Pesquisa a serviço do atleta

Publicado em Sexta, 01 Janeiro 2016 16:06

Controle de dopagem

O legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 não vai ficar restrito aos espaços de treinos e competições. Reacreditado pela Agência Mundial Antidopagem (Wada, em inglês) em maio de 2015, o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) promete transformar o combate ao doping em um processo mais eficiente e menos dispendioso no país.

As obras do LBCD contaram com investimento de R$ 134 milhões do Governo Federal, sendo R$ 106 milhões do Ministério do Esporte e R$ 28 milhões do Ministério da Educação. Outros R$ 54 milhões foram destinados para a compra de equipamentos. Construído na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o local vem sendo utilizado para análise de amostras nos eventos-teste dos Jogos Rio 2016 e é considerado um marco no combate ao doping no continente.

Atualmente, apenas Brasil e Colômbia contam com laboratórios acreditados pela Wada na América do Sul. Além das instalações e dos equipamentos de última geração que integram o laboratório, outro legado que ficará para o país será justamente a experiência nos Jogos Rio 2016. Técnicos brasileiros vão conviver com a elite do controle de dopagem no período do evento e terão a oportunidade de adquirir conhecimento.

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Controle de Dopagem

Simulação de ambientes

O Laboratório de Performance em Ambiente Simulado (Lapas), do Centro de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), adquiriu uma câmara de simulação de condições climáticas e uma esteira de alta performance. A aquisição foi possível a partir da parceria com o Ministério do Esporte, que permitiu a liberação de R$ 1,2 milhão.

Com os equipamentos, o Lapas simula o ambiente que os atletas encontrarão em uma determinada competição, como forma de preparação e adaptação não só do corpo, como também para realizar teste de desempenho de trajes, medicamentos e materiais esportivos. Nesse ambiente, é possível controlar a temperatura (em condições que variam de -40ºC a 50ºC), a umidade (de 14% a 90%) e a presença de oxigênio de acordo com a altitude (podendo simular situações de até nove mil metros).

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Foto: Ivo Lima/ MEFoto: Ivo Lima/ ME

Avaliação física

O Laboratório de Pesquisa do Exercício (Lapex) e o Centro Integrado de Apoio ao Atleta (CIAA) atuam no estudo do movimento e no monitoramento, avaliação e recuperação física de atletas. No Lapex, o Ministério investiu R$ 1,5 milhão, para compra de novos equipamentos, manutenção e para o programa de bolsas. No CIAA, foram investidos R$ 388,6 mil.

O CIAA monitora o treinamento de forma individualizada, para avaliações e planejamentos da equipe multidisciplinar (profissionais de educação física, médicos, fisiologistas, biomecânicos, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas). O centro tem métodos de treinamento específicos para todos os biotipos de atletas, dos gigantes do basquete aos de estatura mais baixa, como os atletas da ginástica artística.