Retrospectiva 2015: ações e projetos do Ministério do Esporte

Publicado em Quarta, 30 Dezembro 2015 10:53

O ano de 2015 será lembrado como a reta final na preparação dos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. No campo das políticas esportivas, o ano foi marcado por grandes avanços, como, por exemplo, a divulgação do Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte) e a criação do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) que visa modernizar o futebol nacional.

Os avanços nos preparativos para receber as Olimpíadas de 2016 são os resultados mais visíveis das ações do governo federal para elevar o patamar esportivo brasileiro. Mas, as políticas públicas têm um universo bem mais abrangente que os megaeventos esportivos e incluem investimentos em Centros de Treinamento e de Iniciação Esportiva em diversas modalidades, compras de equipamentos, incentivos a clubes, técnicos e atletas, além do apoio à realização de competições, como o Campeonato Mundial Júnior de Luta Olímpica, na Bahia, campeonatos escolares Sub 17, Copa Brasil Universitária de Futebol Feminino (CBUFF) e os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas.

As iniciativas beneficiam atletas da base ao alto rendimento, contemplam programas de educação por meio do esporte e de lazer para os cidadãos de diversas regiões do país. Além da promoção da saúde e da inclusão social, o objetivo das ações é dar suporte para a formação de novos talentos esportivos e apoio àqueles que já representam o Brasil nos principais campeonatos pelo mundo.

A partir de agora, o Ministério do Esporte apresenta alguns fatos relacionados à área esportiva que marcaram o ano de 2015:

Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte)

O Ministério do Esporte apresentou em 2015 o resultado de uma pesquisa inédita sobre a prática esportiva no país. Os dados apontaram o perfil de praticante de atividade física e esporte nas cinco regiões do Brasil. O estudo revelou, por exemplo, que 45,9% dos brasileiros não praticaram nenhuma atividade física ou esporte.

O trabalho do Diagnóstico Nacional do Esporte envolve quatro pilares: praticantes, infraestrutura, legislação e investimentos.




Avanço na criação do Sistema Nacional do Esporte

Com a proposta de criar uma mudança cultural, em que os investimentos no esporte sejam encarados como uma política de Estado, direito de todos os brasileiros, o ministro George Hilton criou o Grupo de Trabalho que discute as propostas para elaborar o Projeto de Lei de Diretrizes e Bases do Sistema Nacional do Esporte. O documento irá nortear as políticas esportivas do país.

A discussão do Sistema Nacional vai definir as funções dos governos federal, estadual, municipal, das entidades privadas, federações, confederações e clubes para as políticas do setor.

Reativação da Comissão Nacional de Atletas

George Hilton reativou após nove anos a Comissão Nacional de Atletas, ligada ao Conselho Nacional do Esporte (CNE). O velejador medalhista olímpico Lars Grael foi convidado para presidir a Comissão. O grupo formado por 35 integrantes, entre atletas e ex-atletas, é uma espécie de porta-voz dos esportistas com o governo federal.
 
Modernização do futebol

O Ministério do Esporte participou intensamente do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) que elaborou a Medida Provisória (MP) que criou o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut).

A Lei trata do refinanciamento das dívidas das entidades esportivas com a União e prevê uma série de contrapartidas. Ao todo, 111 instituições confirmaram adesão ao programa, sendo 85 clubes de futebol, 20 clubes sociais e seis federações.

O texto, enviado ao Congresso Nacional, foi elaborado por Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) criado pela Presidência da República para discutir a Lei de Responsabilidade Fiscal dos clubes de futebol. Foram consultados dirigentes dos times da Série A, B, C e D do Campeonato Brasileiro, do movimento Bom Senso F.C., da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), jornalistas e representantes dos atletas, árbitros, técnicos e comissões técnicas.

Grito de Paz nos Estádios

O Ministério do Esporte lançou a campanha “Grito de Paz” para conscientizar os torcedores de que os estádios são um ambiente de celebração e para levar as famílias de volta ao grande espetáculo que é o futebol. O Grito é composto por um conjunto de ações, entre elas: nos Campeonatos Estaduais para estimular as torcidas mistas durante os clássicos de futebol; e a realização de acordos e planejamentos por meio da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue), entre os ministérios do Esporte e da Justiça, para que a selvageria acabe nos estádios.




Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

A cidade de Palmas, em Tocantins, entrou para a história ao receber a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. O evento contou com a presença de 1.129 indígenas nacionais de 24 etnias, além de 566 indígenas internacionais da Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Etiópia, Filipinas, Finlândia, Gâmbia, Guatemala, Guiana Francesa, México, Mongólia, Nicarágua, Nova Zelândia, Panamá, Paquistão, Paraguai, Peru, Rússia e Uruguai.

A primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) registrou mais de 100 mil visitas, o que corresponde a uma média de 13 mil pessoas diariamente.

Valorização dos Clubes Sociais

O ano de 2015 foi especial para os clubes formadores. O ministro George Hilton participou das cerimônias de repasse de recursos públicos por meio da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) para os clubes sociais do país. As entidades foram selecionadas no Edital de chamada pública da CBC.

O ministro George Hilton ressaltou que o Brasil espera que, com os recursos e a ajuda da CBC, os clubes possam contribuir com a estrutura para tornar o país da prática esportiva. “Estou muito feliz com a CBC. A confederação de clubes me dá exatamente o extrato que preciso de um país que tem realidades diferentes”, disse.

Jogos Pan e Parapan-Americanos de Toronto

Os atletas brasileiros disputaram a principal competição multiesportiva das Américas, em Toronto, no Canadá. Dos 862 atletas convocados para o Pan-Americano e Parapan-Americano de Toronto, 675 são apoiados pelos programas do governo federal, o que correspondeu a 78,4% das delegações.

Das 141 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, 121, ou 85,8%, vieram de atletas e equipes que recebem bolsas do governo federal. Ao todo, 243 medalhistas são bolsistas, entre os 303 atletas brasileiros que subiram ao pódio na competição.

Já nos Jogos Parapan-Americanos, o Brasil se consolidou como a primeira potência das Américas e fortaleceu os planos rumo à classificação entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos do Rio em 2016. Pela terceira vez seguida, os brasileiros ficaram em 1º lugar no quadro geral de medalhas. Das 257 medalhas no Parapan, 254 foram conquistadas por bolsistas do governo federal, o que corresponde a 98,8% do total. Dos 215 atletas medalhistas, 199, ou 92,5%, são bolsistas.




Obras Olímpicas Rio 2016

Segundo informações divulgadas pela prefeitura do Rio de Janeiro, seis instalações já foram finalizadas e outras oito atingiram 90% ou mais de execução. Entre as concluídas estão Arena do Futuro (que receberá as partidas de handebol e goalball, além do Centro Internacional de Transmissão (IBC), Campo de Golfe, pista de Mountain Bike, pista de Ciclismo BMX e o Estádio da Canoagem Slalom. O Parque Olímpico da Barra como um todo superou 95% de conclusão.


Outras oito obras atingiram 90% ou mais de conclusão. São os casos, das Arenas Cariocas 1 (96%), 2 (97%) e 3 (98%). O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos chegou a 96%, enquanto o Centro Principal de Mídia atingiu 92%. A Vila dos Atletas, também na Barra da Tijuca, está bem próxima da conclusão, com 97% das intervenções finalizadas. O velódromo está 76% finalizado e a Arena da Juventude, em Deodoro, 75%. O Hotel de mídia tem 88% dos trabalhos feitos.

Cooperação internacional

Na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, George Hilton apresentou os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Na presença de um público com indígenas do mundo inteiro, da Rússia à Nicarágua, passando por Polinésia e Canadá, o ministro lembrou que os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas são parte de um ciclo virtuoso do Brasil na organização de grandes eventos.

O evento de apresentação fez parte da programação do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas na ONU. Ainda em Nova York, George Hilton se reuniu com a diretora do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), Jessica Faieta, entidade parceira do governo federal, da prefeitura de Palmas e do Comitê Intertribal na realização dos Jogos Mundiais.

Em Paris, o ministro George Hilton participou da sessão final da Comissão de Ciências Humanas e Sociais da 38ª Conferência-Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) que aprovou a revisão da Carta Internacional de Educação Física, Atividade Física e Esporte e decidiu também criar o Dia do Esporte Universitário, a ser comemorado em 20 de setembro. Participaram os 195 Estados-membros da Unesco. A reunião foi realizada no mês de novembro.  

O texto aprovado em Paris define a prática de educação física, atividades físicas e esportes como um direito fundamental da população e recomenda que os governos invistam no ensino de educação física nas escolas.

O ministro do Esporte também se reuniu em Paris com o ministro do Esporte da França, Thierry Braillard. Os dois acertaram uma parceria entre os dois países na formulação de ações para a conexão entre esporte educacional e de alto rendimento.

Na Universidade de Coimbra, em Portugal, o ministro do Esporte, George Hilton, fez uma palestra no encerramento do Colóquio Luso-Brasileiro de Justiça Desportiva. Ao falar sobre “Os desafios da organização das Olimpíadas do Rio”, George Hilton definiu como grande tarefa do país a nacionalização do legado olímpico e a reversão do quadro de sedentarismo que atinge quase metade da população brasileira.

Em Portugal, o ministro da Educação do país, Tiago Brandão Rodrigues, ofereceu os centros de alto rendimento portugueses para os atletas brasileiros em temporada de competições na Europa.

Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem

O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) foi reacreditado pela Agência Mundial Antidoping (WADA, em inglês) no mês de maio. O anúncio foi feito durante reunião do Conselho de Fundadores da entidade, em Montreal, no Canadá, e contou com a presença do ministro do Esporte, George Hilton, e do secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurélio Klein.

O laboratório passa a ser o 34º do mundo acreditado pela WADA e é o segundo na América do Sul (o outro fica em Bogotá, na Colômbia). O processo de reacreditação começou em 2014, ano em que o LBCD inaugurou sua nova sede na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O prédio foi construído graças ao investimento de R$ 134 milhões do governo federal. Foram R$ 106 milhões do Ministério do Esporte e R$ 28 milhões do Ministério da Educação. Além disso, o Ministério do Esporte investiu outros R$ 54 milhões para a compra de equipamentos, materiais e para a operação do laboratório.



Programa Luta Pela Cidadania
O Ministério do Esporte lançou o Programa Luta pela Cidadania (PLC), destinado a democratizar o acesso às práticas corporais de lutas e artes marciais. As ações são seguidas pelos princípios do esporte educacional, especialmente os de diversidade, cooperação, inclusão, participação, coeducação e corresponsabilidade.


Ascom - Ministério do Esporte
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