Presidente Dilma e ministro George Hilton recebem ginastas em Brasília

Publicado em Quinta, 03 Março 2016 09:00
 
A presidente da República, Dilma Rousseff, e o ministro do Esporte, George Hilton, recebem nesta quinta-feira (03.03), às 11h, atletas das seleções feminina e masculina da ginástica artística. O encontro será no Palácio do Planalto e contará com a presença de dez ginastas que representaram o Brasil no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, realizado em Glasgow, na Escócia, em 2015.
 
Estarão em Brasília os atletas Arthur Zanetti, Arthur Nory, Caio Souza, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior, Péricles da Silva, Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Thauany Araújo. 
 
No mundial, a mais importante competição do calendário internacional depois dos Jogos Olímpicos, a equipe masculina brasileira assegurou inédita classificação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. O país jamais havia conseguido classificação por equipe, apenas participações individuais.
 
Já a equipe feminina, que ficou em 9º em Glasgow, não conseguiu a vaga para o Rio 2016, mas terá outra chance de classificação, no evento-teste para os Jogos Olímpicos, que será realizado em abril. Se não conseguir, o país terá apenas participações individuais na disputa feminina, como ocorreu em edições anteriores.
 
Investimentos na modalidade
Entre os principais destaques no apoio do Ministério do Esporte na ginástica está o investimento de R$ 7,2 milhões para aquisição de equipamentos de nível olímpico. Por meio de convênio com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) foram adquiridos, ao todo, 1.010 aparelhos vindos da Alemanha, certificados e homologados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). Trata-se da maior importação de equipamentos de ginástica já feita pelo Brasil. 
 
Os aparelhos são destinados para as três modalidades de ginástica – artística, rítmica e trampolim – e contemplaram 16 centros de treinamento em 13 cidades distribuídas em todas as regiões brasileiras. Do total, 300 são para ginástica artística, 618 para rítmica e 92 para ginástica de trampolim. 
 
A ação faz parte da estratégia do Governo Federal de nacionalização do legado dos Jogos Rio 2016, que inclui a aquisição de equipamentos esportivos a várias modalidades e o investimento em infraestrutura. O objetivo é equipar todas as categorias e garantir que os atletas, de ponta e da base, tenham a melhor infraestrutura para treinar e competir em solo nacional. 
 
 
Alguns dos centros contemplados com a equipagem:
 
 
O ministério também celebrou outros dois convênios com a CBG num montante total de R$ 1,5 milhão. O objetivo da parceria é apoiar a participação das seleções brasileiras de ginástica artística, rítmica e de trampolim, em aclimatações e campeonatos mundiais, como preparação técnica para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Um dos convênios também apoiou a preparação da seleção brasileira de ginástica rítmica, com a contratação de recursos humanos, locação de imóvel, transporte e aquisição de materiais de consumo. 
 
A pasta firmou ainda, em 2011, convênio no valor de R$ 666,6 mil com a Federação de Ginástica de Santa Catarina. O objetivo foi implantar e estruturar núcleos de esporte de base de ginástica artística de alto rendimento nos municípios Blumenau, Florianópolis, Joinville, Chapecó, Criciúma e São Bento do Sul.
 
Centro de excelência
O Ministério também está construindo o Centro de Excelência Esportiva das Modalidades de Ginástica Artística e Ginástica Rítmica em São Caetano do Sul (SP). A obra é resultado de uma parceria da pasta com a prefeitura da cidade e prevê investimentos da ordem de R$ 7,8 milhões, sendo R$ 7,2 milhões do Governo Federal. 
 
O projeto prevê a construção das instalações para treinamento de ginástica artística no pavimento térreo, que também terá salas de apoio, vestiários, sanitários, salas médicas, depósito e arquibancada.  No mezanino serão construídas as salas do setor administrativo, academia, sala de descanso, auditório e arquibancada. Já no pavimento superior será instalado o local de treinamento de ginástica rítmica, além de espaços para vestiários, sanitários, sala de recuperação, sala da coordenação, sala de balé, depósito, refeitório, cozinha e arquibancada.
 
