O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, recebeu, na tarde desta quarta-feira (11.07), representantes da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrarbio). Durante a reunião, foi debatida a oportunidade de se aproveitar a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 para ampliar o uso de biodiesel no transporte metropolitano e de bioquerosene em aviões que atenderão às cidades-sede do evento.

"É uma grande oportunidade de aproveitar a exposição internacional da Copa para mostrar que o país tem soluções sustentáveis, com uso de energia sustentável", afirmou Juan Diego Ferés, presidente do Conselho da entidade.

Odacir Klein, presidente da Ubrabio, citou a experiência de uma empresa de transporte urbano em São Paulo que já adota diesel com 20% de biocombustível em 1,8 mil ônibus. "Atualmente, a mistura obrigatória do diesel traz 5% de biocombustível. "Passar aos 20% seria um progresso extraordinário", afirmou. "Até o motorista e os mecânicos preferem os veículos com a mistura de 20% porque sentem a qualidade do ar muito melhor", completou.

Para o ministro, a medida também traz benefícios sociais. "É um ganho social importante. A qualidade do ar aumenta, influencia a saúde. E o gasto com as internações hospitalares diminui", acredita.

Segunda reunião
Na última semana, Aldo Rebelo recebeu representantes da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), que pediram apoio para o projeto de transformar a frota de ônibus movida com biodiesel em transporte oficial da Copa do Mundo. A ideia é estender para o resto do país a experiência de Curitiba, que já tem no transporte público 60 veículos articulados usando o combustível.

A cidade ainda vai adotar, a partir de agosto, o chamado "hibribus", que tem um motor elétrico e outro movido a biocombustível. Segundo representantes da entidade, o veículo reduz as emissões de poluentes em 90%.

Na reunião, o ministro elogiou a proposta e prometeu apresentá-la a estados e municípios. "A Copa do Mundo nos impõe andar pra frente. O governo federal vai apoiar as iniciativas que valorizem o produto nacional e garantam a sustentabilidade", disse.