressão. Para encarar sua terceira Olimpíada, teve que vencer também a disputa interna. Chegaram a considerá-lo fora da equipe, mas ele ficou.
 
A classificação para a final do solo já foi uma vitória. Diante da família e dos amigos, e de um Brasil que prendeu a respiração durante aquele minuto de prova, sem saber se viria uma outra frustração ou finalmente o alívio, Diego respondeu com a redenção. Não houve queda, mas choro. De emoção.
 
“Não consigo acreditar que é real. Isso mostra que se você acreditar no sonho, é possível. Em uma Olimpíada eu caí de bunda, na outra literalmente de cara, na terceira eu fiquei de pé. Eu nem era tão bom agora como era nas outras, mas consegui uma medalha. É inexplicável. Nunca desistam dos seus sonhos”, disse Diego Hypolito.
 
Para completar a tarde histórica para a ginástica artística do país anfitrião, Arthur Nory - que havia se classificado em oitavo para a final do solo – ficou com o bronze, com a nota 15.433. O ouro foi para o britânico Max Whitlock (15.633). O Brasil não só chegou ao pódio pela segunda vez na história da modalidade nos Jogos, quatro anos depois do ouro de Arthur Zanetti nas argolas, em Londres 2012. O país viu duas bandeiras subirem ao mesmo tempo no mastro que reflete o pódio. É a primeira dobradinha olímpica brasileira em esportes individuais.
 
O nascimento
 
Já quem diga que são apenas falhas, comuns no esporte. Outros poderão afirmar que foi uma conspiração do universo. Fato é que ginastas experientes e candidatos ao pódio erraram. O primeiro a se apresentar foi o japonês Kohei Uchimura, um dos ginastas mais completos da atualidade, bicampeão olímpico no individual geral e prata no solo em Londres 2012. Ele pisou fora do tablado e perdeu 0,3 na nota, ficando com 15.241.
 
“Diego, Diego”, gritavam os torcedores ainda antes do início da prova. Enquanto esperava a nota de Uchimura, Diego se ajoelhou por alguns segundos.  Foi autorizado a começar. Levantou e respirou fundo. Era hora de executar a série e se redimir.
 “Eu estava tão atordoado pensando se ia acertar, se ia fazer a minha parte, que na hora de ir para a última acrobacia passou um filme na minha cabeça. Veio o filme de Pequim. Pensei: ‘Você treinou, você se dedicou, não deixa o seu trabalho ir por água abaixo por algum pensamento negativo, vai lá e faz”, contou.
 
Foi lá e fez. E vibrou muito. Enquanto aguardava a nota, já não havia mais unhas, então Diego mordia os dedos. Veio a avaliação dos juízes: 15.533. Ele abraçou o técnico Marcos Goto e começou a saga da espera até que o último adversário se apresentasse.
 
“Achei que medalha não daria. Há pouquíssimo tempo nem me colocaram na equipe olímpica, eu nem era titular. Aí me classifiquei para a Olimpíada, fiquei em quarto no primeiro dia, o que já foi um sonho, e quando terminei a prova pensei que ia dar um quinto ou quarto lugar. Estava passando mal, minha pressão caiu, tentaram me acalmar. Dá um desespero enorme porque, após fazer a sua parte, só depende dos juízes. Hoje fui bem avaliado, fiz uma boa prova e esse resultado é do Brasil” disse Hypolito.
 
A supresa de Nory
 
A torcida ainda comemorava a boa apresentação de Diego quando o britânico Max Whitlock entrou no tablado e obteve a nota 15.633. Naquele momento, a prata estava em seu peito. Mas restavam mais cinco. Entre eles, o compatriota Arthur Nory.
Sem pressão, Nory acertou a série e conseguiu 15.433, a terceira melhor nota até então. Ele sabia que a série apresentada na classificatória, no dia 6 de agosto, não seria competitiva. Mudou os elementos, dificultou a série, treinou na véspera e entrou para disputar medalha. Não estava errado. 
 
“Foi a primeira vez que eu faço essa série, os elementos eu já havia treinado bastante. Na segunda passada, eu coloquei um elemento novo, de valor F, um dos mais altos do código, é bem difícil. Toda vez que eu faço esse elemento, eu tiro boa nota. Treinei ontem. Aí é ter cabeça fria. Treinado você já está. É ficar focado, acreditar no seu trabalho e fazer o que você mais ama”, disse Nory.
 
Sem tombo, sem tropeço, sem hesitação: série limpa valeu o pódio tão perseguido por Diego Hypolito. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brSem tombo, sem tropeço, sem hesitação: série limpa valeu o pódio tão perseguido por Diego Hypolito. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
“Depois da final do individual geral (no dia 10 de agosto) em que ele não foi tão bem, descansamos, voltamos a trabalhar, treinamos alguns elementos que dariam um acréscimo na nota de partida. Discutimos o que tinha que ser feito e, no ultimo momento, eu disse a ele:  ‘Vai lá e faz sua parte, não se preocupa com os oponentes e deixa a competição acontecer”, contou o técnico de Nory, Cristiano Albino. 
 
Ainda se apresentariam os norte-americanos Jacob Dalton e Samuel Mikulak, além do campeão mundial de solo, o japonês Kenzo Shirai, todos candidatos ao pódio. Dalton obteve 15.133, também com falhas. Shirai desequilibrou a ponto de quase cair de bunda, ficando com 15.366. Diego já era bronze. Restava saber se Mikulak tiraria Nory do pódio, mas ele também cometeu erros e somou 14.333. A dobradinha brasileira estava sacramentada. 
 
“Muitos falaram que eu não poderia, mas nunca deixei de acreditar. Eu era infinitamente pior agora e consegui uma prata. Parece que saiu um caminhão das minhas costas porque era a minha terceira Olimpíada, vou para a quarta sim. Eu amo demais o que faço e esse momento não tem explicação”, disse Diego.
 
“Foi muito emocionante. O Diego está lutando há anos. Já é a terceira Olimpíada que ele vem desejando isso e ele passa isso pra gente. Ele conseguiu e eu estou no pódio junto com um dos meus ídolos que eu sempre vi na TV, eu sempre quis estar lá junto”, contou Nory.
 
Investimentos e mais chances
 
O resultado vem do esforço, da dedicação, mas também do investimento que foi feito nos últimos anos, reconheceram atletas e técnicos. A ginástica brasileira, nas modalidades artística, rítmica e de trampolim, foi beneficiada com a compra de mais de mil equipamentos a partir de um convênio celebrado em 2010, no valor de R$ 7,2 milhões. Os itens foram destinados a 16 centros de treinamento, em 13 cidades brasileiras. Os atletas participaram de diversos training camps internacionais, contaram com equipes multidisciplinares e conseguiram se preparar bem para encarar os Jogos Rio 2016.
 
“Hoje em dia o Brasil me oferece uma estrutura para estar aqui, eu tive incentivo do Comitê Olímpico do Brasil, do meu clube, dos patrocinadores, uma equipe multidisciplinar, bons fisioterapeutas, uma boa psicóloga que me ajudou a me reerguer. Existem muitos profissionais que estudaram para ajudar a gente a se reerguer. Hoje me sinto um campeão para a vida”, avaliou Diego.
 
“O apoio que o governo nos deu, que a confederação nos deu, que o Comitê Olímpico nos deu, acho que isso culminou em todos os resultados”, disse Marcos Goto, técnico de Hypolito e também do atleta que representa outra chance de medalha do Brasil no Rio 2016. Arthur Zanetti tenta o bicampeonato nas argolas nesta segunda-feira (15.08).
 
“Ele (Zanetti) quer uma medalha, eu também quero uma medalha, nós trabalhamos para isso e vamos em busca da nossa medalha. Vamos fazer o nosso papel amanhã. Ele é o último a competir, vai ver os outros competirem e vai fazer o melhor dele. Que vença o melhor. Sempre”.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Diante da invencibilidade de Teddy Riner, Baby repete o bronze olímpico de Londres

Ao longo dos sete dias de lutas entre 390 judocas, de 136 países, os tatames da Arena Carioca 2, no Parque Olímpico da Barra, viram diversas cenas inimagináveis. Campeões olímpicos e mundiais caíram logo na estreia, enquanto nomes improváveis subiram ao pódio. O próprio Brasil, que hoje viu Rafael Silva conquistar mais um bronze, não cumpriu a meta de superar o desempenho de Londres-2012. Para uns, trata-se de sorte ou azar. Para outros, é justamente no fator surpresa que se encontra a magia dos Jogos. Porém, nem muita sorte ou magia seria capaz de tirar do francês Teddy Riner um novo ouro olímpico.
 
Baby comemora o segundo bronze olímpico, após um período de lesões e recuperação. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.brBaby comemora o segundo bronze olímpico, após um período de lesões e recuperação. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br
 
Rafael bem que tentou. Depois de passar por Ramon Pileta, de Honduras, e pelo russo Renat Saidov, conseguindo o ippon em cima de ambos, o brasileiro encontrou o mais vitorioso judoca da história nas quartas de final. Líder do ranking, campeão em Londres e oito vezes campeão mundial, Teddy não perde uma luta sequer desde 2010. A torcida da casa gritava: “Riner, pode esperar, a sua hora vai chegar” e “eu acredito”, incentivando Baby a enfrentar o grande desafio.
 
Para manter a invencibilidade, o favorito insistiu em uma pegada alta nas costas de Rafael, que lhe rendeu um wazari. O brasileiro ainda foi punido três vezes e sofreu a oitava derrota para o algoz. “Fui para tentar jogar, sabia que no shido ia ser difícil, mas dei uma canseira nele”, diverte-se Baby, bem humorado e rasgando elogios ao adversário. “É um privilégio estar na categoria desse cara e lutar uma Olimpíada com ele. Ele é diferenciado, mas dei um pouco de trabalho e o deixei um pouco prejudicado para a próxima luta”, brinca.
 
Antes do confronto com Rafael, o francês já tinha vencido Mohammed Tayeb, da Argélia. Em seguida, encarou o israelense Or Sasson na semifinal e, por muito pouco, não se viu em uma disputa de golden score. A luta seguia empatada, com uma punição para cada lado. Literalmente no último segundo do tempo regulamentar, Riner conseguiu o wazari que o colocaria na decisão contra o japonês Hisayoshi Harasawa, de quem venceu por um shido de diferença para consagrar o bicampeonato olímpico.
 
“A cada competição existe uma pequena pressão, mas isso é bom”, comenta o francês. “Hoje foi um grande dia. Esta Olimpíada foi muito dura porque eu tive uma lesão e hoje venci. É um grande sonho”, acrescenta. Coincidência ou não, o primeiro título mundial da lista de Teddy Riner foi faturado no Rio de Janeiro, em 2007. Daí para a frente, ele repetiu o topo do pódio em 2008 (no Mundial Absoluto), 2009, 2010, 2011, 2013, 2014 e 2015.
 
A última derrota registrada pelo judoca Teddy foi em Tóquio, em 2010, na decisão da já extinta categoria absoluta, com a luta definida por decisão dos árbitros a favor do japonês Daiki Kamikawa. Antes disso, o francês havia perdido na semifinal dos Jogos de Pequim, em 2008, para Abdullo Tangriev, do Uzbequistão, terminando com a medalha de bronze.
 
Era justamente contra Tangriev que Rafael Silva disputaria a medalha de bronze, após derrotar o holandês Roy Meyer na repescagem, em um confronto truncado, vencido com um shido de vantagem. “Sabia que ia ser uma luta dura com o holandês. É um atleta que tem bastante explosão, entra bastante golpe, então sabia que ele ia tentar colocar um volume alto de luta”, explica Baby.
 
Já diante do uzbeque, a estratégia foi aproveitar o cansaço do rival, que poucos minutos antes tinha disputado a semifinal com Harasawa e sido desclassificado, com quatro punições. “O Tangriev é um atleta experiente e perigoso do início ao fim. Eu sabia que ele estaria cansado, então tentei me aproveitar ao máximo isso para definir a luta por punição, e consegui jogar de yuko”, conta Rafael.
 
Gostinho diferente
 
O bronze já esteve no peito há quatro anos, mas desta vez ganhou um sabor especial. “Hoje fiz uma luta dura com o Teddy, lutei com adversários diferentes, vim de uma recuperação e lutei em casa. Teve um gostinho diferente. Era uma gritaria que emocionava”, analisa. No ano passado, uma lesão no tendão do músculo peitoral maior direito o tirou das competições e o levou à mesa cirúrgica. Em abril deste ano, durante o Grand Prix de Samsun, na Turquia, o brasileiro levou, além do bronze, uma distensão na coxa. A ausência nos tatames deixou Rafael em risco até os últimos momentos da convocação, com David Moura sempre no páreo.
 
“Voltar a ter confiança, a lutar bem, foi o mais complicado para mim. Cheguei aqui acreditando muito”, afirma Baby. “Agora o resultado veio para coroar todo o esforço da equipe para me colocar em dia para lutar”, acredita o paranaense de Rolândia, que só começou no judô aos 15 anos e agora integra um grupo de elite.
 
Além de Mayra Aguiar, que ontem se tornou a primeira mulher brasileira a subir duas vezes ao pódio olímpico da modalidade, Rafael passa a figurar também ao lado de Aurélio Miguel, Tiago Camilo e Leandro Guilheiro, cada um com uma dupla de medalhas nos Jogos. “Acho que o povo brasileiro me deu suporte a cada shido, a cada projeção. Eles gritaram, colocaram pressão no meu oponente, então estou feliz de conquistar a medalha em casa e fazer parte desse time seleto”, comemora.
 
Campanha curta
 
No feminino, a maior expectativa era em torno da luta de Maria Suelen Altheman (+78kg) com Idalys Ortiz, de Cuba, campeã olímpica em 2012 e bicampeã mundial. O encontro com a rival de quem nunca venceu estava previsto para as quartas de final, mas a brasileira não chegou até lá. Logo na primeira luta, acabou derrotada por yuko pela sul-coreana Minjeong Kim, a mesma que a superou no Mundial do ano passado.
 
“A gente se prepara quatro anos para estar aqui e eu saí com a derrota, mas fico feliz por ter representado meu país. Foi um privilégio lutar dentro de casa”, comenta Suelen, falando ainda sobre a participação abaixo das expectativas do judô brasileiro no Rio. “A gente teve tudo, fez vários treinamentos fora, mas o judô é isso. A gente aprende a cair e tem que levantar. Todo mundo se dedicou para estar aqui e infelizmente não deu certo, mas tem um novo ciclo começando a partir de hoje. Quem sabe no Japão pode ser melhor”, avalia.
 
Kim chegou a disputar a medalha de bronze, mas foi superada pela chinesa Song Yu. O ouro da categoria foi outra surpresa do dia. Na grande final, a francesa Emilie Andeol superou a cubana favorita já no golden score e levou mais um ouro para a França de Teddy Riner. O outro bronze ficou com a japonesa Kanae Yamabe.
 
Balanço
 
Apesar de não ter estabelecido uma meta numérica para os Jogos do Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) colocou como objetivo a superação dos resultados de Londres, em quantidade ou na cor das medalhas. Na ocasião, o Brasil conseguiu seu melhor desempenho, levando um ouro e três bronzes. Desta vez, ficou com um bronze a menos, após as conquistas de Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Rafael Silva, terminando, assim como há quatro anos, com o sexto lugar no quadro da modalidade. O líder foi o Japão (12 medalhas), seguido pela França (cinco) e pela Rússia (três).
 
“A equipe se preparou melhor do que o resultado que nós tivemos. Por outro lado, a competição teve uma diluição. Nunca tivemos 26 países conquistando medalha”, pondera o gestor de alto rendimento, Ney Wilson. “Apesar do número menor, mantivemos a posição no quadro geral porque houve uma distribuição mais diluída entre os países. Tirando o Japão, que é fora da curva, e o resultado de hoje da França, todos os outros ficaram muito equilibrados, ninguém teve mais do que três medalhas”, completa.
 
“Podíamos ter conquistado mais. Potencial para isso nós tivemos, mas não saímos daqui decepcionados. No primeiro dia, com dois medalhistas olímpicos, não dava para esperar que sairíamos daqui sem medalha nenhuma”, admite.
 
Pela primeira vez desde o ouro de Rogério Sampaio em 1992, o judô masculino brasileiro deixa uma Olimpíada com um único pódio. Para Ney Wilson, agora será o momento de reverter esse cenário. “Já começamos diferente para Tóquio, trabalhando com um ano de antecedência, sem esperar o Rio 2016 acabar. Hoje temos o feminino repetindo integralmente a equipe de Londres, com algumas atletas com três Jogos Olímpicos nas costas, e no masculino tivemos quatro estreantes. Isso faz uma diferença muito grande”, compara. 
 
A previsão é de uma renovação na seleção brasileira para o próximo ciclo. Sarah Menezes, por exemplo, já adiantou que subirá para a categoria -52kg, enquanto Tiago Camilo deu adeus aos Jogos.  “De uma Olimpíada para outra, há uma renovação natural de 30% em média”, calcula o gestor.
 
Com as mesmas duas medalhas, um ouro e um bronze, conquistadas há quatro anos pelo feminino, a técnica Rosicléia Campos acredita que havia “munição” para ir além, mas também já projeta o futuro. “Tínhamos capacidade sim de ganhar mais medalhas. Algumas surpresas aconteceram e não foi só para a gente. Temos muito trabalho pela frente e amanhã já vamos pensar no próximo ciclo”, adianta.
 
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
 
 
 

Brasil, Costa do Marfim e Barbados discutem intercâmbio esportivo entre os países

Com o objetivo de discutir parcerias para o desenvolvimento do esporte brasileiro, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, se encontrou, nesta sexta-feira (12.08), na Casa Brasil, no Rio de Janeiro, com os ministros do Esporte da Costa do Marfim, François Albert Amichia, da Geórgia, Tariel Khechikashvili e de Barbados Stephen Lashley.
 
Ministro recebeu na Casa Brasil representantes de Barbados, Geórgia e Costa do Marfim. (Foto: Ivo Lima/ME)Ministro recebeu na Casa Brasil representantes de Barbados, Geórgia e Costa do Marfim. (Foto: Ivo Lima/ME)
 
"Nós conversamos sobre parcerias, intercâmbio entre atletas e treinadores. Eles vão nos ajudar no desenvolvimento de modalidades que o Brasil ainda não tem tradição e, em contrapartida, nós iremos auxiliá-los em modalidades que nós temos larga experiência", afirmou Leonardo Picciani.
 
O ministro do Esporte de Barbados, Stephen Lashley, saiu satisfeito. "Nós conversamos sobre um possível acordo de suporte e cooperação na área esportiva, não apenas na infraestrutura, mas também no desenvolvimento de cooperação técnica. Acho que no futuro, Brasil e Barbados trabalharão juntos em alguma modalidade", comentou Lashley.
 
De acordo com Leonardo Picciani, a organização dos Jogos Rio 2016 foi muito elogiada pelos representantes dos três países. O ministro do Esporte da Geórgia, Tariel Khechikashvili ressaltou que, além de discutir parcerias, o encontro serviu para aprender com a experiência brasileira em organizar grandes eventos. "Eu vim parabenizar o Brasil pela organização, de alto nível, dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Brasil já está acostumado a organizar grandes eventos. Temos o exemplo da Copa de 2014. Então, é bom vir aqui para aprender com a expertise brasileira", concluiu.
 
O ministro François Albert Amichia, da Costa do Marfim, também elogiou a organização dos Jogos Olímpicos. A Costa do Marfim está organizando a edição de 2021 da Copa das Nações Africanas e, de acordo com Amichia, eles poderão levar várias experiências vividas no Rio. "O encontro com o governo brasileiro nos permitiu aproveitar da experiência deles na organização de grandes eventos. Então, nós queremos a parceria do Brasil para obter o mesmo sucesso na organização da Copa das Nações", encerrou Amichia.
 
João Paulo Machado, brasil2016.gov.br
 
Ascom – Ministério do Esporte

Dupla brasileira da C2 de canoagem slalom fica fora da final

A dupla Anderson Oliveira e Charles Corrêa deu adeus à competição de canoagem slalom na semifinal da categoria C2. Os paulistas de Piraju, no interior de São Paulo, terminaram a prova com o tempo 116s49, na 11ª colocação, e não conseguiram avançar para a fase final, que reuniu os dez melhores e foi realizada também nesta quinta-feira (11.8). "Era um percurso mais travado do que na primeira fase, o nível técnico foi maior. Apesar da eliminação, estamos satisfeitos com o resultado", disse Charles Corrêa.

A medalha de ouro ficou com a dupla da Eslováquia, formada por LadislavSkantar e Peter Skantar, que desceu o canal em 101s58. A prata ficou com os britânicos David Florence e Richard Hounslow, que completaram em 102s01. O bronze foi para os franceses GauthierKlauss e Mathieu Peche (103s24).

Charles e Anderson foram os últimos brasileiros a competir na canoagem slalom nesta edição dos Jogos. Ana Sátila foi eliminada na primeira fase do K1 e Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê, terminou em sexto na classificação geral do caiaque individual masculino, melhor resultado da história da slalom brasileira em Jogos Olímpicos.

"Nos últimos anos, a slalom cresceu muito. Os próprios atletas e técnicos europeus vieram elogiar o nosso desempenho e desenvolvimento. O Brasil nunca foi visto como adversário e hoje, eles já olham a gente de maneira diferente", afirma Anderson Oliveira.

Foto: Michelle AbilioFoto: Michelle Abilio

Secretário acompanha as finais da canoagem

Na arquibancada do Parque Radical, em Deodoro, o secretário de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Cruz, assistia às finais, acompanhado pelo presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomasini.  Após o término da competição, Leandro Cruz ressaltou a relevância do evento para o desenvolvimento do esporte nacional. “Os Jogo vão aumentar a prática do esporte no país. As Olímpiadas vão ajudar a popularizar as modalidades que não são tão conhecidas no Brasil.”

Michelle Abílio – brasil2016.gov.br

 

 

 
 

Ministros do Esporte do Brasil e da República Tcheca discutem parcerias no tiro esportivo e canoagem

Com o objetivo de buscar parcerias para o desenvolvimento do tiro esportivo e da canoagem brasileira, o ministro do Esporte Leonardo Picciani se reuniu, na última quinta-feira (11.08), no armazém 2 da Casa Brasil, no Rio de Janeiro, com a ministra da Educação, Juventude e Esporte da República Tcheca, Katarina Valachová.
 
Ministro Picciani cumprimenta ministra da Educação, Juventude e Esporte da República Tcheca, Katarina Valachová.(Foto: Ivo Lima/brasil2016.gov.br)Ministro Picciani cumprimenta ministra da Educação, Juventude e Esporte da República Tcheca, Katarina Valachová.(Foto: Ivo Lima/brasil2016.gov.br)
 
"Ela nos propôs uma integração esportiva, sobretudo, no esporte educacional. O Brasil já conquistou nessa olimpíada uma medalha de prata no tiro esportivo e temos, ainda, a expectativa de ter sucesso na prova de canoagem. Então, eu creio que será um intercambio muito positivo", avalia Picciani.
 
Katarina Valachová está no Rio de Janeiro para acompanhar a delegação olímpica da República Tcheca e falou sobre o resultado do encontro com o ministro brasileiro. Para ela, o intercambio entre os dois países deve priorizar a formação de novos atletas. "A República Tcheca faz um grande trabalho no apoio do esporte juvenil e, na conversa que tive com o ministro Leonardo Picciani, percebi que o Brasil também acha importante apoiar a prática de esporte durante a juventude", reforçou Katarina.
 
Os termos de como funcionará a parceria entre Brasil e República Tcheca ainda vão ser discutidos entre as autoridades dos dois países. Durante os últimos anos, o Ministério do Esporte do Brasil tem investido tanto no desenvolvimento do Tiro esportivo, como da canoagem, por meio de convênios e programas como o Bolsa Atleta e o Bolsa Pódio.
Porto Maravilha
 
Durante o encontro com Katarina Valachová, que ocorreu na Casa Brasil, na região do Porto Maravilha, Leonardo Picciani aproveitou para lembrar que o local foi um dos mais beneficiados pelos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
 
"É fantástico ver a transformação que as olimpíadas permitiram a esta região da cidade. Aqui é o coração do Rio de Janeiro, foi por onde a cidade se iniciou,m. Era uma região que estava abandonada, as pessoas não conheciam mais e agora elas redescobriram essa parte do Rio, tendo momentos de lazer e de interação nessa região. Isso, sem dúvida, é um legado fantástico para o Rio de Janeiro e para o Brasil", concluiu Picciani.
 
O Porto Maravilha foi concebido para a recuperação da infraestrutura urbana, dos transportes, do meio ambiente e dos patrimônios histórico e cultural da Região Portuária. No centro da reurbanização está a melhoria das condições habitacionais e a atração de novos moradores para a área de 5 milhões de metros quadrados.
 
João Paulo Machado – brasil2016.gov.br
 
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Mayra Aguiar leva bronze e é a primeira judoca brasileira com dois pódios nos Jogos

Uma garotinha de seis anos vestida com um quimono. Nem competir ela podia, mas perturbou tanto o professor da escolinha que acabou inscrita na competição. A prata na estreia não seria o suficiente para satisfazer Mayra Aguiar, ainda em versão miniatura. A pequena judoca chorava tanto que os pais tiveram uma certeza: ela iria desistir do esporte ali mesmo. Eles não poderiam estar mais enganados. Mayra enxugou o rosto e perguntou: “Quando é a próxima? Não ganhei essa, mas quero mais”. Ali começava a trajetória da brasileira, que na quinta-feira (11.08) precisou, mais uma vez, conter as lágrimas, respirar e ir atrás da medalha de bronze.
 
Mayra Aguiar beija a medalha de bronze: judoca é a primeira mulher do Brasil a subir ao pódio olímpico duas vezes. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br)Mayra Aguiar beija a medalha de bronze: judoca é a primeira mulher do Brasil a subir ao pódio olímpico duas vezes. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br)
 
Repetindo o pódio de Londres, em 2012, Mayra Aguiar é, agora, a única mulher brasileira a conquistar duas medalhas para o judô brasileiro nos Jogos Olímpicos. O sonho do ouro em casa só foi parado na semifinal e diante de uma adversária que ela conhecia bem: a francesa Audrey Tcheumeo. Foi justamente contra ela, em 2014, que a gaúcha sagrou-se campeã mundial. Ao todo, as duas já haviam lutado seis vezes – e a única vitória da europeia havia sido em 2011, no Grand Slam de Paris.
 
Vivendo a expectativa de uma nova vitória e da vaga na decisão, Mayra acabou punida com dois shidos – o segundo a apenas 30 segundos do fim da luta – enquanto a adversária recebeu apenas um. Sem tempo para superar a desvantagem, a brasileira ajoelhou no tatame e escondeu o rosto. “É um momento bastante difícil. Ali a gente perdeu o que veio buscar”, explica. A tristeza, no entanto, tinha poucos minutos para ceder espaço à vontade de voltar e buscar o bronze contra a cubana Yalennis Castillo.
 
Brasileira cai de joelhos no tatame após derrota na semifinal olímpica. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br)Brasileira cai de joelhos no tatame após derrota na semifinal olímpica. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br)
 
Ali Mayra reviveu a experiência de Londres, quando foi superada na semifinal pela rival americana Kayla Harrison, mas se recompôs para conquistar sua primeira medalha olímpica, há quatro anos. “Eu vi que valeu muito a pena. Aquilo transformou a minha vida. Quando perdi a luta hoje, saí muito abalada, mas coloquei na minha cabeça que eu não podia desistir”, conta. Para a definição do bronze, ela já sabia o que pensar. “Eu coloco na minha cabeça que é uma nova competição. A gente perdeu uma medalha, mas não a guerra”, determina.
 
 
Foi assim que, com um yuko e duas punições de vantagem em cima da cubana, vice-campeã olímpica em Pequim-2008, Mayra Aguiar faturou um segundo bronze nos Jogos para seu currículo e a terceira medalha do Brasil no Rio de Janeiro. “Eu não admito perder. Aquilo me dá muita raiva. Eu ia deixar o corpo no tatame, mas não ia sair dali sem a medalha”, afirma. Com a nova conquista, a judoca agora se une a Aurélio Miguel (ouro em Seul-1988 e bronze em Atlanta-1996), Tiago Camilo (prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008) e Leandro Guilheiro (bronze em Atenas-2004 e em Pequim-2008) no rol dos brasileiros que subiram duas vezes ao pódio dos Jogos na modalidade.
 
Dona da casa, Mayra foi empurrada pelo público na Arena Carioca 2 ao longo de todo o dia de competição. “A energia aqui foi mágica, maravilhosa. Conquistar a medalha olímpica em Londres foi lindo, mas agora com a torcida, essa vibração e a emoção que o povo tem, isso aqui foi realmente marcado na minha vida, vou levar para sempre”, emociona-se.
 
Para se classificar à semifinal contra a francesa, a gaúcha fez duas lutas durante a manhã. Na estreia, já mostrando frieza e disposição, precisou de 39 segundos para conseguir um wazari e a imobilização da australiana Miranda Giambelli. Muito séria e concentrada, Mayra seguiu direto para as quartas de final contra a alemã Luise Malzahn, medalhista de bronze no Mundial do ano passado. As duas já tinham se enfrentado três vezes e Mayra nunca foi derrotada pela adversária. Após uma luta mais acirrada, a brasileira novamente levou a melhor com a diferença mínima de um shido.
 
Na estreia, Mayra precisou de apenas 39 segundos para derrotar a australiana Miranda Giambelli. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br)Na estreia, Mayra precisou de apenas 39 segundos para derrotar a australiana Miranda Giambelli. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br)
 
 
 
 
 
 
 
Retrospecto
 
Hoje é até difícil imaginar a judoca em outro esporte, mas Mayra Aguiar passou por várias opções antes de se firmar no tatame: fez balé, natação e ginástica, além do atletismo, que seguiu lado a lado com a arte marcial até os 11 anos. Tendo o quimono como exclusividade, ela só precisou de três anos para integrar a seleção brasileira júnior. Aos 15, conquistaria, com um bronze, a primeira medalha em um Mundial Júnior.
 
Em mundiais sênior, a gaúcha soma quatro pódios: ouro em 2014, prata em 2010 e bronzes em 2011 e 2013. A conquista inédita em Chelyabinsk, há dois anos, teve um sabor que ultrapassou o brilho dourado. Mayra tinha acabado de se recuperar de duas cirurgias simultâneas, no joelho direito e no cotovelo esquerdo, que a obrigaram a passar seis meses parada. Na Rússia, venceu Kayla Harrison na semifinal e Audrey Tcheumeo na decisão.
 
Algoz bicampeã
 
Fora da final olímpica desta quinta-feira, a brasileira não teve a oportunidade de enfrentar, dentro de casa, a norte-americana, com quem intercalou vitórias e derrotas ao longo dos últimos anos. Desde que a Holanda anunciou uma alteração na lista das convocadas para os Jogos do Rio, as duas adversárias sabiam que só se encontrariam em uma possível decisão – talvez uma das mais aguardadas da competição. Em 17 confrontos, Kayla já venceu nove, contra oito da brasileira.
 
Com Mayra fora da disputa, a campeã de Londres superou a francesa na decisão para conquistar o bicampeonato. “Era quase impossível repetir um título olímpico, mas meus técnicos me fizeram lutar todos os torneios, me fizeram lutar quando eu estava cansada, exausta, lesionada, doente. Trabalhei muito duro para isso”, comemora. O outro bronze da categoria ficou com Anamari Velensek, da Eslovênia.
 
Bicampeã olímpica, Kayla Harrison divide o pódio com Mayra e as outras medalhistas no Rio 2016. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br)Bicampeã olímpica, Kayla Harrison divide o pódio com Mayra e as outras medalhistas no Rio 2016. Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
Aprendizado
 
Novato na seleção brasileira e com a responsabilidade de substituir o veterano Luciano Corrêa, Rafael Buzacarini fez sua primeira luta olímpica contra o uruguaio Pablo Aprahamian. O brasileiro, concentrado, não encontrou dificuldades no confronto, aplicando uma chave de braço no rival, que já sofria com a desvantagem de dois shidos. Pela frente, contudo, “Bolo Cru”, como é conhecido entre os amigos, encontraria toda a experiência do japonês campeão mundial Ryunosuke Haga.
 
“Era a luta decisiva. Eu já sabia que seria difícil, já tinha lutado com ele”, comenta o brasileiro, que perdeu pela segunda vez para o rival após uma punição por falso ataque. “Eu estava bem concentrado, trabalhei duro. Agora é levantar a cabeça”, lamenta, prometendo trabalhar nos erros para ter uma nova chance daqui a quatro anos, em Tóquio.
 
A disputa do masculino foi vencida por Lukas Krpalek, da República Tcheca, que derrotou Elmar Gasimov na decisão. Os bronzes ficaram com Ryunosuke Haga e com o francês Cyrille Maret. Campeão olímpico em Londres, o russo Tagir Khaibulaev foi eliminado na primeira luta por Gasimov.
 
O último dia do judô no Rio 2016, nesta sexta-feira (12), terá os peso pesados Rafael Silva (+100kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) lutando para ampliar o número de medalhas brasileiras no quadro da modalidade.
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
 
Ascom – Ministério do Eesporte
 

Casa Brasil faz a festa para o visitante número 100 mil

O advogado Hélio Antônio de Souza Cruz, 70 anos, é carioca e morador do bairro do Flamengo. Nesta quinta-feira, ele veio com a esposa, Vera Regina, trazer o neto Guilherme, de 6 anos, para conhecer a Casa Brasil. O que ele não imaginava era que receberia uma festa na chegada. Hélio foi o visitante 100 mil da Casa desde a abertura, em 5 de agosto.
 
Para atingir a marca, a Casa Brasil precisou exatamente de sete dias. Eram aproximadamente três da tarde quando o advogado entrou no Armazém 2 e teve a surpresa. A recepção incluiu um cortejo embalado por Seu João do Pife e Banda Dois Irmãos, além de uma visita guiada por todas as atrações da Casa. "O Rio de Janeiro tem a vocação para grandes eventos. Isso aqui é um exemplo eloquente desse astral e dessa energia", falou o advogado Hélio, ainda muito emocionado.
 
Família carioca aproveitou o dia para conhecer a Casa Brasil e foi festejada. (Foto: Diego Campos)Família carioca aproveitou o dia para conhecer a Casa Brasil e foi festejada. (Foto: Diego Campos)
 
Vera Regina estava frustrada por não conseguir ir às competições e veio à Casa Brasil pra sentir esse clima festivo da cidade. "Ainda não estou acreditando que isso está acontecendo. Só vendo pela televisão estava me dando uma angústia de não participar. E agora, ser recebida assim, parece que estou sonhando!", comentou a professora aposentada.
 
A Casa Brasil é uma das atrações do Boulevard Olímpico e reúne exposições e atividades interativas, além de programação cultural e encontros de negócios. Até setembro, a Casa Brasil será a vitrine do país ao apresentar a diversidade artística e cultural, destinos turísticos, excelência esportiva, legado olímpico, oportunidades de negócios e investimentos, além de algumas das principais políticas públicas de igualdade, inclusão, sustentabilidade e meio ambiente.
 
Equipe Casa Brasil
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Encontro na Casa Portugal celebra o esporte entre as nações de língua Portuguesa

A Casa Portugal nos Jogos Olímpicos realizou, na noite da última terça-feira (09.08), um encontro entre autoridades de países de língua portuguesa com o objetivo de celebrar o esporte entre as nações lusófonas. Localizada no Navio-Escola Sagres, atracado na região portuária do Rio de Janeiro, a Casa Portugal recebeu diversas autoridades como o ministro da Educação e Esporte de Portugal, Thiago Brandão, o presidente do Comitê Olímpico Português, José Manuel Constantino, o ministro da Juventude e Desportos de Angola, Gonçalves Muandumba, e o ministro do Esporte do Brasil, Leonardo Picciani.

“É um evento bastante simbólico para celebrar a união dos países de língua portuguesa. O Brasil é um país continental, com mais de duzentos milhões de habitantes e que fala a mesma língua de norte a sul, de leste a oeste. Um dos grandes patrimônios do povo brasileiro é a sua língua. Então, nós agradecemos muito esse convite para celebrarmos a língua portuguesa e também o esporte”, destacou Leonardo Picciani.

O ministro Picciani ao lado da judoca Telma Monteiro e do ministro da Educação e Esporte de Portugal, Thiago Brandão. Foto: Ivo Lima/MEO ministro Picciani ao lado da judoca Telma Monteiro e do ministro da Educação e Esporte de Portugal, Thiago Brandão. Foto: Ivo Lima/ME

O ministro da Educação e Esporte de Portugal, Thiago Brandão também ressaltou a importância do encontro. Para ele, “os jogos Rio 2016 vão ficar para a história com o sabor especial do Brasil, com o sabor especial do Rio de Janeiro e acima de tudo com o sabor especial da lusofonia”.

Convidada de honra da cerimônia, a atleta portuguesa Telma Monteiro, que conquistou, na segunda-feira, a medalha de bronze olímpica no judô, na categoria até 57 kg, afirmou que não poderia estar mais feliz. "Acho que é um momento perfeito estar em um país onde falamos português. Todos representam a língua portuguesa e partilho com todos o sentimento da conquista de uma medalha”.

O ex-judoca Nuno Delgado, que assim como Telma, também é medalhista olímpico, com o bronze conquistado nos Jogos de Sydney, em 2000, também participou da cerimônia. “Quero dar os parabéns a cidade do Rio de Janeiro e ao Brasil por essa organização fantástica que tem permitido que os atletas se superassem a cada prova. Assim foi com a Telma Monteiro que conquistou uma medalha muito importante para o judô de Portugal”.

O Navio-Escola Sagres, onde fica a Casa Portugal, está aberto ao público para visitação até o dia 22 de agosto. A embarcação de 89,5 metros de comprimento, já visitou mais de 160 portos, em 60 países diferentes e acolheu inúmeras figuras ilustres e milhões de visitantes. O acesso ao navio é feito pela ponte que liga a Orla Conde à Ilha das Cobras.

Eslovênia

Com o objetivo de apresentar a Eslovênia durante os Jogos Rio 2016, o Comitê Olímpico do país e a Federação Nacional de Handebol, abriram as portas, nesta terça-feira, do centro do país no Rio de Janeiro, localizado no Hotel Windsor Excelsior, em Copacabana.

Presente na cerimônia de abertura do local, a ministra de Educação, Ciência e Esporte da Eslovênia, Maja Makovec falou sobre os Jogos Olímpicos no Brasil. O centro da Eslovênia ficará aberto entre até o dia 14 de agosto. Diversos eventos de negócios e sociais acontecerão no local.

João Paulo Machado - brasil2016.gov.br

 
 

Brasil e Argentina lançam campanha de paz entre as torcidas

Para evitar que a tradicional rivalidade esportiva entre brasileiros e argentinos possa motivar brigas e desentendimentos entre as torcidas durante os Jogos Rio 2016, os secretários de Esporte de Alto Rendimento do Brasil, Luiz Lima, e da Argentina, Carlos Javier Mac Allister, lançaram, nesta quarta-feira (10.08), uma campanha para estimular a boa convivência entre as torcidas.
 
Luiz Lima (com o microfone), secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, se reuniu com representantes do governo argentino para traçar ações de engajamento entre as duas torcidas. Foto: Ivo Lima/MELuiz Lima (com o microfone), secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, se reuniu com representantes do governo argentino para traçar ações de engajamento entre as duas torcidas. Foto: Ivo Lima/ME
 
"Espero que essa campanha que está se iniciando contagie os brasileiros. Eu, ontem, no Parque Olímpico, encontrei alguns argentinos, foi um prazer tirar foto com todos eles. Com isso, esse clima de amizade vai se espalhando. É mais gostoso você abraçar um argentino do que fazer de uma rivalidade algo que não é positivo", ressaltou Luiz Lima.
 
A campanha elaborada por Brasil e Argentina vai pedir para que atletas e torcedores utilizem as redes sociais para mostrar a amizade entre as torcidas. De acordo com o secretário argentino, o objetivo é fazer com que o brasileiro abrace o argentino e o argentino abrace o brasileiro.
 
"Somos rivais, não inimigos. Queremos que os esportistas joguem e que os torcedores torçam, sem enfrentamento de nenhum tipo, sem agressões verbais, nem físicas. As Olimpíadas foram criadas para ser um lugar de união e de diversidade."
 
No próximo sábado (13.08), Brasil e Argentina vão se enfrentar pelo torneio olímpico de basquete. Para Luiz Lima, essa vai ser uma ótima oportunidade para propor a paz entre as torcidas. "Vamos desenvolver uma ação interna entre os próprios atletas pedindo para que divulguem em redes sociais. Deem abraço, tirem foto e postem no Facebook."
 
A expectativa para a partida de basquete entre Brasil e Argentina é que os atletas entrem de mãos dadas e com as bandeiras trocadas, fazendo com que isso também estimule a paz.
 
João Paulo Machado – Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 

Em Salvador, secretário nacional debate futebol brasileiro

Foto: Rafael BraisFoto: Rafael BraisO secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Gustavo Perrella, se encontrou nesta quarta-feira (10.08), com o presidente da Liga do Nordeste de clubes, Alexi Portela, para debater parceira do Ministério do Esporte com uma das ligas mais fortes do país. Perrella também esteve com os presidentes de federações das Regiões Norte e Nordeste para debater o futebol brasileiro.
 
O encontro foi em Salvador, onde o secretário acompanha, na parte da noite, a última rodada da fase classificatória do futebol masculino nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
A Liga do Nordeste é responsável por organizar a Copa do Nordeste, apelidada pelos torcedores como Lampions League em referência à Champions League, maior campeonato de clubes no mundo. Para o secretário nacional de Futebol, a competição que reúne clubes nordestinos é um grande exemplo de sucesso no futebol brasileiro. "É nosso interesse apoiar o desenvolvimento cada vez maior do futebol na Região Nordeste do Brasil e fomentar a realização de competições", disse Gustavo Perrella. "Não tenho dúvidas de que, quanto mais fortes os torneios, mais qualidade teremos em nosso futebol e com maior participação dos torcedores", concluiu.
 
Rafael Brais, de Salvador
Ascom - Ministério do Esporte
 

Ministério do Esporte e UFMG lançam livro sobre experiências do Programa Esporte e Lazer da Cidade

 
Será lançado nesta quarta-feira, (10.08), às 17h, na Casa Brasil, no Rio de Janeiro, o livro bilíngüe (português e espanhol) sobre conhecimentos e experiências referentes ao Sistema de Formação dos Agentes Sociais de Esporte e Lazer, do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC), criado e desenvolvido pelo Ministério do Esport, através da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS).
 
Este sistema é considerado uma ferramenta pedagógica para o desenvolvimento de políticas locais que tratem o esporte e o lazer como direitos sociais e, desde 2010, conta com a parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
 
A obra, organizada por Ana Elenara da Silva Pintos e Hélder Ferreira Isayama, está dividida em três seções: 1) a história da formação no PELC; 2) os pressupostos teórico-metodológicos da formação no programa e 3) relatos de experiências de formação nesse contexto.
 
Serviço:
Lançamento do Livro Bilíngüe sobre Formação de Agentes Sociais no Âmbito das Políticas Púbicas de Esporte e Lazer – A Experiência do PELC
Data: 10.08 (quarta-feira) 
Horário: 17h às 20h
Local: Casa Brasil – Foyer da Casa Touring - Praça Mauá, Centro, RJ
Imprensa: Somente veículos credenciados no RMC
 
Informações com Cristina Pedrosa (61) 993818399
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
 

Judoca Rafaela Silva ganha primeiro ouro brasileiro no Rio

Esta não é apenas a história de uma medalha de ouro, a primeira do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A narrativa escrita por Rafaela Silva no Parque Olímpico da Barra, na segunda-feira (08.07), tem trechos de determinação, de volta por cima, de segundas chances. Ainda com o filme da campanha em Londres 2012 em mente, quando foi eliminada na segunda rodada e chegou a pensar em abandonar o judô, Rafaela subiu ao tatame da Arena Carioca 2 para exorcizar os fantasmas de quatro anos atrás e, mais uma vez, superar-se.
 
Rafaela: uma aula de como superar adversidades na vida e no esporte, se reinventar e chegar ao auge (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Rafaela: uma aula de como superar adversidades na vida e no esporte, se reinventar e chegar ao auge (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
Em cinco vitórias estrategicamente perfeitas, a carioca se tornou a primeira campeã olímpica e mundial do judô brasileiro e a primeira medalhista de ouro do país nos Jogos disputados em casa. “O ginásio chegava a tremer. Eu via que minhas adversárias sentiam a pressão e eu não podia decepcionar todas essas pessoas que vieram torcer por mim aqui dentro da minha casa. Dedico essa medalha a todo o povo brasileiro que veio aqui torcer, a minha família e a meus amigos que viveram isso comigo diariamente”, emocionou-se.
 
Para Rafaela, a vitória serve também como resposta à enxurrada de críticas que sofreu após o revés nas últimas Olimpíadas. “Essa competição estava bem parecida com Londres. Minha chave caiu parecida. Então, para todos os que me criticaram, que falaram que eu era uma vergonha para a minha família, que não tinha capacidade de estar numa Olimpíada, mostrei que posso estar entre as melhores”, afirmou. Quando questionada se queria mandar um recado a essas pessoas, foi direta. “Não tenho recado para ninguém, eu tenho é uma medalha no meu peito”.
 
Técnico que descobriu Rafaela Silva e atual treinador da seleção olímpica de refugiados, Geraldo Bernardes não se mostrou surpreso. “Eu falei para a Rafaela: um dia eu vou botar você na seleção brasileira. Eu podia falar isso porque estava diante de um diamante bruto. E foi o que aconteceu”, afirmou. “Quando conversei com ela, falei justamente em superação. Para ela poder mostrar para todo mundo de onde ela veio e o que ela conseguiu às custas de superação, trabalho, com muita gente não acreditando. Ela era que nem o Flávio Canto quando comecei a dar treino para ele. O Flávio era o meu sonho que ninguém acreditava. Eu sempre acreditei na Rafa, tenho esse costume de acreditar no improvável”, completou.
 
Rafaela foi taticamente perfeita em todas as lutas. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Rafaela foi taticamente perfeita em todas as lutas. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
Nascida e criada na comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e formada para o esporte em um projeto social, o Instituto Reação, a campeã destacou a importância que a medalha conquistada em casa pode ter, principalmente para os mais jovens. “Acho que é muito bom para as crianças. Se eu puder ajudar a mostrar para elas com esse resultado que uma criança que saiu da Cidade de Deus com cinco anos, começou no judô por brincadeira e hoje é campeã mundial e olímpica, é inexplicável. Se elas têm um sonho, têm que acreditar porque ele pode se realizar”, disse.
 
“Nós todos vivemos um problema sério de desamor, violência. O que a Rafaela fez serve para mostrar que a comunidade pode se transformar, sim, e mostrar ao Brasil que o caminho pode ser através do esporte e da educação”, opinou Geraldo Bernardes.  
Trabalho psicológico 
 
Eliminada na capital inglesa ainda em sua segunda luta pela húngara Hedvig Karakas, sua adversária de hoje nas quartas de final, por executar um golpe considerado ilegal, a judoca conta que teve que se submeter a um intenso trabalho físico e mental para voltar a competir em alto nível.
 
“Eu ia largar o judô. Comecei a fazer um trabalho com a minha coach Nell Salgado. Ela não me deixou abandonar o esporte e meu técnico me incentivava a cada dia. Em 2014 e 2015, não tive bons resultados, estava desacreditada, falaram que eu era uma incógnita porque vinha perdendo para atletas para quem nunca tinha perdido antes, mas treinei o máximo que podia nesses dois últimos anos e o resultado veio”, diz.
 
Em entrevista dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos ao brasil2016.gov.br, Nell Salgado comentou o trabalho com Rafaela e disse uma frase que se mostrou, agora, profética. "A Rafa é um monstro. Se estiver no dia dela ninguém segura, é ouro olímpico", disse Nell Salgado.
 
“A Rafaela procurou não ser atingida com as pressões de fora, a torcida, não se desconcentrar, não tirar o foco dela da luta. Isso foi sempre conversado: entrar sempre focada na luta do começo ao fim. E deu certo”, completou o técnico da judoca, Mario TsuTsui.
 
O caminho do ouro 
 
Na estreia, Rafaela Silva teve pela frente a alemã Miryam Roper, mesma adversária da estreia em Londres 2012. O retrospecto era bastante favorável: em nove lutas, nove vitórias da brasileira. Encaixando um ippon logo aos 46 segundos, a carioca manteve sua invencibilidade e passou com tranquilidade à fase seguinte.
 
Nas oitavas de final, Rafaela enfrentou a sul-coreana Jandi Kim, número dois ranking mundial da categoria. Apesar de ter sido punida três vezes, contra duas advertências para a oponente, a brasileira venceu a luta aplicando um wazari.
Nas quartas de final, na luta contra a húngara Hedvig Karakas, sua algoz nas últimas olimpíadas, o roteiro foi mantido. Mais um wazari vencedor, que outra vez fez explodir a torcida brasileira na Arena Carioca 2.
 
