Luiz Altamir: dos Jogos Escolares à piscina Olímpica da Rio 2016

Publicado em Quinta, 23 Junho 2016 11:16
Foto: Satiro Sodré/CBDAFoto: Satiro Sodré/CBDA
 
O nadador Luiz Altamir, 20 anos, é exemplo de atleta que passou por todos os degraus necessários até chegar ao esporte de alto rendimento. Foi defendendo a bandeira do Colégio Antares, de Fortaleza, que ele disputou as primeiras provas de nível nacional. Aos 12 anos, estreou nos Jogos Escolares da Juventude 2008. Nos anos seguintes voltou a nadar no evento nacional escolar, ganhou medalhas e em 2016 pôde olhar para trás e ver que todo o esforço valeu a pena: vai nadar nas provas de 400m e revezamento 4x200m nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. 
 
“No ano de 2013 consegui ser campeão dos 100 metros borboleta e fui recordista da prova nos Jogos Escolares. Desde sempre eu consegui agarrar as oportunidades, desde os Jogos Escolares. Olhando para o passado vejo que foi um passo bem dado. Considero um degrau a mais na minha carreira”, recorda o nadador, que contou com o patrocínio do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, durante todos os anos de preparação olímpica. 
 
Maior competição estudantil do Brasil, os Jogos Escolares da Juventude reúnem jovens de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos, de escolas públicas e privadas de todo o país. A competição foi criada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em 2005 e tem o apoio do Ministério do Esporte. 
 
Mesmo sem dar as primeiras braçadas na Rio 2016, Luiz Altamir já contabiliza um recorde: é o primeiro nadador nascido no estado de Roraima a se classificar para Olimpíadas. O jovem pode se considerar um símbolo da mistura brasileira. O pai é paraense, a mãe, cearense e o atleta nasceu em Boa Vista, quando o pai foi transferido a trabalho. Um ano depois de Altamir nascer, à família mudou-se para Fortaleza, onde deu as primeiras braçadas no esporte. Desde os 15 anos mora e treina no clube do Flamengo, no Rio de Janeiro. 
 
O jovem já sentiu o gostinho do que é uma Olimpíada em 2014, quando disputou a edição do evento voltada para jovens atletas, em Nanquim, na China. “Foi uma experiência única. Acho que o melhor foi ver a diversidade de pessoas e culturas. Acho isso muito importante, pois mostra que o esporte é muito mais do que as competições. Tem muita coisa envolvida, como união, amizade e valores transmitidos”, diz. 
 
O jovem fez parte do revezamento 4×200 livre nos Jogos Pan-americanos de Toronto.(Foto: Satiro Sodre/SSPress)O jovem fez parte do revezamento 4×200 livre nos Jogos Pan-americanos de Toronto.(Foto: Satiro Sodre/SSPress)
 
No Rio será diferente. A vaga olímpica foi somente um degrau, segundo o nadador, na busca de um objetivo de vida. “Quando eu consegui a vaga para o Rio 2016, realizei um sonho de criança, que era fazer parte do time olímpico. Mas considero isso apenas um passo de muitos que virão. Estar dentro foi o primeiro passo. O segundo, é treinar para conseguir o melhor resultado para o Brasil”, ressalta. 
 
O nadador explica que vai fazer o melhor para superar a sua marca de 3min50s33 na prova dos 400m livre. “É uma prova em que surgem surpresas nas edições olímpicas. Os tempos variam muito de acordo  com cada edição. Não existe, por exemplo, um ‘Michael Phelps’ que domina os 400.  A prova é considerada de meio fundo, mas é um meio fundo com velocidade. Você tem que nadar o mais rápido possível. Não é quem nada bonito, é quem bate na frente”, completa. 
 
 Luiz Altamir e Brandonn Pierry visitam o Espaço Time Brasil nos Jogos de Toronto (Foto: Divulgação/COB) Luiz Altamir e Brandonn Pierry visitam o Espaço Time Brasil nos Jogos de Toronto (Foto: Divulgação/COB)
 
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte