Rio terá Casa África em 2016 e continente já se planeja para receber Olimpíadas depois de 2024

Publicado em Quinta, 05 Novembro 2015 12:14

O general Lassana Palenfo, presidente da ANOCA, entrega um presente da cultura africana ao secretário Ricardo Leyser sob os olhares da Embaixadora do Ministério das Relações Exteriores Vera Cintia Alvarez. (Foto: Ivo Lima)O general Lassana Palenfo, presidente da ANOCA, entrega um presente da cultura africana ao secretário Ricardo Leyser sob os olhares da Embaixadora do Ministério das Relações Exteriores Vera Cintia Alvarez. (Foto: Ivo Lima)

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são o maior evento esportivo do planeta. Mas nem apenas de competições vive o evento. Por reunir um número incrível de nações – delegações de 206 países disputarão os Jogos do Rio 2016 –, essa mega festa do esporte é, também, uma grande oportunidade para que os países possam divulgar suas culturas para o resto do mundo.

Com esse objetivo, o presidente da Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais da África (ANOCA), o general Lassana Palenfo, nascido na Costa do Marfim, esteve reunido nesta quarta-feira (4) em Brasília com o secretario executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, para detalhar o projeto da Casa África durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Será a segunda vez que os países africanos terão um espaço dedicado à divulgação de suas culturas durante os Jogos Olímpicos, repetindo o que foi feito na edição de 2012, em Londres. O local onde funcionará a Casa África está definido, mas como o contrato ainda não foi assinado os organizadores preferiram não divulgá-lo. Também não está definido o número de nações africanas que estará representada na Casa África. A ANOCA conta com 54 filiados e calcula-se que entre 20 ou 30 deles devam participar da Casa África. Durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 haverá, ainda, uma área de hospitalidade, em um local diferente da Casa África, que também divulgará a cultura, música e culinária dos países africanos.

“Vamos apoiar os Jogos no Brasil disputando a competição e também participando desse grande evento com a Casa África”, declarou o general Lassana Palenfo. “Queremos confirmar essa forte ligação entre o Brasil e os países africanos”, continuou.

“Para nós, é muito importante que os países da América do Sul e da África estejam bem representados nos Jogos Rio 2016”, declaro Ricardo Leyser. “É com muita felicidade que recebemos os planos da Casa África. O Brasil deve muito à África. Não só nos Jogos, mas como toda a nossa civilização”, continuou o secretário executivo do Ministério do Esporte.

Sonho olímpico
Depois da Copa de Mundo FIFA de 2010, disputada na África do Sul – foi a primeira vez que o maior torneio de futebol do planeta foi realizado no continente africano –, a cidade sul-africana de Durban receberá, em 2022, os Jogos da Commonwealth, uma comunidade de 53 nações da América do Norte, Américas do Sul e Central, Europa, África, Ásia e Oceania, além de países do Pacífico.

Com a realização dos Jogos da Commonwealth em Durban (a primeira cidade da África a sediar a competição), o continente dá mais um passo rumo à concretização de um antigo sonho: receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Segundo o general Lassana Palenfo, a África do Sul, depois do sucesso da Copa do Mundo de 2010 e da realização dos Jogos da Commonwealth, é o país africano mais capacitado para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Segundo ele, já existe uma movimentação nesse sentido. A África do Sul chegou a disputar a candidatura para os Jogos de 2008 (realizados em Pequim) e o plano é que, após 2024, o continente volte a ter um candidato. A proposta promete ser inédita: “A nossa ideia é pela primeira vez apresentar uma candidatura conjunta para que os Jogos possam ser realizados ao mesmo tempo na África do Sul e em outro país africano, mas com toda a África apoiando a candidatura”, adiantou Lassana Palenfo.

Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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