Empatadas em 3x3 em confrontos anteriores, Rafaela Silva e a Corina Caprioriou prometiam um embate equilibrado na semifinal. Prata em Londres 2012 e vice-campeã mundial em 2015, a romena era uma das favoritas ao pódio da competição. Em confronto dramático, com apenas uma punição para cada durante os quatro minutos regulares, a judoca brasileira contou com o apoio da torcida para encaixar um wazari aos 3m06s da disputa no Golden Score para passar à final. “A luta complicada foi a semifinal. Acho que no golden score acho que A Rafaela sentiu um pouco o nervosismo de ganhar e ir para a final, então foi uma luta muito travada”, avaliou Mario TsuTsui.
 
Na decisão, quando enfrentou a mongol Sumiya Dorjsuren, número um do ranking mundial, a estratégia de Rafaela era esperar que a oponente cometesse um erro para buscar uma chance de contra-ataque. Seguindo o planejamento, a brasileira conseguiu encaixar um novo wazari e garantiu a medalha de ouro.
 
Depois da vitória, o choro no pódio. (Foto:Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)Depois da vitória, o choro no pódio. (Foto:Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
 
“Ela já havia lutado com a atleta da Mongólia várias vezes, com algumas lutas ganhas, outras perdidas, era uma luta dura. A gente estudou uma estratégia de poder aproveitar as oportunidades, porque a mongol acaba errando em alguns ataques, e foi o que a Rafaela fez. A mongol atacou, a Rafaela fez um contra-ataque, tanto é que os juízes ficaram em dúvida se o ponto valia ou não, mas valeu. Então foi uma estratégia estudada um pouco antes e acabou dando certo”, explicou Mario. As medalhas de bronze da categoria ficaram com a portuguesa Telma Monteiro e com a japonesa Kaori Matsumoto, campeã olímpica e mundial da prova. 
 
Investimento
 
A campeã olímpica é patrocinada com a Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte. Dos 14 judocas convocados para os Jogos Olímpicos (sete no masculino e sete no feminino), 13 contam com a Bolsa Pódio. Rafael Buzacarini, por sua vez, é contemplado com a Bolsa Atleta na categoria nacional. Durante todo o ciclo olímpico, 34 atletas receberam a Bolsa Pódio, resultando em um investimento de quase R$ 7 milhões. No judô paralímpico, foram 10 contemplados com a categoria pódio (R$ 2,4 milhões). Já na Bolsa Atleta, entre 2012 e 2015 foram concedidas 889 bolsas, nas categorias base, estudantil, nacional, internacional e olímpico/paralímpico. O investimento total no período somou R$ 11,2 milhões. 
 
Outro grande investimento foi a construção do Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA), resultado de um aporte de R$ 43,2 milhões, sendo R$ 19,8 milhões do Ministério do Esporte. A instalação é o maior centro de treinamento das Américas e um dos maiores do mundo da modalidade, e foi inaugurada em julho de 2014. São 20 mil m² de área construída, com toda estrutura necessária para treinos e competições. 
 
Adeus na estreia
 
Na chave masculina dos leves, Alex Pombo viu sua participação nos Jogos Olímpicos ser abreviada no último segundo de sua luta. Enfrentando pela primeira vez o chinês Saiynjirigala, o brasileiro sofreu um controverso yuko e deu adeus ao torneio. Visivelmente abatido, o atleta analisou a disputa.
 
“No primeiro momento eu consegui defender o golpe, eu fui puxar o chinês para a guarda para poder fazer o trabalho de solo, mas o juiz acabou considerando como sequência do golpe dele e dando a pontuação de yuko. Fiquei um pouco revoltado, eu estava bem na luta, me sentindo bem. Foi um descuido ali, mesmo. A gente deixa a dúvida para o árbitro e pode acontecer dele dar a pontuação”, lamentou.
 
Mesmo com a derrota, Pombo elogiou o apoio da torcida. “Foi uma energia muito boa. O tatame chegava até a vibrar com a torcida gritando o seu nome e te empurrando o tempo. Isso ajudou bastante”, afirmou. Entre os homens, o título dos leves ficou com o japonês Shohei Ono, que derrotou Rustam Orujov, do Azerbaijão, na final. Os medalhistas de bronze foram Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, e Dirk van Tichelt, da Bélgica.
 
Nesta terça-feira, o Brasil volta a competir no judô com Victor Penalber e Mariana Silva, na categoria dos meio-médios. 
 
Pedro Ramos, brasil2016.gov.br
 
Ascom - MInistério do Esporte
 
 
 
 

Ritual indígena celebra o esporte e a cultura dos povos do Xingu na Casa Brasil

Foto: Paulino Menezes/MTur/Casa BrasilFoto: Paulino Menezes/MTur/Casa Brasil
 
A diversidade cultural brasileira teve mais uma de suas representações neste sábado (6.08) na Casa Brasil. O ritual Kuarup, mais especialmente a Huka-Huka, uma luta tradicional indígena do Povo Kuikuro foi um dos destaques do evento organizado pela Coordenação-Geral de Políticas Esportivas Indígenas (CGPEIN) do Ministério do Esporte.
 
A proposta do evento é demonstrar a cultura e tradição dos povos indígenas do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, para resgatar e celebrar essas culturas durante os Jogos Rio 2016. Segundo o Secretário Nacional do Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Froes, a Casa Brasil é a embaixada brasileira em território olímpico. "Quando Ministério do Esporte abre a casa para uma manifestação cultural dessa importância esta dizendo ao mundo que no Brasil nós damos importância a cultura indígena, às nossas raízes e a nossa brasilidade. Que damos importância e lutaremos para que o nosso povo indígena tenha direito às políticas de igualdade, participação e inclusão social."
 
Os indígenas percorreram os espaços da Casa Brasil convidando os visitantes para a apresentação. O líder indígena Mutuá, da tribo Kuikuro, ressaltou a importância de representar o ritual e a luta na casa. "A gente veio aqui para mostrar que nos também temos esporte, temos a luta Huka-Huka, por exemplo. Todas as lutas que assistimos na TV vem de fora. Esse evento é uma oportunidade muito importante para nós mostrarmos nossa luta". Ele apontou ainda que a disputa apresenta diversas similaridades com o judô e a luta greco-romana.
 
O Huka-Huka é um dos esportes tradicionais indígenas praticado pelos povos do Xingu. Trata-se de uma luta corporal disputada entre duplas de homens e mulheres. O vencedor é aquele que conseguir pegar na perna do seu oponente e derrubá-lo. A luta ocorre geralmente durante o cerimonial do Kuarup, festa espiritual indígena onde os mortos e ancestrais são reverenciados.
 
Vale lembrar ainda que a Huka-Huka foi um dos destaques da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas, em 2015. Na ocasião, os Kuikuro foram os vencedores da competição.
 
Equipe Casa Brasil
 
Confira o vídeo com a apresentação:
 

Pioneiro do jiu-jitsu no Brasil, Robson Gracie é homenageado na Casa Brasil

Ministro Leonardo Picciani participa do dia do Jiu-Jitsu na Casa Brasil. Foto: Ivo Lima/MEMinistro Leonardo Picciani participa do dia do Jiu-Jitsu na Casa Brasil. Foto: Ivo Lima/ME
O professor Robson Gracie, presidente da Federação de Jiu-Jitsu e um dos pioneiros e principais responsáveis pelo desenvolvimento do estilo da arte marcial no Brasil, foi homenageado pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, neste sábado (06.08), na Casa Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). O evento contou com a participação dos movimentos e federações que apoiam o Jiu-Jitsu no Brasil.
 
"Estou honrado em receber essa homenagem! A família Gracie tem 30 membros atuando nessa luta e se não fossem vocês o Jiu-Jitsu não estaria onde está. É maravilhoso e graças a essa multidão, esses irmãos que estão aqui e levam amor e luta em seus quimonos que nossos sonhos são possíveis", celebra Robson Gracie.
 
O evento faz parte da programação e tem como objetivo divulgar a modalidade. Em junho deste ano, o ministro Picciani criou um grupo de trabalho para preparar uma proposta e apresentar ao Comitê Olímpico, para que o Jiu-Jitsu seja incluído como esporte olímpico. Para o ministro, a cerimônia lança uma campanha que tem a cara do Brasil. "Apesar da sua origem oriental, o jiu-jitsu é conhecido atualmente no mundo inteiro como jiu-jitsu brasileiro, pelo nosso histórico de vitórias, grandes lutadores e pela família Gracie, que modificou o esporte no Brasil. Hoje temos o maior número de praticantes do mundo inteiro e vamos trabalhar para que o jiu-jitsu faça parte do nosso time", acrescenta Picciani.
 
Para o professor Robson Gracie, o Jiu-Jitsu é uma modalidade completa. "O jiu jitsu merece fazer parte do programa olímpico, nós temos todas as regras e treinamos arduamente para isso. Fico honrado em poder ver um aluno e agora ministro do esporte trabalhando para que nosso sonho seja concretizado", celebra Gracie.
 
Durante a cerimônia, o ministro, que é praticante da modalidade e graduado na faixa marrom, recebeu das mãos do professor Gracie a faixa preta, em simbólica graduação. "Eu agora com essa honra de ser faixa preta do mestre Robson Gracie tenho a responsabilidade de dizer que temos que transmitir não só os ensinamentos técnicos, mas os ensinamentos da vida. Tudo é possível com dedicação, técnica e foco. Fico feliz em ver tantas crianças presentes sonhando e treinando para ser um atleta do Jiu-Jitsu", diz Picciani.
 
Crianças da Escola de Lutas José Aldo participaram do evento. João Emanuel Costa, de seis anos, diz que o jiu-jitsu mudou a sua vida e que sonha ser um atleta paralímpico. "Eu fazia natação, mas conheci o jiu-jitsu e estou treinando há quase um ano. Lá precisa ter disciplina e vou treinar direitinho para ser um atleta!". O projeto social, a Escola de Lutas José Aldo, tem como objetivo levar as artes marciais para centenas de crianças carentes, entre 6 e 16 anos, do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
 
Erica Asano, brasil2016.gov.br
 

Wu fatura a prata na pistola de ar 10m, o primeiro pódio do Brasil

Brasileiro Felipe Wu comemora a conquista da medalha de prata na prova de pistola de ar 10m nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.brBrasileiro Felipe Wu comemora a conquista da medalha de prata na prova de pistola de ar 10m nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br
 
 
Na história do Brasil em Jogos Olímpicos, a primeira medalha veio no Tiro Esportivo, com o ouro de Guilherme Paraense, na Antuérpia, em 1920. Agora, 96 anos depois, a modalidade volta a conquistar mais uma medalha histórica para o esporte brasileiro. “Guilherme Paraense era militar. Eu também sou. É legal repetir essa história. Foi um feito enorme na época”, disse Wu, primeiro brasileiro a subir ao pódio na Rio 2016, com a prata na prova de pistola de ar 10m. 
 
No estande construído para o Pan de 2007 e batizado com o nome de Guilherme Paraense, Felipe Wu anotou 202.1 pontos e ficou atrás apenas do vietnamita Xuan Hoang, que conseguiu 202.5 pontos. O terceiro lugar ficou com o chinês Wei Pang (180.4 pontos). “Eu sabia que seria difícil. Eu estava na expectativa, a torcida estava na expectativa e toda a imprensa também. Mas consegui me controlar bem. Eu logo fiquei solto.”  
 
O atirador brasileiro chegou para a competição no topo do ranking mundial, posto que ele assumiu este ano, após vencer a etapa da Copa do Mundo de Bangkok, na Tailândia, onde o vietnamita também saiu com medalha. Em 2015, Felipe Wu conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, e ajudou a dar mais visibilidade à modalidade. 
 
Feliz com o próprio desempenho, o medalhista fez questão de elogiar o campeão. “Quando ganhei a medalha de ouro na etapa de Bangkok, ele estava no pódio. Hoje ele fez pontuações muito boas. Ele tem atirado muito bem. Está sempre entre os finalistas.Vou parabenizá-lo", disse.
 
Felipe Wu é paulistano e tem 24 anos. Atualmente, treina no clube Hebraica, em São Paulo. Para o futuro próximo, pretende retornar para a faculdade de Engenharia em setembro e disputar o mundial da modalidade em 2018. “Eu sou um dos mais novos na competição, espero continuar me dedicando ao esporte e volto para a faculdade em setembro. Eu gosto de estudar. Antes o tiro era meu hobby, agora vivo do tiro esportivo”, disse o medalhista olímpico. 
 
O local da final do tiro esportivo estava lotado. A grande maioria da torcida era de brasileiros, que nos momentos finais gritavam o nome de Wu. Para o atirador, essa presença foi um incentivo importante para o resultado final. “Até hoje pela manhã eu achava que a torcida não fazia diferença. Mas no momento final eu senti muita energia boa e fiquei feliz com o apoio da torcida brasileira”, contou Wu. 
 
Após a cerimônia de premiação, a torcida, à capela, ecoou pelo palco da final o Hino Brasileiro, emocionando Felipe Wu e todos que estavam no local.  “Foi um momento legal. Espero que com a medalha o esporte fique mais conhecido no país”, comentou Wu, que também recebeu um telefonema do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, felicitando o atleta pela conquista.
 
 
Júlio Almeida
Na fase classificatória, o atirador Julio Almeida terminou a competição em 13o lugar, e apenas oito seguiriam para a final. “Não dá para dizer que foi ruim, mas senti um gostinho de derrota, eu tinha condições de chegar na final. Pelo menos 30 atletas tinham condições e só oito entram”, lamentou Julio.
 
Primeiro ouro dos Jogos
Eram 11h deste sábado quando saiu a primeira medalha dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A dona do primeiro ouro foi a norte-americana do tiro de carabina de ar 10m, Virginia Thrasher. Ela entra para a história desta edição após cravar 208.0 pontos na etapa final. “Foi estressante. Meu coração batia acelerado. Eu  só tinha um objetivo que era fazer o melhor.  Estou feliz com o resultado”, comemorou a medalhista de 19 anos. 
 
A prata ficou a chinesa Li Du, com 207.0 pontos. Durante a etapa classificatória, a chinesa, medalha de ouro em Atenas 2004, quebrou o recorde mundial e olímpico da modalidade, com 420.7 pontos. “Fiquei parada por dois anos, não esperava voltar tão bem”, afirmou a chinesa.  A China também conquistou o bronze  com Siling Yi, que acumulou 185.4 pontos. 
 
Já a brasileira Roseane Budag foi a penúltima da classificação geral com 396.9. “Meu batimento cardíaco aumentou, fiquei nervosa e perdi o tempo da prova. Foi uma tragédia!”, lamentou a brasileira. 
 
Investimentos
O governo federal oferece apoio ao tiro esportivo em diversas frentes. Por meio de convênios, os investimentos tiveram início em 2010, quando foi destinado R$ 2,5 milhões foram alocados para a participação em eventos internacionais e para ajudar a preparar a seleção olímpica para os Jogos de 2016, com a estrutura do Centro Nacional de Tiro Esportivo, em Deodoro.
 
Em 2013, um convênio de R$ 2,5 milhões investiu na preparação de cerca de 70 atletas para competições internacionais, incluindo o Mundial de 2014, os Jogos Pan-Americanos de 2015, três edições da Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Os recursos foram destinados à descoberta de talentos e ao custeio da equipe multidisciplinar, da comissão técnica e do pessoal técnico para o Centro Nacional, em Deodoro.
 
O ano de 2014, por sua vez, contou com dois convênios firmados entre a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE) e o Ministério do Esporte. O primeiro deles, no valor de quase R$ 2 milhões, teve o objetivo de proporcionar infraestrutura técnica adequada para a preparação do atleta Cássio Rippel. Já o segundo convênio, de R$ 1,9 milhões, foi voltado à participação da seleção brasileira nas principais competições de tiro ao prato, também com foco na preparação para os Jogos Olímpicos.
 
A Bolsa Pódio beneficiou quatro atletas ao longo do atual ciclo olímpico, investindo um total de R$ 459 mil. Na modalidade paralímpica, mais um atleta foi contemplado (R$ 204 mil). Já na Bolsa Atleta, entre 2012 e 2015 foram 962 bolsas concedidas nas categorias base, nacional, internacional e olímpica/paralímpica, totalizando um aporte de quase R$ 12,9 milhões.
 
Michelle Abílio, brasil2016.gov.br
 
 

Cristo Redentor recebe 122 ministros do Esporte de todo o mundo

Ministro Leonardo Picciani visitou o Cristo Redentor acompanhado de Ministros do Esporte de países estrangeiros (Foto: Francisco Medeiros/ME)Ministro Leonardo Picciani visitou o Cristo Redentor acompanhado de Ministros do Esporte de países estrangeiros (Foto: Francisco Medeiros/ME)Aos pés do Cristo Redentor , uma das sete maravilhas do mundo moderno, 122 ministros do Esporte de várias partes do mundo se reuniram na tarde desta sexta-feira (5.08), recepcionados pelo titular brasileiro da pasta, Leonardo Picciani. “Espero que essa bela cidade e o povo acolhedor do Brasil possam encantar a cada um de vocês  e que cada um de vocês, ao fim dos Jogos Olímpicos, retornem para seus países com uma mensagem do povo brasileiro, de paz, esperança e congraçamento”, afirmou o ministro anfitrião.
 
O reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, levou a saudação do arcebispo do Rio, cardeal  Orani João Tempesta, aos presentes.  “É um dia histórico para o Cristo Redentor, porque tivemos hoje dois grandes acontecimentos: de manhã, recebemos a tocha olímpica e agora recebemos todos vocês nesta tarde especial”, destacou. 
 
Ao som do grupo de samba Chororosambô, que tocou em um palco montado no pátio do monumento, os colegas de pasta interagiam e aproveitavam o momento para trocar e dividir experiências.  “Essa é a lembrança de uma vida. É importante reunir a família do esporte de todo o mundo. Estava aguardando ansiosamente por este momento.  O Rio é incrível, muito melhor do que eu pensava”,  disse a ministra do Esporte da Noruega, Linda Cathrine Helleland.
 
“Os Jogos são isso: a solidariedade, a partilha, o respeito, o  trabalho em equipe, isso é o que importa. O fato de estarmos aqui, todos os países do mundo, mostra que temos que continuar a incutir nas pessoas o espírito olímpico”, ressaltou o ministro de Cabo Verde, Fernando Elísio Freire.
 
O ministro de Botsuana, Thapelo Olopeng, ressaltou esse encontro histórico. “Esse é um encontro muito importante para mim, e ministros do mundo todo. Serve realmente para mostrar quão forte é o esporte. Todos estamos aqui por causa do esporte.”
 
“É importante estarmos juntos para poder criar pontes, criar laços, e daqui saírem respostas conjuntas para muitos problemas. Mas mais do que tudo é uma oportunidade para celebrar os jogos do Rio, ver como a cidade se adaptou e está preparada para os Jogos. Todos os sinais são de que este será um grande evento esportivo. É a primeira vez que uma cidade lusófona tem a oportunidade de receber os Jogos. Para a delegação portuguesa é fantástico poder competir em um país irmão como o Brasil”, enfatizou o ministro de Portugal, Tiago Brandão.
 
Emília Andrade, do Rio de Janeiro
Ascom – Ministério do Esporte
 

Brasil apresenta o Plano de Legado dos Jogos. Instalações olímpicas integrarão a Rede Nacional de Treinamento

As instalações do Parque Olímpico da Barra da Tijuca e do Complexo Esportivo de Deodoro integrarão a Rede Nacional de Treinamento, dando continuidade ao desenvolvimento do esporte de base e o de alto rendimento, anunciou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, na tarde da última quinta-feira (04.08), ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
 
Arena da Juventude, no Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro)Arena da Juventude, no Parque Olímpico de Deodoro. (Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro)
 
Eles apresentaram, no auditório do Rio Media Center, o plano de legado das instalações esportivas construídas e reformadas para os Jogos Rio 2016, e o destino dos equipamentos e materiais esportivos adquiridos para o megaevento. O plano é resultado da parceria entre os dois entes, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil, do Comitê Paralímpico Brasileiro e das diversas entidades esportivas do país.
 
"A formação do legado olímpico é a principal prioridade do Ministério do Esporte. Os Jogos Olímpicos duram 16 dias e os Jogos Paralímpicos duram 11 dias, mas o fundamental é que esses equipamentos fiquem para o Rio de Janeiro, para o país e para as futuras gerações", afirmou Picciani.
 
Segundo o plano apresentado pelo ministro, as instalações na Barra da Tijuca e em Deodoro integrarão os Centros Olímpicos de Treinamento (COT). A gestão e a manutenção das instalações ficarão a cargo da iniciativa privada, do Exército Brasileiro e das confederações esportivas, por meio de convênios com o Ministério do Esporte.
 
"A Rede Nacional de Treinamento será o carro-chefe do nosso plano de legado. Os repasses de recursos estarão vinculados a projetos realizados dentro das instalações da Rede. O Plano de Legado do Governo Federal é baseado nesta rede e vai unificar todos os equipamentos esportivos do Ministério do Esporte no país, desde dos centros de iniciação locais até os centros de alto rendimento", explicou o ministro.
 
Parcerias
 
Na Barra da Tijuca, a responsabilidade será de Parceria Público-Privada (PPP) da Prefeitura do Rio, com a participação de confederações. "É uma concessão que foi lançada no dia 30 de junho. O objetivo desta PPP é a manutenção e operação das instalações do Parque Olímpico. O complexo também ganha uma pista de atletismo que é uma obrigação da PPP na construção do local", ressaltou o prefeito Eduardo Paes.
 
Já no Complexo Esportivo de Deodoro, a gestão vai ser realizada pelo Exército Brasileiro em parceria com entidades esportivas. Na região, o Parque Radical, com os circuitos de canoagem slalom, mountain bike e a pista de BMX, será concedido à Prefeitura do Rio, permitindo o desenvolvimento do esporte - atribuição das confederações - e a oferta de lazer para a comunidade.
 
"A gente reafirma o nosso compromisso de fomentar e promover as atividades esportivas em áreas que estão sob cuidado da prefeitura como o Parque da Barra e o Parque Radical e a prefeitura se compromete a disponibilizar dentro do calendário de competições esses equipamentos para o uso esportivo", disse o ministro do Esporte, Leonardo Picciani.
 
Rede Nacional
 
A Rede Nacional de Treinamento foi criada pela Lei 12.395/2011, com o objetivo de interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas. Também pretende aprimorar e permitir o intercâmbio entre técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte.
 
A gestão das instalações, com foco no desenvolvimento do esporte, da iniciação ao alto rendimento, seguirá as diretrizes da rede, publicadas pelo Ministério do Esporte no Diário Oficial da União na última terça-feira (02.08).
 
A rede será composta por instalações construídas e equipadas pelo Ministério do Esporte, em parceria com entidades esportivas, prefeituras e governos estaduais. Entre elas, instalações fora do Rio de Janeiro (RJ), como o Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA), a Arena Caixa de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP), o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF), o Velódromo de Indaiatuba (SP), o Centro de Canoagem, em Foz do Iguaçu (PR), o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, que comporta 15 modalidades, em São Paulo (SP), o Centro de Desenvolvimento do Handebol, em São Bernardo do Campo (SP) e o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE). E instalações equipadas, como os 16 centros de ginástica, montados em 13 cidades brasileiras e os 29 clubes e ginásios de basquete em todo o país, entre outras.
 
Equipamentos e materiais esportivos
 
Outro importante legado dos Jogos Rio 2016 é formado por 216 tipos de materiais e equipamentos esportivos adquiridos pela União, com investimento de R$ 118,7 milhões. Com o encerramento das competições, parte desses itens ficará com as Forças Armadas e o restante será destinado a prefeituras e governos estaduais, além de confederações. O Ministério do Esporte lançará edital de chamada pública para a seleção de interessados.
 
Entre os itens, estão piscinas e pisos oficiais para badminton, tênis de mesa, handebol, pentatlo moderno, bocha, goalball, boxe, esgrima e rúgbi em cadeira de rodas. Além disso, foram adquiridos materiais esportivos do atletismo, do halterofilismo, do levantamento de peso e do taekwondo.
 
Os mais de 2.800 equipamentos e materiais esportivos adquiridos pelo Comitê Organizador Rio 2016 também poderão ser doados após as competições. No início de julho, o Ministério do Esporte estabeleceu as diretrizes para o processo. Como foram adquiridos com isenção fiscal, esses itens continuarão isentos se forem doados a escolas e universidades (federais, estaduais ou municipais) e às Forças Armadas. Caso a doação seja feita a confederações, clubes ou outras entidades privadas, o Ministério do Esporte certificará a entidade e validará o projeto de uso. De posse do certificado de validação do projeto, o Comitê Rio 2016 encaminha a documentação à Receita Federal para que os equipamentos possam ser doados mantendo-se a isenção fiscal.
 
Laboratório de Controle de Dopagem
 
A construção e a equipagem da nova sede do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), instalado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e a reforma e construção de instalações esportivas em unidades militares no Rio de Janeiro (RJ) completam o legado dos Jogos. Para a construção da nova sede, o LBCD recebeu investimentos de R$ 151,3 milhões do Governo Federal, além de outros R$ 74,6 milhões para a compra de equipamentos e materiais. O laboratório foi reacreditado pela Agência Mundial Antidopagem em maio de 2015, passando a ser o 34º do mundo credenciado pela instituição e o segundo da América do Sul. O outro fica em Bogotá, na Colômbia.
 
A tecnologia do controle de dopagem é a mais sofisticada possível, e cadeias produtivas de vários setores dependem de análises químicas qualificadas como as que são desenvolvidas para essa finalidade. O Brasil, portanto, ganhará conhecimento técnico-científico, porque o LBCD, além de fazer análises de sangue e urina para identificar dopagem, continuará atuando em pesquisas científicas e tecnológicas em diversas áreas, no ensino acadêmico e na formação de profissionais especializados.
 
Os investimentos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ ultrapassaram R$ 200 milhões. As instalações esportivas já estão sendo usadas como locais de treinamento das delegações brasileira e estrangeiras. Após as competições, serão incorporadas à Rede Nacional de Treinamento. Os investimentos em unidades militares foram feitos no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Escola Naval, na Universidade da Força Aérea (Unifa), no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e no Clube da Aeronáutica (Caer).
 
Michelle Abílio - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Carlos Alberto Torres e Edvaldo Valério tomam posse no Conselho Nacional do Esporte

 Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, preside reunião do (Foto: Emília Andrade/ME)Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, preside reunião do (Foto: Emília Andrade/ME)

Dois membros do Conselho Nacional do Esporte, Carlos Alberto Torres e Edvaldo Valério Filho, tomaram posse nesta quinta-feira (4.08), em reunião do colegiado na cidade do Rio de Janeiro. Ambos assumiram vagas de representantes do Esporte Nacional.

 Nascido no Rio de Janeiro, o “Capitão do Tri” (tricampeonato da Seleção Brasileira de futebol masculino na Copa do Mundo de 1970, no México) -como é conhecido Carlos Alberto Torres - foi um dos maiores laterais-direitos que já atuaram na modalidade.

Nas equipes brasileiras, ele jogou pelo Fluminense, Botafogo, Flamengo e Santos, marcando história em todos os times pelos quais passou. Também atuou no New York Cosmos, ao lado de Pelé, repetindo a parceria vitoriosa que realizaram na equipe santista e na Seleção Brasileira. Após se aposentar como jogador, Carlos Alberto Torres tornou-se treinador de várias equipes nacionais e internacionais. No seu primeiro ano como treinador, foi campeão brasileiro pelo Flamengo.

O baiano Edvaldo Valério Filho é um nadador brasileiro medalhista olímpico em Sydney 2000. Ele conquistou o bronze no revezamento 4x100 metros livres. Também obteve o 13º lugar no 4x200m livres, e o 23º lugar nos 50m livres.

Essa foi a primeira reunião presidida pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani. O próximo encontro do CNE está marcado para o dia 1º de setembro, também na sede da pasta localizada na capital fluminense.

Conselho Nacional do Esporte
O Conselho Nacional do Esporte (CNE) é um órgão colegiado de deliberação, normatização e assessoramento, diretamente vinculado ao ministro do Esporte, e parte integrante do Sistema Brasileiro de Desporto, tendo por objetivo buscar o desenvolvimento de programas que promovam a massificação planejada da atividade física para toda a população, bem como a melhoria do padrão de organização, gestão, qualidade e transparência do desporto nacional.
 
Emília Andrade, do Rio de Janeiro

 Ascom - Ministério do Esporte

Com presença de autoridades, Casa Brasil é inaugurada no Pier Mauá

A Casa Brasil foi oficialmente aberta nesta quinta-feira. Local ficará aberto nos armazéns 1 e 2, no novo Boulevard Olímpico, de 4 de agosto a 18 de setembro. A cerimônia contou com a presença de autoridades do governo federal, além de representante do governado do Rio e o prefeito da cidade Eduardo Paes. A partir desta sexta-feira, a visitação, gratuita, estará aberta ao público. Até o dia 18 de setembro, o local oferecerá programação diária com atrações permanentes, shows, eventos culturais, conferências e seminários, além de espaços para negócios.
 
Autoridades discursaram na cerimônia de abertura da Casa. (Foto: Divulgação / Ministério do Turismo)Autoridades discursaram na cerimônia de abertura da Casa. (Foto: Divulgação / Ministério do Turismo)
 
O objetivo da Casa Brasil é aproveitar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro para apresentar o país ao mundo em um espaço interativo e com experiências sensoriais. Espaços semelhantes foram construídos nas Olimpiadas de Pequim, em 2008, de Londres, em 2012, e na Copa do Mundo de futebol, na África do Sul, em 2010. No Rio, o local escolhido, no Boulevard Olímpico, é uma das áreas revitalizadas da cidade. A Casa Brasil tem 12,5 mil m² de área interna e externa.
 
A ideia é exibir a cultura, o turismo, o esporte e o legado olímpico e também propiciar ambiente de negócios. O espaço tem, ainda, mostras permanentes e eventos com foco na sustentabilidade, na inclusão e nas políticas públicas de igualdade.
 
Representando o presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que não poderia haver local melhor para a instalação da Casa. "É uma radiografia do Brasil, que nos mostra sob o ponto de vista da cultura, da vocação esportiva, da riqueza natural. A presença da Casa aqui no Porto também vai dar um novo direcionamento ao Rio como potência econômica", comentou.
 
Já o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, ressaltou o ganho de imagem do país no exterior. "É um espaço de promoção de grande magnitude que permite projetar nossa imagem na percepção do mundo. Não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade".
 
O ministro interino do Turismo, Alberto Alves, celebrou o fato de a Casa Brasil ter sido cuidadosamente pensada para agradar a todos os públicos, podendo atrair investidores e turistas. "Todos os brasileiros e estrangeiros poderão ver um Brasil diverso, colorido e alegre. A Casa concentra atrativos como uma espécie de trailer do que pode ser visto no país", afirmou.
 
A diversidade brasileira também foi apontada como um dos trunfos a serem mostrados na Casa, segundo o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, que considera o espaço um símbolo importante do Brasil nas Olimpíadas: "É um equipamento importantíssimo e instalado numa região revitalizada".
 
Serviço
Quando: de 04 de agosto a 18 de setembro
Horário de funcionamento: das 10h às 20h durante os Jogos e das 14h às 20h entre a Olimpíada e Paralimpíada. Atrações culturais diárias das 19h às 22h.
Onde: Praça Mauá, nas proximidades do último ponto de encontro do Píer Mauá
Entrada: gratuita
Órgãos participantes: Ministérios do Esporte, Turismo, Cultura, Relações Exteriores, Saúde e Educação, Embratur, Apex-Brasil, Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobrás e BNDES.
 
Informações pelo email casabrasil2016@presidência.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 

Na Mídia - Rigor dos testes antidopagem é essencial para um esporte "mais limpo"

Artigo publicado originalmente no UOL em 4 de agosto de 2016
 
Para entender a importância do combate à dopagem (doping, na língua inglesa) é preciso primeiro considerar os prejuízos causados aos atletas que jogam limpo. Quem se dopa utiliza substâncias e métodos proibidos que constam na Lista da Wada-AMA (Agência Mundial Antidopagem). A dopagem melhora o desempenho físico e/ou psicológico dos atletas que participam de competições.
 
Para o atleta, o ato de subir ao pódio é sempre muito importante. É uma ocasião ímpar que faz com que toda a sua dedicação faça sentido. É uma emoção indescritível, principalmente quando ele ouve o hino de seu país, vê sua bandeira ser estendida e sabe que milhares de pessoas vão reconhecer o seu talento e passar a admirar o seu feito.
 
É para usufruir dessa comemoração e desse sentimento de orgulho e realização que o atleta se dedica diariamente a treinos extenuantes, segue uma dieta rigorosa e cumpre uma agenda que cerceia sua liberdade para se divertir e curtir muitos momentos na companhia de amigos e familiares. Não importa o nível de rendimento no qual ele está: a satisfação da vitória é sempre especial.
 
Quando um atleta que se dopou ganha uma competição, mesmo que o resultado seja descoberto no controle de dopagem – que acontece logo depois das provas mais importantes, na maioria das vezes –, a fraude só é provada quando a cerimônia de premiação já aconteceu. Mesmo devolvendo a medalha e outros prêmios, e que o atleta limpo seja declarado campeão, este "novo" vencedor não poderá mais voltar no tempo para subir no pódio e sentir aquela emoção. Maior ainda é o prejuízo quando a perda envolve o lugar mais alto do pódio ou quando se trata do quarto colocado, que assistiu de fora a entrega da premiação.
 
O justo é que todos possam disputar a prova em igualdade de condições, e não privilegiar o atleta que aceita caminhar por atalhos porque teve acesso a profissionais e substâncias de alto custo para ganhar de adversários que cumpriram as regras.
 
Com a profissionalização dos esportes, as vitórias passaram a representar consideráveis ganhos financeiros e fama. Envolve não apenas os atletas, mas vários outros profissionais, que podem ser treinadores, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas, que também dependem dos resultados de seus clientes para valorizar seu trabalho junto a outros atletas dispostos a participar de fraudes.
 
É uma questão de justo ou injusto, de certo ou errado. Ou seja, é uma questão de ética no esporte. Dopagem existe desde que os homens começaram a disputar competições. Se atualmente estamos vivendo uma época onde muitos escândalos de dopagem estão sendo revelados, é porque as organizações antidopagem de todo o mundo estão aumentando a quantidade de atletas testados, assim como a quantidade de testes realizados em cada atleta.
 
Casos emblemáticos – como o do velocista Ben Johnson, em 1988, na Olimpíada de Seul, do ciclista Lance Armstrong, sete vezes campeão do Tour de France, e, mais recentemente, da equipe de atletismo russa – mostram o tamanho das estruturas que envolvem a dopagem e estimulam jornalistas a investigarem possíveis esquemas de tráfico de substâncias, de equipamentos e toda a logística que pode estar sendo utilizada.
 
A Wada-AMA e as diversas organizações antidopagem estão desenvolvendo uma rede de troca de informações para identificar atletas e demais profissionais envolvidos no doping, e vêm estimulando as pessoas pegas em exames com resultados adversos a denunciarem esquemas e demais participantes em troca da redução das sanções a que estão sujeitas. Isso tem ajudado no combate dos casos adversos.
 
Para prevenir também é preciso educar e conscientizar tanto os atletas que já estão competindo como toda a sociedade, em especial as crianças, a respeito das consequências nefastas que o uso de dopagem provoca na vida de tantas pessoas. Para isso, a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) vem desenvolvendo materiais educativos que pretendemos utilizar junto a diferentes públicos, como familiares dos atletas, treinadores, estudantes, médicos e todos os demais interessados.
 
Outro aspecto fundamental do combate à dopagem é o mal que algumas substâncias causam à saúde, provocando efeitos colaterais que trazem consequências irreversíveis e que podem até mesmo levar à morte. O uso de anabolizantes por frequentadores de academias é bastante preocupante e a ABCD pretende fazer um forte trabalho de alerta e conscientização.
Quem quiser conferir se um medicamento ou seu princípio ativo possui, em sua composição, alguma das substâncias que constam da Lista de Substâncias e Métodos Proibidos da Wada-AMA, basta entrar no site www.abcd.gov.br e procurar pelo "Consulte a Lista".
 
Rogério Sampaio é ex-atleta, campeão olímpico de judô e secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)

Nota à imprensa

Sobre a matéria do diário Lance!, publicada nesta quarta-feira (3) com afirmações do ex-consultor da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) Luis Horta, cabe esclarecer o seguinte:
 
- A acusação é absurda e não tem nenhum sentido. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), vinculada ao Ministério do Esporte, segue estritamente os códigos internacionais e está comprometida em consolidar a política antidopagem no Brasil.
 
- O senhor Luis Horta, cujas declarações beiram a irresponsabilidade, esteve vinculado à ABCD até 30 de junho, quando terminou o seu contrato, e conduziu o Plano de Testes, com acompanhamento direto da WADA. Estranha o fato de que o senhor Luis Horta, como consultor internacional, não tenha apontado em sua gestão problemas que agora ele diz existirem, um mês após sua saída.
 
- Não houve decisão política alguma de interromper testes. O Ministério do Esporte e a ABCD estão empenhados na luta contra a dopagem no esporte no Brasil. Até 22 de junho deste ano, foram realizados 2.227 testes de urina e sangue em competição e fora de competição no país. Com a suspensão do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) pela WADA, em 22 de junho, a realização de testes programados para o período de 1º a 24 de julho (a liberação do laboratório ocorreu apenas em 20 de julho) ficou comprometida, pois as análises não poderiam ser submetidas ao LBCD.
 
- Mesmo com a suspensão do laboratório brasileiro, a ABCD consultou três laboratórios internacionais, com quem mantém acordos, para a possibilidade de receber amostras do Brasil no período de 1º a 24 de julho: o laboratório de Lisboa, no entanto, está suspenso, enquanto os laboratórios de Bogotá e Barcelona alegaram que estavam com capacidade esgotada e não poderiam atender demandas da ABCD. Por conta disso, testes previstos acabaram não sendo realizados neste período.  
 
- A troca no comando da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), com a nomeação do ex-atleta Rogério Sampaio, em 1º de Julho de 2016, e posse no dia 7 do mesmo mês, foi por uma  questão de confiança do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. Além de campeão olímpico do judô, ele jamais teve sua carreira manchada por qualquer acusação de dopagem e  muito menos aceitaria se envolver em questões que não condizem com a ética no esporte, como é o caso das acusações feitas por Luis Horta.
 
- O Ministério do Esporte e a ABCD refutam de forma veemente as acusações do senhor Luis Horta, que será acionado judicialmente para provar suas ilações ou se retratar publicamente.
 
Ascom - Ministério do Esporte

Reformada e tranquila, Unifa se torna o quintal do atletismo brasileiro

Da janela do quarto dá para ver os adversários treinando. São quenianos, portugueses, indianos e venezuelanos que chegam no início da manhã, passam o dia correndo e saltando e vão embora somente à noite. Fora do burburinho do coração dos Jogos Rio 2016, as instalações da Universidade da Força Aérea (Unifa) carrega um clima de cidade do interior dentro da capital fluminense. O conforto e a praticidade foram os atrativos para a escolha do local como a casa do atletismo brasileiro durante os Jogos Rio 2016.
 
Alojamentos da Unifa fica nas proximidades da área de treino. (Foto - Breno Barros/Me)Alojamentos da Unifa fica nas proximidades da área de treino. (Foto - Breno Barros/Me)
 
 
Cada atleta brasileiro vai sair de lá direto para a Vila Olímpica três dias antes de competir. O prédio onde estão instalados os atletas da delegação brasileira de atletismo fica ao lado da pista de treinamento, dentro do complexo da Universidade da Força Aérea (Unifa). Basta acordar, vestir a roupa de treino e descer para o trabalho de lapidação.
A instalação é um dos locais oficias de treinamento dos Jogos Olímpicos. Cerca de 50 atletas de várias partes do mundo realizam os trabalhos físicos e técnicos todos os dias. Nesta segunda-feira (1.8), passaram os atletas do Quênia, Coreia, Gabão, Portugal, Índia e Venezuela.
 
A brasileira Flávia Maria Lima, 23 anos, foi uma das primeiras a se instalar nos quartos da Unifa. Desde o dia 14 de julho a paranaense de Rio Negro vive no local. Serão 30 dias dormindo e treinando nas instalações até a estreia olímpica, quando disputará a prova de 800 metros.
 
"Tá muito bom. Nós temos um espaço só para a gente. Não temos distrações. Estamos perto da pista, não existe o stress de acordar mais cedo, pegar ônibus e enfrentar trânsito. Ficar aqui ajuda muito na recuperação e no descanso do corpo", explica.
 
Estrutura e parceria
 
Outra atleta que deixou a sua casa e foi morar na Unifa foi a paranaense Tábata Vitorino, de 20 anos. Ela vai representar o Brasil no revezamento 4 x 400m. "Temos uma estrutura bem legal. É uma oportunidade treinar aqui, uma experiência grande, principalmente porque dividimos os treinos com atletas de outros países".
O paulista Altobeli Santos, 25 anos, vai enfrentar a prova de 3.000 metros com obstáculos, e encara a aclimatação como um período estratégico. "Com a chegada aqui deu para sentir um pouco do clima. O importante agora é fazer uma ótima aclimatação, pois nos horários das provas o calor é grande", analisa.
 
Outros Esporte
 
A universidade é uma das instalações militares que receberam investimentos para receber os melhores atletas do mundo durante as olimpíadas. O atletismo não é a única modalidade que utiliza o espaço. As seleções de vôlei e de polo aquático também treinam no local.
 
Unifa recebeu investimentos do ME para a construção da pista de atletismo, ginásio, e piscina -Foto Breno BarrosUnifa recebeu investimentos do ME para a construção da pista de atletismo, ginásio, e piscina -Foto Breno Barros
 
 
Localizada na área militar de Campo dos Afonsos, a universidade recebeu investimento de R$ 58,2 milhões para construção da pista de atletismo, do ginásio poliesportivo e da piscina.
 
Os treinos nas quadras de vôlei começaram na última semana. Os primeiros a treinar nas quadras, os cubanos são os jogadores que mais utilizaram a estrutura. "Hoje a gente está recebendo o Japão feminino e o Egito. Provavelmente vamos receber todas as seleções até o fim das olimpíadas", explica o tenente Leandro Rodrigues, coordenador das duas quadras de vôlei da Unifa.
 
A quadra de vôlei conta com ginásio totalmente climatizado. A estrutura recebeu o investimento de R$ 6,9 milhões. Para Rodrigues, a estrutura é um avanço que garantiu a modernização dos espaços esportivos na aeronáutica. "Foi muito importante essa parceria que foi feita com o Ministério do Esporte. Será um grande legado que vai ficar para a força aérea", comemora.
 
 
Investimentos
 
O Ministério do Esporte investiu cerca de R$ 146,1 milhões na construção, reforma e adaptação de instalações esportivas em unidades militares para que sirvam de locais de treinamento à delegação brasileira e às delegações estrangeiras durante os Jogos. Além da Unifa, receberam investimentos o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), a Escola Naval, o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e o Clube da Aeronáutica (Caer).
 
Breno Barros, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Trégua Olímpica reforça valores pacíficos dos Jogos

Quando idealizou os Jogos Olímpicos da Era Moderna tendo como fonte de inspiração as Olimpíadas da Grécia Antiga, o francês Pierre de Frédy, mais conhecido como o Barão de Coubertin, imaginava, entre outros sonhos, que os ideais do esporte e do olimpismo grego pudessem contribuir para um mundo mais unido e em paz.

Nesse sentido, um dos aspectos mais marcantes dos antigos Jogos Olímpicos na Grécia era a chamada Trégua Olímpica, um acordo que remonta ao século IX A.C. e que determinava a suspensão das guerras de modo que atletas, artistas e suas famílias pudessem viajar em segurança para competir e assistir aos Jogos Olímpicos e, depois, retornar da mesma forma aos seus locais de origem.

Nesta segunda-feira (01.08), a quatro dias da abertura oficial dos Jogos, uma cerimônia realizada na Zona Internacional da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, teve como objetivo reforçar o ideal da Trégua Olímpica quase três mil anos depois de os gregos terem dado esse exemplo ao mundo.

O evento contou com a participação de diversas autoridades, entre elas os presidentes do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach; e do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Philip Craven. Também participaram o ministro do Esporte, Leonardo Picciani; o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; além da presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos Rio 2016, Nawal El Moutawakel. Todos foram recebidos pela prefeita da Vila dos Atletas, Janeth Arcain e, em suas mensagens, ressaltaram a importância dos Jogos para reforçar ideais de paz e união entre os povos.

A cerimônia da Trégua Olímpica também contou com a presença de atletas e representantes do Time de Refugiados, que pela primeira vez disputará os Jogos Olímpicos. No início da cerimônia, todos acompanharam uma apresentação do Coral Infantil Coração Jolie, formado por 26 crianças refugiadas que vivem no Brasil.

O Coral Infantil Coração Jolie, formado por 26 crianças refugiadas que vivem no Brasil, se apresenta na abertura da cerimônia da Trégua Olímpica. Foto: Roberto Castro/MEO Coral Infantil Coração Jolie, formado por 26 crianças refugiadas que vivem no Brasil, se apresenta na abertura da cerimônia da Trégua Olímpica. Foto: Roberto Castro/ME

Em seu discurso, Thomas Bach usou a Vila dos Atletas como exemplo de tudo o que os Jogos significam e da mensagem que o megaevento pode passar para o planeta. “A Vila Olímpica é o coração dos Jogos Olímpicos. É o lugar onde atletas de todo o mundo vivem em paz e harmonia dividindo emoções. Eles mandam um exemplo de coexistência pacífica. Esse é o espírito verdadeiro da diversidade olímpica”, afirmou.

Os milhares de atletas que disputarão as Olimpíadas no Rio foram representados na cerimônia pela ex-esgrimista alemã Claudia Bokel, que, a exemplo de Thomas Bach, exaltou os valores de igualdade e de paz transmitidos pelos Jogos.

O ministro do Esporte ressaltou o orgulho do Brasil por receber a primeira edição dos Jogos Olímpicos da América do Sul e falou sobre a importância da cerimônia realizada no final da manhã desta segunda-feira no Rio.

O ministro do esporte, Leonardo Picciani, deixa sua mensagem: Mais esporte e mais paz. Foto: Roberto Castro/ME O ministro do esporte, Leonardo Picciani, deixa sua mensagem: Mais esporte e mais paz. Foto: Roberto Castro/ME

“A Olimpíada é carregada de símbolos e de bons exemplos. A Trégua Olímpica é uma tradição, um símbolo do que representam os Jogos Olímpicos com o congraçamento dos povos e a paz mundial. Portanto, são exemplos como esse que a humanidade cada vez mais deve exaltar”, disse Picciani, que falou também sobre a contagem repressiva para a cerimônia de abertura, no dia 5 de agosto, no Maracanã.

“A expectativa é a melhor possível. O clima olímpico e o espírito olímpico já estão tomando conta do Brasil e nós aqui no Rio de Janeiro já sentimos essa energia. Tenho certeza de que os Jogos Olímpicos serão extraordinários”, disse o ministro.

Ao fim da cerimônia, Thomas Bach e Carlos Arthur Nuzman inauguraram um mural onde eles e as demais personalidades presentes puderam deixar gravadas suas mensagens para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Refugiados

A Trégua Olímpica dos Jogos Rio 2016 foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em outubro de 2015 e foi apoiada por 180 dos 193 países membros da ONU. Durante aquele encontro da Assembleia Geral, o presidente do COI lembrou da importância da Trégua para a promoção da paz, a tolerância e o entendimento entre os povos. Na ocasião, ele informou ainda que a entidade estava considerando a criação de uma equipe de atletas composta exclusivamente por refugiados, o que se concretizou para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Assim, pela primeira vez na história, uma equipe composta por 10 atletas refugiados participará das Olimpíadas. Os atletas já estão no Brasil e disputarão o evento em quatro diferentes esportes: natação, judô, atletismo e maratona. Eles são refugiados da Síria, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Etiópia e, assim como as crianças do Coral Infantil Coração Jolie, foram forçados a deixar seus países de origem por causa de guerras e perseguições. Os atletas congoleses da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados Popole Misenga e Yolande Bukasa vivem no Brasil e disputarão os Jogos no judô.

 “Para mim é ótimo estar aqui porque nosso exemplo dos refugiados é mais um para que o mundo saiba que hoje temos crianças refugiadas em todo o mundo e que elas precisam de mais ajuda”, clamou Popole Misenga, que vive no Rio, é casado com uma brasileira, com quem tem um filho e um segundo já está a caminho.

“Quando me falaram que eu poderia ter a chance de disputar os Jogos Olímpicos, eu pensei: ‘Como vou disputar a Olimpíada? Eu sou um refugiado. Isso nunca aconteceu antes’. E hoje estou aqui, na Olimpíada, na Vila. Nunca vou me esquecer de tudo isso que estou vivendo. Se Deus me ajudar a ganhar uma medalha, gostaria de poder dividi-la ao meio e dar uma parte para o COI e outra parte para toda a delegação dos refugiados”, revelou o judoca.

Vivendo no Brasil há um ano, o pequeno Angelo Sakula, de 12 anos, foi uma das crianças que se apresentou no Coral dos refugiados. Nascido em Angola, ele ficou encantado com a experiência e a chance de visitar a Vila Olímpica e cantar em um evento dos Jogos Rio 2016.

