Para superar limites - Esporte paraolímpico faz planos para Atenas 2004

Publicado em Quinta, 28 Fevereiro 2002 11:28

''Quem pode superar suas limitações, pode superar qualquer limite''. Cercados por esse ideal, os atletas paraolímpicos vêm conquistando um grande número de medalhas em torneios mundiais. Foram 77 só em olimpíadas. E começam a receber os frutos disso. A Lei Piva, que destina recursos das loterias ao esporte, reforçou também os cofres do Comitê Paraolímpico. E com a ajuda financeira, foi possível a criação de projetos de auxílio aos atletas, que serão apresentados, hoje, durante a assembléia geral, na sede do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), em Niterói. Segundo Vital Severino Neto, presidente do CPB, com os recursos foi possível começar a auxiliar alguns atletas que conquistaram medalhas. ''Os medalhistas de ouro estão ganhando R$ 3 mil, os de prata, R$ 1.800 e os de bronze, R$ 1.200, por mês'', contou Vital. No futuro, o Comitê pretende ajudar direta, ou indiretamente, os atletas e as associações que cuidam dos esportes e dos atletas paraolímpicos. ''Pretendemos organizar uma equipe permanente, que receberá uma bolsa de auxílio, cujo valor ainda está sendo definido''. Foi criado também o primeiro calendário do paradesporto - o Circuito Brasil Paraolímpico -, que servirá de peneira para a Paraolimpíada de Atenas em 2004. ''Para se manter em forma, o atleta que possui deficiência, assim como qualquer outro, tem que estar em atividade durante todo o ano'', ponderou Vital. O país possui, hoje, entre quatro e cinco mil portadores de deficiência participando de esportes organizados. Através do auxílio da Lei Piva, esses atletas anônimos também poderão ter maior apoio de suas associações. ''O esporte para o deficiente físico representa, acima de tudo, a sua reintegração na sociedade'', conclui Vital.
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