Brasileiro de Natação paralímpica termina com 18 recordes brasileiros

Publicado em Segunda, 22 Outubro 2018 17:43

Terminou neste domingo (21.10) o Campeonato Brasileiro de Natação Paralímpica. Com 259 atletas de 72 clubes na piscina do Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, a competição contou com os oito melhores atletas no ranking nacional em cada prova. A ADI APIN, de Indaiatuba, ficou com o título de melhor clube e recebeu R$ 15 mil como prêmio. O melhor técnico, Antônio Luiz Duarte Cândido, recebeu R$ 3 mil - mesmo valor distribuído aos melhores atletas por índice técnico (Daniel Dias e Patrícia Pereira). Confira abaixo os premiados.

O campeonato foi marcado pela quantidade de recordes quebrados. Ao todo, 18 novas marcas brasileiras foram estabelecidas. Outros 13 recordes de jovens foram batidos, atendendo a expectativa de bom desempenho dos nadadores em busca das premiações individuais e por clubes.

Piscina do CT Paralímpico de São Paulo foi o palco da competição. Foto: Leandro Martins/CPB/MpixPiscina do CT Paralímpico de São Paulo foi o palco da competição. Foto: Leandro Martins/CPB/Mpix

Ao todo, os brasileiros de Atletismo, Esgrima em Cadeira de Rodas, Halterofilismo e Natação distribuíram cerca de R$ 180 mil em premiações. Esta foi a primeira edição dos eventos, organizados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

"Este é um formato novo e interessante. Pretendemos que o Brasileiro seja o auge de todos os eventos. Queremos que seja, em termos de qualidade, o fechamento do nosso calendário. Há ajustes ainda a serem feitos, mas para o próximo ano acreditamos que teremos todas as modalidades com uma qualidade técnica ainda melhor", disse Alberto Martins da Costa, diretor-técnico do CPB.

A próxima temporada será recheada de desafios. A natação, por exemplo, terá o Mundial entre 29 de julho e 4 de agosto, em Kuching, na Malásia. Ainda em julho, de 13 a 19, o Mundial de Halterofilismo será em Astana, no Cazaquistão. Em novembro, de 7 a 15, haverá o Mundial de Atletismo, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O Brasil ainda terá pela frente os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, de 23 de agosto a 1º de setembro. O CPB tem como meta manter-se no topo do quadro-geral de medalhas da competição continental - feito que ocorreu no Rio 2007, Guadalajara 2011 e em Toronto 2015. A intenção do CPB é que o calendário nacional de 2019 auxilie na preparação para esses eventos.

Centro Paralímpico

Na última semana, o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro sediou uma reunião do Conselho Nacional do Esporte pela primeira vez. De acordo com o ministro Leandro Cruz, a escolha de um dos principais legados esportivo do país como local do encontro teve um objetivo claro. “O Ministério do Esporte e o Conselho Nacional do Esporte marcarem encontro aqui não foi à toa. Foi para dar um recado claro de que cuidamos do paradesporto da mesma forma que cuidados do desporto. Com o mesmo carinho, esmero”, comentou.

O Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro tem instalações esportivas indoor e outdoor que servem para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções em 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete, esgrima, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado. Além disso, tem área residencial com alojamentos com capacidade para 280 pessoas, refeitório, lavanderia e um setor administrativo com salas, auditórios e outros espaços de apoio.

O investimento para a obra, em valores de 2016, quando da conclusão do equipamento, foi de R$ 264,272 milhões, sendo R$ 149,630 milhões do Governo Federal - por meio do Plano Brasil Medalhas - e R$ 114,642 milhões do Governo do Estado de São Paulo. Inaugurado em maio de 2016, o CT é o principal centro de excelência do Brasil e da América Latina e um dos melhores do mundo no esporte de alto rendimento.

Premiações do Brasileiro de Natação paralímpica:

Melhor técnico - Antônio Luiz Duarte Cândido

Melhor clube - ADI APIN

Melhor índice técnico feminino - Patrícia Pereira

Melhor índice técnico masculino - Daniel Dias

Melhor índice técnico jovem feminino - Cecília Araújo

Melhor índice técnico jovem masculino - João Pedro Drumond Oliva

Atleta feminino mais eficiente - Lucilene da Silva

Atleta masculino mais eficiente - José Luiz Perdigão

Atleta jovem feminino mais eficiente - Lucilene da Silva

Atleta jovem masculino mais eficiente - José Luiz Perdigão

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)