“Achei tudo muito legal. Acho que o coral cantou muito bem e achei esse lugar todo muito bonito”, afirmou Sakula, que elegeu o futebol, as provas de salto do atletismo e o vôlei os esportes preferidos dos Jogos Rio 2016. “Vou torcer muito pelo Brasil”, avisou.

1992: o início

A ideia da Trégua Olímpica nos Jogos da Era Moderna teve início em 1992, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) mobilizou a Organização das Nações Unidas (ONU) para que uma trégua pudesse facilitar a participação dos atletas da antiga Iugoslávia nos Jogos Barcelona 1992. O pedido prosperou e, um ano depois, a primeira resolução da Trégua Olímpica foi aprovada na 48ª Assembleia Geral da ONU, às vésperas dos Jogos de Inverno Lillehammer 1994.

Desde então, a tradição se mantém: a cada dois anos, antes do início dos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno, o presidente da ONU faz um apelo solene aos países-membros da organização. A resolução proposta é intitulada “Construindo um mundo pacífico e melhor por meio do esporte e do ideal Olímpico” e tem como objetivo proteger os atletas e o esporte durante as competições, além de encorajar soluções diplomáticas para conflitos ao redor do mundo.

O texto é reescrito a cada edição do evento, fruto de uma parceria entre o COI, o Comitê Organizador daquela edição dos Jogos e o Escritório do Esporte pelo Desenvolvimento e pela Paz (USNOSDP) da ONU.

Na prática, a resolução pede a paralisação dos conflitos no período entre sete dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos até sete dias depois da cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos.

As nações que concordam assinam o documento – Londres 2012 foi a primeira edição dos Jogos que conseguiu 100% de adesão dos países-membros da ONU. Apesar de não encerrar definitivamente os conflitos, a trégua abre precedentes para que sejam reiniciadas eventuais negociações diplomáticas e que seja enviada ajuda humanitária para a população, o que muitas vezes é decisivo para salvar vidas.

Foi o que aconteceu em 1994, quando, após a ONU escrever aos chefes de estado sobre a trégua Olímpica, o COI enviou uma delegação à cidade de Sarajevo, sede da edição dos Jogos de Inverno de 1984, que vivia uma guerra civil pela dissolução da extinta Iugoslávia.

A incursão visava a alertar ao mundo sobre o conflito nos Balcãs, mas também promover uma pausa para que a população fosse atendida – estima-se que aproximadamente 10 mil crianças foram vacinadas em um único dia. O mesmo apelo contribuiu ainda para um cessar-fogo na guerra entre Exército Popular de Liberação Sudanês e seu governo e para a suspensão do conflito armado da Geórgia com a Abecásia.

Outro momento marcante da história da trégua Olímpica na Era Moderna aconteceu no ano 2000, quando um parágrafo sobre a iniciativa foi incluído na Declaração do Milênio, assinada por 150 países e apoiada por diferentes personalidades mundiais, como os ex-presidentes da África do Sul Nelson Mandela e dos Estados Unidos Bill Clinton, o ator Roger Moore, representantes da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa Grega e mais de 400 chefes de Estado.

 

Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br, com informações do Rio 2016

Ascom - MInistério do Esporte

Nova lei cria a Justiça Desportiva Antidopagem

O Diário Oficial da União desta sexta-feira (29/07) publicou a sanção da Lei nº 13.322/2016, assinada pelo presidente em exercício Michel Temer. O Brasil terá a Justiça Desportiva Antidopagem (JAD), formada por um Tribunal e uma Procuradoria, dotados de autonomia e independência para o julgamento das violações às regras antidopagem e das infrações, bem como a homologação de decisões estrangeiras.
 
Com a criação da Justiça Desportiva Antidopagem, o Brasil estará em conformidade com uma convenção assinada na Unesco por diversos países, que se comprometeram a criar tribunais únicos para cuidar dos casos de violações às regras de controle de dopagem.
 
A JAD não substituirá os tribunais de justiça desportiva das confederações e não terá atuação durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Cuidará apenas dos casos referentes à dopagem e do julgamento de atletas brasileiros. A JAD funcionará junto ao Conselho Nacional do Esporte (CNE) e será composta, de forma paritária, por representantes de entidades da administração do desporto, de entidades sindicais dos atletas e pelo Poder Executivo. Os representantes do Executivo serão nomeados pelo ministro do Esporte. Os demais serão indicados pelo CNE. A composição do JAD também buscará assegurar a paridade entre homens e mulheres.
 
Os procedimentos para julgamento e a homologação de decisões estrangeiras seguirão o disposto no Código Brasileiro Antidopagem.
Durante os Jogos Olímpicos, que começam a ser disputados na próxima semana no Rio de Janeiro, a coleta e as análises de amostras, bem como a detecção de casos de dopagem, são de responsabilidade do Comitê Olímpico Internacional. Os julgamentos serão feitos por uma seção especial da Corte Arbitral do Esporte. As sanções são as que estão previstas no Código Mundial Antidopagem.
 
ABCD
 
A legislação publicada também trata das atribuições da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e dispõe sobre medidas tributárias, referentes à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Foi alterada a Lei nº 9.615/1998 (Lei Pelé), com a definição das responsabilidades da ABCD, como a obrigação de treinar e certificar os agentes de coleta e a decisão sobre a escolha da realização dos testes de controle. A ABCD também passa a ser a única instituição que poderá expedir as Autorizações de Uso Terapêutico (AUTs).
 
Cláudia Sanz
Ascom – Ministério do Esporte

Ministério do Esporte e prefeitura inauguram Rio Media Center, base de referência para a imprensa

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, deram as boas-vindas a jornalistas da imprensa nacional e estrangeira na cerimônia de abertura do Rio Media Center (RMC), nesta quarta-feira (27.07). O centro foi construído especialmente para oferecer estrutura física a jornalistas que vão trabalhar na cobertura não esportiva do evento, e funcionará 24 horas durante os 45 dias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

"Vocês terão a oportunidade de narrar a história dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, que acontecem pela primeira vez na América do Sul. São histórias de transformação, para que todos possam se sentir parte deste extraordinário momento de muito orgulho para o Brasil", disse o Picciani.

Ministro Leonardo Picciani, prefeito Eduardo Paes e representantes do governo do estado e da APO na abertura do Rio Media Center. (Foto: Roberto Castro/ME)Ministro Leonardo Picciani, prefeito Eduardo Paes e representantes do governo do estado e da APO na abertura do Rio Media Center. (Foto: Roberto Castro/ME)

O ministro também destacou que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos ficarão marcados pela capacidade do Rio, do Brasil e da América do Sul de fazerem um grande evento. "Com certeza, vamos ter muito sucesso no Rio 2016", disse ele, que elogiou a Prefeitura pela estrutura montada no Rio Media Center, uma parceria com o governo federal para atender à imprensa nacional e internacional.

Eduardo Paes explicou que o RMC será ponto de referência para a imprensa brasileira e estrangeira acompanhar de perto a história da organização da Rio 2016. "Do ponto de vista da cidade e do país, tem uma história que vem antes, da organização da Rio 2016 e dos Jogos propriamente ditos. Aqueles que acompanham as transformações na cidade já perceberam que o evento representa um enorme sucesso para o município. O Rio recebeu um conjunto de instalações urbanas há muito esperadas. Não é uma cidade perfeita, mas é uma cidade muito melhor", afirmou.

Investimentos
O prefeito ressaltou investimentos realizados em áreas com maiores índices de violência e menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), como em Deodoro, bairro no limite do Rio com a Baixada Fluminense e que concentra grande população jovem. A região já foi impactada por transformações urbanas e alternativas de lazer. "Temos um País com desigualdades e desafios, mas que melhorou muito nos últimos anos, tirou muita gente da pobreza e consolidou as instituições. Temos problemas, mas é um país que nós, brasileiros, temos muito orgulho de apresentar ao mundo", disse Paes.

O secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola, que também participou do evento de abertura do RMC, afirmou que o evento acelerou investimentos em transporte público de alta capacidade - barcas, trens e metrô - que beneficiam os moradores do Rio e arredores.

"Temos quatro novas barcas em funcionamento e seis que vão começar a operar. Hoje, 96% da frota de trens é nova, com ar-condicionado. O metrô, a maior obra de infraestrutura urbana da América Latina que está sendo entregue agora no dia 30, vai beneficiar mais 300 mil pessoas por dia.  O morador do Rio de Janeiro vai pegar o trem para assistir aos jogos em Deodoro e no Engenhão num transporte de alta qualidade. É uma mudança completa em relação a 2009", afirmou Espíndola.

Rio Media Center vai funcionar 24 horas durante o período dos Jogos e funcionará como base de apoio para jornalistas credenciados e não credenciados no evento. (Foto: Roberto Castro/ME)Rio Media Center vai funcionar 24 horas durante o período dos Jogos e funcionará como base de apoio para jornalistas credenciados e não credenciados no evento. (Foto: Roberto Castro/ME)

Investimento no Esporte
O ministro Leonardo Picciani ressaltou ainda o investimento do Governo Federal no esporte nacional, refletido no tamanho da delegação brasileira. “Costumamos nos prender ao número de medalhas, mas tem um dado importante que é o tamanho da delegação. Já podemos ver o avanço. Em Londres, nossa delegação era de 270 atletas. Nesta, no nosso País, contamos com 462. O resultado é fruto de um trabalho permanente de investimento no esporte, que visa desenvolver a cultura esportiva no Brasil”,  destacou.

O ministrou anunciou também que o plano de legado que será apresentado no início de agosto integrará todas as regiões brasileiras. “Vamos unificar os equipamentos esportivos em todas as regiões, aperfeiçoando nossa rede nacional de treinamento, que funcionará de acordo com uma lógica única, para otimizar o uso em benefício da população brasileira em qualquer Estado”,  explicou.

Sobre o Rio Media Center
O Rio Media Center reúne uma estrutura de 2.700 m², erguida especialmente para o evento em local estratégico - na Cidade Nova, ao lado do Comitê Rio 2016 e próxima às estações de metrô que oferecem conexão com o VLT. Há 130 estações de trabalho, internet gratuita, telefones, impressoras, salas de reunião, auditórios, dois estúdios de TV e seis de rádio, serviços de broadcasting e pontos para geração de imagem.

Funcionando 24 horas, o RMC terá programação diversificada para jornalistas, com entrevistas coletivas, briefings e press tours. Equipes de atendimento estarão à disposição da imprensa com informações sobre o Brasil, o Rio e as cidades que vão sediar os torneios olímpicos de futebol (Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e São Paulo), além de outros temas de interesse.

Todos os jornalistas, credenciados ou não para a cobertura dos Jogos, estão convidados a utilizar as instalações do Rio Media Center, que segue padrões internacionais adotados em centros abertos de mídia instalados em diversas edições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O modelo surgiu nos Jogos de Atlanta, a partir da necessidade de criar uma estrutura física para jornalistas sem credenciais para os torneios.

Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ressaltou os investimentos em equipamentos e estrutura esportiva que vêm sendo feitos em todo o país. (Foto: Roberto Castro/ME)Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ressaltou os investimentos em equipamentos e estrutura esportiva que vêm sendo feitos em todo o país. (Foto: Roberto Castro/ME)ENTREVISTA - MINISTRO LEONARDO PICCIANI

História do Rio 2016
Os jornalistas terão nos mais de 50 dias próximos a tarefa, a possibilidade e a oportunidade de narrar essa história dos Jogos Olímpicos de 2016, que pela primeira vez chegam à América do Sul e à cidade do Rio de Janeiro. Terão a oportunidade de levar ao mundo e ao restante do Brasil as histórias e a transformação que ocorrerão durante os Jogos, para que todos possam acompanhar de perto e se sentir parte deste extraordinário momento que o Brasil tem muito orgulho de sediar. Estes são os Jogos do Brasil, que ficarão marcados pelo sucesso e pela capacidade do país, do Rio e da América do Sul de fazer um grande evento, de receber cada uma das delegações, turistas e jornalistas. Com certeza vamos ter muito sucesso nas Olimpíadas.

Momento esportivo
O brasileiro é um apaixonado pelo esporte. Os Jogos serão uma oportunidade para ter contato com algumas modalidades que não são tradicionais. Isso será inspirador para a população praticar mais esporte. O Brasil sem dúvida nenhuma tem condição de fazer sua melhor participação na história dos Jogos. Muita gente só fala das medalhas, mas praticamente dobramos o tamanho da delegação de Londres para o Rio. De modo geral, creio que as Olimpíadas serão uma grande oportunidade de desenvolver a cultura do esporte no país.

Legado
O legado não está apenas na cidade do Rio de Janeiro. Temos Centros de Treinamento e equipamentos que foram construídos e serão destinados a todas as regiões brasileiras. Dentro disso estamos aperfeiçoando a nossa Rede Nacional de Treinamento. A intenção é unificar o funcionamento de todos esses equipamentos em todas as regiões do Brasil, para que os jovens possam usá-las e irem evoluindo ao longo de suas vidas esportivas. O legado será integrado em todo o país e funcionará em uma lógica única.

Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Jogos do Rio devem gerar US$ 200 milhões em turismo

 
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro devem gerar US$ 200 milhões em despesas extras de turistas entre julho e setembro. A estimativa foi feita pelo Banco Central e divulgada nesta terça-feira (26.07).
 
Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico da instituição, explicou que essa projeção de receita adicional leva em conta o que ocorreu e foi registrado nas últimas três Olimpíadas. "Essa é a receita apenas com gastos de estrangeiros com viagem", observou.
 
Rio já costuma ter um fluxo significativo de turistas estrangeiros em função do turismo. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brRio já costuma ter um fluxo significativo de turistas estrangeiros em função do turismo. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br
 
"Existem outros ganhos decorrentes dos Jogos, como os de exposição do País, de turismo, além de outros efeitos de mais longo prazo", ponderou.
 
Sem detalhar números, ele relatou que o desempenho da Grécia foi bom e que Londres teve resultado um pouco melhor. "Já na China, as receitas foram bem menos significativas", calculou.
 
Maciel lembrou que o Rio de Janeiro já é uma cidade turística e que recebe grande número de estrangeiros mensalmente. "Nossa estimativa são gastos de estrangeiros no País, considerando todos eles, inclusive as delegações. A cidade já tem um fluxo permanente de receitas de turistas independentemente da Olimpíada".
 

Emprego durante a Olimpíada

 
Segundo estimativa da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro devem gerar 4.080 postos de trabalho temporários em empresas cariocas de turismo. Garçons, motoristas e cozinheiros são os profissionais mais demandados.
 
Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Experiência e juventude são a cara da natação brasileira no Rio 2016

Em um “mix” de experiência e juventude, a seleção olímpica de Natação se prepara para sua olimpíada mais brasileira. Diferente de outras modalidades, a natação não teve vaga garantida por ser país sede, mas isso não impediu de ser a edição com maior número de nadadores brasileiros classificados na história dos Jogos. 
 
Serão 33 nadadores buscando seus melhores tempos. O recorde de atletas também é visto tanto no masculino quanto no time feminino. Os treinamentos seguem em dois períodos em São Paulo, até o dia 2 de agosto.
 
O time masculino, com 22 representantes e média de 26 anos, tem em seu elenco atletas de grande bagagem internacional e experientes em Jogos Olímpicos, como Thiago Pereira, Kaio Marcio e Nicolas Oliveira.
 
Fernando Vanzella, Jessica de Bruin Cavalheiro, Daynara de Paula e Etiene Medeiros. Foto: Satiro Sodré / SSPress/ CBDAFernando Vanzella, Jessica de Bruin Cavalheiro, Daynara de Paula e Etiene Medeiros. Foto: Satiro Sodré / SSPress/ CBDA
 
“Essa é a primeira vez que vamos com um número tão grande de atletas e comissão. Mas, o importante é que todos estamos com sentimentos bons. Todos estão bem centrados, tentando se adaptar cada vez mais a essa questão do sono. A estrutura que temos aqui é a melhor possível e, claro, nos ajuda a render cada vez mais”, analisou Nicolas Oliveira, que no Rio disputará sua terceira olimpíada.
 
Entre os estreantes olímpicos no time brasileiro, encontra-se uma geração com experiência internacional, na categoria de base. São os casos de Brandonn Almeida, campeão mundial junior e Pan-Americano (ambos em 2015); Matheus Santana, medalhista nos Jogos Olímpicos da Juventude (2014); Gabriel Santos e Luiz Altamir, finalistas do Mundial Junior (2013).
 
Brandonn Almeida - Foto: Satiro Sodré / SSPress / CBDABrandonn Almeida - Foto: Satiro Sodré / SSPress / CBDA
 
“Por eu ter participado de outras competições internacionais, tenho ideia do que é competir com os melhores, mas sei que uma experiência olímpica é diferente de tudo. Sinto que estou preparado para esse desafio. Há anos estamos treinando para isso e espero que dê tudo certo. A nossa equipe é bem grande, mas estamos bem unidos. Mesmo com quem não tínhamos muito contato, a interação está positiva”, comentou Brandonn Almeida.
 
Entre as mulheres, não é só o número recorde, de 11 nadadoras classificadas, que se destaca. Assim como no time masculino, a interação de gerações é grande e mostra o crescimento do trabalho de base. Com média de 24 anos, a equipe tem como referência em experiência olímpica, Joanna Maranhão. Nos Jogos do Rio, a nadadora competirá em sua quarta edição de Jogos Olímpicos. Assim como Joanna, Daynara de Paula e Graciele Herrmann já carregam na bagagem ao menos uma vivencia olímpica. 
 
“A gente veio de um ciclo olímpico muito positivo, em que tivemos a possibilidade de participar de muitas ações internacionais. Nesses últimos quatro anos uma geração nova foi se fortalecendo e crescendo mundialmente. As meninas tiveram mais oportunidades e conseguiram evoluir bastante, tendo a Etiene como um dos destaques. Hoje temos os três revezamentos femininos classificados para os Jogos, com chances de disputar finais, o que é muito positivo para a modalidade. Estamos em um processo de evolução muito bom, por conta do apoio que tivemos e que foram fundamentais nesse sonho olímpico, agora é hora de colocar em prática”, analisou Fernando Vanzella, coordenador da seleção feminina do Brasil.
 
A mais nova da equipe, Gabrielle Roncatto, de 18 anos, não vê a idade como dificuldade. A atleta que, já defendeu o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e no Mundial Junior FINA, ambos em 2015, nos Jogos do Rio irá compor o revezamento 4x200m livre. Suas companheiras serão Manuella Lyrio, Larissa Oliveira e Jessica de Bruin Cavalheiro.
 
“O time feminino está bem unido, mesmo nos treinos uma está incentivando a outra. Estou bem feliz de estar nadando com elas, que são minhas referencias na natação. Em especial a Manu e a Joanna sempre me incentivam e me passaram as suas experiências. Queremos muito estar na final olímpica, mas primeiro temos que fazer tudo direitinho e nos prepararmos bem. Sei que não tenho a mesma experiência que a maioria, mas treinei bastante para fazer parte da equipe. A gente já se conhecia do Pan e estou sempre aberta para os conselhos”, comentou Gabrielle Roncatto.
 
A natação brasileira conta com recursos dos Correios - Patrocinador Oficial dos Desportos Aquáticos Brasileiros -, e ainda do Bradesco/Lei de Incentivo Fiscal, Lei Agnelo/Piva - Governo Federal - Ministério do Esporte, COB, Speedo e Estácio. 
 
Fonte: CBDA
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

São José dos Campos comemora 249 anos com a passagem da chama olímpica

 
Conhecida nacionalmente por ser um pólo aeronáutico e aeroespacial, São José dos Campos celebra nesta quarta-feira (27.07) 249 anos de história, mas as comemorações começaram já no domingo. O revezamento da tocha olímpica, às vésperas do aniversário da Capital do Vale do Paraíba, na terça-feira (26.07), coroou a festa e mostrou que a cidade também tem vocação esportiva. Ao longo dos 9.4 quilômetros, os 47 condutores da chama festejaram com os joseenses as conquistas e feitos do município e dos próprios moradores, como a nadadora Fabíola Molina.
 
 
Natural de São José, a ex-atleta Fabíola Molina foi uma das condutoras da chama na cidade e se emocionou ao viver o momento. "Acho que a tocha consegue espalhar esse espírito olímpico para os condutores, para a cidade, para as pessoas envolvidas", afirma. Ela acredita que o evento é um marco também para o município. "São José é uma cidade que sempre gostou de esporte, sempre tivemos excelentes atletas representando o Brasil. Acho que é uma homenagem para a cidade", comemora.
 
Especialista em nado de costas, Fabíola já esteve em três olimpíadas, Sydney 2000, Pequim 2008 e Londres 2012. Para ela, é uma realização participar dos Jogos Olímpicos. "É realizar um sonho, de ter conseguido chegar onde você quis chegar por muitos anos", conta. A atleta diz que foram momentos diferentes. "Em Sydney eu tinha 25, em Pequim eu tinha 33 e em Londres eu tinha 37, estava meio que encerrando minha carreira. Sentimento de cumpri minha missão, contribui para o meu país como atleta, me doei ao máximo", avalia.
 
Dona de 10 medalhas em pan-americanos, sul-americanos e outras competições internacionais, a atleta destacou sua expectativa para os Jogos no Rio. "É difícil a gente medir o sucesso só em termos de medalhas, espero que a população brasileira não tenha só essa expectativa de só ganhar medalha", deseja. Segundo ela, o pódio é algo a mais. "A gente está torcendo para que isso aconteça, mas eu acho que o que a gente pode esperar é muita determinação", diz.
 
Fabíola levou a chama para a também atleta Verônica Hipólito, do atletismo paralímpico, que acendeu a pira no palco montado no Parque da Cidade Roberto Burle Marx, área esta que foi parte da antiga Fazenda da Tecelagem Parayba. Bastante emocionada, a jovem de 20 anos prometeu que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil serão um sucesso e comentou o fato de ter encerrado o revezamento com a Fabíola. "Fico muito feliz de terem sido duas mulheres encerrando a cerimônia aqui em São José. Isso é só o começo para nós mulheres, temos poder e teremos ainda mais", disse.
 
 

Percurso na cidade

 
A rota começou na avenida São João, no bairro Jardim das Colinas, e percorreu as principais ruas e pontos turísticos de São José, passando em frente ao Mirante do Banhado e à Igreja Matriz São José dos Campos. Antes de chegar à cidade celebração, a chama passou, ainda, pelas cidades de Suzano, Mogi das Cruzes e Jacareí.
 
Ainda no começo da rota, a chama passou por dentro do parque Vicentina Aranha, um dos maiores centros para tratamento de tuberculose da América Latina e um dos primeiros do país. Entrando pela avenida Nove de Julho coube à psicóloga Lívia de Souza conduzir à chama até o jardineiro José Lucindo, de 82 anos, com troca em frente à capela. De lá, a chama seguiu para o pavilhão central onde foi recebida pela jogadora de futebol feminina Daiane Menezes Rodrigues, a Bagé.
 
A atleta não escondia a alegria. "Acho que todos os atletas gostariam de estar participando de uma condução de tocha olímpica e isso não é diferente para mim. Eu acho que essa emoção, vou levar para o resto da minha vida, esse friozinho na barriga", disse. Para a gaúcha, nascida na cidade que deu origem ao apelido, a chama fala sobre transformação e serve de inspiração. "A tocha traz uma mensagem muita importante, principalmente para mim, traz paz, amor, pensar principalmente no próximo e saber que o esporte com certeza muda vidas, como mudou a minha e pode mudar de muita gente", afirma.
 
Desde 2010 em São José dos Campos, a jogadora acha que a passagem do fogo pela cidade foi um presente bem oportuno. "Com certeza é um dos melhores presentes que São José poderia ter. Eu já estou aqui praticamente há seis anos e me sinto uma joseense", garante. Bagé diz se sentir muito à vontade na cidade que escolheu para morar. "Eu tenho uma história muito legal aqui porque desde que eu cheguei fui muito bem acolhida pela cidade, pelos moradores e pelos torcedores, principalmente", lembra.
 
Sobre o time feminino do São José Esporte Clube, no qual atua como lateral-direita e zagueira, só tem a agradecer. "Pude conquistar praticamente todos os títulos mais importantes que o time tem, só ficou faltando o campeonato brasileiro. O principal foi campeonato mundial, único no Brasil. Isso é uma coisa muito importante", orgulha-se.
 
Bagé também tem no currículo uma passagem longa pela seleção brasileira de 2002 até 2013, quando teve uma lesão e precisou de afastar. "Minha passagem foi longa e produtiva. Só tenho a agradecer a seleção brasileira, principalmente, por ter me proporcionado coisas que eu jamais imaginei que eu iria viver dentro do esporte. Eu acho que o esporte está aí para mostrar que qualquer pessoa pode sonhar grande e quem sabe um dia acontece", finaliza a atleta que esteve nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.
 

Revezamento da Tocha - São José dos CamposRevezamento da Tocha - São José dos Campos

Vocação esportiva

 
A lista de atletas que residem em São José dos Campos e estão entre os brasileiros que estarão no Rio 2016 chega a 14 pessoas, dos quais quatro são naturais da cidade. O secretário de esportes e lazer de São José dos Campos, Fernando Cesar Vales, explica que essa vocação esportiva do estado se dá pelo esforço do governo, mas principalmente da população, ao dar o exemplo do rúgbi. "Você pega um grupo de pessoas que já tem um known-how (conhecimento) e começa a desenvolver isso nas escolas, no bairro. Uma forma de massificar as modalidade", conta.
 
O rúgbi se desenvolveu na cidade a partir de uma iniciativa social, de profissionais que gostavam e conheciam as técnicas da modalidade. Eles começaram a dar aulas para as crianças sem pretensões de alto rendimento, mas hoje já é uma referência no país e possui cinco atletas que treinam em São José escalados para os Jogos: Daniel Sancery, Edna Santini, Felipe Sancery, Lucas Duque e Moisés Duque.
 
De acordo com o secretário, o fato de a cidade ter muitas empresas voltadas para a área tecnológica é um fator positivo. "Por ser uma cidade de alta tecnologia, basicamente todas essas indústrias e empresas mantém o esporte como atividade para seus funcionários e algumas delas, inclusive, até com projeção nacional", explica. Com a passagem da tocha pela cidade, Vales acredita que será um fator de incentivo ainda maior para a prática esportiva. "A chama vai trazer para nós um pouco da esperança e do fortalecimento do esporte nacional, da valorização da nossa cidade. Vai trazer para a gente um pouco da necessidade de valorizar o que é nosso, as nossas potencialidades", espera. Além de ter sido um belo presente para a cidade. "A passagem da tocha no nosso município acho que foi um dos maiores presentes dos últimos 249 anos da cidade", completa.
 
Lilian Amaral - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Ministro do Esporte, Leonardo Picciani dá boas-vindas a jornalistas no Rio Media Center

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participa, nesta quarta-feira (27.7), às 10h, ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, da cerimônia de abertura do Rio Media Center (RMC).  Com 2.700m² de área construída, o centro aberto de mídia será um ponto de referência para a imprensa nacional e internacional.

O RMC foi criado para atender a demanda da imprensa que irá atuar além da cobertura esportiva. São esperados jornalistas de mais de 100 países, que terão acesso a 130 estações de trabalho, internet gratuita, equipamentos para uso compartilhado, estúdios de TV e rádio, salas de reunião e auditório.

Foto: Rio Media Center/divulgaçãoFoto: Rio Media Center/divulgação

Saiba mais: www.riomediacenter.com.br

» Serviço - Cerimônia de abertura do Rio Media Center
Data: 27 de julho de 2016
Horário: 10h
Local: Rua Madre Teresa de Calcutá, s/nº - Cidade Nova - Rio de Janeiro

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção Olímpica do Atletismo já treina no Rio de Janeiro

A seleção brasileira de atletismo já começou os treinamentos finais para os Jogos Olímpicos Rio 2016. A equipe fará a parte final da preparação na pista da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro.

Assim, o time entra agora no período chamado de Pré-Games e realizado por todos os esportes. Os treinos na CDA fazem parte de acordo feito entre a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e Governo Federal, por meio dos Ministérios do Esporte e da Defesa.

Darlan Romani na conquista do ouro do Ibero-Americano, em maio. (Foto: Washington Alves/CBAt)Darlan Romani na conquista do ouro do Ibero-Americano, em maio. (Foto: Washington Alves/CBAt)

Os atletas ocuparão as instalações na Universidade da Força Aérea (UNIFA) até a mudança para a Vila Olímpica, às vésperas do início das provas de cada um dos convocados.

Já estão treinando nas modernas instalações da Aeronáutica os arremessadores Darlan Romani e Geisa Arcanjo; os corredores Altobeli Silva (3.000m com obstáculos) e Flávia Maria de Lima (800m) e o marchador Caio Bonfim (20km e 50km).

Há um cronograma de chegada de atletas até o início do torneio de Atletismo, marcado para 12 de agosto, no Estádio Olímpico do Engenhão, quando a qualificação masculina do lançamento do disco abre a competição, às 9h30 (horário de Brasília).

Os treinos na CDA são fechados e apenas atletas e técnicos têm acesso, por conta das medidas de segurança naturais em instalações militares. Na próxima semana haverá uma janela de imprensa a ser comunicada a todos os interessados. Será pedido credenciamento prévio para acesso à área de entrevistas.

Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção de natação inicia aclimatação no CT Paralímpico em São Paulo

Em busca da melhor preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a seleção brasileira de natação começou, nesta segunda-feira (25.07), a aclimatação no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Os 33 nadadores do país anfitrião, maior delegação olímpica brasileira da modalidade na história dos Jogos, realizam dois períodos de treino nas piscinas, além de outras atividades fora d’água, acompanhados de perto pela maior delegação multidisciplinar que a equipe já teve. A aclimatação em São Paulo vai até o dia 2 de agosto.

Recém inaugurado, o CT Paralimpico conta com uma piscina olímpica, uma de 25 metros, área de aquecimento, arquibancada e toda a estrutura ideal para a prática da modalidade, incluindo academia.  Ao todo são 33 profissionais, das mais distintas áreas, envolvidos na preparação final da equipe brasileira. Antes mesmo de os treinos começarem, os atletas receberam as orientações da coordenação técnica, biomecânica e médica.

Foto: CBDAFoto: CBDAClínica do sono
Uma das novidades desta aclimatação é a interação com a equipe do Instituto do Sono, com a intensificação do trabalho voltado para a melhor performance da equipe. Isso porque os horários das provas olímpicas da natação - eliminatórias às 13h e finas com início às 22h - são inéditos.

“Nós estamos dando continuidade ao trabalho que iniciamos há quase três anos. Nesta fase, buscamos entender o perfil do sono dos nossos atletas. Com as provas em horários distintos do que eles estão acostumados, precisamos avaliar corretamente a rotina e em que momento eles reagem com as variações. Utilizaremos o banho de luz, crioterapia (método de resfriamento corporal), actigrafia (método de monitoramento do ciclo atividade-repouso), questionários e as análises destes dados”, disse o professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Marco Túlio de Mello, coordenador do programa voltado para os atletas.

Realizando os ajustes finais de preparação para disputar a quinta Olimpíada da carreira, Thiago Pereira acha que o trabalho com o Instituto do Sono pode fazer diferença. “Foi bem legal essa ideia da clínica de sono, em questão do horário da competição. Lógico que isto é uma dificuldade que todos vamos encontrar. Nessa reta final é aquela hora que vale tudo e se isto nos ajudar a tirar um centésimo está valendo”, disse.

Nadadores olímpicos do Brasil
Bruno Fratus - Ítalo Duarte - Marcelo Chierighini - Nicolas Nilo Oliveira - João de Lucca - Luiz Altamir Melo - Miguel Valente - Brandonn Almeida - Henrique Martins - Marcos Macedo - Leonardo de Deus - Kaio Márcio - João Gomes Junior - Felipe França - Tales Cerdeira - Thiago Simon - Guilherme Guido - Henrique Rodrigues - Thiago Pereira - Matheus Santana - Gabriel Santos - André Pereira.

Etiene Medeiros - Graciele Herrmann - Larissa Oliveira - Manuella Lyrio - Daiene Dias - Daynara de Paula - Joanna Maranhão - Jéssica Cavalheiro - Gabrielle Roncatto - Natália de Luccas - Jhennifer Conceição

Fonte: Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos

Ascom - Ministério do Esporte

Com trabalho psicológico, seleção feminina de handebol prepara estratégia para Rio 2016

Chegar à Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra, no dia 6 de agosto, sem qualquer assombração dos fantasmas do passado. Esse é o desafio da seleção brasileira feminina de handebol na busca por uma inédita medalha nos Jogos. Logo na estreia, a maior das adversárias: a bicampeã olímpica Noruega, responsável por eliminar o Brasil nas quartas de final da edição de Londres e dona de três títulos mundiais (1999, 2011 e 2015).
 
E os demais embates da fase de grupos também não prometem qualquer alívio. Na chave A, as brasileiras enfrentam a Romênia no dia 8, país que eliminou a equipe do técnico Morten Soubak no Mundial do ano passado, nas oitavas de final, por 25 a 22. Na ocasião, as romenas terminaram a competição com a medalha de bronze, atrás da Noruega e da Holanda. Em seguida, o Brasil pega, no Rio de Janeiro, a Espanha, medalhista de bronze em Londres-2012, antes de encarar a Angola e Montenegro, que foi prata nos Jogos britânicos.
 
Foto: Roberto Castro/mEFoto: Roberto Castro/mE
 
Para que os traumas não afetem a confiança de seleção da casa, o reforço psicológico tem sido intenso. “A gente tem um trabalho diário. Nas fases de treinamento, a gente dá um material, como se fosse um quebra-cabeça. Há um programa de preparação mental e, a cada fase de treinamento, a gente senta com o técnico, faz observação das forças mentais e do que deve ser trabalhado”, explica a psicóloga Alessandra Dutra, responsável pela seleção feminina desde 2009 e uma das três coordenadoras da preparação mental do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
 
Segundo ela, há um material específico para a participação do elenco em cada evento. “A gente montou um trabalho orientado para a Olimpíada. Tem um caderno especial e uma caixinha da responsabilidade. Sempre vem também uma música acompanhando a identidade da equipe”, conta. “Dentro dessa caixinha tem a questão do foco, da concentração, tem a união do grupo, para que cada uma pegue a sua responsabilidade, a sua parcela de todo trabalho, que também inclui a parte nutricional, a preparação física, o papel técnico e tático de cada uma, para que incorporem tudo isso e que haja a coesão necessária para uma Olimpíada”, explica, contando que as atletas receberão esse kit na chegada à Vila Olímpica, prevista para o dia 2.
 
“O Morten é o maestro. Eu mostro tudo para ele gerenciar o que vai acontecer”, acrescenta Alessandra. E o próprio material ganhou ares de incentivo motivacional. “A gente fez um caderno orientado, chamado ‘A hora é agora!’. Essa é a grande frase. É focar no momento”, explica a psicóloga, animada.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Para cada uma das equipes adversárias, há uma estratégia do lado psicológico brasileiro. “A gente trabalha a cada jogo. Aproveitamos a experiência do Mundial e da Olimpíada passada, com toda a dor da derrota para a Noruega. Isso nos trouxe uma maturidade para enfrentar a Olimpíada do Rio 2016”, acredita, afirmando ver crescimento na equipe nos últimos anos de preparação. “Elas estão mais maduras para absorver as informações de todas as áreas e criar uma coesão com isso. Elas conseguem perceber e associar as informações psicológicas, técnicas, táticas, físicas, conseguem fazer um grande conjunto disso e absorver o que é bom”, avalia.
 
Para a estreia, o segredo será não pensar no passado com o sabor amargo da frustração. “A derrota a gente vê como aprendizado, e não como fracasso”, aponta Alessandra. “É um trabalho de maturar o que está falho ou faltando naquele momento”, pondera. “O papel psicológico é não dar espaço para dúvida e pressão. É terem um alto controle emocional para estarem focadas no jogo.”
 

Frieza na guerra

A psicóloga Alessandra Dutra ressalta ainda o lado emocional dos atletas nascidos em países historicamente envolvidos em guerras. “Estamos trabalhando desde 2012 diferenciando combatividade de competitividade. A gente compete com países combativos, e nós não temos essa experiência porque não tivemos guerras”, argumenta. “Nos países que historicamente tiveram guerras, isso afeta os atletas. Eles são mais agressivos, mais frios para determinadas situações, coisas que as nossas atletas historicamente não têm. Os atletas brasileiros são mais emotivos e isso pode comprometer sim na hora de um embate, principalmente jogando em casa”, expõe.
 
Outra característica de seleção brasileira é o costume de jogar ao som de gritos de uma torcida rival. Foi assim que a equipe nacional conquistou o inédito título mundial na Sérvia, em 2013, contra as anfitriãs na grande final. Até então, a estratégia era se isolar do que acontecia do lado de fora da quadra.
 
“Antes, o trabalho que ela fazia era de bloqueio. Não importava a torcida contra, era focar dentro e não escutar o que estava acontecendo fora”, conta a ponta Alexandra Nascimento. Já para atuação no Rio de Janeiro, o cenário muda. “Hoje nós temos que abrir, sentir que é positivo, mas sem perder a concentração”, acrescenta a jogadora, eleita a melhor do mundo em 2012. “No decorrer desses anos, o trabalho da Alessandra tem ajudado o grupo e as jogadoras individualmente”, acredita.
 
Segundo a psicóloga, passar a ouvir o incentivo da torcida da casa é uma transformação de mentalidade que envolve diversos aspectos sensoriais. “É uma mudança de chip. A gente trabalhava muito bloqueando o externo para o interno. Agora é um filtro, trazendo de fora para dentro o que é bom, sempre por meio da parte sensorial. É uma seletividade perceptiva, como sons e gostos melhores, respiração para autocontrole”, detalha. “Você trabalha visualizando situações que são mais seletivas para ter mais assertividade. Isso eu aproveito no treino, nos trabalhos em grupo, nos treinamentos individuais, nas conversas, nas observações de treinos técnicos e táticos, nos checklists. É muito trabalho”, comenta.
 
Todo esse esforço começará a ser testado logo na estreia. “Acho que o primeiro jogo sempre é difícil, independente do adversário. As atletas tendem a ficar um pouquinho mais tensas, mas isso também acontece com a outra equipe. Vamos entrar focadas. A gente já conhece a Noruega. Vai ser uma questão de detalhe”, destaca a armadora Duda Amorim, por sua vez eleita a melhor do mundo em 2014. “Estamos acostumadas a jogar com pouca torcida ou com torcida contra. Vai ser muito bom ter a favor. Vai ser um campeonato especial para a gente”, deseja.
 
De acordo com o técnico Morten Soubak, o Brasil está preparado, apesar da ansiedade natural. “Esse é um grupo experiente, que já passou por vários pan-americanos, mundiais e Olimpíadas, mas é diferente desta vez. É no Brasil, é em casa, então tenho certeza de que todos nós estamos sentindo isso. Estamos ansiosos, mas também felizes de estarmos aqui e prontos para começar”, ressalta.
 
Com três edições dos Jogos Olímpicos na bagagem, a capitã Fabiana Diniz, a Dara, também aponta o ineditismo do fator casa. “Jogar uma Olimpíada em casa é algo novo para mim também, mas a gente tenta, principalmente para as mais novas, colocar muito foco, não deixar se levar pelo espetáculo do evento, que é grandioso. Temos que ficar com os pés no chão, sem deslumbramento”, ensina.
 
Entre as 14 convocadas, apenas três atletas não estavam nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando o Brasil encerrou a disputa com a sexta colocação: a goleira Babi, a central Franciele e a pivô Tamires. Para a psicóloga Alessandra Dutra, o melhor a se fazer com as novatas é, literalmente, seguir o jogo. “Hoje a identidade da seleção feminina de handebol está consolidada. Para as jovens que vão entrando, fica muito mais fácil para se adaptarem. Elas fluem. A gente não faz disso um momento muito especial para não correr o risco de ficarem paralisadas. Elas precisam fluir junto com o grupo”, aponta.
 

Amistosos

A seleção feminina de handebol está concentrada no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Urca, desde o último da 22. A ida para a Vila Olímpica está prevista para o dia 2 de agosto. Antes, contudo, a equipe ainda disputará três amistosos. O primeiro deles será nesta quinta-feira (28), contra a Holanda. No dia 31 as brasileiras enfrentam novamente as holandesas em Cabo Frio (RJ). Já no dia 2, novamente no CCFEx, será a vez de jogar contra a Argentina.
 
“Vamos aproveitar esse momento para combinar alguma coisa taticamente. A Holanda é vice-campeã mundial, um time muito forte, que vive muito da defesa e corre o jogo inteiro”, avalia Morten Soubak. Para a capitã Dara, será a oportunidade do Brasil testar um conjunto de estratégias em quadra. “A Holanda é um time muito completo. Elas vão exigir da gente um jogo também muito completo, com teste de todas as nossas armas para vermos se estamos bem e o que precisamos acertar”, destaca.
 
Seleção feminina de handebol:
 
Goleiras: Bárbara Arenhart e Mayssa Pessoa
 
Armadoras: Deonise Fachinello, Eduarda Amorim, Juliana Malta (convocada apenas para a etapa final de treinos) e Mayara Moura 
 
Centrais: Ana Paula Rodrigues Belo e Franciele Gomes da Rocha
 
Pontas: Alexandra Nascimento, Fernanda França, Jéssica Quintino, Samira Rocha e Larissa Araújo (reserva)
 
Pivôs: Daniela Piedade, Fabiana Diniz 'Dara' e Tamires Morena Araújo
 
 Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Imagens aéreas mostram arenas, estádios e ginásios prontos para o Rio 2016

Da Barra a Copacabana e do Maracanã a Deodoro, as instalações esportivas estão prontas para receber os protagonistas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. No último dia 24 de julho, faltando 12 dias para o início das competições, o brasil2016.gov.br sobrevoou a cidade olímpica para registrar como se encontram os estádios, arenas e ginásios. 
 
As imagens registram o Parque Olímpico da Barra, palco principal do evento e da disputa de 16 modalidades, já finalizado, com a quadra principal do Centro Olímpico de Tênis e as duas quadras de apoio em destaque. O complexo também engloba as Arenas Cariocas 1, 2 e 3, o Velódromo, a Arena do Futuro, o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, o Parque Aquático Maria Lenk e a Arena Olímpica do Rio. Isso sem falar da megaestrutura para profissionais de comunicação, com o Centro Principal de Mídia e o Centro Internacional de Transmissão. No Parque Olímpico da Barra vão competir atletas de basquete, handebol, ciclismo de pista, luta livre, luta greco-romana, natação, saltos ornamentais, judô, polo aquático, nado sincronizado, esgrima, taekwondo, tênis, ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim.
 

Parque Olímpico da Barra

Visão geral do Parque Olímpico da Barra. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brVisão geral do Parque Olímpico da Barra. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
 
Em Copacabana, a imagem da imponente Arena de Vôlei de Praia ganhou grande destaque na areia. As arquibancadas com capacidade para 12 mil lugares estarão lotadas nos dias 17 e 18 de agosto, datas das finais masculina e feminina, ambas com ingressos esgotados. A região ainda terá provas de remo e canoagem velocidade no Estádio da Lagoa, de vela na Marina da Glória e a maratona aquática no Forte de Copacabana. Próximo dali fica a Região Maracanã, que inclui além do famoso estádio, palco das cerimônias de abertura e encerramento e do futebol, o Estádio Olímpico Engenhão e o Sambódromo.
 
Arena de Vôlei de Praia, na Praia de Copacabana. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brArena de Vôlei de Praia, na Praia de Copacabana. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
 
 
Chegando em Deodoro, o Parque Radical, que inclui o Parque Olímpico de Mountain Bike, o Estádio Olímpico de Canoagem Slalom e o Centro Olímpico de BMX mistura as cores das pistas com o colorido das arquibancadas. A região ainda tem como destaque o Estádio de Deodoro, situado ao lado da Arena da Juventude, além dos Centros de Hóquei Sobre Grama, Hipismo, Tiro Esportivo e do Centro Aquático do Pentatlo Moderno.
 
Centro Olímpico de BMX, no Parque Olímpico de Deodoro. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.brCentro Olímpico de BMX, no Parque Olímpico de Deodoro. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br
 
As imagens aéreas mostram também a Vila Olímpica e Paralímpica, que será a casa dos atletas durante os eventos, e o Campo Olímpico de Golfe, que marcará o retorno da modalidade ao evento depois da última aparição nos Jogos de St. Louis 1904.
 
Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

O intercâmbio com jeito de esconde-esconde na reta final de preparação do boxe

 
Josh Taylor. Taí um nome que trouxe uma série de ensinamentos duros e simbólicos para o baiano Robson Conceição, titular do Brasil na categoria até 60 quilos do boxe. Em Londres, nos Jogos de 2012, o britânico venceu os três rounds contra Robson na primeira rodada, e determinou a eliminação precoce do brasileiro em sua segunda experiência olímpica.
 
Assim que baixou de fato a guarda após a competição e pôde analisar as razões da eliminação, Robson concluiu que o período de treinos e intercâmbios com o adversário teve papel relevante. "Eu levo isso como experiência. Eu treinei muito com ele. Estava sendo filmado o tipo de contato, de movimentação durante a luta. Todos os técnicos dele estavam do lado, me estudando. Acabou que isso favoreceu ele na luta", avalia. Desde então, Robson tomou uma decisão. Nos intercâmbios com outras equipes, como o que está sendo feito agora com atletas dos Estados Unidos e da Irlanda, ele só treina com adversários de outras categorias.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
“Treinar com os estrangeiros está sendo bom, mas em todos os trabalhos desse tipo eu passei a ter o costume de não treinar com atletas da minha categoria. Escolho sempre um mais pesado ou mais leve. Com a minha categoria, é só na hora da luta", afirma o atleta de 27 anos, 14 deles dedicados ao boxe. Com duas medalhas em mundiais conquistadas no ciclo olímpico e o nome presente com frequência na lista do Top 5 do Ranking Mundial, Robson mudou a página das metas olímpicas.
 
"Antes eu tinha o sonho de participar de uma Olimpíada. Hoje não tenho mais isso como sonho. Eu tenho como meta lutar por medalha. Treinar bastante e representar meu país da melhor maneira possível", disse, após treinamento aberto à imprensa no Centro de Capacitação do Exército, na Urca, no Rio de Janeiro.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 

Irmã para o bronze

A meta de Robson já foi realidade para outra baiana, Adriana de Araújo. Bronze na categoria até 60 quilos nos Jogos de Londres, ela também é partidária de esconder o jogo nos intercâmbios e guardar trunfos para a hora em que o pódio está em jogo.
 
"Sempre tem uma cartinha na manga. Como o Robson disse, a gente nunca dá o todo no treinamento em conjunto. Sempre tem uma coisinha a mais separada, apesar de as atletas nos conhecerem. A gente sempre está inovando, procurando algo. E deixamos para fazer isso em cima do ringue", disse. Para ela, a meta é arrumar uma "irmãzinha" para a medalha de bronze.
 
Medalhista olímpica Adriana Araújo (Foto: Roberto Castro/ME)Medalhista olímpica Adriana Araújo (Foto: Roberto Castro/ME)
 
"Minha expectativa é a melhor possível. Estou com bastante ânimo, bastante vontade de adquirir uma nova medalha, de preferência de ouro. Londres foi para mim uma estreia, mas, apesar de ser uma estreia, eu já vinha com uma trilha no boxe, com resultados em sul-americanos, pan-americanos, mundiais. A Olimpíada foi o momento de mostrar o que tinha dentro de mim".
 

Londres inflacionou

Para o chefe da equipe brasileira, o cubano Otílio Toledo, repetir o feito de Londres, quando o País saiu dos Jogos com o inédito feito de três pódios olímpicos, não é impossível, embora a delegação atual, de nove atletas, tenha uma mescla de figuras experientes e integrantes da nova geração.
 
"Nossa meta é ter um bom desempenho. Estamos finalizando a preparação com esse objetivo, com toda a equipe concentrada, e vamos lutar por medalhas. Todas as categorias que temos classificadas estão preparadas. Isso não quer dizer que todas vão pegar medalhas, mas todos estão preparados para dar o melhor, ter um bom desempenho, e, a depender, de vários fatores, conquistar medalhas", disse.
 
A competição de boxe nos Jogos Olímpicos reúne 286 atletas. No total, serão 273 lutas entre os dias 6 e 21 de agosto, disputadas no Pavilhão 6 do Riocentro, na Barra da Tijuca. No dia 4 será realizado o sorteio das chaves e congresso técnico da competição.
 
Confira a delegação brasileira:
 
» 60kg - Adriana Araújo
» 75kg - Andreia Bandeira
» 49kg - Patrick Lourenço
» 52kg - Julião Neto
» 56kg - Robenilson de Jesus
» 60kg - Robson Conceição
» 64kg - Joedison Teixeira
» 81kg - Michel Borges
» 91kg - Juan Nogueira
 
Gustavo Cunha, Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Receba as principais novidades sobre os Jogos Olímpicos via WhatsApp

A partir desta segunda-feira (25.07), usuários de WhatsApp poderão receber, gratuitamente, informações sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 direto no aplicativo de mensagens. 
 