O novo centro integrará a Rede Nacional de Treinamento, criada pela Lei Federal 12.395 de março de 2011, que o Ministério está estruturando em todo o país. A Rede é um dos principais projetos de legado dos Jogos Olímpicos de 2016 para a infraestrutura do esporte brasileiro interligando instalações esportivas existentes ou em construção espalhadas por todo o país. A estruturação da Rede Nacional está em andamento e abarca instalações de diversos padrões e modalidades, inclusive complexos multiesportivos, oferecendo espaço para detecção de talentos, formação e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paraolímpicas.
 
Objetivo é criar o caminho para o atleta desde que ele dá os primeiros passos na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as estruturas terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções, com toda a qualificação que isso requer. A Rede Nacional vai proporcionar o alinhamento da política nacional de esporte para as modalidades, de modo a garantir a formação de base para além de 2016, ou seja, assegurar legado duradouro para o esporte brasileiro.
 
A Rede Nacional também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas. É um projeto nacional de desenvolvimento do esporte de alto rendimento, desde a base até o nível olímpico.
 
 
Bolsa Atleta
O Ministério também apoia atletas da ginástica (artística, rítmica e de trampolim) por meio do Bolsa Atleta, considerado o maior programa de patrocínio esportivo individual e direto do mundo. Em todo o país, 121 atletas foram contemplados no exercício de 2015, num investimento anual de R$ 1,9 milhão. Desse total, 57 são da ginástica artística, o que representa um patrocínio de R$ 969 mil ao ano. 
 
Com a Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa e criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos de 2016, o Ministério do Esporte patrocina 12 atletas da ginástica artística: Ângelo Assumpção; Arthur Zanetti; Arthur Nory; Caio Souza; Diego Hypólito; Flávia Saraiva; Francisco Barretto; Henrique Flores; Letícia Costa; Pétrix Barbosa; Rebeca Andrade; e Sérgio Sasaki. O investimento nestes ginastas alcança a marca de R$ 1,5 milhão ao ano. 
 
Resultados 
Até hoje, em Jogos Olímpicos, o Brasil só tem a medalha de ouro de Arthur Zanetti nas Argolas em Londres-2012. Já em Campeonatos Mundiais, o país tem mais títulos: Zanetti, nas Argolas, em 2013, na Bélgica; Diego Hypolito, no Solo, é bicampeão mundial: em 2005, na Austrália, e 2007, na Alemanha. Diego teve outras três medalhas em Mundiais, todas na prova de Solo: 2006, prata na Dinamarca; 2011, bronze no Japão; e 2014, bronze na China. Zanetti também foi vice-campeão no Mundial de 2011 no Japão e no de 2014 na China.
 
Na ginástica artística feminina, o Brasil tem uma medalha de ouro em Campeonatos Mundiais. Daiane dos Santos foi campeã na prova de Solo em 2003, nos Estados Unidos. Mas a primeira medalha feminina do Brasil em Mundiais foi em 2001, na Bélgica, quando Daniele Hypolito foi vice-campeã na prova de Solo. Jade Barbosa foi bronze no Mundial de 2007 na Alemanha, prova Individual Geral, e no de 2010, na Holanda, prova de Salto sobre a Mesa. Desde então, a equipe vem passando por renovação. Em 2014, na segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, na China, Flávia Saraiva, próxima de completar 15 anos, conquistou três medalhas: ouro no Solo e prata na Individual Geral e na Trave. Flavinha é o destaque entre as mascotes da nova geração, que tem ainda o talento de Rebeca Andrade e Lorrane Oliveira.
 
O atual patamar da ginástica brasileira era impensável há pouco mais de dez anos, quando Diego Hypolito ganhou sua primeira medalha em Copas do Mundo, em 2004. Na etapa mais recente da Copa do Mundo, em Baku (Azerbaijão), realizada nos dias 19 a 21 de fevereiro, a ginasta Flávia Saraiva obteve três medalhas (dois ouros – Trave e Solo – e um bronze na barra assimétrica) e Daniele Hypolito conquistou uma prata nas Barras Assimétricas.
 
 
Ascom - Ministério do Esporte
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