Complexo construído com recursos do Ministério do Esporte recebe evento-teste de saltos ornamentais

Publicado em Quinta, 11 Fevereiro 2016 22:11

O Parque Aquático Maria Lenk, construído para os Jogos Pan-Americanos Rio 2007 com recursos do Ministério do Esporte, receberá de 19 a 24 de fevereiro a 20ª Copa do Mundo de Saltos Ornamentais. A competição, válida como pré-olímpico para os Jogos Rio 2016, receberá 270 atletas de 50 países e definirá 92 vagas para os Jogos Olímpicos.

Instalado no Parque Olímpico da Barra, o complexo contou com investimentos da ordem de R$ 60 milhões do Ministério do Esporte para a construção em 2007 e atende além dos saltos ornamentais, outros esportes aquáticos, como natação e nado sincronizado.

Foto: André Motta/Brasil2016.gov.brFoto: André Motta/Brasil2016.gov.br

A área de competição foi projetada de acordo com os requisitos da Federação Internacional de Natação (FINA) e possui capacidade para 6,5 mil espectadores. Para os Jogos Rio 2016, a instalação recebeu R$ 21,4 milhões de investimentos da Prefeitura cidade do Rio de Janeiro para adequação. Entre as melhorias, estão uma nova piscina de aquecimento e uma sala com tanque seco para treinamento de saltos ornamentais. Nos Jogos Rio 2016, o Maria Lenk receberá as modalidades de saltos ornamentais e nado sincronizado.

A equipe brasileira no evento-teste será formada por 11 integrantes, sendo seis homens e cinco mulheres. Do total dos atletas que defenderão o Brasil, 90% (10) contam com apoio do Governo Federal, por meio do programa Bolsa Atleta, nas categorias Atleta de Base, Nacional, Internacional, Olímpico e Pódio, num investimento total da ordem de R$ 444,5 mil.

Investimentos na modalidade

Os investimentos totais do Ministério do Esporte nos saltos ornamentais ultrapassam a marca de R$ 4,5 milhões. Somente pela Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio esportivo individual e direto do mundo, R$ 446,8 mil foram direcionados para 30 atletas da modalidade no exercício de 2015. Já pela Bolsa Pódio, o investimento alcançou R$ 288 mil, contemplando três atletas.

Destaque também para os convênios firmados com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) exclusivos para a modalidade. A parceria possibilitou o investimento de R$ 2 milhões no apoio aos atletas apoiados pelo Plano Brasil Medalhas 2016 – Programa Bolsa Pódio, por meio de equipe multidisciplinar, participação em competições e treinamentos e na aquisição de equipamentos esportivos específicos de saltos ornamentais para equipar centros de treinamento da CBDA visando à preparação para os Jogos Rio 2016.

O ministério celebrou outros dois convênios com a CBDA, no valor total de R$ 2,7 milhões, que também contemplaram saltos ornamentais, polo aquático, nado sincronizado e maratonas aquáticas.

Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília recebe delegações estrangeiras para aclimatação das equipes antes da Copa do mundo. (Foto: Roberto Castro)Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília recebe delegações estrangeiras para aclimatação das equipes antes da Copa do mundo. (Foto: Roberto Castro)

Centro de Excelência no coração do país

Um dos destaques dos investimentos do Ministério do Esporte na modalidade é o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, construído em Brasília (DF). Inaugurado em março de 2014, o complexo é considerado uma dos melhores estruturas da América do Sul para o aperfeiçoamento técnico e a prática da modalidade e recebeu R$ 1,9 milhão do Governo Federal para implantação do espaço, compra de equipamentos e contratação de profissionais para a equipe multidisciplinar e manutenção.

Resultado de uma parceria do ministério com a Universidade de Brasília (UnB) e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a instalação abriga desde os treinamentos da seleção brasileira até aulas para crianças a partir de oito anos – selecionadas por profissionais do projeto nas escolas do Distrito Federal –, passando por intercâmbio, o que demonstra a capilaridade do centro.

Desde dezembro, o complexo tem recebido delegações estrangeiras para aclimatação na reta final de treinos para o evento-teste. Já passaram pelo local saltadores de Venezuela, Austrália, Polônia, Geórgia, Grécia, Canadá, Turquia, Hungria e Colômbia.

Rede Nacional de Treinamento

O Parque Aquático Maria Lenk e o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais integrarão a Rede Nacional de Treinamento, que o Ministério do Esporte está estruturando em todo o país. Criada pela Lei Federal 12.395, de março de 2011, a Rede é um dos principais projetos de legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 para a infraestrutura do esporte brasileiro, interligando instalações esportivas existentes ou em construção espalhadas por todo o país.

A estruturação da Rede Nacional está em andamento e abarca instalações de diversos padrões e modalidades, inclusive complexos multiesportivos, oferecendo espaço para detecção de talentos, formação e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas.

O objetivo é criar o caminho para o atleta desde que ele dá os primeiros passos na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as estruturas terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções, com toda a qualificação que isso requer. A Rede vai proporcionar o alinhamento da política nacional de esporte para as modalidades, de modo a garantir a formação de base para além de 2016, ou seja, assegurar legado duradouro para o esporte brasileiro.

A Rede Nacional de Treinamento também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas. É um projeto nacional de desenvolvimento do esporte de alto rendimento, desde a base até o nível olímpico.

Visão geral do Parque Olímpico da Barra em janeiro de 2016. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Visão geral do Parque Olímpico da Barra em janeiro de 2016. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)

Parque Olímpico da Barra

Legado Jogos Pan-Americanos Rio 2007, o Parque Aquático Maria Lenk compõe o Parque Olímpico da Barra, que está recebendo investimentos do Ministério do Esporte da ordem de R$ 903,7 milhões. Desse total, R$ 379 milhões são direcionados para construção e manutenção de instalações esportivas que serão permanentes: Centro Olímpico de Tênis, o Velódromo Olímpico e as Arenas Cariocas 1,2 e 3 (nestas, os recursos são destinados apenas à climatização e somam R$ 58,5 milhões).

Para as instalações temporárias, o Ministério destinou outros R$ 365,4 milhões. São elas: Arena do Handebol (terá sua estrutura desmontada para a construção de quatro escolas públicas após os Jogos) e Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos (será reaproveitado em outro município, a ser definido).

Outros R$ 159,2 milhões são destinados para construção das primeiras linhas de transmissão de alimentação do Parque Olímpico, para construção da subestação de energia elétrica e para a primeira linha de alimentação do campo de golfe.

Coração dos Jogos Rio 2016, o Parque ocupa uma área de 1,18 milhão de metros quadrados, onde ocorrerão disputas de 16 modalidades olímpicas (basquete, ciclismo de pista, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, handebol, judô, luta greco-romana, luta livre, nado sincronizado, natação, polo aquático, saltos ornamentais, taekwondo, esgrima e tênis). O complexo também receberá nove modalidades paralímpicas (basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, goalball, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas e tênis em cadeira de rodas).

As instalações permanentes na Barra integrarão, junto com o Parque Olímpico de Deodoro, o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT), que ocupará o topo da Rede Nacional de Treinamento, formando um legado para a excelência do esporte brasileiro.

Cynthia Ribeiro

Ascom - Ministério do Esporte
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