Ativado mediante cadastro, o serviço será alimentado diariamente a partir de uma seleção de notícias do Portal Brasil 2016, o site oficial do governo federal para os Jogos Rio 2016. Para receber as mensagens, basta seguir os seguintes passos:
  1. Adicione o número + 55 (61) 99243-9205 (não se esqueça do '+55');
  2. Mande uma mensagem via WhatsApp para este número, escrevendo apenas: Brasil2016 (sem espaço).
 
Após a inscrição, o usuário passará a receber mensagens com links para as principais notícias do dia, em primeira mão, selecionadas pelos editores do portal. O serviço permanecerá ativo durante todo o período de cobertura dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
 
O número disponibilizado somente enviará as notícias e não funciona como um serviço de atendimento ao cidadão (SAC), seja para ligações ou receber mensagens. O serviço de atendimento permanece ativo nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) e na ouvidoria do Ministério do Esporte.
 
 
 
Ascom - Ministério do Esporte 

Seleção Brasileira de futebol de 5 se prepara para a Paralimpíada com o retorno de Ricardinho

A seleção brasileira de futebol de 5 começou na última sexta-feira, (22.07), na Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef), em Niterói (RJ), a sétima fase de treinamento. Este é o primeiro período de treinos dos atletas após o anuncio dos convocados para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.

O atleta Ricardinho treinando com a Seleção Brasileira de Futebol de 5 em Toronto. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)O atleta Ricardinho treinando com a Seleção Brasileira de Futebol de 5 em Toronto. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

A última etapa da preparação tem a volta do craque Ricardinho, melhor jogador do mundo. O capitão retorna à seleção após se recuperar de uma fratura na fíbula, na qual precisou passar por uma cirurgia em abril. Além do camisa 10 e dos nove companheiros que estarão na Paralimpíada, cinco atletas da seleção de jovens mais o atleta Mauricio Dumbo também foram convocados para os treinos.

Antes de seguirem para a Vila Paralímpica, a Seleção Brasileira ficará de 21 de agosto a 05 de setembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para o período de aclimatação.

A sétima fase de treinamento da seleção brasileira de futebol de 5 é realizada através do convênio entre o Comitê Paralímpico Brasileiro e o Governo Federal.

Confira a lista dos convocados:

Goleiros
Luan de Lacerda Gonçalves – AGAFUC (RS)
Vinicius Tranchezzi Holzsauer – APADV (SP)

Fixo
Cássio Lopes dos Reis – ICB (BA)
Damião Robson de Souza Ramos – APACE (PB)

Alas
Gledson da Paixão Barros – APADV (SP)
Severino Gabriel da Silva – APACE (PB)
Tiago da Silva – URECE (RJ)

Pivôs
Jeferson da Conceição Gonçalves – ICB (BA)
Raimundo Nonato Alves Mendes – ADVP (PE)
Ricardo Steinmetz Alves – AGAFUC (RS)
Seleção de jovens e convidado
Jordan Soares dos Santos – APADEVI (PB)
Felipe Sabino – CEIBC (RJ)
Jonatan Felipe Borges da Silva – AGAFUC (RS)
Mauricio Tchopi Dumbo – AGAFUC (RS)
Maxwell Carvalho Valente – CEDEMAC (MA)
Thiago Nascimento Moreira – CEIBC (RJ)

Comissão Técnica
Fábio Luiz Ribeiro Vasconcellos – Técnico
Halekson Barbosa de Freitas – Fisioterapeuta
João Paulo Borin – Fisiologista
Josinaldo Costa Sousa – Auxiliar Técnico
Lucas Leite Ribeiro – Médico
Luis Felipe Castelli Correia de Campos – Preparador Físico
Vivian Maria dos Santos Paranhos – Nutricionista

Fonte: CPB

Ascom - Ministério do Esporte

“Pode contar com a nossa medalha”, diz caçula do handebol feminino

Com Tamires Morena, não existe pensamento negativo. É na base da “positividade”, como gosta de dizer, e de muito trabalho que ela espera dar o maior presente aos brasileiros, e à família em especial, em agosto. A “caravana Tamires”, que inclui os pais, a avó, o marido, os primos e amigos, não vai precisar se deslocar muito para acompanhar de perto a caçula da seleção feminina de handebol nos Jogos Olímpicos.

Tamires durante treino com a seleção brasileira: - a equipe amadureceu, está com mentalidade de ouro. (Foto: Divulgação/PhotoeGrafia)Tamires durante treino com a seleção brasileira: - a equipe amadureceu, está com mentalidade de ouro. (Foto: Divulgação/PhotoeGrafia)

Tamires, 22 anos, é a única carioca da equipe. Ela cresceu na Vila Valqueire, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro que fica a menos de vinte quilômetros da Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra, onde a pivô fará sua estreia olímpica. “Para mim é mais em casa ainda. É mais força, mais garra, mais coragem. Vou dar meu máximo para a seleção. Sendo aqui no Rio, no Brasil, na minha casa, ninguém vai ganhar fácil do Brasil. Não vai ter essa”, disse a jogadora.

Com Tamires não tem “talvez”. A determinação é a marca da atleta que poderia estar ainda treinando lançamento de dardo, mas que chamou a atenção, pela altura (1m82) e pelo porte, do técnico dinamarquês Morten Soubak em um intercolegial em 2009. Optou por seguir o caminho do handebol.

Já na seleção adulta, Tamires esteve na equipe que ganhou o ouro no Pan de Toronto, em 2015, e que foi eliminada pela Romênia nas oitavas de final do Mundial do ano passado. A derrota doeu, mas trouxe um aprendizado que pode ajudar já na primeira fase dos Jogos Olímpicos.

“A Romênia, que tirou a gente no Mundial, está na nossa chave. Isso vai ser bom, porque sabemos como nos preparar para nos defender delas”, disse a atleta, que já jogou na Hungria e disputará a temporada 2016/2017 pelo Dijon, da França.

Para chegar ao título, Brasil terá uma chave difícil nos Jogos Olímpicos, com a bicampeã Noruega e a Romênia, que eliminou o Brasil no último Mundial. (Foto: Divulgação/PhotoeGrafia)Para chegar ao título, Brasil terá uma chave difícil nos Jogos Olímpicos, com a bicampeã Noruega e a Romênia, que eliminou o Brasil no último Mundial. (Foto: Divulgação/PhotoeGrafia)

Pedreira de cara
A estreia da equipe já vai ser eletrizante. A primeira adversária é nada menos que a bicampeã olímpica, a Noruega, em 6 de agosto.  A Romênia será enfrentada no dia 8. Na sequência, sempre em dias pares, virão Espanha, Angola e Montenegro, para fechar a primeira fase. As quartas de final estão marcadas para o dia 16 de agosto, as semifinais serão realizadas no dia 18 e a grande final ocorrerá no dia 20.

Questionada se o Brasil poderia contar com uma medalha do handebol feminino no quadro de medalhas, Tamires foi assertiva: “Pode ter certeza que a gente vai estar lá. Pode contar com a nossa medalha”. E ela só quer saber do ouro, assim como as companheiras de equipe.

“A seleção está bem confiante, amadureceu, está com uma mentalidade de ouro, isso é muito importante. Um atleta que entra para a Olimpíada e já pensa negativo, pode ter certeza que não tem chance de ganhar. A nossa seleção passou por muita coisa. Foi campeã mundial em 2013, não teve boa performance em 2015, mas também estava passando por situações que nem todo mundo sabe, com atletas lesionadas, a renovação.  Agora, para as Olimpíadas, tudo que a gente tinha que passar a gente já passou. Vai ser o momento de mostrar que a nossa seleção tem capacidade de dar a volta por cima e conseguir o ouro olímpico”, disse.

Já concentrada com a seleção no Centro de Capacitação Física do Exército, no Rio, Tamires agora conta os dias para a estreia. A torcida, segundo ela, será fundamental. “Estando em casa ou não estando em casa, a torcida vai sempre cobrar, porque torcida é torcida. Graças a Deus, no handebol, a torcida sempre nos motivou e deu gás. Quando você vê que o Brasil está caindo,  a torcida levanta e a gente cai pra dentro. Temos uma conexão muito boa com a torcida”, afirmou.

Os ingressos para o jogo contra a Noruega já estão esgotados e a “caravana Tamires” está garantida.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Estudantes brasileiros conquistam prata no handebol nos Jogos da CPLP

Foto: Divulgação/CBDEFoto: Divulgação/CBDE
 
A equipe escolar brasileira de handebol conquistou a medalha de prata nos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disputados em Cabo Verde África. Com a vitória por 27 a 22 contra a seleção de Angola, os estudantes do Caic Balduino, de Teresina, voltaram para casa com o vice-campeonato. No sistema de pontos corridos, a medalha de ouro ficou com os estudantes de Portugal, com o bronze com a equipe de Angola.
 
Para o treinador da equipe nacional, Giuliano Ramos, o pódio superou as expectativas. “Inicialmente eu almejava ser campeão mundial escolar, por pensar que os Jogos da CPLP se tratavam de nível escolar. Entretanto, descobri durante as partidas que o nível técnico é bem superior ao do evento escolar”, revelou. Na CPLP 2016, os estudantes brasileiros enfrentaram as seleções de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. 
 
Foto: Divulgação/CBDEFoto: Divulgação/CBDE
 

O jogo

Na disputa pela medalha de prata, a seleção enfrentou a Angola no Complexo Poliesportivo, em Cabo Verde. Em ritmo intenso, marcado por lances de ataques, a equipe adversária foi pontuando. Os alunos do Caic Balduino, de Teresina, estavam determinados em vencer e abriram a diferença com cinco pontos de vantagem sobre os angolanos. Brasil finalizou o primeiro tempo em 16 a 11 Angola.
 
No segundo tempo, a Angola marcou cinco pontos e os brasileiros mantiveram a vantagem de cinco gols sobre os adversários. Assim, a equipe brasileira garantiu a medalha ao vencer a partida por 27 x 22. 
 
Fonte: CBDE
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Judô inicia período de concentração final para os Jogos Rio 2016

A concentração do judô brasileiro na Base de Treinamento Time Brasil em Mangaratiba (RJ) foi aberta oficialmente neste domingo (24.07), com a chegada de Sarah Menezes, Felipe Kitadai, Rafael Silva e de toda a comissão técnica que atuará nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O restante da delegação chegará ao longo da semana de forma escalonada e, a partir do dia 28 de julho, todos os 14 judocas olímpicos estarão reunidos no hotel/concentração numa operação que contará com 117 pessoas no total, entre atletas e oficiais técnicos.

Foto: Lara Monsores/CBJFoto: Lara Monsores/CBJ

Em Mangaratiba, a seleção tem uma estrutura completa para os treinos, com academia para treinamento físico, equipamento para levantamento de peso, dojô com três áreas de competição e sistema de amortecimento para quedas, sala de jogos para os momentos de descontração, além de todo o suporte da equipe multidisciplinar da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) com fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, psicólogas, preparadores físicos e estrategistas.

"Fiquei surpreso positivamente. Havia algumas coisas que eu tinha pedido e eles conseguiram atender em tudo. A sala de musculação tem todos os aparelhos que a gente usa no dia a dia. É, praticamente, minha casa montada em Mangaratiba", descreveu Baby após treinar pela primeira vez na concentração ao lado de Kitadai, que também aprovou a estrutura.

"É uma estrutura totalmente voltada para o judô. Isso faz uma diferença enorme. Enquanto todo mundo está num ambiente compartilhado, nós temos um lugar específico para a gente num momento em que os treinos estão cada vez mais intensos", comentou o medalhista de bronze em Londres 2012, que lutará no dia 06, ao lado de Sarah Menezes. A campeã olímpica, por sua vez, fez atividade física na academia em seu primeiro dia na concentração.

Felipe Kitadai (esq.) e Rafael Silva treinam em Mangaratiba. (Foto: Lara Monsores/CBJ)Felipe Kitadai (esq.) e Rafael Silva treinam em Mangaratiba. (Foto: Lara Monsores/CBJ)

Os três vieram para a aclimatação acompanhados de seus parceiros de treino. Cada atleta olímpico tem quatro judocas de apoio para treinar e, em alguns casos, um deles irá para a Arena Carioca 2 no dia da competição para ajudar no aquecimento de quem competirá. O local e a operação foram montadas pelo Comitê Olímpico do Brasil em parceria com a CBJ e testados em 2015, quando a equipe que lutou os Jogos Pan-Americanos de Toronto se concentrou no mesmo lugar. Assim como em 2012, a seleção de judô ficará fora da Vila Olímpica durante a aclimatação. Cada atleta só entrará na Vila Olímpica dois dias antes de competir.

Fonte: CBJ

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção de futebol da África do Sul desembarca em Brasília para disputar Jogos Olímpicos

A delegação de futebol da África do Sul desembarcou no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, na tarde deste domingo (24.7). A seleção sul-africana se prepara para a estreia nas Olimpíadas Rio 2016, onde vai jogar contra a Seleção Brasileira no dia 4 de agosto, no Estádio Nacional de Brasília - Mané Garrincha. No mesmo dia ainda jogam Iraque e Dinamarca. 
 
Ao todo, Brasília vai sediar dez jogos de futebol – sete do masculino e três do feminino – entre os dias 4 e 12 de agosto. O desembarque da delegação da África do Sul marcou o início do esquema de segurança do Governo do Distrito Federal, que vai contar com 8,5 mil agentes, sendo 4,5 mil servidores de 44 órgãos, como Polícia Militar e Departamento de Trânsito, além do reforço de quatro mil militares das Forças Armadas. 
 
A segurança estará com a atenção voltada, até o dia 15 de agosto, para o acompanhando das delegações nos quatro centros de treinamento, no estádio Mané Garrincha e no hotel onde as equipes ficarão hospedadas.
 

Esquema de segurança 

Por motivos de segurança, o trânsito, os estacionamentos permitidos e interditados, além do transporte público para o estádio Mané Garrincha terá restrições. Segundo informou a Secretaria de Segurança Pública, haverá fechamento das vias e estacionamentos em torno e nas proximidades do estádio. As interdições terminam duas horas após o último jogo. 
 
Os únicos estacionamentos permitidos serão do Parque da Cidade, da parte superior do anexo do Palácio do Buriti e da plataforma superior da rodoviária do Plano Piloto. 
 

Confira a programação olímpica em Brasília: 

 
Futebol Masculino:
4 de agosto – 13h - Iraque x Dinamarca
4 de agosto – 16h - Brasil x África do Sul
7 de agosto – 13h - Dinamarca x África do Sul
7 de agosto  – 16h - Brasil x Iraque
10 de agosto – 13h - Argentina x Honduras
10 de agosto – 16h - Coréia do Sul x México
13 de agosto – 13h - 1º do Grupo D x 2º do Grupo C
 
Futebol Feminino:
9 de agosto – 16h - Alemanha x Canadá
9 de agosto – 22h - China x Suécia
12 de agosto – 13h - 1º do grupo G X 3º dos grupos E ou F
 
 
Liliane Borba, com informações da Agência Brasil
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Porta-bandeira da delegação brasileira será escolhido pelo público

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) inovou na escolha do porta-bandeira da delegação nacional para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Nesta edição, o responsável por carregar o pavilhão do país será escolhido através de votação popular. O público poderá escolher entre o velejador Robert Scheidt, a pentatleta Yane Marques e o líbero da Seleção Brasileira de vôlei Serginho. 
 
A votação será feita por meio do site globoesporte.com/rio2016.  O anúncio do escolhido será feito na noite do próximo domingo (31.7), durante o programa Fantástico, da TV Globo. Os torcedores podem votar até o dia 31 de julho.
 
Robert Scheidt é o único dos candidatos que já teve a honra de ser porta-bandeira do Brasil, em Pequim 2008. Maior atleta olímpico do país, o velejador foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996 e Atenas 2004, prata em Sydney 2000 e Pequim 2008 e bronze em Londres 2012. Já Yane Marques conquistou a medalha de bronze em Londres 2012, único pódio da história do Brasil no pentatlo moderno. Serginho, por sua vez, foi medalha de ouro nos Jogos Atenas 2004 e prata em Pequim 2008 e Londres 2012.
 
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) teve a preocupação de não indicar para a votação os atletas que irão competir no dia seguinte à Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Participe e ajude a escolher o porta-bandeira do Brasil!

Confira todos os porta-bandeiras do país em Jogos Olímpicos:

 
 
 

Confira todos os porta-bandeiras do país em Jogos Olímpicos:

 
» Antuérpia 1920: Afrânio Antônio da Costa (Tiro Esportivo)
» Paris 1924: Alfredo Gomes Atletismo
» Los Angeles 1932: Antonio Pereira Lira (Atletismo)
» Berlim 1936: Sylvio de Magalhães Padilha (Atletismo)
» Londres 1948: Sylvio de Magalhães Padilha (Atletismo)
» Helsinque 1952: Mario Jorge da Fonseca Hermes (Basquete)
» Melbourne 1956: Wilson Bombarda (Basquete)
» Roma 1960: Adhemar Ferreira da Silva (Atletismo)
» Tóquio 1964: Wlamir Marques (Basquete)
» Cidade do México 1968: João Gonçalves Filho (Polo Aquático)
» Munique 1972: Luiz Cláudio Menon (Basquete)
» Montreal 1976: João Carlos de Oliveira (Atletismo)
» Moscou 1980: João Carlos de Oliveira (Atletismo)
» Los Angeles 1984: Eduardo Souza Ramos (Vela)
» Seul 1988: Walter Carmona (Judô)
» Barcelona 1992: Aurélio Fernandes Miguel (Judô)
» Atlanta 1996: Joaquim Carvalho Cruz (Atletismo)
» Sydney 2000: Sandra Pires (Vôlei de Praia)
» Atenas 2004: Torben Grael (Vela)
» Pequim 2008: Robert Scheidt (Vela)
» Londres 2012: Rodrigo Pessoa (Hipismo)
 
Fonte: COB 
Ascom – Ministério do Esporte  
 

São Paulo faz grande festa para celebrar a passagem da tocha

Em contagem regressiva para a chegada ao Rio de Janeiro e acendimento da pira olímpica no Maracanã, no dia 5 de agosto, a chama olímpica passou o domingo (24.07) em São Paulo. Durante todo o dia, a chama dos Jogos Rio 2016 esteve na maior cidade do país, com seus 12 milhões de habitantes. Conhecida por permanecer "acordada" 24 horas todos os dias da semana, a capital paulista realizou o maior percurso de revezamento desde o início da caravana nacional, em 3 de maio. A chama percorreu 51 quilômetros nas mãos de 260 condutores.
 
Ainda era cedo quando a chama chegou ao Museu do Ipiranga, que representa o marco da Independência e da história do país e de São Paulo. A movimentação atípica para 7h30 de um domingo chamou a atenção de quem costuma fazer exercícios no local. A animação ficou por conta da Banda da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, que animou o público e recepcionou o ex-atleta Amauri Ribeiro, ouro no vôlei nas Olimpíadas de Barcelona-1992 e prata em Los Angeles-1984.
 

O jogador desceu as escadas do museu acompanhado por uma multidão que só crescia. Ele fez o primeiro beijo da tocha com o skatista Ronaldo Gomes, o Rony, que desceu a ladeira do Parque da Independência fazendo o que mais gosta, deslizando sobre rodas. "Estou feliz porque sou um cara que nasci e cresci em São Paulo, andando de skate, e vinha muito aqui quando criança. Isso faz parte da minha vida", diz.
 
Rony levou a chama até o Monumento à Independência e ela seguiu para a Praça da Sé, passando pelas ruas dos bairros Vila Monumento, Mooca e Brás. Já no Centro, o fogo foi recebido pelo padre italiano Paolo Parise, na Catedral Metropolitana, construída em 1588 e considerada a maior igreja da cidade, com 92 metros de altura. A igreja está na Praça da Sé, o marco zero de São Paulo.
 
Pelas mãos de ex-atletas, como o ex-jogador da Seleção Brasileira de Rugby Sami Arap Sobrinho e o nadador Gustavo Borges, a chama passou por outros pontos importantes, como o Largo São Bento, um dos espaços públicos mais antigos de São Paulo, que nasceu em 1598. Com quatro medalhas olímpicas, Gustavo curtiu o revezamento, além de acompanhar o comboio com um dos patrocinadores. "Uma emoção tremenda carregar a tocha. Um momento mágico, espetacular", festejou.
 
No Viaduto do Chá foi a vez do ex-jogador de futebol e comentarista Walter Casagrande. Primeiro viaduto da cidade, ele ganhou este nome porque, quando foi inaugurado, em 1892, estava próximo às plantações de chá da Índia. Casagrande foi o responsável por entregar o fogo olímpico ao maestro João Carlos Martins, um dos maiores pianistas do mundo. Na escadaria do Theatro Municipal, Martins não escondeu a emoção. "Estou mais nervoso do que para o concerto que vou ter amanhã", contou. Um dos cartões postais da capital paulista, o teatro tem grande importância histórica por ter sido palco da Semana de Arte Moderna de 1922, o marco inicial do Modernismo no Brasil.
 
Ao som dos Demônios da Garoa, a chama passou no cruzamento mais famoso da cidade, entre as avenidas Ipiranga e São João, eternizado na música 'Sampa' de Caetano Veloso. A banda está no Livro dos Recordes Brasileiro como o "Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade". Os cinco integrantes do grupo - Izael, Wilder, Roberto, Sérgio e Ricardo – percorreram 400m, até a Praça da República, cantando e embalando o revezamento ao som de sucessos como o 'Trem das Onze'.
 
Mas festa mesmo estava preparada na Paulista e coube ao atleta Marcus Vinicius D'Almeida, grande promessa do Tiro com Arco, entrar na avenida com a chama olímpica. Centro financeiro de São Paulo, a via foi inaugurada em 1891 e é palco de grandes eventos como a corrida de São Silvestre e o tradicional Revéillon, além de ser fechada para carros aos domingos para lazer dos paulistanos. Neste domingo, houve surpresas para quem foi conferir o revezamento. Em arcos olímpicos suspensos, mulheres da "Companhia K" faziam acrobacias, içadas por cabos de aço presos a um guindaste, ao mesmo tempo em que músicos da mesma companhia tocavam clássicos da música brasileira.
 
Marcus passou a chama para a ex-tenista Maria Esther Bueno, ganhadora de 19 torneios do Grand Slam e oito vezes campeã de Wimbledon. "Realmente essa é uma felicidade extrema. Nunca pensei na minha vida chegar na minha idade, aqui na Paulista, carregando a tocha olímpica", disse.
 
A Vila Mariana recebeu a campeã olímpica Fernanda Garay, que conquistou o ouro com a equipe de vôlei em Londres 2012 e já está convocada para o Rio 2016. Focada nos jogos, ela prometeu buscar o seu bicampeonato e o tri do Brasil. "O trabalho está acontecendo e a gente vem fazendo desde muito tempo, ele não é de agora. Vai ser dureza, mas acredito muito", espera.
 
Fernando Fernandes, campeão mundial de paracanoagem, e Lais Souza, que já representou a ginástica artística brasileira em Jogos Olímpicos, conduziram a tocha no Parque Ibirapuera. Foto: Rafael Brais/brasil2016.gov.brFernando Fernandes, campeão mundial de paracanoagem, e Lais Souza, que já representou a ginástica artística brasileira em Jogos Olímpicos, conduziram a tocha no Parque Ibirapuera. Foto: Rafael Brais/brasil2016.gov.br
 
A emoção continuou no Parque do Ibirapuera, onde a tocha andou novamente de skate, mas agora com o maior medalhista da história do X Games, o skatista Bob Burnquist. A ex-atleta Laís Souza também estava no parque para conduzir a chama e emocionou quem estava lá. Sob os aplausos e gritos de "guerreira", a ex-ginasta, que já participou de dois Jogos Olímpicos (Atenas 2004 e Pequim 2008) usou uma cadeira motorizada diferente e conduziu o fogo em pé. Há dois anos, Laís sofreu acidente em uma pista de esqui, quando treinava para as Olimpíadas de Inverno, e ficou tetraplégica. "Eu estou carregando a tocha, mas parece que a energia é de todo mundo. Então estou carregando a tocha pelos cadeirantes, pelos brasileiros, pelo pessoal que está aqui, por vocês da mídia", compartilha.
 
Laís passou a chama para o campeão mundial de paracanoagem Fernando Fernandes, que era pura alegria. "Sensacional, isso aqui é o quintal da minha casa, o Ibirapuera. Eu nasci aqui, aprendi a treinar aqui, a jogar bola", contou. Fernando acredita que o revezamento tem um papel essencial para chamar a atenção das pessoas. "Este momento é importante  para mostrar para que serve, o quanto a gente vai mudar, o quanto a gente quebra paradigmas, a gente traz motivação para as pessoas. Então, o momento olímpico é grande e o paralímpico é enorme, gigante", afirma.
 
A tarde foi a vez da chama conhecer o Mercado Municipal Paulistano, antigo Mercado Central, e ficar com água na boca dos famosos pastéis de bacalhau e sanduíches de mortadela. De lá, a tocha seguiu para a Estação da Luz. Localizada na Praça da Luz, a estação foi inaugurada em 1867 e neste domingo testemunhou mais uma história especial dentre as muitas que vê diariamente. A Pinacoteca, também na Praça, não ficou de fora do tour e foi lá que o artista Carlos Eduardo Kobra conduziu a chama. "Sou nascido na cidade de São Paulo, então para mim está sendo um prazer, uma satisfação, mais ainda porque está sendo em frente a esse museu de arte que tem tudo a ver com a minha trajetória", disse. Kobra começou sua carreira como pichador, depois se tornou grafiteiro e hoje considera-se um muralista. Atualmente está realizando dois trabalhos para as Olimpíadas no Rio: um pôster e um muro que está pintando na cidade sede dos Jogos. "O muro tem três mil metros quadrados, e a obra é um pedido para que essa Olimpíada seja marcada pela união dos povos e pela paz", acredita.
 
No fim da tarde a chama chegou ao Pacaembu, sede da Copa do Mundo de 1950 e onde está o Museu do Futebol. Inaugurado em 1940 por Getúlio Vargas, o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho foi eleito o maior e mais moderno da América Latina na época. Fora dos Jogos da Copa de 2014 no Brasil, a arena teve a chance de sediar neste domingo uma linda homenagem a 150 atletas paulistas, além de receber uma volta olímpica do revezamento da tocha. Os homenageados foram os responsáveis por fazer parte do corredor de isolamento para a passagem da chama.
 
O ex-jogador de vôlei José Montanaro Júnior recebeu o fogo na entrada do estádio e entrou em campo correndo, ouvindo gritos de apoio. Prata em Los Angeles 1984 e um dos jogadores responsáveis pela conquista da primeira medalha brasileira na Copa do Mundo de Voleibol Masculino, realizada em Tóquio (1981), Montanaro fez o beijo da chama com a veterana Eleonora Schmitt. A ex-nadadora conseguiu uma vaga para as Olimpíadas de Londres 1948, com apenas dois meses de treinos. Ela passou a chama para a ex-jogadora de futebol Juliana Cabral, prata em Atenas 2004. Juliana levou o fogo aos últimos condutores dentro da arena: o cantor Luan Santa e mais oito adolescentes que ganharam um concurso de redação promovido por um dos patrocinadores. Cantando músicas do artista, Luan dividiu o momento com cada um dos jovens que pode conduzir a chama por alguns minutos.
 
Anderson Varejão, três vezes finalista da NBA e integrante da seleção brasileira de basquete, conduz a tocha no Pacaembu. Foto: Rafael Brais/brasil2016.gov.brAnderson Varejão, três vezes finalista da NBA e integrante da seleção brasileira de basquete, conduz a tocha no Pacaembu. Foto: Rafael Brais/brasil2016.gov.br
 
Na saída do estádio, o músico passou a chama para o jogador de basquete Anderson Varejão, que atua no Golden State Warrior e estará nos Jogos Rio 2016. "Momento muito especial. Eu costumo falar que quando eu comecei a jogar basquete eu nunca imaginei competir uma Olimpíada, muito menos no Brasil, nem ser um dos condutores da tocha. Então é um momento de muita felicidade, me sinto muito honrado", agradece. Sobre os Jogos, o atleta diz que a meta é o pódio e as expectativas são as melhores possíveis. "A gente sabe do nosso potencial, provamos isso nas duas últimas competições internacionais de mais peso, Olimpíada e Mundial. Jogamos de igual para igual com todo mundo. Infelizmente não conseguimos o pódio, que era o grande objetivo. A gente pretende, no Brasil, conseguir algo especial como a medalha", promete.
 
A chama olímpica terminou o dia no Sambódromo do Anhembi, palco dos desfiles de carnaval paulista. A pira da celebração final em São Paulo foi acesa por três lendas que brilharam nos três principais times de futebol capital paulista, Roberto Rivellino, ex-jogador do Corinthians e do Fluminense e campeão da Copa do Mundo de 1970; Ademir da Guia, considerado o maior ídolo da história do Palmeiras, e Armelino Quagliato, o Zetti, um dos grandes nomes do São Paulo. Ao final, o público ainda conferiu o show dos também condutores Luan Santana e Ludimila. 
 

Rota

A chama olímpica tem programação especial nesta segunda-feira (25.07) e conhecerá Ilhabela. Na terça-feira (26.07), o revezamento da tocha permanece no estado de São Paulo e passa pelas cidades de Suzano, Mogi das Cruzes, Jacareí e São José dos Campos, cidade-celebração.
 

Revezamento da Tocha - São PauloRevezamento da Tocha - São Paulo

Lilian Amaral
Ascom - Ministério do Esporte 
 
 

De virada, Brasil supera a Austrália no último amistoso antes da estreia

Equipe brasileira chega neste domingo ao Rio para se hospedar na Vila Olímpica. Foto: CBFEquipe brasileira chega neste domingo ao Rio para se hospedar na Vila Olímpica. Foto: CBF
 
No último teste antes da estreia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Seleção Brasileira Feminina de futebol mostrou competência e poder de reação. Neste sábado (22.7), o time comandado pelo técnico Vadão enfrentou a Austrália, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e viu as adversárias saírem na frente com Larissa Crummer, no primeiro tempo.
 
Na segunda etapa, o Brasil voltou mais forte e conseguiu a virada. Debinha fez o gol do empate aos 14 minutos e, aos 26, Raquel tocou por cobertura para fazer um golaço. Nos acréscimos finais, Darlene recebeu de Marta e liquidou a fatura com outro belo gol: 3 x 1.
 
Após o amistoso, a Seleção Feminina foi direto para o Rio de Janeiro, onde ficará concentrada na Vila Olímpica. A estreia do time na Rio 2016 será no dia 3 de agosto contra a China, a partir das 16h, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
 
Fonte: CBF
Ascom – Ministério do Esporte  
 

Vila Olímpica é oficialmente aberta para a chegada das delegações

Casa dos atletas durante os Jogos Rio 2016, a Vila Olímpica está oficialmente aberta para a chegada das delegações. Neste domingo (24.7), o local já contava com algumas equipes instaladas e as fachadas dos prédios decoradas com bandeiras dos países. Ao todo, são 31 edifícios, com mais de 3,5 mil apartamentos, que abrigarão atletas e a comissão técnica de 206 nacionalidades.
 
Diante da crítica da delegação australiana em relação à situação dos apartamentos – o comitê do país apontou problemas de eletricidade e encanamento –, as autoridades brasileiras ressaltaram, na cerimônia deste domingo, que todos os ajustes necessários serão realizados. “Os problemas existem e serão resolvidos em 48 horas. É o máximo que a gente está prevendo para todos os ajustes”, afirmou Janeth Arcain, ex-jogadora de basquete e prefeita da Vila Olímpica.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
“Esta aqui é, talvez, uma das melhores vilas da história dos Jogos Olímpicos. Ela é espetacular. São 31 edifícios, mais de 3.500 apartamentos, e é natural que os ajustes se tornem necessários. Temos mais de 10 dias para a cerimônia de abertura e esse trabalho de verificação já havia começado”, disse o presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman.
 
“A verificação foi feita. É natural que, quando comece a funcionar tudo que tem dentro dos apartamentos, apareçam os problemas. Todos os Jogos Olímpicos, todas as vilas tiveram problemas”, minimizou o dirigente. “Ontem tivemos uma reunião com os chefes de missão e explicamos que temos que pensar daqui para frente, procurar solucionar as questões e, com alegria, tê-los aqui”, acrescentou. “Os ajustes a serem feitos são internos, pequenos e têm todas as condições de estarem todos consertados em poucos dias”, enfatizou.
 
Com quatro edições dos Jogos Olímpicos no currículo e duas medalhas conquistadas (prata em Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000), Janeth também fez questão de dizer que as vilas de Olimpíadas passadas apresentaram algum tipo de problema antes do início das competições. “Eu tive a felicidade de, toda vez que nós chegávamos à vila, já estarmos perto da cerimônia de abertura. Então, todo problema que tinha anteriormente já tinha sido resolvido, até pelo chefe de missão, mas havia, sim, os comentários”, contou.
 
“Tivemos vilas em que íamos treinar e chegávamos tarde porque o ônibus atrasava. Sempre tem um probleminha. O importante é que sejam resolvidos antes dos atletas começarem a competir. O atleta tem que estar em um lugar confortável, com tudo na hora e uma boa alimentação. Isso eles vão ter antes do início dos Jogos”, ressaltou.
 

Ajustes

Presente à cerimônia, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também encarou as críticas como naturais. “Acho que é legítima a reclamação deles e vamos fazer os ajustes necessários. A Austrália tem marcado desde o início a preparação dos Jogos por ser um dos países mais contundentes no seu amor ao Rio de Janeiro. Eu adoro Sydney e acho que eles fizeram Jogos incríveis. Agora a gente vai tentar devolver a eles todo talento dos Jogos que eles fizeram lá na Austrália”, comparou.
 
“Desafios nós vamos ter até o dia em que o último atleta for embora”, disse. “O Rio se preparou muito para esses Jogos e a vila é incrível. A gente está aqui para receber bem nossos visitantes. Os ajustes que tiverem que ser feitos, nós vamos arrumar. A gente quer que todos se sintam em casa”, acrescentou Paes.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 

Adaptações

Nuzman disse ainda que os países têm direito a fazer adaptações caso julguem necessidade. “Cada delegação é livre para fazer ajustes. O Brasil, quando vai a outros Jogos, também tem a atitude que se faz necessária para a sua delegação. A questão é de cada um, mas estamos aqui com equipes de obras e ajustes trabalhando”, afirmou.
 
O prédio da delegação brasileira, o de número 30, tem 18 andares e 72 apartamentos de 213m², com quatro quartos duplos e um individual, todos com suíte. A estrutura do edifício tem também área de convivência com televisores, videogames e jogos, e 60 bicicletas.
 
Atletas brasileiros de oito modalidades entram na Vila dos Atletas neste domingo: canoagem slalom, ciclismo pista, futebol feminino, ginástica artística masculina, levantamento de peso, hóquei sobre grama, tiro com arco e tiro esportivo. No total, a delegação brasileira terá 806 integrantes, sendo 465 atletas. Além dos primeiros brasileiros, esportistas de outras delegações também já estão na Vila, entre eles atletas da Alemanha e de Israel.    
 

Abertura Vila OlímpicaAbertura Vila Olímpica

Primeiros a chegar

A Seleção Brasileira de hóquei sobre grama foi a primeira delegação do país a entrar na Vila dos Atletas. Os jogadores, acompanhados da comissão técnica, chegaram ao local por volta das 10h30 deste domingo e ficaram encantados com o que viram. “É a primeira vez que a seleção brasileira de hóquei sobre grama participa da Olimpíada e, além do mais, nós somos a primeira delegação brasileira a entrar na Vila. Então para a gente tem sido uma sensação incrível, uma experiência inacreditável”, disse o jogador Bruno Mendonça.
 
Além da oportunidade de vivenciar o clima olímpico pela primeira vez, Bruno elogiou o apartamento e o prédio. “Entramos agora, deixamos nosso material lá e descemos para cá, mas já vimos que o nosso quarto está excelente, primeira linha. As camas são muito boas, o espaço no quarto é excelente, duas pessoas por quarto... É bom porque temos nossa privacidade e nos dá um descanso, que vai ser muito importante depois dos treinos”, afirmou.
 
O defensor da seleção brasileira de hóquei sobre grama reagiu com surpresa ao ser informado das reclamações de outras delegações em relação às acomodações na Vila dos Atletas. “Eles não devem ter tido sorte com o prédio deles, porque no meu está tudo excelente. Chegamos igual uma criança quando ganha presente, quer reparar em cada detalhe, e não há nada a reclamar: desde a entrada no hall, o elevador superconfortável, a entrada no quarto bem espaçosa, a mala não tem problema nenhum para passar na porta, acredito que no nosso prédio não devemos encontrar nenhum problema”.
 
 
Ana Cláudia Felizola e Mateus Baeta – brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Flamengo aproveita momento olímpico para transformar legado em estrutura

Secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento Luiz Lima elogiou a nova piscina do Flamengo. Foto: Paulo Rossi/brasil2016.gov.brSecretário nacional de Esporte de Alto Rendimento Luiz Lima elogiou a nova piscina do Flamengo. Foto: Paulo Rossi/brasil2016.gov.br
 
O Clube de Regatas Flamengo abriu suas portas, neste domingo (24.7), na Gávea, no Rio de Janeiro, para demonstrar como os Jogos Olímpicos Rio 2016 vão deixar um legado positivo para o clube. O local receberá atletas das delegações dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha durante o evento, um dos fatores que impulsionou reformas e revitalizações nas instalações do clube. No total, foram R$ 18 milhões investidos, sendo parte do dinheiro proveniente da Lei de Incentivo ao Esporte e da Lei Pelé.
 
“Foi uma oportunidade que surgiu e não deixamos desperdiçar. Os comitês olímpicos norte-americano e britânico vão utilizar nossas instalações e estão nos ajudando a reformar e melhorar. Isso, junto com recursos de outras fontes, como incentivo fiscal e patrocinadores, está nos ajudando a mudar a cara do nosso clube”, celebrou Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.
 
Além de revitalizar quadras e ginásios e inaugurar uma piscina olímpica nova, o Flamengo vai se beneficiar com equipamentos disponibilizados pelos visitantes. “O remo foi contemplado com 21 ergômetros dos britânicos e o comitê olímpico dos Estados Unidos está trazendo US$ 10.500 em remos”, citou Edson Figueiredo, gerente de remo do clube, citando ainda os dois barcos comprados com recurso próprio do Flamengo.
 

Nova piscina

Neste domingo, o Flamengo apresentou a nova piscina olímpica da Gávea, que custou R$ 7 milhões. O clube inaugurou a instalação e aproveitou para homenagear atletas e técnicos flamenguistas. A piscina levou o nome de Daltely Guimarães, que foi técnico do Flamengo e da seleção brasileira. Além disso, o Flamengo homenageou atletas como os nadadores Mariana Brochado, Ricardo Prado e Fernando Scherer, o Xuxa, que tiveram seus nomes atrelados às raias da piscina.
 
Nova piscina olímpica do Flamengo homenageia Daltely Guimarães e custou R$ 7 milhões. Foto: Vagner Vargas/brasil2016.gov.brNova piscina olímpica do Flamengo homenageia Daltely Guimarães e custou R$ 7 milhões. Foto: Vagner Vargas/brasil2016.gov.br
 
Secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, foi nadador do Flamengo e compareceu ao evento de inauguração. “É uma honra estar aqui e ver essa piscina à altura do Clube de Regatas Flamengo”, elogiou. “Fico muito feliz em ver que o Flamengo começa a resgatar toda sua história de glórias. O Ministério do Esporte procura fazer parcerias que desenvolvam o esporte. Aqui no Rio temos uma característica que os clubes são os formadores dos atletas. Temos que ajudar e ser parceiros dos clubes, pois são eles que fazem o esporte”, discursou o secretário, campeão do Troféu Brasil de natação pelo clube em 2003.
 

Flamengo no Rio 2016

Além de abrir suas portas para grandes nomes mundiais do esporte que vão treinar na Gávea, como as seleções norte-americanas de basquete, judô, vôlei de praia e esportes aquáticos, o Flamengo terá também seus próprios representantes nos Jogos Rio 2016. Ao todo, 18 flamenguistas irão competir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, seja como atleta ou como parte das comissões técnicas.
 
Uma das mais experientes é Rosicleia Campos. Aos 47 anos, a técnica da seleção brasileira feminina de judô está no clube desde a adolescência e vai para sua sétima participação olímpica representando o rubro-negro. “Ser do Flamengo é uma religião, então a gente transfere isso para o esporte. O Flamengo tem esse espírito de guerreiro e vencedor. Espero que os atletas deem muita alegria ao povo brasileiro”, disse Rosicleia.
 
No Rio 2016, a treinadora viverá uma situação inusitada, já que seu clube, o Flamengo, receberá a equipe norte-americana de judô, com rivais de suas pupilas na seleção brasileira, entre elas Kayla Harrison, uma das principais adversárias de Mayra Aguiar, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. “Já fizeram essa brincadeira: o inimigo dentro de casa”, riu Rosicleia. “Mas a Kayla é uma fofa, tem muito fair play. E a instalação está ótima, com ar condicionado e amortecimento. Está muito legal”, elogiou.
 
Já Maria Clara Lobo vai representar o Brasil e o Flamengo no Rio 2016 de dentro da piscina. A atleta do nado sincronizado ressaltou a importância de o clube aproveitar o momento olímpico para melhorar sua estrutura para o futuro. “Os Jogos serem aqui no Rio é muito legal para o público estar perto, mas também para deixar um legado para o nosso esporte continuar evoluindo. Essa piscina é um legado importantíssimo que vamos levar para as próximas gerações”, declarou.
 

Nos Jogos Olímpicos, o Flamengo terá, no basquete, o jogador Marquinhos, o técnico José Neto e o preparador físico Diego Falcão. O clube ainda tem Rosicleia Campos no judô; Maria Clara Lobo, Lorena Molinos e Carlos Alexandre de Assis no nado sincronizado; Eduardo Calçada no futebol; Maria Clara Canetti no polo aquático; Luiz Altamir na natação; Fernanda Nunes no remo; e Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade na ginástica artística. Nos Paralímpicos, o clube contará com Karla Cardoso no judô e Michel Pessanha e Franquilim Oliveira no remo.
 
Na história dos Jogos, o Flamengo registra 11 medalhas e 16 medalhistas olímpicos. Nomes como Zenny de Azevedo, o Algodão, bronze em Londres 1948 e Roma 1960 com a seleção de basquete; Ricardo Prato, prata nos 400m medley em Los Angeles 1984; e Leila e Virna, do vôlei, em Sydney 2000, conquistaram medalhas enquanto atletas do rubro-negro.
 

Investimento

Para receber os 200 atletas internacionais que estarão na Gávea no Rio 2016, o Flamengo investiu um total de R$ 18 milhões nas instalações do clube. O local contará com a presença de integrantes das equipes de 12 modalidades dos Estados Unidos e de cinco da Grã-Bretanha.
 
Os norte-americanos foram responsáveis por investir R$ 5 milhões em equipamentos, ginásios, programa de marketing e troca de conhecimento, enquanto os britânicos trouxeram R$ 1 milhão. A piscina custou R$ 7 milhões, mesmo valor destinado aos esportes olímpicos provenientes de projetos apresentados à Confederação de Clubes (CBC), com recursos vindos pela Lei Pelé e destinados à melhoria de infraestrutura e compra de equipamentos.
 
Além das nove áreas reformadas, o Flamengo ainda destinou R$ 1 milhão do valor total para a estruturação do Projeto Cuidar, que vai reunir todas as ciências do esporte para apoiar o desenvolvimento dos atletas flamenguistas, da base ao alto rendimento.
 

Lei de Incentivo ao Esporte

Nos últimos três anos (2013, 2014 e 2015), o Flamengo captou mais de R$ 3 milhões para investir por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Em 2015, o valor captado pelo clube foi de R$ 247,3 mil e contemplou diversas modalidades, como basquete, vôlei, tênis, natação, polo aquático e nado sincronizado. Além disso, parte da verba foi destinada para a estruturação do Projeto Cuidar e para a detecção de talentos.
 
Vagner Vargas – brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 

Juizado do Torcedor funcionará no Mané Garrincha durante Olimpíadas Rio 2016

Foto: Danilo Borges/ Portal da CopaFoto: Danilo Borges/ Portal da Copa

O Estádio Nacional de Brasília – Mané Garrincha vai sediar, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Juizado do Torcedor do DF. O estádio será palco de dez partidas de futebol entre os dias 4 e 13 de agosto.

O objetivo é apreciar os conflitos de natureza criminal, bem como das matérias relativas a crianças e adolescentes, desde que relacionadas ao evento desportivo e compatíveis com a estrutura disponível.

O Juizado do Torcedor funcionará, nos seis dias em que haverá jogos, com a atuação de dois juízes e representantes do Ministério Público e Defensoria Pública do Distrito Federal. O espaço ficará localizado no 3º subsolo e o expediente terá início duas horas antes das partidas de futebol.

A Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal (VIJ/DF) também estará presente no Mané Garrincha, prestando orientações e fiscalizando.

Com a proximidade dos jogos, é importante que os pais e/ou responsáveis, além de organizadores e patrocinadores, fiquem esclarecidos sobre as regras de participação de crianças e adolescentes em hospedagem, entrada nos locais dos eventos do Rio 2016 e circulação em viagens pelo Brasil.

A VIJ/DF editou portaria esclarecendo que crianças (quem tem menos de 12 anos de idade incompletos) somente poderão ingressar acompanhadas de um maior de 18 anos. Já a participação de crianças e adolescentes em atividades culturais, educacionais, celebrativas, promocionais e desportivas ficará autorizada mediante disponibilização, pela empresa organizadora, patrocinadores ou terceiros autorizados, de autorização dos pais ou responsável legal.

Além do Estádio Nacional de Brasília, seis arenas vão sediar os jogos de futebol na Rio 2016: Mineirão (Belo Horizonte); Arena da Amazônia (Manaus); Arena Corinthians (São Paulo);  Arena Fonte Nova (Salvador); Maracanã e Engenhão (Rio de Janeiro). De 3 a 20 de agosto, serão 58 jogos, entre torneios masculinos e femininos.  

Liliane Borba, com informações do TJDFT
Ascom – Ministério do Esporte

Quase 80% dos atletas brasileiros inscritos nos Jogos Rio 2016 são bolsistas

A delegação recorde do Brasil na história das Olimpíadas contou com um importante aliado na preparação para os Jogos Rio 2016, a Bolsa Atleta. O programa beneficia 358 dos 465 desportistas que representarão o país no megaevento. O número representa 77% do total de brasileiros que irão competir no próximo mês. A lista dos contemplados e o histórico de cada atleta no programa, que foi criado em 2005, são algumas das informações reunidas no “Guia de Atletas e Modalidades Olímpicas” do Ministério do Esporte (disponível em versão digital – PDF – 25,6 Mb).

O programa serve para apoiar atletas que tenham obtido bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, independentemente de sua condição econômica. São seis categorias de bolsas, pagas em 12 parcelas, cujo valor mensal varia de R$ 310 a R$ 15 mil. Nas Olimpíadas, serão 140 desportistas da categoria Internacional, 105 da categoria Pódio, 57 da categoria Olímpica e 56 da categoria Nacional.

Os benefícios são pagos da seguinte maneira: Atleta de Base (R$ 370,00); Estudantil (R$ 370,00); Nacional (R$ 925,00); Internacional (R$ 1.850,00); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100,00) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).

O Guia ainda traz os investimentos realizados pelo Governo Federal nas 42 modalidades olímpicas, que inclui os recursos aplicados no Plano Brasil Medalhas, convênios com as confederações, construções e reformas de Centros de Treinamento e compra de equipamentos.

A publicação também traça o perfil dos 465 atletas brasileiros que estarão nos Jogos Rio 2016, com nome, naturalidade, data de nascimento e participações olímpicas. Nas modalidades individuais, há ainda os principais resultados na carreira dos desportistas e provas em que estão classificados nos Jogos Rio 2016. Nos esportes coletivos, também estão registrados as medalhas do Brasil e a posição em que os atletas atuam.

Bolsa Atleta
A nova lista de contemplados no Bolsa Atleta, para o exercício de 2016, foi publicada nesta sexta-feira (22.07), e inclui 6.152 atletas de todo país, contemplando modalidades olímpicas, não-olímpicas e paralímpicas. Os investimentos serão de R$ 80 milhões neste ano.

Considerado o maior programa de patrocínio individual do mundo, o Bolsa Atleta completou em 2015, uma década de atuação, com mais de 43 mil bolsas concedidas para mais de 17 mil atletas. Os investimentos no período alcançaram a marca de R$ 600 milhões nas categorias de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico.

Já pela Bolsa Pódio, já foram investidos mais de R$ 60 milhões em 318 atletas desde 2013. Atualmente, 231 atletas de modalidades individuais (olímpicas e paralímpicas) são patrocinados nesta categoria. A Bolsa Pódio é uma ação do Plano Brasil Medalhas pelo qual o Ministério do Esporte e empresas estatais também apoiam mais 179 atletas de modalidades coletivas (olímpicas e paralímpicas). Os recursos do Plano para esses 399 atletas já somam investimentos na ordem de R$ 287,3 milhões.

