Em entrevista ao "L´Équipe", ministro George Hilton diz: "Não toleraremos nenhuma dopagem"

Publicado em Quarta, 18 Novembro 2015 14:57
 
Durante sua passagem pela França na semana passada, o ministro do Esporte, George Hilton, foi entrevistado pelo jornal "l´Équipe". Confira abaixo a entrevista:
 
 
Como o senhor avalia o escândalo de dopagem e corrupção que afeta a Rússia?
 
- Espero que os atletas russos participem dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Trabalhamos, aliás, para que os Jogos sejam os mais limpos da história. Investimos € 25 milhões num laboratório de controle de dopagem que é o 3º no Hemisfério Sul, juntamente com o da Austrália e o da África do Sul.
 
Teme que as revelações da Agência Mundial Antidoping afetem o interesse pelos Jogos Olímpicos do Rio?
 
- Não. Sempre houve o problema do doping, não é novo. O importante é assegurar a transparência das competições. Nós temos programas, como o Bolsa-Atleta e o Plano Brasil Medalhas, que oferecem bolsas aos atletas, muitos deles provenientes das camadas mais desfavorecidas (*); cada um deles é obrigado a submeter-se a controles de dopagem, realizados sem aviso prévio.
 
A nove meses da abertura dos JO como se encontram vocês em termos de organização?
 
- Hoje o Parque Olímpico (na Barra da Tijuca) está com 95% das obras concluídas e 75% dos equipamentos prontos. Em fase de conclusão estão também as três redes de transporte coletivo que ligarão a Vila dos Atletas (Cidade Olímpica) ao aeroporto e ao bairro de Copacabana.
 
Como anda a despoluição da Baía de Guanabara, que acolherá as provas de vela?
 
A metade da Baía está despoluída, contra 20% em 2009, quando o Rio foi escolhido pelo COI. As provas poderão realizar-se sem perigo.
 
O que foi feito desde que o Rio foi escolhido?
 
O governo federal se lançou na criação de centros esportivos (255 centros em 245 cidades) destinados aos jovens, especialmente os mais pobres, já que as classes mais favorecidas frequentam os clubes. Paralelamente, o Ministério do Esporte apresentará em 2016 um projeto de lei reforçando a obrigatoriedade do ensino de educação física nos cursos primário e secundário.
 
Quais são os seus objetivos esportivos?
 
Todas as noites sonho que o Brasil se classifique entre as "top 10" nações olímpicas e as "top 5" paralímpicas.
 
O senhor defende a candidatura de Paris para os Jogos de 2024?
 
Pessoalmente, sim. No que tange ao meu país, transmiti ao Thierry Braillard (ministro do Esporte da França, que o encontrou no dia 10/11) a grande simpatia do Brasil pela candidatura parisiense. Existem fortes vínculos entre os nossos países. Espero, aliás, que sejam muito numerosos os franceses presentes nos Jogos Rio 2016.
 
(*) 80% dos atletas brasileiros que participaram dos Jogos Pan-Americanos de Toronto (10 a 26 de julho) eram beneficiários do programa Bolsa-Atleta.
 
Ascom - Ministério do Esporte
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