Boxeador Robson Conceição acredita em pódio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Publicado em Quarta, 23 Dezembro 2015 14:16

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A voz serena, tranquila e o sotaque carregado de baianidade mostram bem a origem de um dos representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos, na disputa do boxe. Porém, o teor das palavras mostra a vontade e autoconfiança do boxeador Robson Conceição em sua preparação e em fazer um bom papel no Rio de Janeiro.

Nascido em Salvador e aos 27 anos, ele prefere não comentar as possibilidades de resultados que a modalidade de boxe pode trazer para o Brasil, mas... “Não posso falar pelos outros, mas neste momento estou mantendo e aprimorando o condicionamento físico para quando começar 2016, aumentar a intensidade dos meus treinos. Vou ‘comer’ treino e trazer uma medalha para o Brasil. Quem quer chegar longe não pode pensar em representar apenas, tem que pensar em ganhar”, afirmou Robson Conceição.

Sobre o fato de disputar os Jogos no Brasil, o boxeador diz ser um fator favorável e lamenta pelos atletas que temem pela pressão do ‘fator casa’. “É uma emoção enorme participar de Jogos Olímpicos. Em casa, então, no meu país será muito mais gratificante. Com a torcida a seu favor, passando energia positiva pra você. Isso é muito bom”, exaltou, para em seguida completar: “Se o atleta se deixar abater por se sentir pressionado com a presença da família, dos brasileiros nos locais das competições, a situação vai complicar. Tem que olhar por esse lado de energia positiva. A partir daí, a chance de medalha aumenta”.

Buda Mendes/Getty ImagesBuda Mendes/Getty ImagesDois lados da moeda

Robson Conceição é atleta profissional e vinculado à AIBA Pro Boxing (APB) - liga profissional da Associação Internacional de Boxe Amador.Evidentemente que esse contrato é positivo, pois tem uma certa estabilidade financeira e apoio nos treinos. Há várias competições em que participa, porém as mais importantes – não promovidas pela AIBA -, Conceição é proibido de disputar.

“Luto por uma liga profissional. Ela não me libera para participar de nenhum evento. Por exemplo, não fui liberado para participar do Pan-Americano de Toronto. Só posso lutar por essa Liga e umas três ou quatro lutas antes das Olimpíadas. Torneio normal, eu não posso”, lamentou.

Programa Luta pela Cidadania

O boxeador concedeu essa entrevista após o lançamento do Programa Luta pela Cidadania (PLC) lançado pelo ministro do Esporte, George Hilton, na segunda-feira (21. 12), em Brasília.  Robson Conceição comentou a importância do projeto. “Um Programa como esse é de extrema importância, principalmente num momento onde o Brasil vem passando por uma instabilidade financeira, mas mostra que não estamos abandonados pelo governo federal. O Rio-2016 está batendo na porta, então um incentivo como esse vem para ajudar a encontrarmos novos talentos. Afasta as pessoas das ruas e a tendência é criarmos cidadãos de bem”.

Roberto Castro/MERoberto Castro/ME

O PLC é destinado a democratizar o acesso às práticas corporais de lutas e artes marciais, seguindo os princípios do Esporte Educacional, especialmente os de diversidade, cooperação, inclusão, participação, coeducação e corresponsabilidade.

O Ministério do Esporte disponibiliza recursos para aquisição do material esportivo, para pagamento dos recursos humanos e realiza o acompanhamento e a capacitação dos professores vinculados aos Convênios.

Dentre as 40 modalidades que farão parte dos Jogos, cinco (o que corresponde a 12,5% do total) são relacionadas às lutas: judô, taekwondo, boxe amador, luta olímpica (dividida nos estilos livre e greco-romano) e esgrima. O Brasil com suas equipes vem obtendo muito sucesso em disputas dessa natureza. Das medalhas conquistadas em 2012 nos Jogos Olímpicos de Londres pelos brasileiros, aproximadamente um quarto delas foram em modalidades de lutas.

Petronilo Oliveira
Ascom - Ministério do Esporte
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