Ascom - Ministério do Esporte

 

Treinador define a Seleção Brasileira feminina de basquete para os Jogos Olímpicos Rio 2016

O técnico Antonio Carlos Barbosa definiu a lista das 12 jogadoras da Seleção Brasileira que, sob seu comando, defenderão o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Brasil está no grupo A e faz sua estreia olímpica contra a Austrália, medalha de bronze nos Jogos de Londres 2012, no dia 6 de agosto. Depois, a Seleção terá como adversários o Japão (8.8), campeão asiático, e as outras três seleções classificadas no Pré-Olímpico Mundial: Bielorrússia (9.8), França (11.8) e Turquia (13.8). A fase de grupos será disputada na Arena da Juventude, em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro. A partir das quartas de final, o basquete feminino terá suas partidas na Arena Carioca 1, na Barra da Tijuca.
 
Adriana Moisés, Joice Rodrigues e Tainá da Paixão (armadoras); Isabela Ramona, Iziane Marques, Palmira Marçal e Tatiane Pacheco (alas); Damiris Dantas (ala-pivô); Clarissa dos Santos, Érika de Souza, Kelly Santos e Nádia Colhado (pivôs). Essas são as 12 jogadoras convocadas por Barbosa. A ala Patrícia Teixeira Ribeiro será mantida no grupo até o final da preparação em Campinas.
 
Atleta do time norte-americano do Chicago Sky, a pivô Érika é uma das atletas da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Getty ImagesAtleta do time norte-americano do Chicago Sky, a pivô Érika é uma das atletas da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Getty Images
 
Antes do embarque para os Jogos Rio 2016, as brasileiras enfrentarão a seleção do Japão nos Jogos Desafio, marcados para os dias 27 e 29 de julho, às 20h (de Brasília), no Clube Concórdia (Rodovia Dr. Heitor Penteado, km 6 – Sousas), em Campinas. E mesmo depois da chegada das brasileiras na Vila Olímpica, no Rio, elas ainda terão mais dois desafios antes da estreia nos Jogos Olímpicos. O time enfrenta a Sérvia no dia 2 de agosto, às 10h, e a China, no dia seguinte, às 9h.
 
A Seleção Brasileira feminina tem o apoio do Governo Federal por meio do convênio com o Ministério do Esporte.
 
Seleção Brasileira adulta feminina
Nome – Posição – Idade – Altura– Clube – UF
 
Adriana Moisés Pinto Mafra – Armadora – 37 anos – 1,70m – Uninassau / América (PE) – SP
Clarissa Cristina dos Santos – Pivô – 28 anos – 1,82m – Chicago Sky (EUA) – RJ
Damiris Dantas do Amaral – Ala/pivô – 23 anos – 1,92m – Corinthians/Americana (SP) – SP
Érika Cristina de Souza – Pivô – 34 anos – 1,96m – Chicago Sky (EUA) – RJ
Isabela Ramona Lyra Macedo – Ala – 22 anos - 1,80m – Sampaio Basquete (MA) – BA
Iziane Castro Marques – Ala – 34 anos – 1,82m – Sampaio Basquete (MA) – MA
Joice Cristina de Souza Rodrigues – Armadora – 29 anos – 1,76m – Corinthians / Americana (SP) – SP
Kelly Santos Muller– Pivô – 36 anos – 1,93m – Uninassau / América (PE) – SP
Nádia Gomes Colhado – Pivô – 27 anos – 1,95m – Sampaio Basquete (MA) – SP
Palmira Cristina Marçal – Ala –32 anos – 1,78m – Sampaio Basquete (MA) – SP
Tainá Mayara da Paixão – Armadora – 24 anos – 1,72m – Uninassau / América (PE) – SP
Tatiane Pacheco Nascimento – Ala – 25 anos – 1,81m – Uninassau / América (PE) – SP
 
Média de Idade: 29,2 anos
Média de Altura: 1,83m
 
Comissão Técnica
 
Técnico: Antonio Carlos Barbosa
Assistentes técnicos: Cristiano Cedra e Júlio César Patrício
Administrador: Bruno Gomes de Valentin
Coordenadora de Seleções: Adriana dos Santos Lopez
Preparador Físico: Clóvis Roberto Rossi Haddad 'Vita'
Fisiologista: Rafael Júlio de Freitas Guina Fachina
Médico: Dr. Jorge Luiz Fernandes Oliva Junior
Fisioterapeutas: Milena Perroni e Tatiana dos Santos Cardoso
Nutricionista: Mirtes Stancanelli
Massagista: Joyce Aparecida Tozetto
Psicóloga: Paula Teixeira Fernandes
 
Jogos Olímpicos Rio 2016
Local: Arena da Juventude (Deodoro) e Arena Carioca 1 (Barra da Tijuca)
Data: 6 a 21 de agosto
 
Grupo A
Austrália, Brasil, Japão, França, Bielorrússia e Turquia.
 
Grupo B
Canadá, Estados Unidos, Senegal, Sérvia, China e Espanha.
 
Programação dos Amistosos
 
Jogos Desafio: Brasil x Japão
Dias e horários: 27 e 29 de julho, às 20h de Brasília
Local: Clube Concórdia (Rodovia Dr. Heitor Penteado, km 6 – Sousas – Campinas)
Entrada: 1kg de alimento não perecível.
 
Amistoso: Brasil x Sérvia
Local: Rio de Janeiro
Dia: 2 de agosto
Horário: 10h de Brasília
 
Amistoso: Brasil x China
Local: Rio de Janeiro
Dia: 3 de agosto
Horário: 9h
 
Fonte: CBB 
Ascom - Ministério do Esporte 

Ministério do Esporte lança campanha para incentivar o Brasil nos Jogos Rio 2016

A campanha oficial do Brasil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 foi lançada pelo Ministério do Esporte nesta sexta-feira (22.7). Ela mostra a força do atleta e do povo brasileiro, ancorada na diversidade e na riqueza cultural do país.
 
Empatia é o sentimento chave que a campanha quer gerar. Por isso, toda a estética da campanha – fotografia, trilha sonora e textos – foi composta a partir de elementos refletidos em cada momento presente na dinâmica do atleta: batimentos cardíacos, frequência de respiração, textura de voz e as diversas leituras sensoriais. O objetivo é fazer com que os brasileiros se coloquem no lugar dos atletas ao assistir aos filmes, ouvir as músicas ou conferir a campanha nas ruas.
 
Assista aos filmes:
 
 

 

 

 

 

A música oficial será lançada com um documentário até a abertura dos Jogos. As trilhas dos filmes e spots criadas a partir de leituras sensoriais dos atletas também terão versões estendidas, com playlists para cada modalidade.
 
Mais do que um legado de infraestrutura, que já se materializa no Rio de Janeiro e nas cinco regiões do país por meio da Rede Nacional de Treinamento, o Ministério do Esporte quer estimular valores como respeito, compartilhamento e união.
 
A campanha, que foi planejada e criada em conjunto com a Fields360, teve início nos meios internet e mídia exterior em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Fortaleza e Manaus), tanto digital (metrô, rodoviárias e prédios comerciais) quanto off-line (mobiliário urbano, aeroporto e metrô), sendo agregada e intensificada com os grandes canais de TV, rádio e mídia impressa até o término das Paralimpíadas.
 
A estratégia digital inclui redes sociais, portais e um plugin de navegador para que os internautas tenham as informações em tempo real a respeito dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Antes da abertura, o internauta poderá acompanhar o percurso da Tocha Olímpica e, após o início dos Jogos, terá acesso ao quadro de medalhas e notícias das competições.
 
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Bolsa Atleta patrocina 6.152 atletas em 2016

Foi publicada nesta sexta-feira (22.7), no Diário Oficial da União (DOU), a lista dos contemplados pelo programa Bolsa Atleta, para o exercício de 2016, das modalidades que integram os programas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Serão patrocinados neste ciclo 6.152 atletas de todo país, num investimento da ordem de R$ 80 milhões no ano. 
 
São apoiados pelo programa atletas que tenham obtido bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, independentemente de sua condição econômica. O atleta contemplado recebe, no ano, o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria. 

Confira a lista publicada no DOU 

 
Atualmente, o programa opera com seis categorias bolsa: Atleta de Base (R$ 370,00); Estudantil (R$ 370,00); Nacional (R$ 925,00); Internacional (R$ 1.850,00); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100,00) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil). 
 
Do total dos contemplados deste ano, 4.203 são da categoria Nacional, 1.132 atletas são da categoria Internacional, 396 atletas são da categoria Estudantil e 217 da Atleta de Base. Já a categoria Olímpico/Paralímpico somou 204 patrocinados neste ano.
 
A categoria Pódio é a mais alta do programa e foi criada, em 2013, com o objetivo de patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais nos Jogos Rio 2016. Para ser patrocinado, o atleta deve estar entre os 20 primeiros no ranking da modalidade ou prova específica e ser indicado pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto em conjunto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério do Esporte. 
 
Os atletas que tiveram o nome publicado no DOU deverão assinar o Termo de Adesão, disponível neste link (http://www2.esporte.gov.br/seguro/sgp/AreaRestrita) e encaminhá-lo em até 30 dias corridos ao Ministério do Esporte por via postal. O prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias, mediante justificativa da confederação da modalidade. 
 

Incentivo direto ao atleta

Considerado o maior programa de patrocínio individual do mundo, o Bolsa Atleta completou em 2015, uma década de atuação, com mais de 43 mil bolsas concedidas para mais de 17 mil atletas. Os investimentos no período alcançaram a marca de R$ 600 milhões nas categorias de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico.
 
Já pela Bolsa Pódio, já foram investidos mais de R$ 60 milhões em 318 atletas desde 2013. Atualmente, 231 atletas de modalidades individuais (olímpicas e paralímpicas) são patrocinados nesta categoria. A Bolsa Pódio é uma ação do Plano Brasil Medalhas pelo qual o Ministério do Esporte e empresas estatais também apoiam mais 179 atletas de modalidades coletivas (olímpicas e paralímpicas). Os recursos do Plano para esses 399 atletas já somam investimentos na ordem de R$ 287,3 milhões.
 
O impacto da Bolsa Atleta foi medido nos Jogos de Toronto 2015, principal competição multiesportiva de 2015 para as equipes que vão disputar os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Dos 862 atletas convocados para o Pan-Americano e Parapan-Americano de Toronto, 675 são apoiados pelos programas do governo federal, o que correspondeu a 78,4% das delegações.
 
Das 141 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, 121, ou 85,8%, vieram de atletas e equipes que recebem bolsas do governo federal. Ao todo, 243 medalhistas são bolsistas, entre os 303 atletas brasileiros que subiram ao pódio na competição.
 
Já nos Jogos Parapan-Americanos, o Brasil se consolidou como a primeira potência das Américas e fortaleceu os planos rumo à classificação entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos do Rio em 2016. Pela terceira vez seguida, os brasileiros ficaram em 1º lugar no quadro geral de medalhas. Das 257 medalhas no Parapan, 254 foram conquistadas por bolsistas do governo federal, o que corresponde a 98,8% do total. Dos 215 atletas medalhistas, 199, ou 92,5%, são bolsistas. 
 
 
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Diário Oficial traz a regulamentação da Rede Nacional de Treinamento

A edição desta quinta-feira (21.07)  do Diário Oficial da União traz a regulamentação, pelo Ministério do Esporte, da Rede Nacional de Treinamento. O texto estabelece os objetivos, a infraestrutura e os órgãos que podem compor o conjunto de instalações que fazem a amarração entre a iniciação esportiva e a prática de alto rendimento no país.

Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra. Instalação está prevista como uma das integrantes do topo da pirâmide da Rede Nacional de Treinamento. (Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro)Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra. Instalação está prevista como uma das integrantes do topo da pirâmide da Rede Nacional de Treinamento. (Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro)

Criada com o conceito de espalhar os benefícios da realização dos Jogos Rio 2016 por todo o território brasileiro, a Rede Nacional de Treinamento é vista pelo governo federal como um dos principais legados do megaevento esportivo. Criada pela lei federal nº 12.395, de março de 2011, a Rede interliga as grandes estruturas a centros de treinamento de todo o país, sejam eles voltados à iniciação esportiva ou ao alto rendimento.

De acordo com o publicado nesta quinta, estão entre os objetivos conceituais da Rede Nacional de Treinamento integrar profissionais, infraestruturas esportivas, práticas e programas vinculados ao esporte. Completam a lista de objetivos o fomento do desenvolvimento de talentos, a articulação de treinamento de modalidades dos programas olímpicos e paralímpicos e a coordenação de decisões, agentes e unidades operacionais.

» Confira o texto completo no Diário Oficial da União

» Conheça as estruturas que compõem a Rede Nacional de Treinamento

A consequência esperada com o cumprimento desses objetivos é disseminar métodos de treinamento, desenvolver e aplicar a ciência e a medicina esportiva, capacitar profissionais, expandir conhecimento, detectar talentos e dar possibilidade de um encadeamento lógico do desenvolvimento de sua carreira, além de modernizar instalações e organizar a manutenção e aquisição de equipamentos esportivos, de modo a qualificar a gestão do esporte nacional.

Adesão
A estrutura organizacional da Rede Nacional terá a coordenação do Ministério do Esporte, com suporte do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Paralímpico Brasileiro. Entidades nacionais e regionais de administração do esporte, assim como ligas regionais e nacionais, a Confederação Brasileira de Clubes, estados, municípios e o DF estão entre os possíveis parceiros e integrantes da Rede Nacional de Treinamento.

O texto traz, ainda, a previsão de formas de adesão e graus de certificação das entidades, clubes e instalações esportivas. Assim que uma entidade confirma a adesão, recebe um certificado com validade de quatro anos. A participação dependerá de adesão formal desses entes, mediante a manifestação formal do seu dirigente ou responsável. Essa adesão exige um relatório com projetos e programas já desenvolvidos e os objetivos previstos no período. A Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte tem 30 dias para providenciar os formulários de adesão. Os equipamentos/estruturas integrantes da rede terão prioridade no recebimento de recursos do Ministério do esporte.

Entre as instalações previstas para compor a rede estão centros olímpicos e paralímpicos de treinamento e boa parte das instalações dos Jogos Rio 2016, além dos Centros Nacionais de Treinamento, dos Centros Regionais, de unidades locais e dos Centros de Iniciação ao Esporte.  

Nacionalização
Dentro do ponto de vista de nacionalização do legado dos Jogos Rio 2016, o investimento federal em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões. São recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficias de atletismo e dez instalações olímpicas no Rio de Janeiro (RJ), além da reforma e a construção, também no Rio, de locais de treinamento durante os jogos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  

Fonte: Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Comissão técnica destaca importância da presença de chineses na preparação do tênis de mesa para Jogos Rio 2016

No período de treinos para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a equipe brasileira de tênis de mesa recebeu um apoio estrangeiro. O mesatenista Zhai Yujia (119º colocado no ranking mundial), chinês naturalizado dinamarquês, e o treinador chinês, Keyi He, foram convidados para participar das atividades da seleção. Para a comissão técnica, a presença dos dois acrescentou muito ao trabalho realizado pelos atletas: Hugo Calderano, Cazuo Matsumoto, Gustavo Tsuboi, Lin Gui, Caroline Kumahara e Bruna Takahashi.

Foto: CBTMFoto: CBTM"O Zhai está sendo muito importante porque ele eleva o nível do treino. É um jogador muito regular, com um ritmo de jogo muito forte. Já o Keyi é um técnico que ajuda com muitos detalhes técnicos", disse um dos treinadores da seleção, Francisco Arado.

Jean-René Mounie, técnico da seleção masculina, e Lincon Yasuda, coordenador da seleção, destacaram o estilo de jogo de Zhai como um dos grandes trunfos de ter a presença do dinamarquês nos treinamentos. "Ele usa uma borracha chinesa, bem específica e temos que nos adaptar a isso. Tem uma direita forte e alta capacidade de jogar com velocidade com a esquerda. Então ele somou muito por causa do ritmo de jogo e do estilo diferente", analisou Jean-René.

"O Zhai é um jogador com um estilo de jogo bastante semelhante ao dos asiáticos que vão para as Olimpíadas. Ele tem muito vigor físico, acerta muitas bolas boas. Trabalha firme todos os dias e foi um parceiro de altíssimo nível que nos ajudou bastante", elogiou Lincon.

Ainda segundo o coordenador, a participação do treinador chinês ajuda os atletas a adquirirem confiança. Para Lincon, Keyi se atenta aos detalhes e isso permite que o mesatenista se sinta mais seguro com o que fazer na hora do jogo. "Ele tem um modo de trabalhar muito interessante, tem muito conhecimento da parte técnica. Keyi é um treinador que gosta de corrigir detalhes e trabalha isso com eficiência. Para os jogadores, é ótimo, pois é bom o atleta sentir que está trabalhando bem esses fundamentos", afirmou.

O intercâmbio entre atletas e treinadores de outros países não é uma prática incomum no tênis de mesa. O técnico Arado afirma que isso é muito usado para ajudar na preparação, além do objetivo de elevar o nível dos treinos. "É comum sim convidar outros jogadores como sparring para ajudar em treinamentos. No Japão, isso é muito usado em vários treinos. Lá, eles costumam usam sparrings chineses", disse.

Além disso, é comum também o uso de atletas mais jovens nas preparações. Para Jean-René, a presença de Vitor Ishiy e Eric Jouti nos treinamentos está ajudando ainda mais os atletas olímpicos. "Com os meninos, nós temos uma regularidade ótima, eles estão nos ajudando muito e o serviço deles muda tudo", enalteceu o técnico francês.

Os treinamentos dos representantes do Brasil começou no Rio de Janeiro, onde a equipe ficou treinando entre os dias 11 e 17 deste mês. Nesta quarta-feira (20.07), o grupo começou a segunda fase do período de atividades antes dos Jogos Olímpicos, em São Caetano do Sul (SP), cidade em que ficarão até dia 30, antevéspera da entrada na Vila Olímpica.

Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)

Ascom – Ministério do Esporte.

Sarah Menezes: da frustração na China ao ouro na Inglaterra

Se ela tivesse perdido a hora na manhã do dia 28 de julho de 2012, não teria entrado para a história como a primeira mulher brasileira a ser campeã olímpica no judô. E um atraso bem que poderia ter acontecido: “Eu me esqueci de colocar o despertador. Quando pensei em colocar, já estava acordando no outro dia. Eu apaguei”, relembra, com bom humor, a piauiense Sarah Menezes. “A pesagem era bem cedo, às 7h da manhã, e umas 6h e pouquinho eu já estava acordando, até mesmo porque já tinha o hábito de acordar cedo. Ainda bem que naquela noite eu dormi super tranquila. Foi um sono como se estivesse em casa e não perdi a hora”, detalha. 

Sarah Menezes, com a medalha de ouro conquistada nos Jogos de Londres 2012: orgulho do esporte brasileiro. (Foto: Getty Images)Sarah Menezes, com a medalha de ouro conquistada nos Jogos de Londres 2012: orgulho do esporte brasileiro. (Foto: Getty Images)

Tranquilidade é uma de suas características que Sarah mais faz questão de enfatizar. Durante os Jogos Olímpicos de Londres-2012, essa foi uma das qualidades que pesaram no caminho que ela trilhou até a conquista do ouro. Porém, nem sempre foi assim.
 
Quatro anos antes, Sarah havia disputado os Jogos Olímpicos de Pequim ainda pouco conhecida por parte do público brasileiro. Na ocasião, a escolha dos nomes de atletas como ela e Mayra Aguiar – que também seria medalhista em Londres, com o bronze – chegou a receber críticas. As duas acabaram derrotadas logo na estreia.
 
“Eu fiquei tão nervosa na primeira luta que eu quase não conseguia subir na escadinha para ir para o tatame. O meu nervosismo não me deixou lutar e eu acabei perdendo bem no início”, lembra Sarah, que levou um ippon da húngara Eva Csernoviczki.
 
Além do nervosismo, a atleta hoje tem consciência de que outras distrações a atrapalharam na China. “A minha experiência em Pequim foi incrível porque eu era muito jovem, tinha 18 anos. Não tinha noção do que eram os Jogos Olímpicos. Eu me perdi lá dentro da Vila porque tinha muitas coisas”, explica.
 
O “perder-se” é justificado. “Eu fiquei deslumbrada pela Vila, pelas coisas que aconteciam, muitas coisas gratuitas. O atleta tira o foco completamente se ele chega aos Jogos Olímpicos e não é amadurecido”, alerta. “Tinha tudo: sala de jogos 24 horas, praça de alimentação 24 horas, boate 24 horas. Em Pequim eles fizeram uma baita estrutura na Vila. Tinha de tudo”.
 

A mudança de postura após os Jogos de Pequim 2008 foi determinante para o futuro dourado de Sarah quatro anos depois, em Londres. (Foto: Getty Images)A mudança de postura após os Jogos de Pequim 2008 foi determinante para o futuro dourado de Sarah quatro anos depois, em Londres. (Foto: Getty Images)

A parte boa de sua primeira participação olímpica foi que Sarah tirou importantes lições do que viveu nos Jogos de 2008. Após perceber o poder das atrações do lado de fora do tatame e reconhecer que ainda faltava a ela domínio próprio dentro da área de luta, a judoca entendeu ali a necessidade de um trabalho extra.
 
“Eu não aceitava a psicologia. Só queria treinar. Achava muito chato, mas vi que era necessário aquilo para mim. Eu estava precisando, porque em alguns momentos eu não tinha controle de mim. Eu ficava muito tensa, nervosa, e não conseguia ter o controle”, reconhece. “Aí fui trabalhando, melhorando com as conversas, e comecei a controlar meu nervosismo quando ele aparecia. Conseguia ficar mais calma e ter domínio”, diz.
 
Por tudo isso, foi mesmo depois das Olimpíadas de 2008 que o caminho de Sarah Menezes começou a tomar um novo rumo. “Quando eu saí de Pequim, imaginei que eu poderia estar ali novamente nos Jogos Olímpicos, lutar e conseguir uma medalha olímpica. Quando eu saí de lá e cheguei à minha cidade (Teresina), continuei treinando com foco e com pensamento bem positivo, imaginando os Jogos Olímpicos de Londres”, revela.
 
Enquanto isso, o reforço do lado psicológico a ajudava a não pensar que, quatro anos depois, poderia amargar uma nova derrota prematura. “Após as Olimpíadas de Pequim, os meus títulos melhoraram. Acredito que fui medalhista em todas as competições de que participei. Estava sempre no pódio. Acho que foi a vontade de estar novamente numa Olimpíada e conquistar uma medalha. Acho que foi esse objetivo que coloquei para o meu ciclo seguinte”, acredita.
 

A “normalidade” de uma Olimpíada

A maneira como Sarah Menezes lidou com sua carreira após a primeira participação olímpica não poderia ser mais acertada. Com os objetivos bem traçados, e sempre com os Jogos de Londres-2012 como a maior meta, muita coisa mudou.
 
Ainda em 2008, no mês de outubro, pouco depois das Olimpíadas, Sarah conquistou, na Tailândia, o título de campeã mundial júnior. Um ano depois veio outro ouro, desta vez no Mundial júnior de Paris. E o que se seguiu foram mais medalhas, em etapas da Copa do Mundo e no Grand Slam do Rio, além de um quinto lugar no Mundial sênior, na Holanda.
 
 
O início com pódios no novo ciclo olímpico foi apenas uma projeção de tudo que viria pela frente e que incluiria ainda as duas medalhas de bronze nos Mundiais de 2010 e 2011.
 
“No meu ciclo de 2009 para 2012, a gente teve muitas competições, muitos treinamentos de campo, e eu fui evoluindo nesses treinamentos. Nas competições, eu estava indo muito bem, sempre chegava ao pódio, e passei todo esse ciclo treinando na minha cidade, em Teresina. Quando eu saía de Teresina era apenas para integrar a Seleção Brasileira”, conta. “Eu treinava pela manhã a parte de musculação e à noite a parte do tatame. Uma ou duas vezes na semana eu fazia a parte psicológica pelo Skype”, detalha a judoca.
 
“Fiz uma temporada muito boa, sempre foquei nos meus treinos, procurava a perfeição todos os dias, e as coisas foram bem tranquilas”, resume a campeã olímpica. Amparada pelos resultados daquele ciclo, Sarah embarcou em 2012 para a Grã-Bretanha de uma maneira muito diferente do que ela fez em 2008 e sem sentir qualquer pressão em relação ao maior evento esportivo do mundo. “Eu encarei a Olimpíada como uma competição normal, nem pensei em Jogos Olímpicos. Eu pensei em ir para a competição e fazer o meu melhor”, lembra.
 
Antes da parada final em Londres, a Seleção Brasileira de judô ficou concentrada em Sheffield para um período final de treinos e de aclimatação. “Em Pequim, a gente chegou e já ficou na Vila e não em outra cidade. Londres foi diferente. Eles montaram uma estrutura em Sheffield, a duas horas de distância. Ficamos concentrados nesse local, em uma mini-vila só para a seleção do Brasil e a gente fazia tudo: treinava, brincava, se divertia, tinha horário para tudo, mas era só a gente do Brasil”, recorda.
 
“Em seguida, a gente foi para a Vila. Fiquei dois dias lá e já lutei”, recorda a judoca, que não teve tempo e nem a disposição de quatro anos antes para ceder espaço ao deslumbramento ou às distrações oferecidas pela Vila Olímpica inglesa. “Aquela vivência que eu tive já não era mais uma curiosidade. Eu já conhecia e tinha noção de como seria”, explica.

Sarah treina em Sheffield, na Inglaterra, na reta final de preparação antes dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. (Foto: Getty Images)Sarah treina em Sheffield, na Inglaterra, na reta final de preparação antes dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. (Foto: Getty Images)


Descanso e isolamento

Se em Pequim Sarah Menezes se viu rodeada por pessoas e atividades de encher os olhos, em Londres a estratégia foi completamente oposta. “Na véspera da competição, eu só descansei. Fiquei o dia todo no quarto, conversando com o pessoal da equipe. Saía só para fazer a refeição e voltava”, resume. “Eu dormi muito cedo. Acho que umas 21h30 ou 22h eu já estava dormindo”, conta a atleta, que sequer acertou o despertador.
 
“Eu lembro que ninguém falou comigo. As pessoas me deixaram sossegada. No outro dia eu acordei, fiz a pesagem, tomei café e fomos para a competição”, enumera. Naquele ciclo, a regra ainda estipulava que a pesagem fosse realizada no mesmo dia da competição.
 

Estreia com a vietnamita

“Fiz um aquecimento bem forte. Não fiquei nervosa na primeira luta, me senti muito bem e consegui lutar”, recorda.  A estreia contra a vietnamita Ngoc Tu Van foi vencida com dois yukos e um sentimento de alívio. “Eu nunca tinha pegado no quimono dessa atleta. Entrei bem atenta. Meu objetivo era não dar oportunidade para ela, era ter sempre iniciativa. Eu lembro que eu sempre pegava primeiro, entrava o golpe primeiro. Aí o tempo foi correndo. Quando saí dessa luta fiquei mais calma porque as outras atletas eu já conhecia. Só tinha que ter o controle de não errar”, analisa.
 
“Após a primeira luta, a ficha vai caindo. Pensei: ‘ah, passei pela primeira!’. Continuei aquecendo. Gosto muito de conversar na área de aquecimento, não gosto de ficar fechada. Conversei com a Rosi (a técnica Rosicléia Campos), com a Gabriela Chibana, que me ajudou, era minha sparring. Aí sempre tinha nutricionista e o coordenador técnico, o Ney Wilson. Minhas duas irmãs e meu treinador Expedito Falcão estavam na arquibancada”, recorda.
 
Até aquele momento, Sarah só sabia que um pódio era, sim, uma meta possível. “Eu não imaginava que seria o ouro. Eu imaginava que era capaz de conquistar uma medalha. Conforme a competição foi andando, as medalhas foram aproximando e as cores foram ficando mais claras”, brinca.
 

Um minuto decisivo com a francesa

Passada a tensão da primeira luta, Sarah Menezes voltou ao tatame olímpico para enfrentar a francesa Laetitia Payet. O confronto, apertado, só foi definido faltando 20 segundos para o final do tempo regulamentar, por um yuko. “Eu me lembro muito bem. Sabia que era uma luta bem igual porque nas outras competições também havia sido assim. Aí eu pensei: ‘no último minuto vou ter que fazer alguma coisa’”, lembra.
 
“Consegui a derrubar para não ter o perigo do golden score. Eu lembro que estava com as duas mãos no quimono e dei como se fosse um carrinho de frente nela. Aí consegui derrubar a atleta de lado. Eu já tinha ganhado e perdido para ela, a gente ficava alternando. Tudo poderia acontecer. Ainda bem que eu estava igual nas faltas e, faltando esses 20 segundos, consegui fazer um ponto”, comemora.
 
A final antecipada
Confiante e embalada, Sarah, após superar a francesa e avançar às quartas de final, se viu diante de uma rival que, para ela, representava seu principal desafio em Londres: a chinesa Shugen Wu. “Ali era a minha final. Era uma atleta muito rápida, muito forte e perigosa. Eu já tinha ganhado e perdido também, mas era uma atleta de quem eu tinha receio, que eu achava muito perigosa”, admite.
 
“Foi uma luta bem dura, teve muitas faltas e pontos, parecia uma luta de cão e gato. Quando eu ganhei dela, eu respirei porque a minha chave estava andando e a minha semifinal seria com a belga”, revive a judoca, que superou a chinesa por um yuko após duas punições para a asiática.
 

Sarah enfrenta Charline Van Snick, na semifinal das Olimpíadas em Londres. (Foto: Getty Images)Sarah enfrenta Charline Van Snick, na semifinal das Olimpíadas em Londres. (Foto: Getty Images)

A rival perfeita na semifinal

Encontrar a belga Charline Van Snick em uma semifinal olímpica foi uma surpresa bastante agradável para Sarah Menezes. “Fiquei muito tranquila porque essa belga nunca tinha me derrubado nem em treino”, explica Sarah. “Hoje, ela é muito forte para esse ciclo de 2016, melhorou muito. Eu me senti muito confiante porque, quando você treina com a pessoa, você sente a diferença. E na cabeça dela estava mais negativo do que positivo em relação a lutar comigo. Eu entrei muito tranquila”.
 
Sarah venceu a luta por um yuko, garantiu a vaga na final e, de quebra, teve a certeza de ter conquistado uma segunda medalha para o Brasil no primeiro dia do judô em Londres, já que, àquela altura, Felipe Kitadai havia assegurado o bronze.
 
Euforia e bronca
Com a prata já certa, Sarah naturalmente tinha motivos para comemorar. “Quando eu saí da semifinal, que passei para a final, eu vibrei, porque a medalha já estava garantida”, conta a judoca. Percebendo isso, coube ao coordenador técnico da Seleção Brasileira, Ney Wilson, puxar Sarah de volta ao mundo real. “O chefe brigou comigo”, diverte-se. “O professor Ney chegou para mim e falou que não tinha acabado, que eu tinha que me concentrar porque faltava mais uma luta, que seria ainda como a primeira luta da competição."
 
O choque de realidade devolveu a atleta ao seu estado de espírito anterior. “Parei para pensar que realmente não tinha acabado e que a oportunidade e a chance eram naquele momento. A gente tinha chegado à medalha de prata, mas o objetivo era conquistar o ouro. Eu não podia ficar feliz só com a prata”, recorda.
 

Retrospecto favorável

Assim, Sarah almoçou, descansou e, uma hora antes da decisão, voltou para a área de aquecimento onde havia se concentrado ao longo da manhã. Foi quando, de fato, começou tudo de novo. "Fiquei em um quartinho só com a Rosi e o Ney. Acho que nem o meu treinador Expedito chegou a falar comigo, não lembro. Eu te juro que não pensava em nada, fiquei muito calma. Só pensava que era a última luta e que eu iria dar o meu máximo", relata.
 
Para dar ainda mais impulso à confiança, Sarah teve um retrospecto inspirador de confrontos com a romena Alina Dimitru, campeã olímpica em Pequim-2008. "Lutei com essa atleta em 2009, nas quartas de final do Mundial. Quando comecei a acreditar que era possível ganhar dela, o tempo tinha acabado. Aquilo ficou na minha cabeça. Depois de 2009 até 2012, as outras competições que eu tive com ela, eu venci todas. Eu passei a confiar, a acreditar, e fui para cima todo tempo e conquistei", diz a piauiense.
 
Faltando apenas um mês para as Olimpíadas de Londres, Sarah Menezes e Alina Dimitru se encontraram novamente. “Fiz a final com ela no Grand Slam de Moscou e, se você pegar aquela luta e a final das Olimpíadas, são lutas muito parecidas. Fiquei engasgada com a derrota no Mundial de 2009, mas foi muito bom porque me fez evoluir, acreditar mais que era possível vencer aquela atleta, que era a campeã olímpica. Quando vi que a final seria com ela, passei a acreditar mais e pensei: ‘vou ser campeã olímpica, é a minha oportunidade’”, determina.
 
Assim, naquele quartinho aguardando o momento da grande decisão, Sarah Menezes reviveu em sua mente exatamente o que havia colocado em prática há um mês. "Eu me lembrei de como eu lutei, o que eu tinha que fazer, que não podia mudar a minha estratégia porque aquele jogo estava dando certo. Se não desse certo, eu tinha um plano B. Tinha que atentar para a mão direita dela que era muito forte. Então estava tudo esquematizado, eu só tinha que ter o controle de fazer a ação na hora certa", resume.
 

A brasileira (de azul) duela contra a romena Alina Dimitru na final dos Jogos de 2012. (Fotos: Getty Images)A brasileira (de azul) duela contra a romena Alina Dimitru na final dos Jogos de 2012. (Fotos: Getty Images)

A decisão

"Nossa, eu me lembro de todos os detalhes, é inesquecível", emociona-se a brasileira, sem esconder o brilho nos olhos ao rememorar seu momento de maior consagração. "O objetivo era dominar a mão direita dela. As regras eram diferentes, eu ia com as duas mãos e tirava a pegada também com as duas mãos. No momento que ela me dominou, eu consegui fazer o golpe, foi quando dei o primeiro ponto", narra a brasileira, à frente no combate por um yuko, marcado quando restavam menos de 50 segundos para o fim da luta. 
 
Com a vantagem e a adversária sentindo dores no braço direito, Sarah já deixou transparecer, ainda no tatame, uma certa emoção pelo que estava próximo de ser alcançado. “Eu já acreditei que era campeã naquele momento. Quando você entra em um tatame com uma atleta forte e ela dá o primeiro ponto, é muito difícil o outro virar, ainda mais em final olímpica. Até mesmo hoje, com a nova regra de vantagem de falta. Quando está faltando pouco tempo e o outro está na vantagem, você entra em desespero e acaba errando”, explica.
 
Foi o que aconteceu com a oponente, faltando apenas 12 segundos para o término do combate. “Ela entrou em desespero depois que caiu. Aí, no final, acabou errando. Veio com a mão de uma vez e aí dei um wazari”, continua. “Era o momento que eu tinha para dar o mesmo golpe da final do Grand Slam de Moscou”, acrescenta.
 
Com a romena no chão, restou à jovem de Teresina, então com apenas 22 anos, manter-se no ataque e aguardar pelo fim dos poucos segundos no placar. "Continuei trabalhando no chão, fiquei ganhando tempo, tentando braço, pescoço, mexendo, fiz tudo. Foi quando acabou o tempo", relata, com o rosto aliviado. Na ocasião, as lutas femininas ainda duravam cinco minutos – hoje são de apenas quatro. Quando o relógio enfim chegou a zero, Sarah Menezes, ainda no chão, explodiu em um sorriso, seguido de um grito.
 
 
Ainda deitada no tatame, Sarah chorou. Do lado de fora, a técnica Rosicléia Campos pulava e gritava. Era a primeira medalha de ouro para uma judoca brasileira nos Jogos Olímpicos. "A ficha só caiu depois de dois dias porque na hora mesmo eu fiquei tão emocionada que fiquei no meio do tempo, nas nuvens, ainda estava flutuando. Foi uma sensação muito gostosa. Meu treinador me puxou na arquibancada, subi e abracei o Expedito e a minha irmã, foi bem legal", conta, com o sorriso no rosto.
 
Aquele domingo em Londres, que nunca será apagado, serviu ainda como um presente para a irmã mais velha, Sâmia. "Era o aniversário dela e ela estava lá. Para mim vai ser uma data inesquecível porque foi o final da construção do início da minha história. O grande objetivo de um atleta é ir para uma Olimpíada e conquistar uma medalha de ouro. Isso vai estar sempre no meu currículo", emociona-se.
 

O abraço emocionado na técnica da Seleção Brasileira feminina de judô Rosicléia Campos após a conquista do ouro em Londres. (Foto: Getty Images)O abraço emocionado na técnica da Seleção Brasileira feminina de judô Rosicléia Campos após a conquista do ouro em Londres. (Foto: Getty Images)No Youtube, há um vídeo oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI) com a íntegra da luta entre Sarah Menezes e Alina Dimitru na final olímpica da categoria -48kg nos Jogos de Londres 2012. Na narração oficial, em inglês, o locutor sentenciou, ao fim do duelo: “A new sporting star in Brazil is born and her name is Sarah Menezes! (Uma nova estrela do esporte nasce no Brasil e o nome dela é Sarah Menezes)”. 

Noite em claro

Passada a festa nas arquibancadas após a final, Sarah Menezes não teve tempo suficiente para celebrar a conquista inédita e tampouco para avaliar seu significado para o esporte brasileiro.
 
“Após a competição teve o exame de doping e aí passamos por todas as tevês (para entrevistas). Cheguei de madrugada e já tinha que voltar para a competição na manhã seguinte porque tinha que aquecer com a Érika (Miranda)”, conta. “Eu não dormi. Fiquei virada e passei o outro dia todo na competição. Quando voltei para a Vila, à noite, foi que entrei nas redes sociais. Aí a ficha caiu, porque vi um monte de matérias, vi meu nome com o ‘campeã olímpica’. Aí comecei a lembrar de tudo, rever tudo. Foi muito emocionante”, relata.
 
Hoje, Sarah sabe bem o que o dia 28 de julho de 2012 representou. “Eu consegui quebrar um jejum de muitos anos e a gente conseguiu aumentar a história do Brasil no judô feminino porque a primeira medalha foi da Ketleyn (Quadros), em Pequim, que abriu as portas (a brasiliense levou o bronze em 2008)”, analisa. “Em seguida veio a minha de ouro e o bronze da Mayra (Aguiar, também em Londres). A gente ficou muito feliz porque foram muitos anos de batalha. A gente não tinha espaço, o judô feminino não tinha nome ainda. Passou a ter depois dos Jogos Olímpicos de Londres”, acredita.
 

Choro dos precursores

No dia seguinte à final e já com a medalha ouro no peito, Sarah Menezes encontrou-se na Inglaterra com os únicos dois atletas do Brasil que detinham o mesmo título pelo judô brasileiro: Rogério Sampaio (Barcelona-1992) e Aurélio Miguel (Seul-1988).

"Encontrei com eles, tiramos foto lá em Londres. Eles me parabenizaram e os dois choraram. Tenho essas fotos no meu celular", conta, mostrando as imagens que carrega consigo.
 

Sarah Menezes, com Aurélio Miguel e Rogério Sampaio em Londres: o trio de ouro do judô nacional. (Foto: Rogério Sampaio/arquivo pessoal)Sarah Menezes, com Aurélio Miguel e Rogério Sampaio em Londres: o trio de ouro do judô nacional. (Foto: Rogério Sampaio/arquivo pessoal)

Quando Aurélio Miguel abriu as portas do judô brasileiro para a conquista de medalhas de ouro olímpicas na Coreia do Sul, em 1988, Rogério Sampaio não estava no Jangchung Gymnasium, em Seul. Ele acompanhou o triunfo do amigo de casa, no Brasil.
 
Com Sarah Menezes, entretanto, foi diferente. “O meu ouro, em 1992, além de ser o último do judô masculino do Brasil, foi o último do judô masculino pan-americano. Nunca mais um atleta do Canadá para baixo conquistou um ouro em Olimpíadas”, ressalta Rogério. “Então, sobre aquele ouro da Sarah em 2012, o que posso dizer é que eu tenho que agradecê-la muito. Eu já tinha vivido aquela emoção da conquista de um ouro olímpico, mas a emoção de ver uma atleta do Brasil da minha modalidade conquistar um ouro olímpico, de ver a bandeira subindo e ouvir o Hino Nacional foi muito especial também. Ter experimentado tudo isso me deixou muito feliz e, ao mesmo tempo, foi impossível não relembrar a minha conquista de 20 anos antes”, prossegue o campeão.
 
“Eu estava participando da transmissão da luta e não tive como não ficar emocionado. Agora, a gente espera que ela possa conquistar o bicampeonato no Rio. Eu e o Aurélio nos encontramos com a Sarah no dia seguinte da conquista dela. Ela nos mostrou a medalha e não teve como não se emocionar com aquilo tudo”, conta Rogério Sampaio.
 

Cobranças após o ouro

A visibilidade da conquista de Sarah em Londres, porém, acarretou uma maior pressão por novos resultados sobre a judoca. Ao longo de nove meses, entre julho de 2014 e abril de 2015, a brasileira figurou fora do pódio das principais competições e viu seu nome rodeado por críticas. "Eu não ligava para o que falavam pela mídia, até porque não eram eles que estavam treinando, se dedicando, fazendo o meu papel. Sou uma pessoa muito calma, tranquila, nunca liguei para o que os outros falam. Isso não vai mudar em nada na minha vida", pondera.

Sarah percorre as ruas de Londres e posa para fotos com policiais e fãs: dia de estrela após fazer história nos tatames ingleses. (Fotos: Getty Images)Sarah percorre as ruas de Londres e posa para fotos com policiais e fãs: dia de estrela após fazer história nos tatames ingleses. (Fotos: Getty Images)

Para o gestor Ney Wilson, Sarah passou por uma fase considerada natural. “Com atleta medalhista olímpico, você pode colocar um recesso de no mínimo um ano ou um ano e meio para ele voltar ao que era. É natural. Ele é atropelado, não tem noção do que vai acontecer na vida dele depois de uma medalha”, justifica. “Não é fácil e a volta é cruel porque é um medalhista olímpico e tem que ganhar. Aí não está tão em forma, precisa ganhar ritmo, e tem a cobrança, mas ela está chegando (ao auge) no momento certo e é uma candidata forte a uma medalha olímpica no Rio”, afirmou o dirigente, durante a convocação da seleção olímpica, em junho deste ano.
 
Nesse período, Sarah aproveitou os bônus da conquista para se dedicar a trabalhos alheios ao tatame. “Dei entrevistas, fiz palestras, participei de alguns eventos, treinei, tentei terminar a faculdade, mas não consegui. Depois tive que trancar. Foi uma avalanche muito grande. Eu não dei conta. Eu tentei, não desisti. O problema foi que eu quis arriscar e as coisas não foram andando”, reconhece. “No último ano antes do Rio 2016, eu percebi que ia precisar trancar tudo e treinar. Aí o resultado veio”, ressalta.
 
“Depois das Olimpíadas do Rio, vou terminar minha faculdade em vez de ficar dois anos perdendo e com as pessoas falando mal. Vou ficar dois anos estudando e depois volto só para treinar”, fala, aos risos. “Vai dar no mesmo, melhor do que perder a cabeça”, acrescenta a estudante de educação física.
 

Sarah, no topo do pódio olímpico: lugar garantido na história do esporte nacional. (Foto: Getty Images)Sarah, no topo do pódio olímpico: lugar garantido na história do esporte nacional. (Foto: Getty Images)

Inspiração para os próximos dias

O título de quatro anos atrás serve hoje como propulsão para as Olimpíadas Rio 2016. “Para mim é uma referência. Eu penso que tenho mais um desafio pela frente. O objetivo não é mais ser campeã olímpica, é ser bicampeã olímpica”, determina. “Isso me dá mais força, motivação, é um desafio a mais que eu vou ter para escutar novamente o Hino Nacional nos Jogos Olímpicos estando dentro de casa e com o Brasil todo próximo. Vai ser muito diferente e mais gostoso ainda”, acredita.

Sarah ao lado do também medalhista olímpico Felipe Kitadai: objetivo da piauiense, agora, é a conquista do bicampeonato no Rio de Janeiro. (Foto: Getty Images)Sarah ao lado do também medalhista olímpico Felipe Kitadai: objetivo da piauiense, agora, é a conquista do bicampeonato no Rio de Janeiro. (Foto: Getty Images)

“A Olimpíada dentro de casa é uma motivação muito grande. Sou muito jovem ainda e quero defender o título. Tenho capacidade de conseguir isso, não é impossível. Dá para eu entrar mais uma vez na história sendo bicampeã olímpica e depois é só festejar”, acredita a judoca, que aos nove anos iniciou no esporte escondida dos pais, em Teresina. Agora, aos 26, Sarah exibe disposição para ainda seguir por outro ciclo olímpico, rumo a Tóquio-2020.
 
“No início era difícil porque minha cidade não tinha tradição. Em esporte de luta você mescla com homem, aí era difícil para os meus pais aceitarem naquela época, mas deu certo. Hoje é outra história: eu sou a deusa de casa”, compara, bem-humorada. “O esporte mudou a nossa vida, consegui dar muitos frutos para a minha família. A gente evoluiu muito com o esporte, então hoje é só alegria dentro da família”, afirma a atleta, que é contemplada com a Bolsa Pódio do governo federal.
 
Deixar a cidade de origem, contudo, foi uma das tarefas mais árduas para o ciclo olímpico atual. “Tive que vir para o Rio. No ciclo de Londres, eu ainda tinha pessoas para treinar na minha cidade, mas depois elas começaram a parar e foram estudar, trabalhar, focar em outras áreas. E minha profissão sempre foi ser atleta. Então, para ir para a Olimpíada eu tinha que sair da minha cidade porque não estava mais tendo treino”, lamenta.
 
“Tive uma reunião com a confederação e o Comitê Olímpico (COB) e no ano passado eu vim para cá. Eu não queria sair de lá, queria estudar. Tentei tudo, mas, quando vi que não estava dando, foi minha última opção. Após os Jogos eu volto para a minha cidade”, promete. E, se tudo der certo, com outro ouro pendurado no peito. 
 

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Aros olímpicos feitos com material reciclado são inaugurados em Copacabana

Aros olímpicos foram feitos com material reciclado e ficarão abertos ao público na praia de Copacabana. Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brAros olímpicos foram feitos com material reciclado e ficarão abertos ao público na praia de Copacabana. Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
A praia de Copacabana, um dos cartões postais do Rio de Janeiro, ganhou um toque olímpico nesta quinta-feira (21.07). Produzidos com materiais recicláveis, os aros olímpicos, símbolo dos Jogos, foram instalados nas areias da praia. A obra tem três metros de altura e mais de seis de comprimento e ficará no local durante o evento.
 
A responsável pela criação foi a artista plástica Elisa Brasil. Ela utilizou 65 quilos de plástico reciclado na obra, que tem, no total, mais de 200 quilos de material reciclado. “A gente teve um grande trabalho de pesquisa para encontrar o material. Acabamos fechando com três basicamente: um metal reciclado para a estrutura, as garrafas PET para dar sustentação e preencher os espaços e um placa de plástico por cima”, detalhou a artista.
 
“Foi um projeto longo. No verão passado a gente recolheu garrafas PET nas praias do Rio de Janeiro. Enviamos todas elas para o Eco Vida, em Honório Gurgel (bairro do Rio) e usamos para fazer outras esculturas”, detalhou Elisa.
 
A obra fica na Avenida Atlântica, na altura do hotel Copacabana Palace, e é aberta ao público.
 
Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Regulamentada reserva de assentos para pessoas com deficiência nos Jogos Rio 2016

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (21.07) decreto que regulamenta o art. 24 da Lei nº 13.284, de 10 de maio de 2016, que trata da reserva de assentos para pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida e seus acompanhantes, em estádios, ginásios de esporte e outras instalações que sediarão ou apoiarão a realização de eventos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
 
Os assentos destinados aos acompanhantes estão incluídos na proporção de, no mínimo, 4% de assentos para pessoas com deficiência e de 2% de assentos para pessoas com mobilidade reduzida. Os espaços e assentos reservados serão identificados no mapa de assentos localizados junto à bilheteria e nos site de venda de ingressos para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.
 
A reserva de assentos será garantida até 15 dias antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e 15 dias antes da abertura oficial dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016. Vencido o prazo estabelecido, as entidades organizadoras dos Jogos poderão disponibilizar para venda ao público em geral os assentos reservados e não vendidos.
 
Fonte: Agência Brasil
Ascom - Ministério do Esporte 

Em Brasília, técnico chinês capacita treinadores brasileiros em saltos ornamentais

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 
Os técnicos brasileiros de saltos ornamentais terão a oportunidade de trocar experiência com o chinês YUN HU, que foi atleta e técnico da seleção chinesa e que atualmente comanda a equipe da Venezuela. Entre os temas, YUN HU vai abordar o treinamento voltado para os atletas da base dos saltos visando atingir o alto nível esportivo. 
 
O técnico chinês é uma das atrações do II Curso para Treinadores de Alto Nível de Saltos Ornamentais que começa nesta quinta-feira (21.7) e vai até domingo (24) no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB), na capital federal. 
 
