Delegação brasileira no Pan de Guadalajara tem 198 atletas bolsistas do ME

Publicado em Sexta, 14 Outubro 2011 11:48

A delegação brasileira desembarca nos Jogos Pan-Americanos Guadalajara 2011, no México, para fazer parte da maior celebração do esporte nas Américas. Da equipe composta por 522 competidores de 41 modalidades, 198 (38%) recebem o benefício financeiro do programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, que investiu R$ 4.307.400,00 este ano em atletas que disputam o Pan.

Criado em 2005, o programa do governo federal é a maior ação de patrocínio esportivo individual do mundo. Já atendeu a 13.852 atletas de alto rendimento nos seis anos de existência. Nesse período, o Ministério do Esporte investiu diretamente nos esportistas cerca de R$ 224,2 milhões.

Entre os bolsistas que participarão do Pan, estão dois campeões mundiais recentes. A remadora catarinense Fabiana Beltrame conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil em mundiais de remo, na prova de single skiff leve disputada em setembro, na Eslovênia. Outro bolsista que acaba de fazer história é o pugilista baiano Everton Lopes dos Santos. Ele subiu ao alto do pódio no Campeonato Mundial de Baku, no Azerbaijão, no último dia 8 de outubro, após vencer a final do peso médio ligeiro (até 64kg). O boxe olímpico brasileiro nunca havia conquistado um título mundial.

Os atletas beneficiados pelo Bolsa-Atleta recebem a ajuda mensal durante um ano, podendo candidatar-se à renovação desde que tenham se mantido em competição e obtido bons resultados durante o período. O dinheiro é depositado mensalmente em conta específica do atleta no banco estatal Caixa Econômica Federal.

A prioridade do atendimento é para competidores de esportes que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos. Em seguida, o benefício se destina e atletas de modalidades dos Jogos Pan-Americanos e de esportes que não fazem parte dos programas olímpico, paraolímpico ou pan-americano. Dessa forma, atende atletas de 74 modalidades.

Em Guadalajara, será a primeira vez que o Bolsa-Atleta contempla esportistas durante o período de um ciclo pan-americano. Na edição do Rio de Janeiro, em 2007, o programa tinha dois anos de existência. Os investimentos do Ministério do Esporte fazem parte de um conjunto de ações que têm como objetivo tornar o país uma potência esportiva a partir dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. No México, os atletas terão a chance de lutar por cerca de 100 vagas diretas que garantem presença nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

 
Política de Estado
Faltam menos de cinco anos para que a elite do esporte mundial se reúna em solo sul-americano nas Olimpíadas de 2016. No planejamento do governo brasileiro, a competição será o ponto de partida para posicionar o país entre as potências mundiais do esporte.

A política de esporte de alto rendimento, elaborada pelo Ministério do Esporte, visa elevar o país à condição de força olímpica, com a meta de que, a partir de 2016, o país esteja entre as dez primeiras nações no quadro de medalhas. Várias novidades estão firmadas na Lei 12.395/2011, sancionada em março, que criou os programas Cidade Esportiva, Atleta Pódio e Rede Nacional de Treinamento, além de alterar o programa Bolsa-Atleta e modificar a Lei Pelé. Será implementado o contrato de desempenho entre as entidades e o Ministério do Esporte, como condição para recebimento de recursos públicos federais.

A transformação da política de alto rendimento em planos de metas é uma decisão da terceira Conferência Nacional do Esporte, realizada em junho de 2010, que aprovou o Plano Decenal de Esporte e Lazer "Dez pontos em dez anos para projetar o Brasil entre os dez mais". As mudanças surgiram da necessidade de integração entre as ações da base até a ponta da alta performance. O objetivo é profissionalizar a gestão esportiva e assegurar a articulação entre os três níveis de governo (União, estados e municípios), comitês olímpicos e paraolímpicos, confederações, federações e clubes, com o foco de acordo com as necessidades de cada modalidade esportiva.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, ressalta que este "não é um plano de governo, e sim uma política de Estado, a exemplo do que foi construído nas áreas da saúde e da educação, que formularam seus sistemas e suas políticas a partir de amplos debates com a sociedade e a participação decisiva das partes diretamente envolvidas".

"Nosso plano, embora vá ter reflexos positivos nos Jogos de 2016, tem um horizonte para aleém dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro", reitera o ministro. "Queremos que o país deslanche no pódio mundial a partir de 2016, fruto desse planejamento de longo prazo como nunca antes fizemos no Brasil."

Abertura
A cerimônia de abertura da 16ª edição dos Jogos Pan-Americanos acontecerá na noite desta sexta-feira (14.10) no Estádio Omnilife, às 20h (horário local).

Confira a reportagem em áudio



Breno Barros, de Guadalajara
Foto: Washington Alves/Inovafoto/COB
Ascom - Ministério do Esporte
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