Confira artigo do ministro Aldo Rebelo publicado no site Huffington Post (2)

Última atualização em Terça, 23 Julho 2013 11:30
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Artigo do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, no site internacional Huffington Post.

A caminho da Copa de 2014

O Brasil acaba de concluir a primeira etapa da série de megaeventos programados para o país. A Copa das Confederações, recém-realizada, foi a preliminar da Copa do Mundo de 2014 e abriu o ciclo a se fechar com os Jogos Olímpicos de Verão no Rio de Janeiro em 2016. Além da taça no campo, vencendo a campeã mundial Espanha, ganhamos projeção internacional como nação democrática (pois as ruas eram tomadas de manifestações), capaz de superar obstáculos e merecedora do legado extraordinário que os grandes torneios esportivos vão deixar para a população.  

Empreender uma operação da magnitude da Copa das Confederações era um desafio  a ser enfrentado com determinação e responsabilidade. Seis estádios tiveram que ser construídos ou amplamente reformados, numerosas obras de mobilidade urbana saíram do papel, inovações nas áreas de telecomunicações e segurança foram materializadas em tempo recorde. E tudo foi feito driblando um pessimismo impenitente que contagiou pessoas de boa-fé mas foi sobretudo incentivado por facções político-partidárias que torciam por um fracasso geral a ser debitado na conta do governo.

O Ministério do Esporte, o Comitê Organizador Local e a Fifa não esconderam nem tentaram maquiar as dificuldades reais, por inerentes à complexidade e gigantismo do  empreendimento, mas salta aos olhos que muitos incidentes foram dramatizados. Em cada moderno e confortável estádio reinaugurado apontava-se um problema que nem de longe comprometia o todo, mas era exagerado como o fato mais importante a ser destacado - a exemplo do erro de inglês numa placa da magnifica arena da Fonte Nova, em Salvador, na Bahia.

Como previsto, a empreitada revelou nossas virtudes, mas também expôs as insuficiências. Nem tudo saiu perfeito, houve erros e atrasos, porém o caráter de teste do torneio serviu exatamente para aflorar problemas e apontar soluções. Até 2014, há muito o que fazer, inclusive concluir mais estádios, mas a marcha das obras e providências indica que o Brasil tem condições de realizar uma Copa do Mundo impecável e neste conceito completar em bom êxito o ciclo esportivo com as Olimpíadas de 2016.

Não menos importante, a Seleção brasileira de futebol, penta campeã do mundo, fez as pazes com uma torcida que é tradicionalmente desconfiada e exigente, não hesitando em apupar o escrete nacional quando não vence e até mesmo quando ganha sem jogar bonito. Em todas as partidas do Brasil, quando a banda de música tocava apenas a primeira parte do Hino Nacional, como é regra da Fifa, os torcedores de pé continuavam a cantar, e os jogadores os acompanhavam.

Foi uma demonstração vibrante de que o País do Futebol, que tem este esporte entranhado em sua formação social e o distingue como elemento da identidade nacional, está feliz em receber a Copa do Mundo, sobretudo por ampliar a possibilidade de, jogando em casa, o Brasil conquistar o hexacampeonato.

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte