Por crescimento, rúgbi mira aumento de exposição nos Jogos Olímpicos

Publicado em Sexta, 29 Janeiro 2016 09:34
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Estreante nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o rúgbi ainda pode ser considerado um esporte que busca espaço no Brasil. A seleção feminina, criada em 2012, já começa a dar sinais de evolução, contabilizando algumas boas participações na Sevens World Series, principal liga da modalidade. A masculina, desenvolvida a partir de 2014 no país, ainda busca a consolidação no cenário mundial.
 
Como o Brasil é o país-sede dos Jogos Olímpicos, mulheres e homens têm vaga assegurada na primeira aparição do rúgbi no evento. Para o CEO da Confederação Brasileira da modalidade, o argentino Agustin Danza, ex-jogador em seu país, o Rio 2016 tem uma função fundamental para o esporte.
 
“Nosso principal objetivo é aumentar a exposição ao público brasileiro, para que o esporte cresça em número de fãs e as pessoas saibam do que se trata”, afirma o dirigente. “Temos expectativas de nos apresentar bem, especialmente com o time feminino, que faz parte do top 10 mundial, mas o principal é aumentar a disseminação”, acrescenta.
 
Com um esporte pouco tradicional e em busca de visibilidade, o resultado não será o foco. “No masculino não há expectativa de medalha. No feminino é difícil. Esperamos ficar entre as seis primeiras”, afirma, sem perder a perspectiva. “O importante é que, graças às performances e a cobertura da mídia, a gente consiga ter um grande impacto na população".
 
A expectativa de Danza é justificada, já que o rúgbi apresentou boa evolução graças à inclusão da modalidade no programa olímpico, em 2011. De lá para cá, o dirigente conta que muita coisa mudou. “O mais óbvio é que você começa a receber apoio do COB, da Lei Agnelo/Piva e começa a ter a possibilidade de fazer convênios com o Ministério do Esporte. A gente aproveitou isso e incrementamos muito nossos recursos”, destaca o argentino. “Além disso, você começa a ter uma atratividade maior para patrocinadores, já que é uma modalidade olímpica”, diz, ressaltando que ficou mais fácil inserir o rúgbi em escolas e clubes e captar atletas. 
 
Estrutura e programação
Com o aumento do apoio e dos recursos, a Confederação Brasileira de Rúgbi pôde dar um suporte maior às seleções brasileiras. Atualmente, a entidade conta com dois Centro de Treinamento e um Centro de Alto Rendimento, todos equipados com academias específicas para a modalidade e acompanhamento de treinadores, fisioterapeutas e nutricionistas.
 
“Além disso, temos um sistema de alto rendimento com seis academias pelo Brasil, que visam a detecção de talentos já pensando na geração para 2020”, conta Agustin Danza. Antes, a prioridade é o Rio 2016. Os times feminino e masculino já contam com um grupo reduzido de 15 a 20 jogadores, que serão avaliados em treinamentos e competições até junho, quando sai a lista final com os 12 nomes que vão representar o país nos Jogos Olímpicos.
 
No calendário das equipes estão previstas participações na Sevens World Series, o Circuito Mundial de seleções, além de outras competições amistosas e um período de concentração de cerca de 10 a 15 dias antes do início dos Jogos.
 
Em destaque estão a etapa de fevereiro da Sevens World Series, que vai reunir as 12 melhores equipes femininas do mundo em São Paulo, na Arena Barueri; e o Campeonato Sul-Americano, evento-teste da modalidade para o Rio 2016, em Deodoro, em março. "A seleção feminina ainda vai viajar em abril ou maio para a Inglaterra ou para a França, não sabemos ainda, para disputar torneios", diz Agustin Danza.
 
Já o time masculino tem prevista quatro participações no Circuito Mundial, nas etapas de Hong Kong, Vancouver, Paris e Londres.
 
Vagner Vargas - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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