Ministério do Esporte Artigo: O futuro do esporte
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Artigo: O futuro do esporte

Paulo Wanderley, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
Texto publicado pelo jornal O Globo em 2 de janeiro de 2018
 
O esporte olímpico do Brasil passa por um período de grandes avanços. Assim como os diversos setores da sociedade, o esporte acompanha a necessidade de modernizar sua gestão e as relações entre seus diversos agentes. A aprovação do novo estatuto do Comitê Olímpico do Brasil já é resultado dessa nova política, a partir do diálogo e do trabalho que envolveu as Confederações, entidades organizadas dos atletas e o COB.
 
Atendendo à antiga reivindicação da comunidade esportiva, os atletas obtiveram maior representatividade na Assembleia do COB, passando de um para 12 votos. Cabe agora a esses 12 atletas entenderem seu importante papel nesse contexto histórico e, com dedicação e empenho, justificarem a expectativa positiva em tomo de sua participação. Este é um avanço histórico, que pretendo ver multiplicado em todas as Confederações Brasileiras Olímpicas do país.
 
A criação do Conselho de Administração é outra mudança que impactará diretamente a gestão do COB. Seguindo os modernos conceitos de gestão, as principais decisões do COB passam a ser tomadas por um colegiado de 15 pessoas, incluindo atletas, representantes do COB, das Confederações, do Comitê Olímpico Internacional e dois membros independentes. Além disso, o COB passa a contar também com um Conselho de Ética, composto por cinco membros eleitos, sendo no mínimo três independentes, e será integrado por um Comitê de Integridade e outro de Conformidade. O objetivo aqui é garantir a qualidade dos candidatos às funções eletivas e dos principais executivos do COB, como também resguardar a entidade de eventuais conflitos de interesse.
 
O critério de elegibilidade para presidente e vice-presidente também se tornou mais acessível e abrangente. Antes, apenas um membro da Assembleia por mais de cinco anos podia apresentar candidatura, com o apoio de no mínimo dez membros. Agora, desde que atenda aos princípios de integridade, o candidato precisa do apoio de três membros para concorrer à presidência do COB, seja ele membro ou não da Assembleia.
 
Desde que assumi a presidência do Comitê Olímpico do Brasil, no dia 11 de outubro passado, três conceitos passaram a nortear todos os passos da entidade: transparência, meritocracia e austeridade. E esses conceitos vão além do discurso. A assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério do Esporte, a mudança da sede para o Parque Aquático Maria Lenk, em 2018, e a reestruturação financeira e administrativa da entidade, com maior controle de gastos, são alguns exemplos que respaldam o novo modelo de gestão do COB. Precisamos otimizar recursos para investir mais na preparação dos atletas, estes que são o objetivo final do COB.
 
O Comitê Olímpico do Brasil é uma entidade centenária que tem a missão de preparar e organizar as delegações brasileiras nas principais competições multiesportivas do calendário mundial. Mas o trabalho voltado ao alto rendimento não se encerra com a conquista de medalhas. O fortalecimento do esporte olímpico é fundamental para a inserção social e prática da cidadania de milhões de jovens brasileiros.
 
A experiência que tive à frente da Confederação Brasileira de Judô, a partir de 2001, me faz acreditar que as mudanças implementadas no COB trarão mais credibilidade e maior reconhecimento ao excelente trabalho que já é realizado pela entidade, seja através dos cursos de capacitação de gestores, a cargo do Instituto Olímpico Brasileiro, seja pelo apoio direto às Confederações à preparação dos atletas.
 
O mundo está mudando, o Brasil está mudando. É preciso evoluir e essa premissa se aplica a todos: entidades, organizações, dirigentes e atletas. Este é um processo sem volta. O desafio é do tamanho da oportunidade de fazer do esporte uma referência para a nossa sociedade, e também um norte para milhões de jovens e crianças de todo o país.
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