O curso faz parte do Termo de Descentralização de recursos entre o Ministério do Esporte e a UnB. O objetivo é capacitar os principais técnicos nacionais da modalidade visando o alcançar o alto nível por meio de aulas teóricas e práticas. Todos os participantes irão receber certificado da CBDA.   
 
 
Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte

Confira as atrações dos Live Sites do Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos

Ilustração mostra como ficará a região portuária no período dos Jogos, com atrações espalhadas por toda a região revitalizadaIlustração mostra como ficará a região portuária no período dos Jogos, com atrações espalhadas por toda a região revitalizada
 
Quando se diz que os Jogos Olímpicos são uma grande festa, não é exagero. Pelo menos é o que o projeto do Boulevard Olímpico pretende mostrar a cariocas e turistas entre 5 e 21 de agosto. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20.07), no Museu de Arte do Rio, a empresa que venceu a licitação para produzir o evento e a secretaria de Turismo do município detalharam as atrações que estarão espalhadas por três quilômetros na região portuária da cidade olímpica e nas zonas Norte e Oeste.
 
No Porto, transmissões de partidas, shows, balão panorâmico e bungee jump são exemplos do que o Live Site - a versão olímpica da Fan Fest da Copa do Mundo - irá oferecer. Também haverá intensa programação no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, financiada pela iniciativa privada, e no Centro Esportivo Miécimo da Silva, na Zona Oeste, custeada pela prefeitura.
 
“A ideia é espalhar o espírito olímpico. Teremos atrações na Zona Oeste, na Norte e na parte Central da cidade, espalhando os Jogos, tudo de forma gratuita.  Não obrigatoriamente você precisa ter ingresso para os Jogos para poder curtir”, disse o secretário de turismo do município, Antônio Pedro de Mello.
 

Região portuária

As atrações estarão espalhadas na orla, entre a Gamboa e a Praça XV. Serão três palcos para shows e diversos telões para transmissões das competições. O palco principal foi batizado de “Encontros”, na Praça Mauá. São 30 shows, com previsão de duas apresentações por dia, uma às 13h e outra a partir de 20h. Fernanda Abreu e Mart'nália, Suricato e Erasmo Carlos, Johnny Hooker e Elza Soares, Elba Ramalho e Moraes Moreira são alguns exemplos de “encontros” previstos. Haverá ainda queima diária de fogos, às 22h, atrás do Museu do Amanhã.
 
O palco “Tendências”, na Praça XV, terá um show por dia às 16h (a exceção é aos domingos, quando começa às 15h). O espaço também receberá o projeto “Encontro de Carnavais”, que reunirá escolas de samba e blocos de rua, como Mangueira/Monobloco e Portela/Cordão da Bola Preta, entre outros. No “Palco Amanhã”, na rua Barão de Teffé, os shows ocorrerão às 17h: novos nomes da música brasileira marcarão presença.  Em todos os palcos, optou-se por valorizar a música nacional e quase não há estrangeiros.
 
Festas tradicionais da cidade serão realizadas aos domingos na região portuária: a Festa Selvagem está marcada para 7 de agosto, a Festa Noturna foi agendada para 14 de agosto e o Baile Charme do Viaduto de Madureira vai ser feito no dia do encerramentos dos Jogos, em 21 de agosto. A expectativa é que cerca de 80 mil pessoas circulem pela região do Porto por dia durante o período dos Jogos.
 
Apresentação das atrações do Boulevard Olímpico. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.brApresentação das atrações do Boulevard Olímpico. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br
 

Outras atrações

Pela primeira vez, haverá uma Pira Olímpica fora do Estádio Olímpico. Detalhes, além da localização, ainda não foram revelados. “A pira depois fica para a cidade, vira um ponto turístico. É um grande monumento, uma coisa bem bacana. Ela está ali em frente à Igreja da Candelária, coberta, ainda é segredo”, disse Antônio Pedro.
 
Na Gamboa, está exposto o painel “Etnias”, de quase 3 mil m², assinado pelo muralista Eduardo Kobra.  “É meu recorde olímpico, o maior que já pintei. Estou realizando esse painel pensando também em deixar um legado para a cidade. O painel foi inspirado nos aros olímpicos e acabei trabalhando cada um dos continentes através das etnias, das origens dos povos. Mesmo passando os Jogos, o mural ainda fará sentido, porque o Rio é uma cidade que acolhe, em vários períodos do ano, pessoas de várias nacionalidades”, contou o artista.
 
O francês JR assina o projeto Inside Out: em um caminhão, cada pessoa é fotografada. Os registros serão impressos e colados no chão da região, formando um grande mosaico. Artistas de rua farão 234 performances ao longo de todo o boulevard. Projeções no edifício “A noite” da Praça Mauá, idealizadas pelo artista Paulinho Sacramento com artifícios 3D para criar ilusão de ótima, também estão previstas.
 
Patrocinadores do evento oferecerão ainda atrações como um bungee jump de 40m de altura, um balão panorâmico que chega a 150m e promete uma vista deslumbrante, e um museu itinerante que revive a história dos Jogos Olímpicos. A região do Porto terá também 50 food trucks e 16 pontos de bares, além de 300 ambulantes credenciados pela prefeitura.
 

Parque Madureira

No Parque Madureira, haverá palco e telão para transmissões esportivas. Os shows estão marcados para 18h diariamente. O diferencial será a programação voltada para crianças: a ideia é realizar uma grande colônia de férias. Os monitores farão torneios esportivos de modalidades como badminton, tênis de mesa, judô e futebol de salão. O museu itinerante também estará em Madureira, das 12h às 21h.
 
A programação completa do Porto e do Parque Madureira você encontra em www.visit.rio/boulevardolimpico
 

Miécimo da Silva

No Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, haverá dois telões de transmissão das competições ao longo de toda a Olimpíada. Os shows, a partir das 19h, ocorrerão na maior parte dos dias. Bares e food trucks completam a estrutura. Serão oferecidas oficinas de 21 esportes para crianças e jovens. Ginástica rítmica, polo aquático, vôlei e natação são exemplos de modalidades que poderão ser experimentadas. O espaço funcionará no dia 4 de agosto das 16h às 22h, e de 5 a 21 de agosto de 10h às 22h. Confira a programação musical do Miécimo da Silva:
 
04.08 – Sorriso Maroto
05.08 – Ferrugem e Novinho da Praça
06.08 – Bom gosto / Naldo Benny
07.08 – Ludmilla
13.08 – Nego do Borel/ Revelação
14.08 – Tá na Mente / Duduzinho
15.08 – Imaginasamba
16.08 – Diogo Nogueira
17.08 – Anitta
18.08 – Felipe Ret / Chininha e Príncipe
19.08 – Mumuzinho
20.08 – Xande de Pilares / Clareou
21.08 – Biel / Dilsinho
 
Também haverá transmissão ao vivo das partidas em outros dois Live Sites, no Parque Olímpico da Barra e no Complexo Esportivo de Deodoro, mas a entrada nesses locais é restrita a quem tiver ingresso para os Jogos.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br 
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Governo discute questões de legado e segurança em encontro no Planalto

Após reunião ministerial para avaliar e acompanhar as ações voltadas aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, reafirmou ter convicção de que os Jogos serão seguros e colocou o legado olímpico como um dos pontos principais do encontro.
 
“Não há nenhum risco adicional de segurança em relação a atentado nos Jogos Olímpicos. A operação dos Jogos é segura. São 88 mil homens, o maior efetivo empregados no Brasil em um único evento. O Brasil tem tratado tanto a segurança pública quanto o terrorismo com seriedade. E temos a convicção de que adotamos as principais e mais modernas técnicas de enfrentamento a este tema”, disse Picciani.
 
Ministros ligados à organização dos Jogos fazem semanalmente um checklist das entregas feitas e dos desafios pendentes. Foto: Wilson Dias/ABrMinistros ligados à organização dos Jogos fazem semanalmente um checklist das entregas feitas e dos desafios pendentes. Foto: Wilson Dias/ABr
 
O ministro lembrou, ainda, que o esquema de segurança tem sido elaborado e apoiado por uma série de parceiros internacionais. “O Governo Federal adotou todas as medidas e protocolos recomendados de segurança internacional. Há uma colaboração de mais de cem países enviando agentes de segurança para colaborar na inteligência e na operação dos Jogos Olímpicos”, afirmou.
 
A partir de 24 de julho, 100% das operações do Governo Federal estarão funcionando no Rio de Janeiro. “As tarefas estão sendo cumpridas e entregues no prazo. A área de segurança já está funcionando. A gente vem concluindo a cada dia no Ministério do Esporte as entregas programadas dos materiais esportivos que adquirimos em parceria com as Forças Armadas e temos acompanhando semanalmente todas as instalações dos Jogos”, informou Picciani.
 
Outra frente de trabalho da esfera federal tem sido articular os detalhes do plano de legado. “O governo faz um esforço coletivo para apresentar de forma unificada, nos próximos dias, o plano de legado. A equipe do Ministério do Esporte, das demais áreas envolvidas, como a Casa Civil, estão com essa prioridade. Além disso, o Ministério da Saúde, no dia 28, entregará cerca de 150 ambulâncias UTIs que aumentarão a frota durante os Jogos Olímpicos”, afirmou. 
 
AGU
Durante o encontro ministerial foi apresentado pela Advocacia Geral da União o planejamento de assessoramento jurídico durante os Jogos, caso haja necessidade de medidas jurídicas. E também foi estabelecido como ponto de contato do Governo para concentração de informações o Centro de Prontidão Federal, que será instalado dentro do Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro. 
 
Semanais
Formado por nove ministérios de áreas ligadas à organização dos Jogos Olímpicos, o grupo de coordenação das Olimpíadas se reunirá até o início dos Jogos, semanalmente, para fazer um acompanhamento das ações.  A partir da próxima semana, a reunião terá a participação de um representante de um Comitê Organizador. “Essa é uma forma de ganhar velocidade nas tomadas de decisão que precisam ser feitas, já que estamos na reta final”, disse Picciani.
 
Renata Franco, brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Wada libera Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem para os Jogos Rio 2016

O Ministério do Esporte e a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) receberam com satisfação a notícia de que a Agência Mundial Antidopagem (Wada) decidiu, nesta quarta-feira (20.07), levantar a suspensão provisória que havia imposto no último dia 24 de junho ao Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), coordenado pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A nota da agência é assinada por Sir Craig Reedie, presidente Comitê Executivo da Wada. A decisão tem efeito imediato.

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o secretário nacional da ABCD, Rogério Sampaio, acompanharam de perto nas últimas semanas, ao lado do Comitê Organizador Rio 2016 e do Comitê Olímpico Internacional (COI), o processo de auditoria e de revisão de procedimentos empreendido pela Wada. A confirmação do laboratório da UFRJ como instituição responsável pela realização dos testes antidopagem durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 reforça a confiança do Ministério do Esporte e da ABCD no trabalho desempenhado pelo LBCD – com mais de 2,5 mil testes efetuados desde a inauguração – e no legado técnico-científico para a luta contra a dopagem no esporte.

Ascom - Ministério do Esporte

Tocha encanta Barretos e muda a rotina da capital nacional do rodeio

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 
Basta caminhar alguns minutos pelas ruas de Barretos, localizada no norte do estado de São Paulo, para entender a vocação da cidade. O campo está repleto de gado, a bota é um dos símbolos municipais e, por todo lado, ecoam as músicas do universo caipira. Estamos na capital nacional do rodeio e, por toda parte, existem rastros da cultura sertaneja.
 
Quando a chama olímpica passou por lá, nesta terça-feira (19.7), o símbolo dos Jogos acabou impregnada pelo clima rural. Dentre os 25 condutores que levaram a Tocha Olímpica pelos cerca de cinco quilômetros de percurso, alguns exibiam um dos acessórios mais tradicionais da região: o chapéu de cowboy.
 
Quem percorreu as ruas da cidade no começo da manhã não acreditaria no burburinho que se formaria em poucas horas. Sob uma névoa fria, o sino da igreja badalava e só os cachorros arriscavam uma soneca no meio da praça. Enquanto a cidade acordava devagar, um carro de som alardeava as alterações no trânsito e, nos cafés, os moradores comentavam sobre a quebra da rotina com a passagem do fogo olímpico.
 
Quando se trata de rodeio, Emílio Carlos dos Santos, o Kaká de Barretos, é rei. Nascido e criado na roça, ele estudou Engenharia, mas é fazendeiro e capta recursos na área de saúde. Apaixonado pelo ambiente de rodeio, ele criou a figura do comentarista da atividade e isso já o levou até Angola, na África, trabalhar em rodeios por lá.
 
"O comentarista faz um contraponto ao trabalho do locutor. É mais informativo e analítico, explora menos a emoção", explica. Kaká foi um dos primeiros condutores e causou alvoroço ao atravessar o centro da cidade com a Tocha nas mãos.
 
Para entender essa tradição local é preciso voltar no tempo. Houve um inverno rigoroso, seguido de um incêndio e, na área afetada, formou-se uma pastagem natural, que coincidiu com a importação do zebu, um tipo de gado originário da Índia. Quando foi criado o primeiro frigorífico da América Latina, a cidade tinha disponível a matéria-prima e a ligação ferroviária com o porto de Santos. Barretos virou, então, referência nacional em pecuária e as comitivas de transporte de gado passavam dias a fio na região, esperando para fazer negócios.
 
Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME
 
Na convivência entre os grupos, um peão valente sempre encontrava um touro que não se deixava montar. Tentar montá-lo virou um desafio que evolui até tornar-se uma tradição na cidade. O primeiro rodeio foi realizado em 1947 e a primeira Festa do Peão, nove anos depois.
 
Hoje, a temporada de rodeios tem apelo internacional e eles são realizados no Parque do Peão, espaço que se expande por 200 hectares e recebe uma média de 900 mil visitas por edição. A arena comporta 40 mil pessoas sentadas e mais 18 mil quando se libera o círculo central para shows. Quarenta ranchos da região se instalam ali, sem contar os shows de artistas, que vão de Sérgio Reis a Wesley Safadão. O evento extrapola as fronteiras de Barretos e as taxas de ocupação em hotéis aumentam em um raio que abrange 150 quilômetros ao redor do município.
 
Outra personalidade barretense a conduzir a chama foi o ex-jogador de futebol Reinaldo Simão, 47 anos. Aposentado há 11 anos, ele foi vice campeão brasileiro com o São Caetano, jogou no Internacional de Porto Alegre, no Corínthians, na Portuguesa, no Goiás e em times do Japão e da Turquia. "Joguei futebol e futebol é um braço das Olimpíadas. Posso dizer que há um pouquinho do Simão nas Olimpíadas. Hoje, o sabor é de disputar um clássico", brinca o ex-atleta.
 
Quando ele cruzou a ladeira que conduzia até a Estação Cultura, antiga ponto ferroviário local, muitos de seus conterrâneos gritavam seu nome. Dentro da estação, um grupo de dançarinos de catira, o Espora de Prata, demonstrava o típico sapateado popular do Brasil. Outro som onipresente na região é o do berrante, uma corneta feita de chifre de boi e que é usada na orientação do gado no campo.
 
Mas nem só o universo rural influencia a atmosfera da cidade.  Em Barretos foi instalado o Hospital do Câncer Pio XII,  referência nacional em tratamento oncológico. De tão simbólico para a cidade, o local foi escolhido para encerrar o revezamento.
 
O último condutor foi o diretor-geral do hospital, Henrique Prata. "Tenho orgulho de representar os brasileiros que tratam de câncer. Minha missão é levar a Tocha para dentro do hospital e dizer aos pacientes: ‘todos vocês participaram’", afirmou.
 

Revezamento Tocha - Barretos SPRevezamento Tocha - Barretos SP

Cumprindo a promessa, ele fez sua condução diante dos olhos emocionados dos pacientes, em cerimônia fechada à imprensa.
 
Ainda na terça-feira, a Tocha Olímpica percorreu Sertãozinho, Jaboticabal, Bebedouro, Barretos e Franca. Nesta quarta (20.7), ela passará pelos municípios de Rio Claro, Limeira, Americana e Campinas.
 
Mariana Moreira – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 
 

Seleção brasileira inicia último período de treinos antes dos Jogos Olímpicos

 
 
A Seleção Brasileira de tênis de mesa começa nesta quarta-feira (20.7) o segundo ciclo da fase final de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Os atletas vão fazer atividades no CT São Caetano do Sul, interior paulista, até o dia 30. Este será o último período de treinamentos antes da entrada da delegação na Vila Olímpica, que acontece no dia 1º de agosto.
 
O local é bastante conhecido pelo nosso time olímpico, afinal, dos seis atletas que vai representar o Brasil no Rio 2016 - Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi, Cazuo Matsumoto, Caroline Kumahara, Bruna Takahashi e Lin Gui -, apenas Li Gui não teve passagem pelo São Caetano na carreira. 
 
Hugo, Tsuboi e Cazuo hoje moram fora do país e defendem seus clubes na Alemanha e Polônia durante a temporada europeia, mas defendem o clube da cidade nas competições nacionais. Carol e Bruna, por sua vez, ainda treinam diariamente no local. 
 
Agora, as equipes masculina e feminina terão mais alguns dias de trabalho sob o comando de Michel Blondel, consultor internacional da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e Hugo Hoyama, respectivamente. Além de toda a comissão técnica, também auxiliam nestas atividades Zhai Yujia, chinês naturalizado dinamarquês e atual número 119 no ranking mundial, e o técnico chinês Keyi He. Eles estão todos reunidos desde o último dia 11, quando começaram os treinamentos no Rio de Janeiro. 
 
Além dos seis atletas, também fazem parte do período de preparação para os Jogos Olímpicos mais outros seis jogadores brasileiros: Ligia Silva, medalhista de prata por equipes no Pan-Americano de Toronto (CAN); Thiago Monteiro (151º), que foi medalhista de bronze individual e ouro por equipe em Toronto; Vitor Ishiy (222º), campeão brasileiro de inverno (2016) e campeão latino-americani por equipes (2016); Eric Jouti (191º), campeão brasileiro de verão no ano passado e campeão latino-americano por equipes (2016); Jessica Yamada, presente na conquista do Mundial da Segunda Divisão (2014); Humberto Manhani, bicampeão latino-americano por equipes (2015 e 2016); e Bruna Alexandre, 3ª colocada no ranking mundial paralímpico da Classe 10 e garantida nos Jogos Paralímpicos do Rio, em setembro. 
 
Na Cidade Maravilhosa, a casa da seleção brasileira será a Escola de Educação Física do Exercécito (EsEFEx), na Urca, onde os jogadores fizeram trabalhos em tempo integral e mesclaram treinos técnicos e físicos. 
 
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Definida a Seleção Brasileira masculina de basquete para os Jogos Rio 2016

O pivô Anderson Varejão, do Golden State Warriors, é um dos atletas que defenderão o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Alex Ferro/Rio 2016O pivô Anderson Varejão, do Golden State Warriors, é um dos atletas que defenderão o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Alex Ferro/Rio 2016
 
A lista dos 12 jogadores que defenderão a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi divulgada nesta quarta-feira (20.7) pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
 
Marcelo Huertas, Rafael Luz e Raulzinho Neto (armadores); Leandrinho Barbosa e Vitor Benite (alas-armadores); Alex Garcia e Marquinhos de Souza (alas); Guilherme Giovannoni (ala-pivô); Anderson Varejão, Augusto Lima, Nenê Hilário e Rafael Hettsheimeir (pivôs) são os jogadores escolhidos pelo técnico Rubén Magnano.
 
Até os Jogos Olímpicos, três jovens atletas convidados seguem auxiliando a equipe nos treinamentos. São eles: o armador do UniCEUB/Brasília Deryk Ramos, de 21 anos; o pivô do Paulistano Pedro Souza e o pivô do Bauru Wesley Silva, ambos de 20 anos.
 
O Brasil está no grupo B nas Olimpíadas e terá como adversários na primeira fase a Lituânia (dia 7), a Espanha (9), a Croácia (11), a Argentina (13) e, por último, a Nigéria (15). Todos os jogos serão as 14h15, no horário de Brasília. A chave A é formada por Austrália, China, Estados Unidos, Venezuela e os vencedores do Pré-Olímpico Mundial nas posições 1 e 2.
 
A Seleção Brasileira Adulta Masculina tem o apoio do Governo Federal por meio do convênio com o Ministério do Esporte.
 

Seleção Brasileira adulta masculina

 
Nome – Posição – Idade – Altura – Clube – UF
Marcelo Tieppo Huertas – Armador – 33 anos – 1,91m – Los Angeles Lakers (EUA) – SP
Rafael Freire Luz – Armador – 24 anos – 1,88m – Baskonia Laboral (ESP) – SP
Raul Togni Neto “Raulzinho” – Armador – 24 anos – 1,92m – Utah Jazz (EUA) – MG
Leandro Mateus Barbosa – Ala-Armador – 33 anos – 1,94m – Phoenix Suns (EUA) – SP
Alex Ribeiro Garcia – Ala – 36 anos – 1,92m – Bauru Basquete (SP) – SP
Marcus Vinicius Vieira de Souza – Ala – 32 anos – 2,07m – Flamengo (RJ) – RJ
Vitor Alves Benite – Ala-Armador – 26 anos – 1,90m – UCAM Murcia (ESP) – SP
Guilherme Giovannoni – Ala-Pivô – 36 anos – 2,04m – UniCEUB/Cartão BRB/Brasília (DF) – SP
Rafael Hettsheimeir – Ala-Pivô – 30 anos – 2,08m – Bauru Basquete (SP) – SP
Anderson França Varejão – Pivô – 33 anos – 2,08m – Golden State Warriors (EUA) – ES
Augusto Cesar de Lima Brito – Pivô – 24 anos – 2,06m – Real Madrid (ESP) – RJ
Maybyner Rodney Hilário “Nenê” – Pivô – 33 anos – 2,11m – Houston Rockets (EUA) – SP
 
Média de idade: 30 anos
Média de altura: 1,99m
 

Atletas Convidados

Deryk Evandro Ramos – Armador – 21 anos – 1,85m – UniCEUB/Cartão BRB/Brasília (DF) – SP
Pedro Henrique Santos de Souza – Pivô – 20 anos – 2,04m – Paulistano (SP) – SP
Wesley Alexandre Sena da Silva – Pivô – 20 anos – 2,09m – Bauru Basquete (SP) – SP
 
Comissão Técnica
Técnico: Rubén Magnano
Assistentes Técnicos: José Alves Neto, Gustavo De Conti e Demétrius Ferraciú
Administrador: Vinicius Alvarez
Preparadores Físicos: Diego Jeleilate e Diego Falcão
Fisiologista: Leonardo Cursino
Médicos: Drs. Felipe Hardt, Gilberto Amado Cunha e João Carlos Nakamoto
Fisioterapeutas: Adriano Tambosi e Daniel Kan
Nutricionista: Gislaine Bueno
Mordomo: Edson Donizete da Silva
Psicóloga: Samia Hallage
 
Fonte: CBB 
Ascom - Ministério do Esporte 
 
 

A 50 dias dos Jogos Paralímpicos, CPB anuncia a maior delegação brasileira da história

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou, nesta terça-feira (19.7), no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, a delegação completa para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que começam daqui a 50 dias. Ao todo, 278 atletas (181 homens e 97 mulheres) competirão no Rio de Janeiro entre os dias 7 e 18 de setembro. Esse número representa a maior delegação brasileira da história em Paralimpíadas.
 
O estado com o maior número de representantes é São Paulo, com 75 atletas. Ele é seguido pelo Rio de Janeiro, com 33; e pelo Paraná, que enviará 20 representantes à Cidade Maravilhosa. São Paulo e Rio de Janeiro dão ao Sudeste a maioria dos convocados: 128. Todas as regiões estarão representadas: Norte (17), Nordeste (53), Centro-Oeste (39) e Sul (41).
 
Atletas do Brasil prestigiam o anúncio da delegação nacional para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: CPBAtletas do Brasil prestigiam o anúncio da delegação nacional para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: CPB
 
 
O grupo selecionado pela direção técnica do CPB tem diversas conquistas no currículo. Grandes medalhistas paralímpicos como Daniel Dias, Clodoaldo Silva, Andre Brasil (natação), Terezinha Guilhermina e Yohansson do Nascimento (atletismo) estão na lista. Ao todo, são 44 atletas de 11 modalidades distintas que já subiram ao pódio em Paralimpíadas e tentarão repetir a conquista no Rio de Janeiro.
 
“Essa paralimpíada já começou especial porque pela primeira vez nós estamos tendo um evento para anunciar a convocação. Isso é muito gratificante e motiva ainda mais cada atleta que está aqui”, disse o nadador Daniel Dias, que competirá em seis provas individuais e ainda pode integrar a equipe do revezamento.
 
Sobre as disputas, ele garante que mesmo sendo o principal atleta brasileiro da natação paralímpica e já tendo tantas medalhas na bagagem, haverá um sabor especial no Rio 2016 por toda a atmosfera de nadar em casa. “É melhor que todos os adversários se preocupem com essa equipe da natação. Nós estaremos na nossa casa e prontos para vencer”, avisou o sempre sorridente nadador.
 
A convocação oficial foi feita pelo presidente do CPB e vice-presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), Andrew Parsons. Ele deu as boas-vindas aos atletas, ao público em geral e apresentou os novos embaixadores do Movimento Paralímpico: os atores Cleo Pires e Paulo Vilhena e o empresário José Victor Oliva.
 
O Programa de Embaixadores do CPB foi lançado no ano passado com o objetivo de atrair mais atenção para o movimento paralímpico. Com as chegadas de Cleo Pires, José Victor Oliva e Paulo Vilhena, agora são 13 os embaixadores: Fernanda Lima, Rodrigo Hilbert, Emerson Fittipaldi, Flavio Canto, Luiz Severiano Ribeiro, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Gustavo Kuerten, Nizan Guanaes e Ayrton Senna (in memoriam).
 
Logo depois, Andrew chamou os representantes de cada modalidade para subir ao palco e discursar sobre a expectativa para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
Uma das expressões mais emocionantes foi a do atleta do hipismo Sérgio de Oliva, que disputará sua terceira Paralimpíada. “No meu esporte são dois corações lutando pelo mesmo objetivo: o coração do cavaleiro e o coração do cavalo. E juntos nós vamos fazer o melhor possível para vencer. Representar o meu país é mais do que a realização de um sonho, é inexplicável”, disse o cavaleiro.
 
Pela primeira vez na história, o Brasil estará representado em todas as 22 modalidades que compõem o programa paralímpico e a meta do CPB é que o país fique entre os cinco melhores no quadro de medalhas. Na última edição das Paralimpíadas, em Londres 2012, o Brasil terminou na sétima colocação geral, após conquistar 43 medalhas: 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze.
 
“Vocês podem esperar muita garra e determinação dessa equipe, pois todos nós estamos muito orgulhosos e felizes em vestir a camisa do Brasil e daremos todo o nosso suor”, falou o jogador Alexandre Vitor Giuriato, representante do rugby em cadeira de rodas, esporte que fará sua estreia no Rio 2016.
 
 
A atriz Cleo Pires, embaixadora do Movimento Paralímpico: “eles são super-heróis”. Foto: CPBA atriz Cleo Pires, embaixadora do Movimento Paralímpico: “eles são super-heróis”. Foto: CPB

Novos embaixadores

Os novos embaixadores do Movimento Paralímpico também falaram e não esconderam a emoção por participar de um momento tão marcante para o paradesporto brasileiro.
 
“É uma honra poder fazer parte dessa família. Conhecer cada história, cada atleta é importante para que a gente saiba quem são os nossos verdadeiros heróis”, afirmou Paulo Vilhena.
 
Já a atriz Cleo Pires disse que se impressionou com a determinação dos representantes do Brasil. “Quando mergulhei no universo do paradesporto fiquei impressionada com a garra desses atletas. Aliás, eles são super-heróis! Já me sinto parte integrante dessa delegação”.
 
“Eu sei, por experiência própria, um tantinho sobre a busca incansável dos atletas paralímpicos. Eu sei que eles transformam cada limitação em desafios de superação. Para mim é motivo de orgulho imenso ser um dos embaixadores e estarei em todas as competições que puder, torcendo e apoiando”, avisou o empresário José Victor Oliva, cujo filho, João Victor, disputará os Jogos Olímpicos Rio 2016 no hipismo adestramento.
 
Valeria Barbarotto – brasil2016.gov.br – com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Principal base de treinos do Brasil para os Jogos, CCFEx é entregue ao COB

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Local que servirá como casa para atletas brasileiros da vela, vôlei de praia, boxe, handebol, lutas, taekwondo e tiro com arco, antes e durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Centro de Treinamento de Alta Performance do Time Brasil (CTAB-Brasil) foi entregue oficialmente nesta terça (19.07) ao Comitê Olímpico do Brasil (COB)
 
Com investimentos do Ministério do Esporte no total de R$ 20,5 milhões, o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), localizado na Urca, será a principal base de apoio da delegação brasileira durante os Jogos.
 
“Essa cerimônia marca o cumprimento de uma missão. Para cumprirmos com isso, tivemos que readequar nossas instalações e serviços. O COB apresentou uma série de requisitos técnicos que serviram para a montagem do projeto. Então, hoje temos do sistema de esgoto aos telhados, passando por transmissão de dados, telefonia, tudo novo em condições de apoiar o COB. É um legado que fica para o Exército e para os desportistas, porque várias modalidades treinam aqui independentemente se tem Jogos Olímpicos ou não”, disse o chefe do CCFEx, general Décio Brasil.   
 
As principais vantagens para os atletas são a autonomia nos horários de treinos, maior privacidade, deslocamentos menores e alimentação balanceada. A estrutura conta com local de hospedagem, lavanderia, academia, espaços para serviços médicos e ciências do esporte, e área de convivência.
 
“Estamos a poucos dias da cerimônia de abertura, e podermos estar aqui é uma grande conquista, para dar aos atletas as condições de treinamento, preparação e seu descanso necessário. Não tenho a menor dúvida de que daqui vão sair grandes resultados. Agradeço também por termos tantos atletas incorporados (às Forças Armadas) e tendo apoio desde 2009. Isso representa não só uma tranquilidade para eles, mas também esse aprendizado”, afirmou o presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Rio 2016, Carlos Nuzman.
 

Entrega CCFEX.Entrega CCFEX.

Atletas militares

 
O Exército também aproveitou a cerimônia para dar as boas-vindas aos atletas militares que representarão a instituição nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Serão 52 atletas, de 13 modalidades: maratona, atletismo, boxe, esgrima, natação, maratona aquática, pentatlo moderno, taekwondo, tiro esportivo, vôlei de praia, triatlo, judô e hipismo adestramento.
 
De acordo com a programação do COB, a primeira modalidade a entrar no CCFEx foi o tiro com arco, na segunda-feira (18.07). Nesta terça-feira, a equipe do boxe chegou ao local. A vela e o vôlei de praia ficarão durante todo o período dos Jogos Rio 2016 na Urca, em virtude da proximidade de seus locais de competição, enquanto as demais seguirão para a Vila Olímpica.
 
O tiro com arco permanece no local até 24 de julho. O boxe fica até 2 de agosto. O handebol feminino entra dia 22 de julho e fica até 3 de agosto. A equipe de lutas estará hospedada no CCFEx entre os dias 3 e 15 de agosto e o taekwondo entre 4 e 14 de agosto. A vela fica no local entre os dias 25 de julho e 20 de agosto, enquanto três duplas do vôlei de praia ficam entre 26 de julho e 19 de agosto no CCFEx. Alison e Bruno Schmidt optaram por dormir na Vila Olímpica.  
 
Para dar as boas-vindas, participaram da cerimônia sete atletas militares do Exército com história no esporte brasileiro: Vicente Lenilson, do atletismo, Franck Caldeira, da maratona, Leandro Guilheiro, do judô, Fabíola Molina, da natação, Welissa de Souza, a Sassá, do vôlei, Renata Colombo, do vôlei, e Juraci Moreira, do triatlo.
 
Medalhista olímpico de bronze em Atenas-2004 e Pequim-2008, o judoca Leandro Guilheiro se incorporou ao Exército no início do projeto, em 2009. “Principalmente no período que a gente faz o curso de instrução, você vibra muito com tudo e acaba vendo algumas coisas em comum entre o esporte e a vida do militar em termos de disciplina. Eu sou judoca, então tem a questão da hierarquia também”, disse Guilheiro.
 
Para ele, a estrutura esportiva proporcionada pelo Exército é importante para várias modalidades. “O judô hoje é uma modalidade bem estruturada, então para a gente é algo a mais. Mas a gente sabe que há outros atletas de outras modalidades que usufruem da estrutura militar. Isso é muito importante”, completou.
 

Casa Brasil

A escolha do CCFEx baseia-se em experiência do COB que teve início nos Jogos Olímpicos de Londres, quando o Crystal Palace desempenhou essa função e, posteriormente, para o Pan-Americano em Toronto, em que a Universidade de York sediou a casa do Time Brasil.
 
O local também será usado para a entrega de todos os uniformes aos atletas. Além do CCFEx, o COB terá seis bases de apoio fora da Vila Olímpica: Escola Naval; Hotel Porto Real, em Mangaratiba; Colégio CEC; Colégio QI; Hotel SESC Copacabana e Deodoro. Para não perder parte da experiência olímpica, os atletas que ficarem fora da Vila poderão dormir ao menos uma noite no local. 
 
Mateus Baeta - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Levantamento aponta que Jogos Olímpicos irão gerar R$ 2,68 bi para o turismo do Rio de Janeiro

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos devem gerar receitas de R$ 2,68 bilhões ao setor turístico do Rio de Janeiro entre agosto e setembro. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), serão quase 1,4 milhão de turistas brasileiros e estrangeiros.
 
Apenas em agosto, durante a Olimpíada, 666,3 mil brasileiros e 243,1 mil estrangeiros devem viajar ao Rio de Janeiro para acompanhar de perto as Olimpíadas. Em setembro, nas Paralimpíadas, serão 468,5 mil turistas.
 
Foto: Getty ImagesFoto: Getty Images
 
O segmento de alimentação deve responder por 34,5% da receita total gerada nos dois eventos. Bares, restaurantes e lanchonetes devem ficar com R$ 927,1 milhões, seguidos por transporte rodoviário de passageiros, com R$ 738 milhões, e pelas atividades artísticas, esportivas e de lazer, com R$ 474,1 milhões.
 
Segundo a CNC, os três segmentos responderão por quase 80% da receita durante os Jogos. Apenas os estrangeiros devem gastar em todo o país US$ 1,04 bilhão, o equivalente a R$ 3.089 por visitante, valor que considera a taxa de câmbio a R$ 3,33.
 
A pesquisa avalia ainda que durante a Copa do Mundo, realizada no Brasil entre junho e julho de 2014, circularam 1,04 milhão de visitantes internacionais. Esses turistas desembolsaram US$ 1,58 bilhão no período.
 

Hotelaria no Rio de Janeiro

Fábio Bentes, economista da CNC, observou que os demais segmentos, como hotelaria, não devem apresentar avanços tão expressivos durante os Jogos porque o faturamento dessas despesas ocorre em outro período, normalmente antes dos eventos começarem.
 
“Segmentos importantes do setor de turismo, como hotelaria, agências de viagens, transporte aéreo e marítimo, bem como locação de automóveis, tendem a ter um faturamento menor porque a maior parte das receitas dessas atividades não costuma ocorrer durante a prestação do serviço”, explicou.
 
Fonte: Portal Brasil, com informações da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Ascom - Ministério do Esporte 
 
 

Estudantes brasileiros conquistam título da Gymnasíade 2016

Terminou na segunda-feira (18.7) o maior e mais importante campeonato esportivo estudantil, a 16ª Gymnasíade, que este ano foi realizado em Trabzon, na Turquia. Os estudantes brasileiros voltaram para casa com o primeiro lugar na classificação geral, com 128 medalhas: 57 ouros, 32 pratas e 39 bronzes. 
 
Foi o melhor desempenho dos estudantes brasileiros nos Jogos Mundiais Escolares. Em 2013, a competição foi realizada em Brasília e os brasileiros terminaram na terceira colocação. “O resultado obtido pelos estudantes atletas neste ano demonstra a evolução do esporte escolar no País, consolidando-se como uma potência mundial, que investe cada vez mais no incentivo ao esporte, solidariedade e integração cultural”, analisou o secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, Leandro Cruz Fróes da Silva. 
 
Natação brasileira foi o segundo esporte que mais subiu ao pódio na Turquia (Foto: CBDE/Divulgação)Natação brasileira foi o segundo esporte que mais subiu ao pódio na Turquia (Foto: CBDE/Divulgação)
 
O segundo lugar no quadro geral de medalha ficou com o país anfitrião, que conquistou 119 medalhas. Além da posição no quadro geral, o Brasil se destacou como campeão geral na natação, atletismo e caratê. Com recorde de medalhas, o atletismo conseguiu 36, sendo 18 ouros, 11 pratas e sete bronzes. 
 
A natação foi o segundo esporte que os brasileiros mais conquistaram medalhas. Foram 35, sendo 16 de ouro, nove de prata e dez de bronze. Nas ginásticas rítmica e artística foram 20 medalhas ao total, sendo 12 ouros, duas pratas e seis bronzes. 
 
O caratê também surpreendeu ao conquistar, logo no primeiro dia de competição, sete medalhas. Ao todo foram 17 medalhas, dos 22 atletas da delegação, sendo cinco ouros, duas pratas e dez bronzes. 
 
O judô concluiu o campeonato com seis ouros, cinco pratas e quatro bronzes, totalizando 15 medalhas. Tênis levou para casa três medalhas (duas pratas e um bronze) e o xadrez ficou com uma de prata e uma de bronze. 
 
O Brasil foi representado por uma delegação de quase 230 atletas disputando com jovens de 40 países. A próxima Gymnasíade será realizada em Rabat, capital de Marrocos, em 2018. 
 
Medalhistas brasileiros do judô (Foto: CBDE/Divulgação)Medalhistas brasileiros do judô (Foto: CBDE/Divulgação)
 
 
Érica Asano
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Zé Roberto e Bernardinho definem as Seleções de vôlei para os Jogos Olímpicos Rio 2016

No vôlei, a semana começou marcada pela definição das Seleções que defenderão o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Brasil, que chegou às finais das duas últimas Olimpíadas tanto no masculino quanto no feminino – Pequim 2008 e Londres 2012 – e venceu em ambas as ocasiões com a equipe feminina tenta, no Rio de Janeiro, conquistar a terceira medalha dourada para as duas equipes, já que, no masculino, a Seleção foi campeã olímpica em Barcelona 1992 e Atenas 2004.
 
 
No feminino, o técnico José Roberto Guimarães definiu os últimos três cortes que restavam para fechar a lista das 12 atletas que jogarão as Olimpíadas no Rio. A líbero Camila Brait, a oposta Tandara e a levantadora Roberta foram dispensadas. Com isso, o Brasil tentará o tricampeonato olímpico com um grupo formado pelas seguintes jogadoras:
 
Levantadoras
» Dani Lins
» Fabíola
Ponteiras
» Natália
» Fernanda Garay
» Jaqueline
» Gabi
Centrais
» Fabiana
» Thaísa
» Juciely
» Adenízia
Oposta
» Sheilla
Líbero
» Léia
 
A Seleção Brasileira feminina de vôlei, que neste ano venceu o Grand Prix, está no Grupo A dos Jogos Olímpicos, ao lado da Rússia, do Japão, da Coreia, da Argentina e de Camarões. No grupo B estão Estados Unidos, China, Sérvia, Itália, Holanda e Porto Rico.
 
Confira as datas e horários dos confrontos do Brasil na primeira fase do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos Rio 2016:
 
6 de agosto
15h - Brasil x Camarões
8 de agosto
22h35 - Brasil x Argentina
10 de agosto
22h35 - Brasil x Japão
12 de agosto
22h35 - Brasil x Coreia
14 de agosto
22h35 - Brasil x Rússia
 
 
Masculino
 
No masculino, o técnico Bernardinho, após ter conquistado o vice-campeonato na Liga Mundial no último fim de semana – a equipe perdeu a final para a Sérvia, na Polônia –, também fechou o grupo para a disputa dos Jogos Olímpicos. Os jogadores Murilo (ponta), Isac (central) e Tiago Brendle (líbero) foram cortados.
 
O 12 jogadores que defenderão a Seleção Brasileira no Rio de Janeiro são:
 
Levantadores
» Bruno
» William
Ponteiros
» Lucarelli
» Lipe
» Maurício Borges
» Douglas Souza
Centrais
» Maurício Souza
» Lucão
» Éder
Opostos
» Wallace
» Evandro
Líbero
» Serginho
 
Os comandados do técnico Bernardinho estão no Grupo A nas Olimpíadas e terão como rivais na fase de classificação os Estados Unidos, a França, a Itália, o México e o Canadá. O Brasil estreia nos Jogos Olímpicos Rio 2016 contra o México, no dia 7 de agosto, às 11h35, no Maracanãzinho. No Grupo B estão a Rússia – atual campeã olímpica –, a Polônia, a Argentina, o Irã, o Egito e Cuba.
 
Confira as datas e horários dos confrontos do Brasil na primeira fase do vôlei masculino nos Jogos Olímpicos Rio 2016:
 
7 de agosto
11h35 - Brasil x México
9 de agosto
22h35 - Brasil x Canadá
11 de agosto
22h35 - Brasil x Estados Unidos
13 de agosto
22h35 - Brasil x Itália
15 de agosto
22h35 - Brasil x França
 
brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Com estrela do cinema e astrônomos amadores, tocha olímpica passa por Ribeirão Preto

Metrópole do interior paulista, Ribeirão Preto fez história como pólo do café, mas hoje tem no agronegócio o motor de sua economia. Entre as 30 maiores do Brasil, a cidade registra crescimento maior do que a média do país - e  a taxa chega a dobrar em comparação a São Paulo. Foi essa cidade promissora para os negócios, calorosa, descontraída e boêmia, apelidada de Califórnia Brasileira, que rendeu homenagem ao giro da tocha olímpica por seu território, nesta segunda-feira (18.07). A tocha também passou por Jaú, Araraquara e São Carlos. Terça-feira será a vez dos municípios de Sertãozinho, Jaboticabal, Bebedouro, Barretos e Franca.
 
Concentrado em uma escola estadual da cidade, um grupo de condutores não desconfiava que, entre eles, estava o paulistano Fernando Meirelles, o cineasta mais famoso do Brasil na atualidade. "Eu devia estar no Rio, estamos no meio de uma temporada de ensaios, mas tinha que estar aqui. Escolhi conduzir em Ribeirão Preto, minha segunda cidade", explicou.
 
Meirelles é o responsável pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Ivo Lima/ brasil2016.gov.brMeirelles é o responsável pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Ivo Lima/ brasil2016.gov.br
 
Pode soar estranho um diretor de cinema falar em ensaio, mas Meirelles respira clima olímpico há um ano e meio, na função de diretor criativo da festa de abertura dos Jogos Rio 2016. "O que mais me pegou foi a escala. Nunca fiz e certamente nunca mais farei algo dessa dimensão na vida. Tudo é muito grande", destaca.
 
A responsabilidade e a proximidade da data já tiram o sono do diretor, que divide a missão com Daniela Thomas e Andrucha Washington. Perguntado sobre o que prepara, ele admite que  a miscigenação brasileira fará parte do roteiro e artistas do quilate de Caetano Veloso, Anitta e Gilberto Gil participarão. Mas ele não entrega nenhum detalhe a mais. Quando passar o frenesi da festa, retomará os projetos internacionais de TV e os filmes em Hollywood.
 
Assim como Meirelles, o paulista Ricardo Cavallini, 52 anos, está acostumado a viver rodeado de estrelas. Professor de História, diretor de escola, em um certo dia, ele resolveu preparar um grupo de alunos para as Olimpíadas de Astronomia. A turma se animou e decidiu montar um telescópio. Em uma busca na internet, Cavallini encontrou mais do que informação: conseguiu peças doadas por astrônomos de todos os cantos do Brasil. Espelhos, lentes oculares e focalizadores vieram de Minas, Bahia e Rio Grande do Sul, e assim nasceu "Frankstein ", um telescópio que homenageia Frankenstein, famoso personagem da escritora Mary Shelley, composto por diversos corpos diferentes.
 
Batizado de Astronomia para Todos, o projeto deu tão certo que ultrapassou os limites da escola, ganhou a cidade de Batatais, onde nasceu, e já é reproduzido em outros municípios do interior paulista. Marcos Pontes, astronauta da Nasa e primeiro brasileiro a viajar pelo espaço, se encantou com a iniciativa e incluiu o projeto entre os que recebem apoio de sua fundação.
 
A proposta é simples: telescópios, em sua maioria doados, são levados a escolas e praças públicas, e Cavallini e sua equipe de ajudantes ensina sobre observação dos astros. "Carregar a tocha vai dar ainda mais visibilidade ao projeto. A ideia é mostrar que a astronomia está no nosso dia a dia, que não é preciso laboratório ou ser um grande cientista", explica o professor, que, durante seu percurso como condutor, foi cercado pela família e por integrantes do projeto, devidamente uniformizados e segurando cartazes.
 
Para além da cultura e dos corpos celestes, Ribeirão Preto também escalou seus atletas de ponta para a missão. Aos 26 anos, o ginasta Francisco Barretto é um dos destaques. Ouro no Panamericano de Guadalajara, em 2011, e prata em Toronto, no Pan de 2015, oito vezes campeão brasileiro como equipe três vezes na categoria individual, ele agora se prepara para disputar as primeiras Olimpíadas. "A orientação da equipe técnica é não pensar em medalhas, o objetivo é entrar para o maior número de finais", ensina. Focado na preparação para os Jogos Rio 2016, Barretto, ou Chico, para a família, ainda não consegue pensar sobre o significado de levar a chama dos Jogos."Lá na frente vou conseguir enxergar e contar pros meus netinhos ", brinca.
 
 

Revezamento Tocha - Ribeirão Preto SPRevezamento Tocha - Ribeirão Preto SP

 
Chico passou a chama para outro ídolo olímpico de Ribeirão Preto, Serguei Fofanoff. Depois de quatro participações olímpicas (ele disputa as provas de hipismo desde Sidney, em 2000), Guega, como é conhecido na cidade, ficou de fora pela primeira vez, por problemas com os cavalos. Ansiedade era a palavra-chave de sua estreia como condutor de chamas "Não dormi essa noite, não almocei direito hoje. Já sonhei duas vezes que perdia a condução da tocha" , contou.
 
Choro e emoção
Responsável por acender a pira, o gari Amaro Silva, 68 anos, emocionou os espectadores da festa de celebração. Ele veio a pé de Pernambuco para o estado de São Paulo, em uma jornada extenuante que durou um ano e três meses. Em Ribeirão, construiu uma história, teve filhos, comprou uma casa. "Alcancei tudo o que pedi a Deus", celebra.
 
Amaro já foi corredor e ciclista - até hoje dispensa o vale-transporte e cruza quilômetros de bicicleta para ir ao trabalho. "Essa é uma noite brilhante. A mais feliz da minha vida. Já tem essa lua cheia, e a tocha vai iluminar tudo ainda mais", afirmou. Ao subir no palco da celebração, ele chorou ao homenagear o pai, falecido há um mês.
 
Investimentos esportivos em Ribeirão
Trinta e dois atletas da cidade, praticantes de modalidades olímpicas, são beneficiários do Bolsa Atleta. Além de Barretto, o atleta paralímpico de Bocha, José Carlos Oliveira, recebe o Bolsa Pódio. "Tem muita gente por trás de uma vitória, não é só o atleta. Os bastidores da vida de um desportista também têm que ser revelados", opina o ginasta Francisco Barretto.
 
Mariana Moreira - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Delegação recorde: Time Brasil tem 465 atletas inscritos nos Jogos Rio 2016

Agora é oficial: o Time Brasil terá no Rio 2016 o recorde de atletas em uma edição dos Jogos Olímpicos. Nesta segunda-feira (18.7), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) inscreveu os 465 atletas que integrarão a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A inscrição foi feita na Vila Olímpica Rio 2016 pelo chefe da Missão Brasileira, Bernard Rajzman, e os subchefes Marcus Vinicius Freire e Gustavo Harada.
 
Entre os atletas serão 209 mulheres e 256 homens. As modalidades com maior número de atletas no Rio 2016 serão: atletismo (67), futebol (36), natação (33), handebol (28) e polo aquático (26).
 
O recorde anterior foi alcançado em Pequim 2008, quando o Brasil competiu com 277 atletas (132 mulheres e 145 homens). No total a delegação terá 806 integrantes, entre atletas e oficiais (técnicos, preparadores, médicos, etc). Além dos credenciados, cerca de 200 outros profissionais atenderão os atletas brasileiros nas bases exclusivas do Time Brasil. 
 
 
“Encerramos uma fase importante da preparação da delegação brasileira. Foi uma longa reunião, onde não deixamos passar nenhum detalhe”, afirmou Bernard Rajzman. “O Time Brasil teve a melhor preparação da história, coroada com o recorde absoluto de integrantes de uma delegação nacional em qualquer edição dos Jogos”, completou o chefe da missão.
 
O Brasil fará sua estreia em cinco modalidades nos Jogos Olímpicos Rio 2016: badminton, ginástica de trampolim, golfe, hóquei sobre grama e rugby. Além disso, o Time Brasil também disputará pela primeira vez as seguintes competições: canoagem velocidade feminino, polo aquático feminino, ginástica artística masculina por equipes, conjunto de nado sincronizado e saltos ornamentais sincronizado.
 
