Destaque brasileiro na prova de carabina, o tenente Bruno Lion é um dos 23 atiradores brasileiros convocados para disputar os Jogos Pan-Americanos de 2011, que serão abertos daqui a 21 dias, em Guadalajara, no México. O atleta conquistou a vaga na seletiva realizada entre os dias 5 e 7 de agosto, no Centro Nacional de Tiro Esportivo do Rio de Janeiro, que também classificou outros 19 brasileiros. Lion, um dos 89 atletas do tiro esportivo beneficiados pelo programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, representará o Brasil em três provas: carabina de ar, carabina deitado e carabina três posições.
Praticante do tiro desde 2004, Lion começou a se dedicar à modalidade quando ingressou na academia militar. "Lá eles realizam uma seleção para formar a equipe do Exército, e os atletas com melhor desempenho são chamados", conta. Segundo ele, o tiro esportivo tem crescido bastante no Brasil, ganhando cada vez mais visibilidade e praticantes capacitados para representar o país internacionalmente. "Desde as últimas Copas do Mundo e o apoio que recebemos nos 5º Jogos Mundiais Militares, temos obtido resultados bastante positivos. O tiro não é um esporte tradicional no Brasil, como o futebol ou o vôlei, nos quais sempre se espera a primeira colocação. Para um atirador, estar entre os 20 colocados em uma Copa do Mundo é uma resultado bastante expressivo", ressalta Lion.
Para os Jogos Pan-Americanos, o atleta tenta otimizar o tempo que passa praticando, já que tem que conciliar a rotina de treinos com o trabalho. "Depois que me formei, passei a ser instrutor de tiro na academia militar. Tento dedicar de seis a oito horas do meu dia aos treinos, mas, quando não consigo, treino pelo menos três horas no período da noite". Ele está otimista e afirma que pretende manter os resultados obtidos em suas últimas competições. "Se repetir o que venho fazendo nas últimas Copas do Mundo, conseguirei uma boa colocação", completa Lion, que disputará seu primeiro Pan.
Custos
O tiro esportivo é um esporte com custos elevados. Não há fábricas de munição nacionais. Todo o material necessário para os treinos e competições deve ser importado. Cada munição custa um real, e, em uma prova, o atleta realiza cerca de 250 tiros. Lion destaca que receber o benefício do Bolsa-Atleta é uma ajuda fundamental para cobrir os gastos com o esporte. "Além da munição, temos a taxa de inscrição para as competições, os custos com transporte. Caso não houvesse esse apoio do Ministério do Esporte, dificilmente conseguiríamos ter feito a preparação que fizemos."
Os atletas embarcam para Guadalajara em 10 de outubro. Eles terão alguns dias para se aclimatar e treinar no local onde serão realizadas as provas. Dos 23 atiradores convocados, 18 são beneficiados pelo programa Bolsa-Atleta.
Convênio
Em junho deste ano, o Ministério do Esporte aprovou o projeto que transforma o Centro Nacional de Tiro Esportivo (CNTE) no centro de treinamento oficial da seleção brasileira que disputará os Jogos Olímpicos de 2012 e 2016. Um dos objetivos é transformar o CNTE em um núcleo brasileiro de excelência na modalidade, proporcionando ao atletas participação em competições de nível internacional e condições de treinamento iguais às dos atiradores estrangeiros.
Paula Braga
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte
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