Rodada Nordestina Rumo a Copa 2014 chega a Natal

Publicado em Quinta, 08 Abril 2010 16:14

O presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Esporte (IBDE), Rilson Campos, fez um balanço da "Rodada Nordestina- Rumo à Copa 2014", e avaliou que o desafio principal desses diálogos foi cumprido. "Levamos as mais recentes e completas informações sobre a Copa do Mundo a essas quatro cidades-sede, o que certamente fará diferença no seu planejamento". A rodada de Natal, a exemplo das demais, realizadas em Salvador, Recife e Fortaleza, reuniu autoridades locais, membros do Ministério do Esporte e especialistas da área para debater os desafios do planejamento do Mundial que o Brasil sediará em 2014. Mas, ao mesmo tempo, discutiram as oportunidades que a Copa do Mundo gerará para os clubes brasileiros, as experiências de outros países que sediaram a competição e o impulso que a lei de incentivo ao esporte pode proporcionar ao evento. Para o secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Francisco Soares Junior, a realização do evento no País marcará historicamente como um divisor de águas, "com transformações tão visíveis que poderemos falar de um Brasil antes e de outro depois da Copa", acredita. Nesse sentido, o consultor da Fundação Getúlio Vargas e da Brunoro Sport Business, Ricardo Hinrichsen, abordou o tema "O Legado da Copa do Mundo para o Futebol Brasileiro". Utilizando um estudo realizado pela FGV em nível nacional sobre a modalidade, ele buscou responder questões como Por que o futebol é importante no Brasil?. Para tanto, Hinrichsen apresentou números que ratificam o tamanho do futebol nacional. O levantamento apontou que, de acordo com o ranking da Fifa, o País está em segundo lugar, atrás apenas da Inglaterra, com 29 mil clubes de futebol ativos. Além disso, temos 2 milhões de jogadores registrados e 100 milhões de fãs. Por esse motivo, ele entende que o chamado "legado da Copa" deve, de alguma forma, beneficiar todo este potencial econômico e social, com o desenvolvimento de todos os times. "Não adianta só favorecer o Corinthians e o Flamengo. Temos de entender que o futebol tem uma força social importante", ressaltou. Incentivo ao Esporte Já o representante da comissão técnica da lei de incentivo ao esporte, Paulo Vieira, abordou as principais vantagens do instrumento. Criada para ampliar o fomento de recursos financeiros de projetos voltados ao segmento, a lei permite que as empresas tributadas com base no lucro real deduzam 1% de imposto de renda devido por intermédio de investimentos em ações de caráter esportivo. Entre as contrapartidas obtidas pelas instituições que aderem ao benefício está a oportunidade de associar suas marcas às ações, atividades e projetos patrocinados. Somado a isso, as empresas são favorecidas pelo fato da lei não competir com outros mecanismos de incentivos fiscais e pela possibilidade de utilização da totalidade dos valores aplicados, desde que eles não ultrapassem a alíquota de 1% da tributação que deve ser recolhida. Segundo Vieira, a comissão técnica aprovou 401 projetos em 2009, num total de R$ 106,2 milhões captados. Comparado com os R$ 50,9 milhões obtidos em 2007, ano de criação da lei, é um salto de 108,8%. Ele salienta que mesmo com a crise econômica mundial, que teve impactos no Brasil, observou-se um substancial aumento da utilização da lei no ano passado e a expectativa é de que o número seja ainda maior em 2010. Entretanto, ele lembra que metade dos projetos apresentados sequer chega à etapa de análise técnica. O motivo principal é a falta de documentação solicitada. No seu entendimento, se houvesse um cuidado maior com a questão, o número de atividades em execução seria bem maior. Ascom - Ministério do Esporte