Parte da missão brasileira já está alojada na Vila Olímpica Rio 2016, antes mesmo da abertura oficial, marcada para domingo (24). “Estamos montando toda a estrutura que será utilizada pelo Time Brasil. Quando os atletas começarem a chegar, vai estar tudo pronto”, afirmou Bernard.
 
As primeiras equipes brasileiras que entrarão na Vila Olímpica: Canoagem Slalom, Ciclismo Pista, Futebol feminino, Ginástica Artística masculina, Hóquei Sobre Grama, Saltos Ornamentais, Tiro com Arco, Tiro Esportivo - Carabina, Pistola e Prato. 
 
Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Centro de Treinamento da Aeronáutica é inaugurado e entregue ao Rio 2016

Fotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brFotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br
 
A Universidade da Força Aérea (Unifa), no Campo dos Afonsos, e o Clube da Aeronáutica (Caer), na Barra da Tijuca, ambos na Zona Oeste do Rio de Janeiro, entraram oficialmente no mapa dos Jogos Rio 2016 nesta segunda-feira (18.07). Em solenidade realizada na Unifa, com a presença do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, o Centro de Treinamento da Aeronáutica foi entregue ao Comitê Organizador.
 
O Ministério do Esporte investiu R$ 58,2 milhões na Unifa e R$ 31,8 milhões no Caer. Após as reformas, a estrutura da Unifa conta com dois ginásios esportivos, uma piscina olímpica coberta e aquecida, duas pistas de atletismo - com campo para arremessos e lançamentos-, hotel para 142 atletas e um Instituto de Ciências da Atividade Física (ICAF).
 
“A qualidade deste equipamento da Universidade da Força Aérea sintetiza o esforço que o Brasil fez para sediar os Jogos Olímpicos, com todas as instalações, na preparação dos nossos atletas, no cuidado com o que o país e a cidade do Rio de Janeiro se prepararam para este momento”, disse Leonardo Picciani. Ele ressaltou ainda que a parceria com as Forças Armadas é fundamental para o desenvolvimento do esporte no país e tem que ser aprofundada para os próximos ciclos olímpicos.
 
Fotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brFotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br
 
Já no Caer, há três novos campos de rúgbi, uma pista de atletismo e um ginásio poliesportivo. Também foram feitas obras de infraestrutura elétrica, hidráulica e de pavimentação, além de adequações para melhoria da acessibilidade.
 
Os complexos serão utilizados por delegações estrangeiras durante os Jogos Rio 2016.  Na Unifa, serão realizados treinamentos de polo aquático, vôlei e de atletismo: no caso do último, tanto a pista quanto o campo para arremessos e lançamentos serão usados. Contando com o espaço da pista de pouso do Campo dos Afonsos, atletas de maratona e marcha também poderão se preparar na Unifa. No Caer, além do atletismo e do vôlei, também serão feitos treinos de rúgbi. Nos Jogos Paralímpicos, as estruturas da aeronáutica receberão treinamentos de atletismo, vôlei sentado e rúgbi em cadeira de rodas.
 
“Os esportes coletivos precisam agendar os treinamentos, mas os atletas de esportes individuais não precisam. Usain Bolt, por exemplo, pode treinar na pista da Unifa, na pista do Caer ou na pista de aquecimento do Engenhão sem precisar avisar”, exemplificou Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes do Comitê Rio 2016. O jamaicano bicampeão olímpico também deverá ser visto na pista do Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), instalação da Marinha entregue na última sexta-feira e que fechou acordo bilateral com a Jamaica para aclimatação do atletismo a partir de 24 de julho.
 
Fotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brFotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br
 
Após os Jogos, as instalações da Aeronáutica servirão tanto para treinos de alto rendimento quanto para ampliação de projetos sociais. “Será a oportunidade de descoberta de novos talentos em vários esportes. Nós já trabalhamos com alguns programas sociais como o Forças no Esporte, atendendo escolas que nos cercam aqui na região, já que as crianças passam o período livre fora da escola fazendo iniciação e aperfeiçoamento esportivo. Podemos incrementar agora esses programas, enquanto os atletas de alto rendimento continuarão treinando nessas instalações”, explicou o coronel Sebastião Camargo, chefe da Divisão de Esporte e Educação Física Militar.
 
Outras instalações militares
Além da Unifa e do Caer, o Ministério do Esporte também investiu na reforma, construção e adaptações do Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) – que será entregue nesta terça-feira (19.07) –, na Escola Naval e no Cefan. O aporte em todas essas instalações soma R$ 134,5 milhões. As unidades serão utilizadas para treinamento tanto da delegação brasileira como de equipes estrangeiras.
 
Fotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.brFotos: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br
 
brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Confiante, Tiago Camilo sonha com o ouro no Rio

Tiago Camilo pronto para encarar o maior desafio da sua carreira (Foto: Buda Mendes/Getty Images)Tiago Camilo pronto para encarar o maior desafio da sua carreira (Foto: Buda Mendes/Getty Images)
 
Foi sentado na frente da televisão na pequena cidade de Bastos, interior paulista, que o sonho olímpico nasceu no coração de Tiago Henrique de Oliveira Camilo. Era 1996. Do sofá de casa, o jovem de 14 anos viu os judocas Aurélio Miguel e Henrique Guimarães subirem ao pódio dos Jogos Olímpicos de Atlanta como medalhistas de bronze. O que o paulista nem imaginava que, quatro anos depois, seria ele quem estaria colocando no peito o objeto mais desejado por qualquer judoca: uma medalha olímpica.
 
Hoje um atleta experiente e reconhecido internacionalmente, Tiago Camilo, 34 anos, chega aos Jogos Olímpicos Rio 2016 como o “piloto” da Seleção conhecida como carro-chefe do Time Brasil nos planos de atingir a meta de figurar entre os 10 melhores no quadro de medalhas nas Olimpíadas no Brasil. O judoca recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. 
 
Passados 20 anos desde as conquistas olímpicas de Aurélio Miguel e Henrique Guimarães em Atlanta, resultados que fizeram Tiago Camilo escolher o judô como filosofia de vida, o paulista olha para trás e observa anos de alegria, tristezas, lesões, cirurgias, derrotas e muitas vitórias no caminho que já o levou a três Jogos Olímpicos – Sydney 2000, Pequim 2008 e Londres 2012 – e que o conduziu, neste ciclo, a uma vaga para competir em casa.
 
A motivação nunca mudou desde a estreia nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000. Mas no Rio a experiência será ainda mais especial. E não é apenas pelo fato de competir em casa. Afinal, na capital fluminense Tiago Camilo pode entrar para a história do judô ao se tornar o primeiro atleta do planeta a conquistar três pódios olímpicos em categorias diferentes. Ele foi prata em Sydney 2000 na categoria leve e levou o bronze em Pequim 2008 na categoria nos meio-médios. No Rio 2016, vai encarar as lutas na categoria médio. 
 
O judoca busca o terceiro pódio olímpico (Foto: Roberto Castro/ME)O judoca busca o terceiro pódio olímpico (Foto: Roberto Castro/ME)
 
“Me sinto muito feliz em olhar para trás e ver toda a minha trajetória no esporte, desde quando comecei na Seleção, aos 16 anos. São 18 anos dedicados à Seleção Brasileira e fico feliz em estar aqui nesta equipe talentosa e que tem muita chance de fazer a melhor Olimpíada da história do Brasil”, afirma.
 
Os brasileiros terão a oportunidade de ver no Rio 2016 o estilo de luta tradicional, conhecido como japonês, de Tiago Camilo. O foco do atleta está sempre na busca pelo ippon. “Estou feliz em saber que estou bem e tenho potencial para conquistar mais uma medalha olímpica. Estou evoluindo tecnicamente, fisicamente e psicologicamente. A evolução sempre foi o motivo de tudo”, diz. 
 
A concentração e a calma que contagia quem está a sua volta são as características marcantes que o judoca carrega para o tatame. “O treinamento me traz tranquilidade. Sempre quando estou treinando dou o meu máximo, todos os dias da minha vida. E quando estou na competição eu sei que eu fiz o meu melhor. Eu não me cobro de nada quando chego nas lutas”, explicou.
 
O portal brasil2016.gov.br conversou com o medalhista olímpico durante a última fase de treinamento antes das olimpíadas e ouviu dele uma revelação: “O meu sonho agora é ser campeão olímpico”.
 
Tiago Camilo no último treino antes do Rio 2016 no Centro Pan-Americano de judô, na Bahia (Foto: Roberto Castro/ME)Tiago Camilo no último treino antes do Rio 2016 no Centro Pan-Americano de judô, na Bahia (Foto: Roberto Castro/ME)
 

Confira a entrevista com o judoca: 

 

Como é ser o piloto do carro-chefe do Brasil nas Olimpíadas?

Estou há mais tempo na Seleção e sou o mais velho da equipe. O judô é muito mais do que fator competição. Envolve toda filosofia, respeito, ética e dedicação que o atleta tem na vida. Sempre vou ter isso na minha vida até depois de me aposentar. 
 

Qual é a sua motivação para continuar no judô após tantas conquistas?

 
As medalhas, as conquistas e o sonho são importantes. Mas o que te leva ao sonho é a evolução diária. Eu sempre foquei nisso. Me vejo totalmente apto a conquistar mais uma medalha olímpica e ao mesmo tempo fico feliz em estar evoluindo a cada dia. 
 

Em 2000, você conquistou a medalha de prata ao vencer três adversários com ippons. Essa é a sua característica de luta?

 
Sempre lutei buscando ippon, desde criança. O judô sempre foi para mim a busca por ippon. Desde quando ia para a academia treinar eu sempre gostei muito de melhorar as minhas técnicas. Isso sempre foi me dando muito prazer.
 

Como foi conquistar duas medalhas olímpicas?

 
Em 2000, eu era um adolescente, com 18 anos. Na minha segunda Olimpíada (Tiago não se classificou para os Jogos de Atenas 2004 e só retornou às Olimpíadas em Pequim 2008) eu era campeão do mundo, melhor atleta da categoria. Foi uma Olimpíada com muitas dificuldades tácticas. Eu sempre fui de buscar a medalha de ouro, quando sofria uma derrota eu também perdia todo o interesse pela competição. Em Pequim foi um aprendizado, pois foi bom para ver que eu poderia ter essa recuperação dentro de uma competição. Saí de lá com uma medalha de bronze como se fosse de ouro, não pelo fato da medalha, mas pela minha atitude de ter revertido uma situação difícil e ter chegado ao pódio (Camilo perdeu a luta contra o alemão Ole Bischof e teve que lutar a repescagem até conquistar o bronze).
 

Como você encara o fato de ser um ícone do judô brasileiro?

 
Isso é o ciclo do esporte e da vida. Você serve de exemplo e depois você passa para frente. Se hoje eu estou fazendo papel de ídolo e exemplo, certamente os judocas da nova geração serão no futuro. Você é exemplo daquilo que vive e que ver. A nossa responsabilidade é passar o melhor exemplo possível para eles para que no futuro eles levem a nossa semente.

O que esperar dos Jogos Olímpicos Rio 2016?

 
Estou muito bem e tenho potencial de conquistar mais uma medalha olímpica. O meu objetivo agora é ser campeão olímpico.
 
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
 

Bolsistas sobem ao pódio em competições de salto com vara na Europa

Garantidos na delegação de atletismo do Brasil para os Jogos Olímpicos Rio 2016, os atletas do salto com vara Fabiana Murer e Thiago Braz subiram ao pódio em competições disputadas na Europa e que fazem parte da reta final de preparação para as Olimpíadas. Os dois recebem o apoio financeiro do programa Bolsa Pódio. 
 
Fabiana Murer conquistou, na sexta-feira (15.7), a medalha de bronze na etapa de Mônaco da Liga Mundial, o principal circuito de meetings da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF). Ela obteve a marca de 4,65m em sua primeira tentativa, no Estádio Louis II, optou por não saltar 4,71m e depois falhou nas três oportunidades a que teve direito para ultrapassar 4,76m.
 
Foto: Divulgação/CBAtFoto: Divulgação/CBAt
 
A medalha de ouro ficou com a grega Katerina Stefanidi, com 4,81m, e a de prata com a cubana Yarisley Silva, com 4,71m. A brasileira tem o melhor salto do ano, com 4,87m.
 
Já no Folksam Grand Prix, em Gotemburgo, na Suécia, Fabiana Moraes levou a medalha de prata nos 100m com barreiras, com o tempo de 13s38. A norte-americana Tanya Jones foi a vencedora, com 13s27, enquanto a norueguesa Tale Orving ficou em terceiro lugar, com 13s58. Fabiana também está convocada para as Olimpíadas do Rio.

Masculino

Competindo no Meeting de Salto com Vara de Rottach-Egern, disputado no sábado (16.9), na Alemanha, Thiago Braz conquistou a medalha de bronze. Ele dividiu a terceira colocação, com a marca de 5,70m, com o grego Konstadinos Felippidis e o canadense Shawn Barber. O norte-americano Sam Kendricks foi o vencedor da competição, com 5,77m, mesmo resultado do alemão Florian Gaul, ganhador da medalha de prata.
 
Thiago, quarto colocado no Ranking Mundial da IAAF de 2016, com 5,85m, volta a competir nesta terça-feira (19.7) em Jockgrim, também na Alemanha.
 
Fonte: CBAt
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Recorde brasileiro é quebrado na II Copa Brasil de Tiro Esportivo no Rio de Janeiro

Durante três dias, mais de 70 atletas de 11 estados estiveram na Escola Naval, no Rio de Janeiro, para a disputa da II Copa Brasil de Tiro Esportivo. O único recorde quebrado na competição veio com Geraldo Von Rosenthal, na prova P4 (Pistola livre 50m-Misto-SH1), com a marca de 184 pontos na final. Até então, a maior pontuação pertencia à sua companheira de Seleção, Débora Campos (desde 2013, com 174,7 pontos). Entre sexta e domingo, Geraldo somou três medalhas no campeonato nacional. Além no ouro na P4, o segundo pódio dourado do gaúcho foi conquistado na P5 (Pistola Standard 10m-Misto-SH1). Ele ainda levou um bronze na P3 (Pistola Sport 25m-Misto-SH1).
 
Para o coordenador-técnico da modalidade, Fernando Cardoso, “os quatro atletas que irão participar dos Jogos Paralímpicos (Alexandre Galgani, Carlos Garletti, Débora Campos e Geraldo Von Rosenthal) confirmaram que são os mais fortes nas provas que irão disputar em setembro. Esta competição também foi importante para vermos quais são os ajustes que ainda precisamos fazer até o Rio 2016”.
 
(Foto Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Foto Marcelo Regua/MPIX/CPB)
 
Neste domingo, Carlos Garletti ficou com o bronze na prova mais longa da modalidade, a R7 (Carabina .22 50m 3x40-Masculino-SH1). No sábado, Garletti conquistou um ouro na R3 (Carabina de ar 10m-Deitado-Misto-SH1) - um dia após ter conduzido a Tocha Olímpica em sua cidade, no Paraná. Alexandre Galgani também voltou ao pódio neste domingo após conquistar, com folga, o primeiro lugar na R4 (Carabina de ar .22 50m em pé-Misto-SH2). Nos outros dois dias de competição, o paulista de Sumaré estreou, na sexta-feira, com um ouro na R9 (Carabina .22 50m-Deitado-Masculino-SH2) e deu sequência à vitória no sábado, com mais um ouro na R5 (Carabina de ar 10m- Deitado-Misto-SH2).
 
"Apesar de ter achado boa a minha participação, sei que ainda posso melhorar. Mas isso faz parte do treinamento e o período forte está previsto para ser na época dos Jogos. Com isso, de agora em diante, vamos intensificar para chegar no topo nas Paralimpíadas", comentou Alexandre Galgani.
 
Primeira mulher a representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos no tiro esportivo, Débora Campos conquistou três medalhas: ouro na P2 (Pistola de ar 10m-Feminino-SH1), prata na P5  (Pistola Standard 10m-Misto-SH1) e e bronze na P4 (Pistola livre 50m-Misto-SH1).
 
Em relação ao desenvolvimento da modalidade no país, Cardoso destaca algumas equipes. "Vimos um excelente rendimento do Espírito Santo, do Mato Grosso e do Paraná. Atletas dessas equipes cresceram muito neste ano e possivelmente já estarão na Seleção no ano que vem".
 
Sobre o Centro de Treinamento de Tiro Esportivo da Marinha
Desde setembro do ano passado, a Escola Naval conta com um dos mais modernos Centros de Treinamento de Tiro Esportivo (CTTE-EN) a nível mundial, que, com cerca de 3.000 m², dispõe de três estandes, sendo um de 10 m, um de 25 m e outro de 50 m, com capacidade para acolher competições e treinamentos de tiro de carabina, pistola standard e pistola de ar, além de um moderno estande dotado de um Sistema de Tiro Assistido por Computador. Compõem, ainda, as instalações do CTTE-EN, uma sala de treinamento, o laboratório de psiconeurofisiologia do esporte, uma sala para técnicos, o terraço panorâmico, que permite o acompanhamento remoto das competições, uma sala para guarda de material e munição, oito banheiros, elevador e área administrativa.
 
Fonte: CPB
Ascom - Ministério do Esporte
 

Recorde mundial marca último dia para garantir vaga nos Jogos Paralímpicos

Silvania chega aos Jogos Paralímpicos animada com a melhor marca do mundo no salto em distância. Foto: Leandro Martins/MPIX/CPBSilvania chega aos Jogos Paralímpicos animada com a melhor marca do mundo no salto em distância. Foto: Leandro Martins/MPIX/CPB
 
Nem o frio que marcou o amanhecer deste domingo (17.7) em São Paulo foi capaz de tirar a empolgação dos mais de 600 atletas que disputaram a terceira etapa do Circuito Loterias Caixa de Atletismo e Natação, disputado no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro. Desde cedo, os atletas se movimentavam para espantar a baixa temperatura e buscar a última oportunidade de classificação para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
O destaque da competição foi Silvania Costa de Oliveira, do salto em distância classe T11 (cego total). Ela bateu o recorde mundial na modalidade com 5,46m (12 cm a mais que a melhor marca anterior). Com o feito, Silvania ocupa a primeira posição do ranking mundial.
 
"Eu estou muito feliz com os meus resultados. Já bati o recorde brasileiro, ganhei o título sul-americano, o parapan-americano e agora o recorde mundial. Isso é resultado de um trabalho que vem dando certo", comemora a atleta sul-matogrossense, de 29 anos. "No Rio quero muito que todos vocês estejam comigo para me mandar muita energia positiva para que eu consiga bater meu próprio recorde e conquistar uma medalha para o Brasil", convoca Silvania.
 

Ansiedade até terça

Do lado oposto da tranquilidade apresentada pela nova recordista mundial está a ansiedade do fundista Bartho, que ainda vai ter que esperar até terça-feira, dia da convocação oficial do CPB, para saber se participará dos Jogos Paralímpicos.
 
"Hoje terminei em primeiro a prova de 1.500 metros na categoria T11 e fiquei com uma expectativa grande, pois ainda não estou confirmado, mas também não estou descartado. Só me resta contar as horas para que essa convocação chegue logo", conta o atleta que já tem duas paralimpíadas na bagagem em 15 anos de atletismo. "Eu fiz um bom trabalho de preparação e agora é só aguardar e torcer. Meu melhor resultado em Paralimpíada foi um quinto lugar. Tenho 16 medalhas em campeonatos internacionais, mas ainda me falta uma medalha paralímpica", complementa Bartho.
 

O coordenador técnico da seleção brasileira de atletismo paralímpico, Ciro Winkler, diz que esses últimos três dias foram a finalização de um longo processo de preparação. "Esse ciclo só se encerra em 19 de setembro, ao fim das Paralimpíadas, mas hoje também é um dia importante, por ser a última oportunidade de obtenção da vaga. Nosso critério, muito claro, é o ranking mundial, mas certamente alguns atletas vão ficar emocionados e até surpresos pela convocação na terça", comenta.
 

Iguais até nas possibilidades

Beatriz está para Debora assim como Debora para Beatriz. É no verdadeiro clima de amor entre irmãos que as gêmeas de 18 anos se enfrentam na piscina. Elas nasceram com uma leve deficiência intelectual e competem juntas na categoria S14.
 
Desta vez Beatriz levou a melhor, quebrando o recorde brasileiro que pertencia à irmã nos 200m livres, Bia fez 2min27s, resultado que a deixa perto da convocação. "Fora da piscina a gente fica se provocando sobre quem vai ganhar, mas no fundo uma torce demais pela outra. Somos muito amigas", Debora.
 
Sobre os ídolos das atletas na natação paralímpica, a opinião é unânime: Daniel Dias e Clodoaldo Silva. Já na modalidade regular elas se dividem: Bia se declara fã de César Cielo enquanto Debora prefere o norte-americano Michael Phelps. "Adoramos estar no meio de todos esses atletas. Essa é a nossa vida e a maior alegria", finaliza Beatriz.
 
Phelipe Rodrigues superou André Brasil na prova dos 100m livre. Foto: Leandro Martins/MPIX/CPBPhelipe Rodrigues superou André Brasil na prova dos 100m livre. Foto: Leandro Martins/MPIX/CPB
 

Duelo nacional

O último dia de disputas na piscina ainda foi marcado por outros recordes, mas a prova mais acirrada ficou entre dois nadadores experientes da classe S10. Nos 100m livre, Phelipe Rodrigues levou a melhor sobre André Brasil ao vencer com 53s26. "O André vem dominando essa prova desde 2008. Vai ser uma bela disputa nos Jogos Paralímpicos entre todos os atletas que vão chegar forte no Rio", diz o vencedor.
 
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, exaltou o esforço dos atletas e entidades que apoiam o paradesporto. "Muitos atletas estão buscando essas vagas. Tem gente com frio na barriga, tem gente com os dedos cruzados. O importante é que todos estão dando o máximo para conseguir bons resultados. Daqui vão sair campeões, não somente para o Rio 2016 ou para Tóquio 2020, mas para a sociedade, que é o mais importante", afirma. "Hoje em dia estamos vendo, lamentavelmente, muita intolerância no mundo, diversas vezes por conta da ausência de respeito à diferença. E eu digo o contrário: viva as diferenças! São elas que nos permitem construir um mundo melhor para se viver".
 
Valéria Barbarotto 
Ascom - Ministério do Esporte
 
 

Ilha do Sal, em Cabo Verde, recebe 10ª edição dos Jogos da CPLP

A Ilha do Sal, em Cabo Verde, recebe de 17 a 24 de julho, a 10ª edição dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Cerca de cinquenta jovens-atletas representam o Brasil e levarão na mochila o sonho de conquistar o título no basquete feminino e no futebol e handebol masculinos.

Os jogos  serão realizados nas cidades de Aspargos e Santa Maria, ambas situadas na Ilha do Sal – uma das nove ilhas do arquipélago de Cabo Verde. O evento esportivo conta com mais de mil participantes entre atletas, dirigentes e oficias – delegados, técnicos, médicos e fisioterapeutas.

Participam dos Jogos da CPLP os representantes de Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor Leste, São Tomé e Príncipe além do Brasil que tem participação garantida pelo Ministério do Esporte, em parceria com a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE).

Foto: Érica Asano/MEFoto: Érica Asano/ME

Os Jogos da CPLP serão realizados em duas etapas. A natação (maratona aquática) e o atletismo adaptado (paralímpico) nas categorias sub 20. Handebol, atletismo, basquete, taekwondo e vôlei de praia são as modalidades que contam com atletas sub 16, categoria que participam os alunos brasileiros.

O Brasil é representado por três equipes. O futebol tem um time formado pelos alunos do Colégio Amorim, de São Paulo. O basquete, por atletas da Escola Paulina Nunes, de Barretos (SP). Já o handebol é composto pelas jogadoras da escola pública Caic José Balduino Barbosa de Deus, de Teresina. Os três times são vencedores das seletivas nacionais promovidas pela CBDE.

Para a técnica do time de basquete feminino, Cynthia Almeida a experiência de participar dos Jogos da CPLP é única. "Nossa expectativa é vencer e a oportunidade das meninas estarem conhecendo novas culturas é um aprendizado único para o esporte. Também quero agradecer o apoio do Ministério do Esporte por todo incentivo às meninas".

Emyli Florentino, do basquete, comemora a oportunidade e diz que o time treinou muito para levar o título para o Brasil. "Estou muito feliz e espero que a gente possa levar o título, têm times fortes, mas treinamos muito e estamos preparadas para fazer um bom campeonato. É muito gratificante representar e defender nosso país e ainda por cima conhecer novas pessoas e um país diferente".

A delegação brasileira dos Jogos da CPLP 2016 tem como chefe o professor Rivaldo de Araújo Silva e conta com a presença dos técnicos: Cinthia Alves de Almeida (basquete), Guliano Ramos (handebol) e Kauê Roberto Mendes (futebol). Para o professor Rivaldo essa experiência transforma a vida dos jovens atletas. "Sair do Brasil e levantar a bandeira do esporte e defender seu país e time é uma oportunidade única na vida de cada menino ou menina".

Delegação brasileira de basquete. (Foto: Érica Asano/ ME)Delegação brasileira de basquete. (Foto: Érica Asano/ ME)

O técnico de handebol, Guliano Ramos parabeniza a organização e diz que pretende levar da ilha a experiência e o título de campeão. "É a primeira vez que participamos dos jogos da CPLP e a expectativa é que a gente leve o título. Estar aqui já é único por poder interagir com outras culturas e trocar experiências".

Felipe Rafael que defende o Brasil na modalidade de handebol diz que vir para África é uma experiência que ele não imaginava. "Estou muito feliz com essa oportunidade de estar jogando um mundial e defendendo meu país. A partir do momento que a gente chegou, sentimos que aqui é surreal. Espero que a competição seja muito boa, cheia de experiência e eu quero levar o título pra casa".

Nesta décima edição dos Jogos da CPLP, cada país poderá participar com uma delegação composta de até 116 pessoas.

Érica Asano, de Cabo Verde

Ascom - Ministério do Esporte

Secretário do Ministério do Esporte participa da inauguração do novo Centro de Treinamento de futebol em Cabo Verde

O secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, participou nesta sexta-feira (15.06), na Ilha do Sal, em Cabo Verde, da inauguração do novo centro de treinamento de futebol: "O Acadêmico do Aeroporto do Sal".

Foto: Érica Asano/ MEFoto: Érica Asano/ ME

"O Acadêmico do Aeroporto do Sal" é a primeira e mais importante associação desportiva da Ilha do Sal, fundada em 1966 por um grupo de jovens. Trata-se de uma instituição desportiva e cultural, sem fins lucrativos. Em comemoração aos 50 anos do local, foi elaborado um novo projeto para beneficiar os jovens da ilha, com uma academia, campo de futebol iluminado, sala de jogos e auditório.

Ministro do Desporto de Cabo Verde, Fernando Freire (à dir.), e Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes. (Foto: Érica Asano/ ME)Ministro do Desporto de Cabo Verde, Fernando Freire (à dir.), e Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes. (Foto: Érica Asano/ ME)O ministro do Desporto de Cabo Verde, Fernando Freire, ressaltou a importância dos investimentos. “O desporto é um caminho único para a integração social e cultural. O esporte é uma potência que deve ser valorizada, e juntos temos a capacidade de construir um desporto que seja bom para todos, por isso hoje é um dia de muita alegria. Toda dedicação valeu a pena”.

O secretário Nacional, Leandro Fróes, destacou a relevância da implementação de espaços voltados ao desporto. “Foi um prazer vir aqui junto ao ministro do Desporto de Cabo Verde. Fomos recebidos de forma muito carinhosa. O novo centro de treinamento de futebol é um grande investimento em infraestrutura que será muito importante para a população da ilha. Um espaço dedicado aos jovens, esporte e integração social”.

Para o presidente do "Acadêmico do Aeroporto do Sal", engenheiro Carlos Muniz, o novo espaço é a concretização de um sonho para toda a comunidade. “O projeto vai beneficiar os jovens, as nossas ligas de futebol masculino e feminino, além de ser um espaço único para receber grandes eventos esportivos na ilha. A inauguração desse espaço foi um sonho possível graças ao esforço e dedicação, e apenas sete meses após a apresentação do projeto estamos aqui celebrando”.

Érica Asano, de Cabo Verde
Ascom - Ministério do Esporte

Cefan inaugura instalações de treinamento para o Rio 2016

Ginásio climatizado do Cefan. Ao fim dos Jogos, estrutura ficará de legado para a prática de esporte de alto rendimento e de base. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov/ME)Ginásio climatizado do Cefan. Ao fim dos Jogos, estrutura ficará de legado para a prática de esporte de alto rendimento e de base. (Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov/ME)

O Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), no Zona Norte do Rio de Janeiro, está pronto para receber as delegações estrangeiras durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. A  instalação da Marinha  entregou ao Comitê Organizador, nesta sexta-feira (15.07),  os centros oficiais de treinamento para futebol, vôlei e polo aquático.

“Durante os Jogos, as delegações vão treinar nesses locais de acordo com uma tabela organizada pelo Comitê Rio 2016, que seleciona os países que virão aqui para o centro. Ao final dos Jogos, as estruturas vão ficar como legado para o esporte de alto rendimento, para a Marinha e para o Brasil”, disse o contra-almirante Carlos Chagas, comandante do Cefan.

As obras foram realizadas com investimento de R$ 19 milhões do Ministério do Esporte, e incluíram a construção de dois campos de futebol com medidas oficiais e prédio de apoio, calçamento nas vias de acesso, acessibilidade, e reformas no parque aquático e no ginásio poliesportivo climatizado.  


Novas Instalações CEFANNovas Instalações CEFAN
 

Sustentabilidade
O novo prédio, entre os dois campos de futebol, não abriga apenas os quatro vestiários, duas salas de fisioterapia, duas salas de preleção e dois depósitos para material esportivo. Ali está instalado um sistema de captação de água e energia que significa economia para a instalação.

“É um sistema integrado que tem a usina de energia solar com 164 placas fotovoltaicas, a iluminação toda em LED e o sistema de aquecimento solar para a água que, por meio de bombas, vai para os vestiários masculino e feminino. E tem também o reuso da água de irrigação dos campos de futebol: nossa expectativa é recuperar até 25% da água lançada nos campos. A água pluvial é coletada na lateral das edificações e vai para a rede de captação”, disse Gilson Barbosa, diretor da empresa responsável pela obra.

O pontapé inicial em um dos novos campos foi dado pelo ex-jogador Zico e, na sequência, foi realizada uma partida entre a seleção brasileira de futebol feminino sub-17 e a seleção brasileira feminina militar, campeã mundial nos Jogos Mundiais Militares da Coreia 2015 e campeã brasileira em 2016 por meio de uma parceria entre a Marinha do Brasil e o Flamengo.

Secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima estreou a piscina do Cefan ao lado de meninos do projeto Forças no Esporte. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br/ME)Secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima estreou a piscina do Cefan ao lado de meninos do projeto Forças no Esporte. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br/ME)

Na inauguração do Parque Aquático, o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, nadou com crianças do programa Forças no Esporte e com Djan Madruga, atleta brasileiro que conquistou o bronze no revezamento 4 x 200m livre em Moscou 1980.

“Quando a gente investe nas Forças Armadas, não é exclusivamente nos militares. Tanto Marinha, Aeronáutica quanto Exército têm as suas instalações abertas para o desenvolvimento do esporte nacional”, disse Luiz Lima.

Embarcações
Também foram entregues, nesta sexta, 90 embarcações, em quatro tamanhos, adquiridas pela Marinha do Brasil para utilização no apoio às provas aquáticas dos Jogos Rio 2016 (vela, remo, canoagem, natação do triatlo e maratona aquática), transportando árbitros, profissionais de imprensa e recursos para logística. Após a participação nos Jogos, as embarcações retornarão à Marinha, ficando como legado na segurança e na preservação da soberania no mar.

As embarcações fazem parte do investimento de R$ 100 milhões do Ministério do Esporte para equipamentos e materiais esportivos, que estão sendo adquirido em parceria com o Ministério da Defesa para a realização dos Jogos.

Noventa embarcações servirão de apoio para provas de vela, remo, canoagem, natação do triatlo e maratona aquática. Após os Jogos, ficarão para a Marinha. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br/ME)Noventa embarcações servirão de apoio para provas de vela, remo, canoagem, natação do triatlo e maratona aquática. Após os Jogos, ficarão para a Marinha. (Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br/ME)

Bolt no Cefan
Além das instalações entregues ao Comitê Rio 2016 para o treinamento oficial de vôlei, futebol e polo aquático, outras estruturas serão usadas na aclimatação de delegações estrangeiras, como resultado de acordos bilaterais entre o Cefan e esses times. A pista de atletismo será palco de treinamento da equipe da Jamaica, que conta com o bicampeão olímpico Usain Bolt.

“É sempre uma grande expectativa. É um grande ídolo, representa uma chance de aquisição de conhecimento para os nossos técnicos e atletas, e uma fonte de inspiração para crianças dos nossos projetos de base”, afirmou Carlos Chagas.

Estarão ainda no Cefan a equipe de boxe de Cuba, o time de futebol feminino da Nova Zelândia e as equipes de atletismo, boxe taekwondo e lutas associadas de Porto Rico. O basquete em cadeira de rodas do Canadá também fará aclimatação no centro.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Confederação anuncia convocados no basquete em cadeira de rodas para os Jogos Paralímpicos

A Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC) divulgou a lista com os 24 atletas que vão representar o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O país está classificado para a disputa masculina e feminina.

O time dos homens está no Grupo B do torneio, ao lado de Irã, Estados Unidos, Grã- Bretanha, Holanda e Argélia. Já as mulheres estão no Grupo A, ao lado de Canadá, Alemanha, Grã-Bretanha e Argentina.

Os jogos de basquete em cadeira de rodas serão realizados no Parque Olímpico da Barra, em duas instalações diferentes: na Arena Carioca 1 e na Arena Olímpica do Rio. As partidas serão realizadas entre 8 e 17 de setembro.

Confira a lista de convocados do Brasil

Seleção feminina

Andreia Cristina Santa Rosa Farias (1.0)
Rosalia Ramos da Silva (1.5)
Perla dos Santos Assunção (2.0)
Jessica da Silva Santana (2.5)
Lucicleia da Costa e Costa (2.5)
Geisiane de Souza Maia Brito (3.0)
Ana Aurelia Mendes Rosa (3.5)
Ivanilde Candida da Silva (3.5)
Geisa Rodrigues Vieira (4.0)
Paola Klokler (4.0)
Lia Maria Soares Martins (4.5)
Vileide Brito de Almeida (4.5)

Seleção masculina

Dwan Gomes dos Santos (1.0)
Rodrigo Arao de Carvalho (1.0)
Amauri Alves Viana (1.5)
Paulo Roberto Dauinheimer (1.5)
Paulo Cesar dos Santos (2.0)
Gelson Jose da Silva Junior (3.0)
Marcos Candido Sanches (3.0)
Erick Epaminondas da Silva (3.5)
Pedro Henrique Vieira (4.0)
Leandro de Miranda (4.5)
Celestino Luciano Suurso (4.5)
Edjunior Jose do Bonfim (4.5)

Fonte: brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Brasil ocupa segunda posição no quadro geral de medalhas da Gymnasíade

Os atletas brasileiros que competem na 16ª Gymnasíade não param de surpreender. Devido ao excelente desempenho nas competições, o Brasil já ocupa a segunda posição no quadro geral de medalhas nos Jogos Mundiais Escolares, em Trabzon, na Turquia. O feito supera a colocação da última Gymnasíade, realizada em Brasília, em 2013, em que o país conquistou o terceiro lugar.

Foto: ISFFoto: ISF

Até o momento, o Brasil está atrás apenas dos anfitriões, a Turquia, que por sediarem o evento têm o direito de disputar com duas equipes a mais em cada modalidade, portanto, o dobro da equipe brasileira. O terceiro lugar está sendo disputado por Índia e França.

No terceiro dia de competições, nesta quinta-feira  (14.07), o atletismo ganhou destaque ao conquistar 14 medalhas. No total, já são 18, somando-se as quatro conquistas no primeiro dia: Vinícius Moraes e Erick Cardoso, ouro e prata nos 100m, respectivamente, e Mariana Estêvão (ouro) e Ludimila Cardoso (prata). São nove ouros, seis pratas e três bronzes na modalidade. E esse número tende a aumentar, pois os atletas ainda concorrem a diversas provas nesta sexta-feira (15.07).

A competição no atletismo no terceiro dia teve destaque pelas quebras de recordes. Saymon Rangel, do Rio Grande do Sul, além do ouro no arremesso de peso, bateu o recorde brasileiro na modalidade. As velocistas Nátalia Carolina e Rita de Cássia também bateram recordes nos 100m com barreiras. Natália ficou com o bronze enquanto Rita levou a prata.

Foto: ISFFoto: ISF

A atleta escolar Micaela Rosa, de Santa Catarina, levou o ouro nos 100m e Tainara Gonçalves, de Mato Grosso, o bronze. No martelo, as atletas paulistas Isabele Soares e Angélica Rodrigues também superaram suas marcas e conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente. No salto em altura, a gaúcha Pyetra vai trazer para casa a medalha de prata.

O ótimo desempenho do atletismo brasileiro seguiu o exemplo do caratê, que levou 17 medalhas, com 22 atletas na delegação, sendo cinco ouros, duas pratas e dez bronzes. Sete medalhas foram conquistas no primeiro dia de competição.

Foto: CBDEFoto: CBDEOutras modalidades
Ainda subiram ao pódio as meninas da ginástica rítmica, que cativaram a plateia com a belíssima apresentação e garantiram a medalha de prata no conjunto e de bronze na classificação geral. A natação já soma 13 medalhas, divididas em cinco ouros, quatro pratas e quatro bronzes, com conquistas como a de Thiago Alves, do Rio Grande do Sul, que levou a prata.

Nesta sexta-feira (15.07), o Brasil disputa medalhas no tênis de campo, xadrez, ginástica aeróbica, ginástica artística e atletismo. Os atletas também vão desfrutar de um dia cultural, proporcionado pelos anfitriões, com visitas a pontos turísticos da região.

Liliane Borba, com informações da CBDE

Ascom - Ministério do Esporte

Confederação define atletas que representam a Paracanoagem nos Jogos Rio 2016

A Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) definiu oficialmente os atletas que defenderão a Paracanoagem Brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A modalidade fará sua estreia em solo brasileiro no maior evento esportivo do planeta. A equipe selecionada é composta por Debora Benivides (KL2 Feminino), Mari Santilli (KL3 Feminino), Luis Carlos Cardoso (KL1 Masculino), Fernando Rufino (KL2 Masculino) e Caio Ribeiro (KL3 Masculino). O Brasil conquistou cinco das seis vagas disponíveis para a competição.

De acordo com Leonardo Maiola, supervisor do Comitê de Paracanoagem da CBCa, esta é a hora de planejar os últimos detalhes para as disputas no Rio de Janeiro, que começam no dia 7 de setembro. “Temos uma equipe que pode nos trazer bons resultados e a expectativa por medalhas é grande. O trabalho durante este ciclo paralímpico nos deixa otimista”, disse Maiola.

Foto: CBCaFoto: CBCa

A abertura oficial dos Jogos Paralímpicos será realizada no dia 7 de setembro e as competições de Paracanoagem acontecem nos dias 14 e 15. As provas da modalidade serão todas de 200 metros.


Com confiança no time que preparou, o técnico da seleção brasileira de paracanoagem, Thiago Pupo, mostra que a equipe vai com força para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. “Todos os atletas estão se dedicando muito e vejo, neste momento, uma evolução muito grande no desempenho de cada um. Estamos prontos para o Jogos”, explica o treinador.

» Conheça um pouco sobre os representantes do Brasil:
 
Debora Benevides (KL2 FEM)
Mais jovem da equipe, a sul-mato-grossense é natural de Água Clara e uma das revelações da Canoagem Brasileira. A jovem de 20 anos coleciona em sua curta carreira mais de 60 medalhas conquistadas em eventos nacionais e internacionais.

Representante do Brasil na categoria KL2, Debora será uma das primeiras paracanoístas brasileiras a disputar os Jogos Paralímpicos. Desde os 15 anos remando em águas brasileiras e internacionais, a jovem realiza não apenas o sonho de participar do maior evento esportivo do mundo, mas, também ajudar o seu esporte a crescer.

Mari Santilli (KL3 FEM)
Mari garantiu a vaga para os Jogos Rio 2016 no último Mundial de Paracanoagem, realizado na Alemanha. “Cumpri parte das minhas metas, uma delas era conquistar a vaga para o Rio. Agora, quero conseguir ficar pelo menos entre as cinco primeiras colocadas”, explica.

Com o esporte nas veias desde sempre, Mari já disputou provas de natação, triathlo e corrida de rua. Professora licenciada da rede pública de ensino de Curitiba por conta da dedicação à Paracanoagem, ela ainda se faz presente na vida dos alunos incentivando projetos de inclusão de crianças com deficiência. A curitibana que carrega o sotaque sulista nas competições Brasil afora coleciona títulos em Copas Brasil e Campeonatos Brasileiros, além de garantir boas colocações nos rankings internacionais.

Luis Carlos Cardoso (KL1 MASC)
Nas categorias masculinas, o tricampeão mundial na canoa e campeão mundial no caiaque, Luis Carlos Cardoso é quem disputará pela KL1. Os treinos focados em aprimorar as técnicas dentro da água são cada vez mais intensos e a vontade de alcançar um bom resultado para o Brasil é grande. “Meu técnico, Akos Angyal e eu estamos completamente determinados. No Mundial de Paracanoagem conseguimos identificar pontos que ainda podem ser melhorados e estamos trabalhando nisso. Acredito no meu desempenho e estou bastante confiante”, comentou Cardoso.

Ex-dançarino e coreógrafo do cantor Frank Aguiar, o paratleta piauiense descobriu que tinha uma bactéria alojada na medula óssea, perdendo o movimento das pernas gradativamente. Nesta época ele se viu impedido de fazer o que tanto amava: dançar. Com o objetivo de dar a volta por cima, o piauiense se dedicou ao esporte e encontrou na Paracanoagem a chance de se tornar revelação da modalidade.

Fernando Rufino (KL2 MASC)
O “cowboy da Paracanoagem” representa o país na categoria KL2. “Minhas expectativas são as melhores, pois tenho uma ótima equipe técnica, acredito muito no trabalho deles e tenho evoluído a cada dia como pessoa e atleta. E, acima de tudo, tenho muita fé em mim”.

De ex-peão de rodeio a paracanoísta de sucesso, Fernando Rufino disputa os Jogos Paralímpicos Rio 2016 após uma série de desventuras durante a vida. Natural de Itaquiraí, no interior do Mato Grosso do Sul, o Cowboy sempre teve o sonho de conquistar o mundo montado em cima de um touro. No entanto, após ser atropelado por um ônibus e perder o movimento das pernas parcialmente, o sul-matogrossense com jeitão sertanejo descobriu que o sonho teria que ser conquistado na água. Dentro de um caiaque apelidado de burro branco, Rufino fez do remo suas esporas e disputa agora a prova mais importante de sua carreira.

Caio Ribeiro (KL3 MASC)
Pela KL3, o carioca Caio Ribeiro precisou se adaptar ao caiaque após saber que a canoa não faria parte das provas paralímpicas. De uma embarcação para outra, o atleta venceu o desafio e garantiu a vaga. “Estou realizando um sonho que, um dia, achei que estivesse perdido. Mas, com garra e confiança, além do apoio que recebo, posso finalmente representar meu país”, explicou.

Após morar por 18 anos nos Estados Unidos, o paratleta voltou ao Brasil e se dedicou à canoa, onde garantiu o bicampeonato mundial na categoria VL3. Ao saber que a canoa não estaria entre as competições do Rio 2016, Caio mudou para o caiaque há cerca de um ano e já garantiu a 4ª colocação no Campeonato Mundial de Paracanoagem realizado em maio, na Alemanha. O paratleta, antes de sofrer um acidente de moto que resultou na amputação de uma perna, já participou de competições de atletismo e jogou futebol profissional na América do Norte.

Fonte: CBCA

Ascom - Ministério do Esporte

Brasileira Victoria Lovelady é confirmada no golfe nos Jogos Rio 2016

Foto: CBGFoto: CBGA golfista paulista Victoria Lovelady foi confirmada nos Jogos Olímpicos Rio 2016 nesta sexta-feira (15.07) pela Federação Internacional de Golfe (IGF, na sigla em inglês) através de comunicado enviado à Confederação Brasileira de Golfe (CBG).

Victoria havia terminado o período de classificação para os Jogos a uma posição da 60ª e última vaga para a disputa do golfe feminino e estava na lista de reserva. Com a desistência de uma competidora – a IGF não informou qual delas ainda –, a brasileira obteve a tão sonhada vaga.

Ela se junta à paranaense Miriam Nagl, 59ª do ranking olímpico, para defender o Brasil no golfe feminino olímpico. No masculino, o Brasil será representado pelo gaúcho Adilson da Silva, 51º do ranking olímpico.

“É a realização de um sonho. Representar o Brasil nos Jogos  fez parte dos meus pensamentos diários nos últimos sete anos. Sempre foi minha ambição maior como atleta e golfista. Viajei o mundo para conquistar o direito de representar o meu País”, disse Victoria, ao ser informada da notícia.

Ela, Adilson e Miriam tem contado com apoio da Confederação Brasileira de Golfe e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com recursos da Lei Agnelo Piva, e também com apoio do Ministério do Esporte, por meio de convênio assinado com a CBG.

Fonte: CBG

Ascom - Ministério do Esporte

Seleções de polo aquático são definidas para os Jogos Rio 2016

Foto: CBDAFoto: CBDA

As seleções de polo aquático para os Jogos Olímpicos Rio 2016 foram definidas. A equipe masculina se encontra na Europa para treinamento e uma série de amistosos. Dos 15 nomes que viajaram, Danilo Correa e Guilherme Gomes ficaram de fora da lista final. Já o time feminino, que viaja nesta sexta-feira (15.07) para disputar um torneio amistoso em Bilbao, Espanha, definiu seu último corte antes da viagem, e quem ficou de fora foi Melani Dias.

Os 13 homens convocados pelo técnico Ratko Rudic são: Slobodan Soro (goleiro), Jonas Crivella, Rudá Franco, Ives Gonzales, Paulo Salemi, Bernardo Gomes, Ádria Delgado, Felipe "Charuto" Silva, Bernardo Reis Rocha, Felipe Perrone (capitão), Gustavo "Grummy" Guimarães, Josip Vrlic e Vinícius Antonelli (goleiro). Os auxiliares-técnicos são Ângelo Coelho e Eduardo Abla (Duda).

As 13 escolhidas pelo técnico Patrick Oaten para ter a honra de colocar o polo aquático feminino brasileiro pela primeira vez no ambiente olímpico são: Tess Oliveira (goleira), Diana Abla, Marina Zablith (capitã), Marina Canetti, Lucianne Barroncas, Izabella Chiappini, Amanda Oliveira, Luiza Carvalho, Mariana Rogê Duarte, Camila Pedrosa, Viviane Bahia, Gabriela Mantellato e Victoria Chamorro (goleira). Os auxiliares-técnicos serão Roberto Chiappini e Pablo Cuesta.

A seleção masculina jogou nesta quinta-feira (14.07) um amistoso contra o Japão e venceu por 12 a 7 (4-0, 2-1, 4-1, 2-5). Os japoneses estão no grupo do Brasil na primeira fase dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Os gols brasileiros foram de Josip (5), Jonas (3), Grummy, Perrone, Ádria e Bernardo Reis.

Fonte: Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção Brasileira masculina de goalball é convocada para os Jogos Paralímpicos

A Seleção Brasileira masculina de goalball que buscará a inédita medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 foi confirmada pela comissão técnica, que aposta no time campeão do Parapan-Americano de Toronto-2015.

Em 2012, nos Jogos Paralímpicos de Londres, a seleção bateu na trave e ficou com a medalha de prata. De lá para cá, o Brasil coleciona conquistas. Entre as mais importantes estão o Mundial de 2014, o bicampeonato dos Jogos Parapan-Americanos, em Toronto, além da liderança do ranking mundial da modalidade há aproximadamente dois anos.

Nascido no Rio de Janeiro e rumo à sua primeira Paralimpíada, o ala Alex Sousa, mais conhecido como Labrador, destacou a emoção de participar dos jogos dentro de casa. “Sou carioca e vou disputar minha primeira Paralimpíada no Rio. Não esperava acontecer uma coisa dessas tão cedo, mas batalhei muito, treinei muito, estou me dedicando e com a expectativa muito boa de que vamos conquistar esse ouro para o Brasil. Estamos batalhando demais e nós merecemos”, disse o carioca.

