Receita holandesa para evitar que estádios virem "elefantes brancos"

Publicado em Sexta, 30 Setembro 2011 16:04

O privilégio de o Brasil sediar dois megaeventos esportivos, a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2016, em tão curto espaço de tempo, é um fato histórico. Todos os países gostariam de estar nessa mesma condição. A afirmação foi feita pelo mestre em arquitetura e engenharia estrutural Henk Markerink, presidente do Conselho de Turismo e Convenções de Amsterdã e Chefe Executivo da Amsterdã Arena.

Para Henk, é a chance de o Brasil crescer economicamente, mas também é a hora de aproveitar a oportunidade e lidar cuidadosamente com os recursos, para não construir e deixar elefantes brancos como o Estádio Olímpico de Beijing, o Ninho do Pássaro. Depois da realização dos jogos de 2008, a arena recebeu poucos eventos.

O mestre holandês sugeriu ao Brasil seguir as iniciativas sustentáveis postas em prática por Londres para as Olimpíadas 2012. E, como exemplo bem sucedido de inovação e sustentabilidade, citou a Amsterdã Arena, criada em 1996 em regime de parceria público-privada entre clubes de futebol. A arena é a casa do time holandês AFC Ajax e do time de futebol americano NFL Europa.

"A multiarena Amsterdã foi a primeira a ser construída com teto retrátil não somente para jogos de futebol, mas para receber grandes eventos, como encontros religiosos, concertos, e shows como o de Tina Turner, U2, Rolling Stones e Michael Jackson. Ela também atende a outras funções. "É preciso usar os recursos com criatividade, ter um plano de negócios lucrativo e útil no aspecto ambiental", disse o chefe do Amsterdã Arena. "O modelo de Arena multiuso com restaurantes, museu, lojas, estacionamento e hotéis permite o funcionamento 24 horas, além do giro de recursos produzidos com a interação de eventos", ressaltou Markerink.


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Cleide Passos
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte
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