Foto:CPBFoto:CPB

Confira a lista completa:

Alex de Melo Sousa – SESI/SP
Alexsander Almeida Maciel Celente – ACERGS/RS
José Roberto Ferreira de Oliveira – APACE/PB
Josemarcio da Silva Sousa – SESI/SP
Leomon Moreno da Silva – SANTOS/SP
Romário Diego Marques – SANTOS/SP

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

Ascom - Ministério do Esporte

Com leitura facial, seleção de judô estuda adversários e até árbitros em busca de pódio

Quem acompanha os treinos da Seleção Brasileira de judô não deixa de reparar, na beira do tatame, uma mesa com laptops e tablets. É ali que está uma das armas da modalidade brasileira na busca por medalhas nos Jogos Olímpicos. No Rio, o trabalho dos estrategistas vai além de analisar adversários dos donos da casa. Ele avança por outras áreas e chega até o mapeamento facial de árbitros que irão atuar no tatame olímpico.

Com a função de auxiliar os técnicos e atletas da Seleção Brasileira, os estrategistas mapearam os diferentes perfis dos árbitros e fizeram uma análise das expressões dos profissionais durante os combates. São detalhes mínimos que auxiliam os técnicos a montar a tática de luta.

O coordenador Leonardo Mataruna (à direita): estrategista chefe da Seleção Brasileira de judô. (Foto: Breno Barros/ME)O coordenador Leonardo Mataruna (à direita): estrategista chefe da Seleção Brasileira de judô. (Foto: Breno Barros/ME)

“A gente procurou inovar. Assim, procuramos mapear os árbitros também. Temos um perfil de qual árbitro pune mais, qual deixa a luta rolar mais no chão, o que dá mais ippon. Também usamos um programa de leitura facial chamado FaceReader para mostrar qual é o árbitro mais ansioso, o que sente angústia em arbitrar determinado tipo de luta, etc”, disse Leonardo Mataruna, estrategista chefe da Seleção Brasileira.

A equipe conta com um banco de dados com mais de 68 mil vídeos de lutas. Para o Rio 2016, foram separados uma média de 14 vídeos de cada adversário potencial dos brasileiros. As imagens são dos combates com os próprios brasileiros e com atletas que apresentam as mesmas características motora dos judocas nacionais.

“Hoje não tem nenhum atleta que não conhece o adversário, seja brasileiro ou internacional. A ideia é cada vez mais a gestão do conhecimento estar a serviço do esporte. Não basta somente fornecer um banco de dados de imagens. Claro que as imagens ajudam, mas uma série de dados estatísticos e táticos são observados e transcritos através de uma linguagem acessível, tanto para o técnico quanto para o atleta”, explica Leonardo Mataruna.

O trabalho não se resume em extrair uma enxurrada de informações científica dos adversários, mas preparar os dados para que eles sejam utilizados na prática. “A análise de desempenho está focada não só no efeito surpresa, mas na questão de mapear a parte motora dos adversários e dos atletas brasileiros. Assim, podemos criar elementos importantes no momento da competição”, completou.

A equipe de estrategistas conta com três profissionais, além de um grupo de apoio de outros países, como Japão, França, Inglaterra e Alemanha. São nações adversárias dentro do tatame, mas fora dele o trabalho é integrado na troca de informações, o que facilita a coleta de dados, além de ficar economicamente viável para dar acesso a todas as competições internacionais durante o ano.

Nesta última fase de treinamento da Seleção no Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas, na Bahia, os estrategistas estão mapeando os adversários menos expressivos dos brasileiros, como Ilhas Maurício e São Tomé e Príncipe. “Claro que o nível de judô e a tradição deles não dá para comparar com a dos nossos atletas, mas é importante que os brasileiros saibam alguns detalhes importantes, como de que lado o adversário vem segurar primeiro no quimono, para que lado ele mais caminha dentro do tatame, qual é a técnica que ele mais utiliza”, revelou Mataruna.

A gestão de conhecimento atua em diferentes ações. No judô, o trabalho é realizado antes, durante e depois das competições. Na fase pré-Jogos, os profissionais procuram não estressar os judocas. “Nesta fase, o atleta recebe o feedback das imagens, estatística e números gerais, mas sem pressão para utilizar os dados”.

Como parte da estratégia, na fase de concentração em Mangaratiba (RJ) – a próxima dos judocas antes dos Jogos Olímpicos – os atletas de apoio vão procurar reproduzir a parte motora dos principais adversários. O trabalho será voltado para os brasileiros não terem surpresas. “Vamos reproduzir como o adversário segura no quimono, como ele pode caminhar no tatame, sufocar e pressionar os brasileiros”.

Com o trabalho da estratégia, os brasileiros chegarão aos Jogos Olímpicos Rio 2016 conhecendo profundamente os adversários e minimizando as chances de eventuais surpresas. “Ao longo da competição, um adversário pode inovar, mas geralmente não acontece no alto rendimento. É difícil você sair do padrão que está acostumado. Gosto de usar como exemplo o futebol. O jogador está acostumado a chutar com a perna direita e é especialista em bola alta. Durante o jogo, ele não vai arriscar chutar com a perna esquerda, do lado de fora da área, com uma bola baixa”, encerra Mataruna.

Centro Panamericano de JudôCentro Panamericano de Judô

Breno Barros, de Lauro de Freitas (BA)
Ascom – Ministério do Esporte

Em Curitiba, tocha dá visibilidade a personagens com histórico de serviços humanitários

Foram 36 quilômetros divididos por 170 condutores, que percorreram avenidas largas, parques e cartões postais de Curitiba. E um dos traços mais significativos da passagem da caravana pela capital paranaense foi ressaltar o caráter humanitário e transcendente das trajetórias de alguns dos personagens responsáveis por levar o fogo olímpico.

Um dos primeiros condutores foi o enfermeiro Ricardo Laino, 41 anos, coordenador de programas de saúde do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no Brasil. Sediado em Genebra, o comitê foi criado para proteger e dar assistência às vítimas de conflitos armados e outras questões de violência. Laino ajudou a criar um protocolo para funcionários de saúde, para que consigam identificar uma situação de risco e se proteger antes que ela aconteça.

José de Arimateia, o Ari, é motorista no Centro Nacional de Excelência contra a Fome. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)José de Arimateia, o Ari, é motorista no Centro Nacional de Excelência contra a Fome. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)

O projeto-piloto foi implementado no Rio de Janeiro, entre 2009 e 2013. Diante dos resultados, se expandiu para outros estados. Segundo ele, desde 2003 existe uma parceria entre o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Comitê Olímpico Internacional, que permite o incentivo a esportes paralímpicos em alguns centros de reabilitação. "Somos regidos por princípios como humanidade, fraternidade e amizade. Trabalho humanitário é olhar para o ser humano e o Comitê Olímpico busca a união dos povos. São lógicas semelhantes", explicou.

Emocionado, ele conduziu a chama em frente ao Teatro Guaíra, instituição simbólica da cultura paranaense. Em frente ao ponto onde recebeu a tocha, a bailarina, professora e coreógrafa Débora de Lara instalou um palco para que suas alunas de dança fizessem uma demonstração prática da homenagem que criaram aos Jogos Rio 2016.

Desenvolvida no ano passado, a coreografia Olimpo faz uma viagem histórica pela trajetória do megaevento. "Começamos com a mitologia grega, chegamos à Era Moderna, passando pelo barão Pierre de Cobertin, até culminar na contemporaneidade. São coreografias inspiradas nos esportes, como nado sincronizado, esportes de tatames e modalidades com bola", afirmou.

O simbolismo da merenda
Em um parque localizado em outro extremo da cidade, mais um condutor dedicado ao serviço humanitário se preparava para cumprir a missão. José Arimateia da Silva, de 31 anos, foi criado no Gama, cidade do Distrito Federal, entre outros três irmãos numa família de recursos escassos, mas persistente nos estudos. Até por isso, a merenda escolar cumpria uma parte importante, protagonista em sua nutrição diária. Contratado como office boy, ele chegou a dar expediente de chinelo, por não ter outro calçado.

Ari, como é conhecido, se empenhou, investiu no trabalho e nos estudos, até surgir uma oportunidade para atuar como motorista do Centro Nacional de Excelência contra a Fome, ligado ao Programa Mundial de Alimentos, das Nações Unidas. "O destino veio se encaixando. Hoje, quando visito algumas cidades, vejo crianças passando pelas mesmas coisas pelas quais passei. E também estudando e tendo alimentação garantida".

Durante a espera por sua vez com a chama nas mãos, Ari foi cercado por crianças e fez questão de tirar fotos com todas. Durante a condução, um grupo de bombeiros executou uma coreografia sincronizada e cantou uma música em homenagem ao fogo. O ponto da cidade escolhido para sua participação foi uma alameda ecológica dentro do Parque Barigui.

Abdoulaye Kaba, refugiado da Guiné, recebe a tocha em Curitiba. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)Abdoulaye Kaba, refugiado da Guiné, recebe a tocha em Curitiba. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)O reinício de Abdoulaye Kaba

O verso da moeda da solidariedade exercida por Lainho e Ari se reflete em quem se beneficia de políticas com viés social. Um deles é o refugiado Abdoulaye Kaba. Ele tem 18 anos, nasceu e cresceu em Conacri, capital da República da Guiné, na África, e fugiu do país para escapar de uma tentativa de Golpe de Estado. Kaba ficou visado durante o processo porque seu pai era integrante da guarda pessoal do então presidente.

Ele conseguiu fugir para o Brasil há três anos e, aqui, é assistido pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur). Seu sonho era jogar futebol profissionalmente, e a nova vida lhe abriu um leque de oportunidades. Depois de passar pelas categorias de base do Botafogo, hoje ele é meio-campista da equipe sub 20 do São Gonçalo. "Esse momento é uma honra. Todo mundo quer levar a tocha e fui escolhido. Represento os imigrantes e refugiados do mundo com muito orgulho", afirmou.

Kaba é o terceiro refugiado a conduzir a tocha dos Jogos Rio 2016. Em Atenas, ela foi levada pelo sírio Ibrahim Al-Hussein. Logo após chegar em solo brasileiro, em Brasília, passou pelas mãos da menina Hanan Daqqah, também síria.

Segundo o porta-voz da Acnur, Luiz Fernando Godinho, foi estabelecida uma parceria entre as Nações Unidas e o Comitê organizador para dar visibilidade ao tema dos refugiados. Além dos condutores, haverá, pela primeira vez na história, uma equipe de refugiados que competirá em igualdade de condições com os demais atletas. Também há um time escalado para atuar como voluntário durante o evento. "A Olimpíada é um evento de alcance global, que celebra a paz e a convivência entre os povos. Uma parcela da crise de refugiados que vivemos se deve à falta de diálogo entre os países", afirma Godinho.

Campeão olímpico e um dos principais atletas da história do vôlei de praia, Emanuel acendeu a pira olímpica em Curitiba. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)Campeão olímpico e um dos principais atletas da história do vôlei de praia, Emanuel acendeu a pira olímpica em Curitiba. (Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME)

Super campeão
Para encerrar o ciclo curitibano em alto estilo, um astro das areias foi escalado: Emanuel Rego, ídolo do vôlei de praia, acendeu a pira olímpica. O atleta é considerado o jogador com mais títulos na história do vôlei brasileiro. Em cinco participações olímpicas, ele conquistou ouro, prata e bronze. São dez títulos de circuitos mundiais e 77 medalhas de ouro, 37 de prata e 41 bronzes em etapas do Circuito. Há três meses ele se aposentou, aos 42 anos. "Minha história como desportista é cheia de momentos marcantes, e essa noite é um deles. É um dos momentos que a gente para pra pensar o que é o esporte", destaca.

A chama olímpica segue no Paraná nesta sexta, passando por Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo e Ponta Grossa. No sábado, encerrará o tour pelo estado em Castro. Os destinos seguintes são as cidades de Itararé, Itapeva, Capão Bonito e Itapetininga, em São Paulo.

Revezamento Tocha - CuritibaRevezamento Tocha - Curitiba

Mariana Moreira, de Curitiba

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção de conjunto de ginástica rítmica é convocada para os Jogos Olímpicos

A seleção de conjunto de ginástica rítmica foi convocada para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O anúncio das cinco atletas foi feito pela técnica Camila Ferezin na quinta-feira (14.07), após uma série de avaliações e compromissos internacionais. A equipe esteve na Alemanha e na Rússia e voltou ao Brasil na terça-feira (12.07).

O grupo verde e amarelo contará com Emanuelle Lima, Francielly Machado, Gabrielle Moraes, Jéssica Maier e Morgana Gmach. Já as ginastas Beatriz Pomini e Dayane Amaral serão as reservas. Para Camila, essa geração de atletas, todas estreantes em Olimpíadas, estão trabalhando forte para surpreender.

Todas as convocadas são estreantes nos Jogos Olímpicos. (Foto: CBG/Divulgação)Todas as convocadas são estreantes nos Jogos Olímpicos. (Foto: CBG/Divulgação)

"Essas são as cinco melhores ginastas no momento, as mais bem preparadas fisicamente e tecnicamente. Confesso que foi uma decisão muito difícil, pois queria poder levar todas as nossas atletas. Cada uma delas tem sua história, suas conquistas e vitórias, porém são apenas cinco. Então, coloquei tudo na balança e confio nesse grupo. Realmente, essas são as melhores ginastas para representar bem o nosso país. O nosso objetivo é fazer o nosso melhor e mostrar todo o trabalho que fizemos até aqui. Queremos executar as séries sem falhas e sair feliz da quadra. O resto é consequência", destacou Camila.

A seleção de conjunto de ginástica rítmica segue a preparação no Centro Nacional de Treinamento de Aracaju (SE) até o dia 14 de agosto. As meninas entram na quadra da Arena Olímpica do Rio, na Barra da Tijuca, no dia 20. A primeira rotação, com as séries de fita, será das 10h às 11h10. Já a segunda, de arco e maças, das 12h40 às 13h50.

Agora, com a divulgação da seleção de conjunto, todas as equipes de ginástica estão definidas. Pela artística masculina, os convocados são Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior e Sérgio Sasaki. Caio Souza e Lucas Bitencourt são os reservas. Pelo feminino, as atletas são Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade. Carolyne Pedro está como reserva. No ano passado, Natália Gaudio, da rítmica individual, foi a melhor brasileira no Mundial e ficou com a vaga, mesmo caso de Rafael Andrade, do trampolim.

Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica de Conjunto

Emanuelle Lima
Nascimento: 3 de maio de 1996 (20 anos)
Local: Vitória (ES)
Peso: 52kg
Altura: 1,67m

Francielly Machado
Nascimento: 10 de novembro de 1995 (20 anos)
Local: Vila Velha (ES)
Peso: 48kg
Altura: 1,66m

Gabrielle Moraes
Nascimento: 4 de março de 1997 (19 anos)
Local: Cambé (PR)
Peso: 48kg
Altura: 1,65m

Jéssica Maier
Nascimento: 21 de agosto de 1994 (21 anos)
Local: Timbó (SC)
Peso: 51kg
Altura: 1,67m

Morgana Gmach
Data: 17 de junho de 1994 (22 anos)
Local: Toledo (PR)
Peso: 43kg
Altura: 1,59m

Programação até os Jogos Olímpicos

Copa do Mundo de Baku, no Azerbaijão: 22 a 24 de julho (embarque em 19 de julho)
Jogos Olímpicos: 19 a 21 de agosto

Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica (CBG)

Ascom - Ministério do Esporte

Ministérios do Esporte e da Defesa entregam instalações do Cefan

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o secretário Nacional de Alto Rendimento, Luiz Lima, além do almirante de Esquadra Comandante Geral de Fuzileiros Navais, Fernando Antonio de Siqueira Ribeiro, e o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, almirante Paulo Zuccaro, inauguram nesta sexta-feira (15.7), a partir das 14 horas, as instalações oficiais de treinamento da Marinha, localizadas no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), na Penha, Rio de Janeiro.

No mesmo dia a unidade será entregue ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foram investidos recursos da ordem de R$ 19 milhões no complexo que será utilizada por delegações estrangeiras como sede de treinamento para os Jogos Olímpicos Rio 2016 das modalidades de futebol, polo aquático e vôlei.

As intervenções realizadas para os Jogos, com recursos do Ministério do Esporte, incluíram a construção de dois campos de futebol e prédio de apoio, calçamento nas vias de acesso, acessibilidade, e reformas no tanque de saltos, nos vestiários, na piscina e no ginásio com quadra de vôlei climatizado.

Ainda nesta sexta-feira serão entregues 90 embarcações adquiridas pela Marinha, com recursos disponibilizados pelo Ministério do Esporte, para utilização no apoio a realização das provas aquáticas dos Jogos Olímpicos (vela, remo, canoagem, triatlo e maratona aquática). Após a participação nos Jogos, as embarcações retornarão à Marinha, como legado para a segurança e na preservação da soberania brasileira no mar.

Serviço:
Inauguração e entrega do CEFAN ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016
Quando: sexta-feira (15/07)
Horário: 14h
Local: Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes - CEFAN - Av. Brasil, 10.590 - Penha - Rio de Janeiro
  Informações: (21) 2101-0894
Credenciamento para imprensa: a partir das 13h

Confirmação pelo e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Ascom - Ministério do Esporte

No Centro Pan-Americano, Seleção recebe quimono oficial e entra no clima dos Jogos

Foram quatro anos de treinamentos, ippons, derrotas e vitórias até o momento simbólico desta quinta-feira (14.7). No tatame central do Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas, na Bahia, os 14 judocas da Seleção Brasileira que disputará os Jogos Olímpicos Rio 2016 formaram duas filas – uma de frente para outra – para receber o quimono oficial que será utilizado no Rio de Janeiro, em agosto.

Feitos a mão e sob medida, o quimono conta com etiquetas personalizadas com o nome do atleta e a bandeira nacional no peito. “É emocionante receber esse quimono. É uma parte da minha história que está sendo construída até chegar à medalha olímpica, que é o meu sonho. Ter o quimono olímpico em mãos é uma motivação a mais, pois será a minha armadura para fazer bonito”, expressou Rafael Buzacarini (100kg), que ao receber o uniforme arriscou uma sambadinha em comemoração.

A entrega dos quimonos marcou o início oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para os judocas, como explica o presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley. “É um momento simbólico. Ao entregar o quimono, que é a veste deles para as lutas, estamos simbolicamente saindo de cena e eles estão assumindo o protagonismo olímpico mais do que nunca”.

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o secretario Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Rogério Sampaio, campeão olímpico de judô nos Jogos de Barcelona 1992, participaram da cerimônia no Centro Pan-Americano de Judô. Picciani aproveitou para conhecer a instalação e incentivar os judocas brasileiros.

“Em nome do governo brasileiro, estou aqui para parabenizar vocês. É um orgulho ter vocês representando o nosso país nos Jogos Olímpicos. Queria agradecer a cada um pelo esforço e desejar muito sucesso nas Olimpíadas. Vivemos um momento em que precisamos de bons exemplos de superação, de determinação e de compromisso. Cada um de vocês representa bem isso”, disse o ministro.

Picciani aproveitou para reafirmar o compromisso de manter os investimentos para o desenvolvimento do esporte nacional. “Queremos manter os compromissos e programas como algo perene. Nós vamos encerrar este ciclo olímpico e iniciar com força total a preparação para o próximo, para os Jogos de Tóquio, que para o judô tem um significado muito importante”, ressaltou.

Centro Panamericano de JudôCentro Panamericano de JudôÚltimo treinamento

Esta é a última passagem da Seleção Brasileira masculina e feminina no Centro Pan-Americano de Judô antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Em Lauro de Freitas, cada um dos 14 judocas do time olímpico conta com quatro atletas de apoio, que têm a função de “representar” os diferentes perfis de adversários que os brasileiros irão enfrentar no tatame olímpico.

Nesta fase final, o olhar dos técnicos está voltado exclusivamente para os atletas, de modo a corrigir possíveis erros. Os atletas de apoio são representantes da base, das Seleções sub-23 e da categoria sênior. O medalhista olímpico Felipe Kitadai, bronze em Londres 2012, e a campeã mundial de 2013 Rafaela Silva sabem bem como funciona esse sistema, já que foram apoios durante a fase de preparação para os Jogos de Pequim 2008. Em Londres 2012, Alex Pombo participou da fase de treinamento com os judocas que representaram o país na edição dos Jogos na Inglaterra.

Outro diferencial do treinamento na Bahia é o trabalho de estratégia, que está auxiliando os treinadores. “Nessa preparação no ciclo olímpicos foram cumpridas todas as metas previstas em relação à preparação e a oferecer tudo o que é necessário para a nossa seleção estar bem. Eles têm consciência disso. Esse treinamento é um até logo para a nossa casa. Depois, eles seguem para a cidade olímpica para a concentração”, finalizou o presidente da CBJ.

Casa do Judô

Inaugurado em 2014, o CPJ é o maior centro de treinamento de judô das Américas e um dos maiores do mundo na modalidade. Integrante da Rede Nacional de Treinamento, que está sendo estruturada em todo o país pelo governo federal, a estrutura contou com investimento de R$ 43,2 milhões: R$ 19,8 milhões da União; R$ 18,3 milhões do Estado da Bahia, e R$ 5,1 milhões da Confederação Brasileira de Judô (projeto executivo e compra de materiais e mobiliário).

O Centro conta com ginásio climatizado para treinamentos e competições, alojamentos, auditório, academia, restaurante, piscina, salas de apoio e arquibancada para 1.900 lugares. Além disso, a Confederação contará com apoio do Ministério do Esporte para contratação das equipes técnicas e compra de outros equipamentos esportivos e mobiliário.

Breno Barros, de Lauro de Freitas

Ascom - Ministério do Esporte

Ministro Picciani acompanha último treino da seleção brasileira olímpica de judô no CPJ

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, acompanhará nesta quinta-feira (14.07), às 11h, os treinos dos 14 judocas convocados para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A preparação acontece, desde o último dia 12, no Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA). A instalação faz parte da Rede Nacional de Treinamento que está sendo constituída no país inteiro.

Todos os judocas convocados para os Jogos são atletas militares e patrocinados pelo Governo Federal, por meio do programa Bolsa Atleta, num investimento anual de R$ $ 1,9 milhão ao ano.

Serviço:
Ministro acompanha último treino da seleção olímpica de judô
Data: quinta-feira (14.07)
Horário: 11h
Local: Centro Pan-Americano de Judô - R. A, 1764 - Praia de Ipitanga, Lauro de Freitas - BA, 42700-000

Ascom – Ministério do Esporte
Contato: Paulo Rossi – (61) 99672-1036

Portaria 236, publicada no DOU, contribui para o legado dos Jogos Rio 2016

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (13.7), a portaria n° 236, de 12 de julho de 2016, que representa mais um passo no processo referente ao legado dos Jogos Rio 2016.
 
A portaria 236 trata dos deveres do Ministério do Esporte sobre a legislação da Lei 12.780 e disciplina as responsabilidades do Ministério do Esporte no que diz respeito à suspensão fiscal e à isenção fiscal dos equipamentos que foram comprados pelo Comitê Rio 2016 para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil.
 
A legislação determina a aquisição de equipamentos com a suspensão tributária federal, ou seja, sem a necessidade de pagamentos dos impostos de importação. Após os Jogos Rio 2016, o Comitê Rio 2016 tem a opção de devolver os equipamentos para o fornecedor de origem sem o pagamento dos relativos tributos ou realizar uma doação para um ente público ou privado. A segunda opção representa um dos grandes legados para o esporte nacional deixado pelo megaevento.
 
Caso a doação seja para um entre público – escolas, universidades, Forças Armadas e outros – da união, estados ou municípios, os equipamentos continuam cobertos pela isenção fiscal. Entretanto, caso a doação seja feita a um ente privado – confederações, clubes ou outras entidades esportivas, por exemplo –, o Ministério do Esporte tem que certificar a entidade e validar o projeto de uso dos equipamentos que foram recebidos via doação.
 
Em posse do certificado de validação do projeto feito pelo Ministério do Esporte, o Comitê Rio 2016 encaminha a documentação à Receita Federal para que os equipamentos possam ser doado mantendo-se a isenção fiscal.
 
Todo essa questão tributária está prevista na Lei 12.780, de 9 de janeiro de 2013, que regulamenta as responsabilidades do Ministério do Esporte nesses casos. Ao Ministério do Esporte cabe a regulamentação e a análise dos processos visando à isenção fiscal. Vale ressaltar que o Ministério do Esporte não entra no mérito da governança do processo, que é de responsabilidade do Comitê Rio 2016.
 
“Historicamente, nós, no Brasil, temos uma defasagem de instalações e equipamentos em relação às principais potências esportivas do mundo”, destaca Guilherme Raso, diretor de Esporte de Base e Alto Rendimento do Ministério do Esporte. “O que esse processo permite é que, após os Jogos Rio 2016, todo esse equipamento esportivo, que é de primeiríssima linha, possa permanecer no país e ser usado por nossos atletas”, continua.
 

Três mil itens

 
Para os Jogos Rio 2016, aproximadamente três mil itens de equipamentos esportivos tiveram que ser adquiridos. Do total, a aquisição de cerca de 2.800 itens ficaram sob a responsabilidade do Comitê Rio 2016 e outros 216 itens ficaram a cargo do Ministério do Esporte.
 
É importante destacar que um item não diz respeito à quantidade de material esportivo. Por exemplo, as milhares de bolinhas de tênis que serão usadas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 representam apenas um dos cerca de três mil itens do megaevento.
 
Após os Jogos Rio 2016, alguns desses itens adquiridos pelo Ministério do Esporte ficarão como legado para a Marinha, Exército e Aeronáutica e outros itens devem ser encaminhados, preferencialmente, para as respectivas entidades responsáveis pelas modalidades esportivas.
 
Nesse sentido, outras portarias serão publicadas no Diário Oficial da União tratando desse processo. Além disso, uma portaria também deverá ser publicada sobre a regulamentação da Rede Nacional de Treinamento.
 
“Existe uma legislação que criou a Rede Nacional de Treinamento (Lei 12.395) e agora ela está sendo regulamentada. Isso se faz através de uma portaria que preconiza um funcionamento lógico das atividades esportivas brasileiras, com a coordenação do Ministério do Esporte e a colaboração do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), para otimizar os recursos da infraestrutura, humanos e de equipamentos para o desenvolvimento do esporte nacional com vistas à consolidação do país como potência esportiva”, afirma Guilherme Raso.
 
brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Perto das Olimpíadas, técnico da seleção masculina pede intensidade em treinos e avisa: “hora de trabalhar”

Falta pouco para os Jogos Olímpicos, mas Jean-René Mounie, técnico da seleção brasileira masculina de tênis de mesa, avisa que o momento é de trabalhar ainda mais forte em busca dos resultados positivos. O treinador francês ressaltou que qualquer tempo de convívio entre comissão técnica e atletas deve ser aproveitado da melhor forma possível pelas duas partes e revelou um pouco do planejamento para os trabalhos no Rio de Janeiro e em São Paulo.
 
A seleção ficará na cidade maravilhosa até o próximo dia 17, depois segue para São Caetano do Sul no dia 20 para complementar os trabalhos.
 
Hugo Calderano e o técnico da seleção brasileira masculina(Foto: Divulgação/ITTF)Hugo Calderano e o técnico da seleção brasileira masculina(Foto: Divulgação/ITTF)
 
“Estamos perto dos Jogos Olímpicos, mas temos quase um mês para trabalhar. O mais importante é a intensidade de cada treino. Temos de colocar bastante intensidade porque agora é o momento certo de trabalhar. O trabalho, neste momento, é bastante coletivo, mas também com foco no individual para podermos trabalhar a qualidade de cada um”, afirma.
 
A equipe chega para o período de treinamento pré Jogos Olímpicos embalada após bons resultados em grandes competições ao redor do mundo - além da vitória no Desafio Internacional Brasil x Lendas Olímpicas, vencido pela equipe masculina, no último domingo (10).
 
“Primeiramente nos reunimos para um período de competição, no Japão e Coréia, que acabamos de um jeito muito bom e, depois de descansar, agora, temos dois períodos de treinos, no Rio e em São Paulo. No Rio, vamos poder trabalhar muito forte, com muita intensidade, pois teremos tempo para recuperar. Na segunda parte, em São Paulo, terá mais qualidade e menos intensidade”, disse.
 
No Aberto do Japão, que aconteceu em meados de junho, a dupla formada por Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi chegou às semifinais, sendo derrotada pela dupla Chuang Chih-Yuan (7º colocado no ranking mundial) e Huan Sheng-Sheng (122º), além da vitória de Tsuboi, no individual, sobre Koki Niwa (18º). Já no Aberto da Coréia, no fim do mês passado, Cazuo Matsumoto brilhou ao bater dois adversários que estavam no Top 20 - o mesmo Koki Niwa (18º) e Andrej Gacina (20º).
 
A equipe masculina pode ter ainda um trunfo para a disputa dos Jogos Olímpicos. Recentemente, Hugo e Tsuboi tiveram uma experiência que poucos conseguem: treinar com a seleção sul-coreana. Para Jean-René, o período de atividades ao lado dos asiáticos foi bastante proveitoso e pode fazer a diferença.
 
“Tivemos a oportunidade de treinar com a seleção coreana, isso é fantástico porque nos últimos três anos eles não aceitaram nenhum estrangeiro. É algo pouco usado esse contato, mas eles nos apoiaram bastante. Esse centro de treinamento é bem fechado e eles aceitaram os brasileiros, o que é fantástico. A meta foi dupla, primeiramente, Calderano estava vindo da Guatemala. Então, teve de se adaptar após viagem longa e também porque o nível dos jogadores lá é muito alto. A intensidade com que treinaram”, disse o comandante da seleção brasileira, que ainda completou:
 
“Também foi muito interessante para Tsuboi porque ele conseguiu brigar para ter o ritmo muito alto, e para o Hugo porque ele descobriu um jeito de treinar e entender várias coisas que vão somar no futuro”.
 
Fonte: CBTM
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Vadão convoca a seleção brasileira feminina de futebol para o Rio 2016

O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, divulgou nesta terça-feira (12.07) a lista com as 18 convocadas e as quatro reservas da seleção brasileira feminina de futebol. A equipe contará com nomes experientes na busca pelo ouro inédito, como as meias Marta e Formiga e a atacante Cristiane.
 
“Temos essas atletas experientes, mas temos também várias atletas jovens. As mais experientes, sobretudo a Formiga, com toda a experiência de Olimpíada, de seleção, vai nos ajudar muito com as jogadoras jovens, as que não tiveram ainda a experiência de Olimpíada”, disse o treinador, que também comentou os critérios para a definição da lista:
 
“O critério foi técnico, físico e também pelo momento que cada uma vive agora. O trabalho foi de filtragem, analisando quem, no momento, está em melhores condições”, justificou.
 
Marta será mais uma vez a camisa 10 da seleção nos Jogos Olímpicos. (Foto: Divulgação/CBF)Marta será mais uma vez a camisa 10 da seleção nos Jogos Olímpicos. (Foto: Divulgação/CBF)

Confira a lista completa:

 
Goleiras
Bárbara – CBF
Aline - CBF
 
Zagueiras
Mônica - Orlando Pride (Estados Unidos)
Rafaelle - Changchdalian Quanjian (China)
Bruna Benites – CBF
Érika – PSG (França)
 
Laterais
Fabiana - Dalian Quanjian (China)
Poliana - Houston Dash (Estados Unidos)
Tamires - Fortuna Hjorring (Dinamarca)
 
Meias
Formiga – CBF
Thaisa – CBF
Andressinha - Houston Dash (Estados Unidos)
Marta - FC Rosengard (Suécia)
 
Atacantes
Debinha - Dalian Quanjian (China)
Cristiane – PSG (França)
Andressa Alves – Barcelona (Espanha) 
Bia Zaneratto - Hyundai Steel Red Angels (Coreia do Sul)
Raquel – Changchun Club (China)
 
Reservas
Luciana – CBF - goleira
Camila - CBF - lateral
Darlene - Changchdalian Quanjian (China) - atacante
Thaís Guedes – Steel Red Angels (Coisa do Sul) – atacante
 

Seleção permanente

A seleção permanente, formada em janeiro de 2015 e custeada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi um investimento fundamental neste ciclo, destacou o técnico, tanto para manter o nível de competitividade das atletas, quanto para diminuir a "martadependência".
 
"Sempre dissemos que queríamos uma estrutura tática e física no ponto em que a Marta não fosse a responsável pela medalha, mas que fosse privilegiada pelo entrosamento das jogadoras, para a bola chegar com mais frequência para ela fazer o que sabe de melhor, que é decidir. Todo esse trabalho, todo esse tempo foi dedicado para deixar a Marta numa situação mais confortável", explicou Vadão, em referência à jogadora eleita cinco vezes a melhor do mundo.
 
Coordenador da seleção feminina, Marco Aurélio Cunha ressaltou que a seleção permanente também foi crucial para que as brasileiras fossem mais vistas pelo futebol internacional.  "Quando a seleção permanente foi idealizada, havia somente duas ou três jogando fora. Embora talentosas, faltava competitividade. Com a seleção, passamos a ser competitivos. Jogamos contra a França, Estados Unidos, contra várias grandes equipes em alto nível, e isso despertou o interesse. Passamos a ter 16 jogadoras no exterior, ampliamos o mercado, valorizamos essas atletas. Elas foram contratadas após o ouro no Pan de Toronto e estiveram presentes em todas as datas-FIFA. Sem a seleção permanente, elas não teriam sido vistas".
 

Planejamento

A seleção disputou dois amistosos no Canadá no começo de junho, contra as donas da casa, tendo vencido a primeira partida e perdido a segunda. No dia 13 do mês passado, a seleção permanente se reapresentou no Centro de Treinamento de Itu (SP), onde vem se preparando para a Olimpíada. Das 22 atletas (incluindo as reservas), faltam três jogadoras para se apresentar: Bia e Thais Guedes, que jogam na Coreia do Sul, e Marta, que atua na Suécia.
 
"A Marta deve chegar no dia 15. As outras, na pior das hipóteses, chegam para o amistoso em Fortaleza. A maior resistência é com a Bia, que teve uma contusão e eles estão segurando um pouco mais", explicou Vadão.
 
As quatro reservas, informou o técnico, vão treinar junto com as 18 convocadas, e estarão próximas também durante as competições. "Diferentemente do futebol masculino, nossas atletas são da seleção permanente, não tem um clube para ficar em treinamento. Essas quatro atletas reservas seguirão para Fortaleza para o amistoso e continuarão treinando como se não fossem suplentes. Elas estarão próximas, adaptadas ao trabalho".
 
Antes da estreia olímpica, o Brasil enfrenta a Austrália em amistoso marcado para 23 de julho, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE), às 16h, quando as 22 atletas já estarão reunidas. No dia seguinte, a equipe já viaja para o Rio e já fica na Vila dos Atletas. O primeiro confronto nos Jogos Rio 2016 será contra a China, às 16h do dia 3 de agosto, no Engenhão, no Rio de Janeiro. Na sequência, a equipe enfrentará a Suécia às 22h do dia 6 de agosto, no mesmo Engenhão e, encerrando a primeira fase, jogará contra a África do Sul, em 9 de agosto, na Arena da Amazônia, em Manaus, às 21h.
 
A partida do dia 3 de agosto, dois dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, será também a estreia do Brasil no megaevento. Os olhos do país estarão voltados apenas para as meninas em campo, o que significa, ao mesmo tempo, pressão e oportunidade.
 
“Precisamos ter aquele grau de ansiedade, porque nos deixa alertas, atentos, mas não podemos passar do ponto. E tem o lado positivo, talvez o país todo vai ter a oportunidade de um contato com o futebol feminino. Vamos fazer de tudo pra estrear muito bem e que seja um alerta para o futuro. Precisamos dessa pressão, pra que não fiquemos confortáveis, na sombra do masculino. O futebol feminino tem que se sentir pressionado e canalizar bem esse tipo de pressão", afirmou Vadão.
 

Formato e história do torneio

No torneio feminino, as 12 seleções estão em três chaves. Avançam para os jogos eliminatórios das quartas de final as duas melhores de cada grupo e as duas melhores entre as terceiras colocadas. A decisão do ouro será às 17h30 do dia 19 de agosto, no Maracanã.
 
O futebol feminino entrou no programa olímpico em 1996 e não tem limite de idade. Formiga é a única jogadora que participou dos cinco torneios, de Atlanta 1996 até Londres 2012 e acaba de ser convocada para a sexta Olimpíada. O Brasil tem duas pratas, em Atenas 2004 e Pequim 2008, tendo perdido para os Estados Unidos nas duas ocasiões.
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Ministério da Defesa terá aporte de R$ 78 milhões para segurança nos Jogos

Ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Esporte, Leonardo Picciani, durante reunião de coordenação. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Esporte, Leonardo Picciani, durante reunião de coordenação. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 
Após reunião ministerial para avaliar e acompanhar as ações voltadas aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, afirmou que o Ministério da Defesa solicitou uma verba de R$ 78 milhões para ser aplicada na segurança do evento, valor que será liberado pelo governo federal por meio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
 
“O Ministério da Defesa assumiu não só a tarefa de Defesa, como parte da tarefa de policiamento ostensivo para os Jogos, nas vias, próximo a equipamentos olímpicos, e também no patrulhamento marítimo. Evidentemente, isso requer recursos e por isso foi feita uma solicitação de espaço orçamentário junto ao Ministério do Planejamento para fazer frente a esses compromissos, mas é algo absolutamente dentro do previsto, então não haverá problema. Esse valor necessário para que a Defesa cumpra sua tarefa estará disponível”, disse Picciani nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília.
 
A informação foi corroborada pelo ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira: "Temos que liberar, porque é necessário para a organização das tropas, para a logística das tropas", resumiu.
 
O ministro do Esporte também afirmou que toda a operação do governo federal para o grande evento estará em funcionamento completo a partir do dia 24 deste mês. “A operação de segurança já se iniciou no último dia 5 com a Força Nacional assumindo o policiamento das áreas e dos equipamentos esportivos e vai a cada dia se ampliando até chegarmos no dia 24 de julho com a operação completa do governo federal em funcionamento”, explicou.

Reuniões semanais

Formado por nove ministérios de áreas ligadas à organização dos Jogos Olímpicos, o grupo de coordenação das Olimpíadas se reunirá até o início dos Jogos, semanalmente, às terças, para fazer um acompanhamento das ações. Na reunião desta terça (12.07), também estiveram presentes Eliseu Padilha, da Casa Civil, Maurício Quintella, de Transportes, Portos e Aviação Civil, Alberto Alves, do Turismo, e Fernando Coelho, de Minas e Energia, além de representantes de órgãos da segurança, como Andrei Rodrigues, da Secretaria de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça.
 
“A maioria das ações que eram necessárias para as Olimpíadas já foi concluída e agora estamos na fase de ajustes finais. Foi justamente acerca desses ajustes que fizemos essa reunião hoje. É uma reunião de controle, de checagem das operações. Os ministérios trabalham integrados e em convergência”, disse Picciani.
 
O ministro do Esporte acrescentou que a integração entre órgãos governamentais também se estende à relação entre governo federal e prefeitura do Rio de Janeiro. “A nossa ação é absolutamente integrada, não há divergências. Trabalhamos em conjunto para a solução dos problemas. Eu diria que já estamos na fase final, com pequenos ajustes normais e previstos para esse período da organização dos Jogos”, encerrou.  
 
Mateus Baeta - Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Brasil garante uma final e seis medalhas de bronze no primeiro dia da Gymnasíade 2016

Foto: Érica Assano/ MEFoto: Érica Assano/ ME

No primeiro dia de competições do maior e mais importante evento esportivo escolar mundial, que esse ano acontece entre os dias 11 e 18 de julho, na cidade de Trabzon, na Turquia, o Brasil garantiu uma vaga na final, com pelo menos uma medalha de prata para o país, e seis medalhas de bronze, todas no caratê.

O evento, reúne milhares de atletas escolares e propicia aos jovens experiências de integração e diversidade cultural. Robert Marques foi o primeiro a garantir uma medalha para o Brasil. "Estar aqui é uma experiência única e estou aproveitando e dando o meu máximo por minha equipe. Estou muito feliz com o resultado. O mais legal é poder estar aqui", celebra o atleta.

Secretário Leandro Fróes (esq.) ao lado do técnico Júnior Santos. (Foto: Érica Asano/ME)Secretário Leandro Fróes (esq.) ao lado do técnico Júnior Santos. (Foto: Érica Asano/ME)Para o secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, o primeiro dia do evento foi muito vitorioso para o Brasil. “A delegação brasileira de caratê se destacou e amanhã vamos para as finais com um brasileiro. Acredito que será uma grande participação do país na Gymnasíade 2016. Não só com a conquista de medalhas, mas com alegria, solidariedade e integração cultural e esportiva”.

Para o coordenador da equipe de caratê masculino, Júnior Santos, o apoio da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) e do Ministério do Esporte é fundamental para propiciar aos jovens essa oportunidade de aprendizado. "Quero agradecer ao Ministério do Esporte e à Confederação Brasileira de Desporto Escolar por esse evento maravilhoso, bem organizado. É bom que a gente possa aprender sobre novas culturas. Além de poder ensinar às crianças a importância de perder e ganhar, que lá na frente esse aprendizado será a grande vitória".

O Brasil é representado por uma delegação de quase 230 alunos-atletas das redes públicas e privadas de educação, entre 14 e 17 anos. Jovens de 40 países vão competir na 16ª Gymnasíade em 11 modalidades: atletismo, ginástica aeróbica e rítmica, judô, caratê, natação e xadrez, além de esgrima, luta livre, tiro com arco e tênis, que foram incluídas no calendário da competição neste ano.

Érica Asano, da Turquia

Ascom - Ministério do Esporte

Marcus Vinicius Freire: “queremos saltar para o décimo lugar, com 25, 26 ou 27 medalhas”

A primeira final olímpica que Marcus Vinicius Freire, de 53 anos, disputou foi em Los Angeles, em 1984. Ao lado de Renan, Montanaro, William, Bernard e companhia, ele trouxe para casa uma medalha de prata e levou o voleibol brasileiro ao pódio pela primeira vez. Agora, o gaúcho de Bento Gonçalves viverá a expectativa de uma final a cada um dos 17 dias dos Jogos Rio 2016. Diretor-executivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinicius responde pela preparação das 42 seleções brasileiras que disputarão todas as modalidades do torneio - fato inédito em Jogos Olímpicos.
 
Pouco antes de participar do revezamento da tocha e conduzir a chama olímpica em Bento Goncalves (RS), no último sábado, o dirigente conversou com o brasil2016.gov.br e falou sobre os preparativos para os primeiros Jogos Olímpicos realizados na América do Sul, as reais chances de medalhas do Brasil e a expectativa que envolve o país até 5 de agosto, data da abertura das competições no Rio de Janeiro. Confira os principais pontos da entrevista:
 
 

Qual a atual situação da delegação brasileira que vai disputar dos Jogos?

 
O Brasil nesse momento tem 460 atletas classificados para os Jogos. É o maior número da nossa história. Levamos para Londres 259 atletas. Pela primeira vez, o país vai estar em todas as modalidades. Estaremos representados nas 42 modalidades. Então a torcida pode ficar ligada e acompanhar todos os esportes, que vai ter brasileiro lá.
 

Como foi possível chegar a essa marca?

 
Nós traçamos um mapa estratégico do esporte, em conjunto com os ministérios do Esporte e da Defesa, com os clubes e confederações, para fazermos esse salto de qualidade. Lembrando que o Brasil, em Londres, conquistou 17 medalhas e ficou na 16ª posição. Nós queremos saltar para o décimo lugar, algo em torno de 25, 26, 27 medalhas. É quase o dobro de medalhas de quatro anos atrás e, por isso, um plano duro, difícil de ser executado, mas feito passo a passo, em conjunto com todos esses agentes. Estamos dormindo tranquilos, porque a preparação foi a melhor da história brasileira, no que tange financiamento, treinador estrangeiro, experiência dos atletas, Bolsa Pódio, Plano Brasil Medalhas. Foi a melhor preparação possível.
 

Vai ser possível alcançar o top 10?

 
Não é fácil, mas é possível. Hoje, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem mais de 20 atletas olímpicos trabalhando. Já ganhamos muitos jogos que achávamos que iríamos ganhar, também já perdemos muitas disputas que esperávamos ganhar. Minha geração é um exemplo disso. Ganhamos de 3 sets a 0 dos Estados Unidos durante a Olimpíada, e perdemos a final para eles, também por 3 sets a 0. Em vez de ouro, viramos prata. Mas faz parte. Acreditamos na nossa delegação, a maior da história, em todos os esportes. Em 21 de agosto quero conversar de novo com você e, se Deus quiser, com o Brasil na décima posição do quadro de medalhas.
 

Como o senhor fez essa transição entre ser atleta e executivo do esporte?

 
Minha vida é meio estranha para um atleta olímpico. Nasci em Bento Gonçalves, filho de um militar. Ia ser militar, como meu pai, desde o começo da ideia. Estudei em colégio militar a vida inteira, até ser convocado para a seleção brasileira infanto-juvenil de vôlei, com 13 para 14 anos. Ali, mudei minha história, fui jogar vôlei de forma amadora, estudei Engenharia, depois me formei em Economia, sendo jogador profissional. A volta para o mercado não foi fácil, mas o estudo foi o que me baseou. Fiquei 16 anos como jogador profissional, atuei na Europa muito tempo. Depois tive 16 anos como executivo do mercado financeiro, em bancos e seguradoras, e agora consegui essa mistura dos dois. Fui dez anos voluntário no COB e, há sete, sou o diretor-executivo e cuido da preparação das 42 seleções brasileiras.
 

Em que o atleta Marcus Vinicius ajudou o dirigente?

 
Em tudo. Os parâmetros e valores do esporte eu levei para o escritório, como executivo, e a experiência somada de 15 anos jogando pelo mundo afora me tornaram um executivo melhor. Mas é preciso saber trabalhar em equipe. Joguei a vida inteira num time de 12, hoje jogo num time de 200 milhões, que é o Time Brasil.
 
(Foto: Ivo Lima/ME)(Foto: Ivo Lima/ME)
 

O que o senhor acha da nacionalização dos jogos?

 
É espetacular, é o jeito de mostrar que os jogos são do Brasil. Participei da campanha inteira, até a vitória de 2009. A partir dali, comecei a cuidar só dos atletas. Mas na campanha tínhamos essa bandeira que os jogos tinham que ser do Brasil, e não só do Rio de Janeiro. Moro no Rio há muito tempo, mas acho que o Brasil inteiro merecia. A passagem da tocha confirma isso e traz um pouquinho dos Jogos para todos os brasileiros. Por isso escolhi conduzir a tocha na minha cidade. Às vésperas dos Jogos, muita gente me perguntou: "por que não correr no Rio? Muito mais fácil". Eu respondo que escolhi onde nasci, porque tem muito mais representatividade do que onde vai ter um monte de gente correndo.

 

Estamos cumprindo a missão de fazer o maior revezamento da história? Que imagem do Brasil estamos passando para o mundo?

 
Ser o maior, para mim, não faz diferença. Mas o mais alegre, o mais festivo, o mais comemorado, o mais brasileiro. Essa é a nossa cara e a cara dos nossos Jogos. As pessoas me perguntam: os Jogos no Brasil vão ser iguais aos de Pequim, de Atenas, de Sidney ou de Londres? Não vai ser igual a nenhum deles, vai ser a cara do Brasil. Por isso, essa passagem da tocha é a mais linda, porque é brasileira.
 

Quem terá a honra de ser o último condutor da tocha olímpica?

 
Isso é o Rio 2016 quem decide. Já tenho duas missões até a semana que vem: decidir quem será o porta- bandeira e os três atletas e o treinador que farão o juramento. Deixa só essas tarefas comigo. O resto, o Rio 2016 decide (risos).
 
Mariana Moreira
Ascom – Ministério do Esporte 
 

“Meu sonho é ver as crianças tendo oportunidade de iniciar no esporte”, diz secretário Luiz Lima

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Durante palestra aos funcionários do Ministério do Esporte, nesta terça-feira (12.07), em Brasília, o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Luiz Lima, compartilhou a visão e valores que o esporte o ensinou durante a sua trajetória na natação. “A minha formação é em alto rendimento, mas a minha paixão é a promoção de qualidade de vida. Trago para o ministério a visão de professor de educação física, de ex-atleta olímpico e de uma pessoa que trabalha com esporte”, disse.
 
Luiz Lima dividiu com os funcionários a sua trajetória no esporte – quando iniciou na natação aos 5 anos no bairro de Campo Grande no Rio de Janeiro –, o que aprendeu na carreira e o planejamento quando deixou de ser atleta.  
 
“A minha vida sempre foi construída com base em sonhos. Aos 15 anos fui campeão adulto brasileiro, com 16 já estava na minha primeira seleção. Aos 18 anos eu estava na primeira olimpíada e aos 22 anos competi na segunda da carreira”, recordou Luiz Lima.   
 
Segundo o ex-atleta, quando um repórter perguntou qual era o seu sonho como secretário ele respondeu: “O meu sonho é que toda criança no Brasil tenha a mesma chance que tive ao iniciar na prática esportiva. Não diria que é impossível realizar o sonho, mas se atendermos um percentual de crianças já vai ser muito válido o nosso trabalho. Assim, a gente aqui no Ministério do Esporte pode ajudar”, contou.    
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
“Se você tem só o conhecimento e não tem alegria, motivação e liderança você não vai para frente. Não podemos esquecer que trabalhar com esporte é alegria, motivação, liderança e finaliza com conhecimento”, completou o secretário.  
 
 
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 
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