Na véspera da abertura da Universíade, secretário Washington Cerqueira se reúne na Itália com presidente da CBDU

Publicado em Terça, 02 Julho 2019 14:07

Com 116 atletas em sete modalidades, o Brasil começa nesta terça-feira (02.07) sua participação na Universíade 2019. As primeiras a entrar em ação serão as jogadoras da Seleção Brasileira de futebol feminino, atual campeã do torneio, que enfrenta a Irlanda a partir das 16h (de Brasília). A cerimônia de abertura da 30ª edição da maior competição de esporte universitário do mundo está marcada para esta quarta-feira (03.07), a partir das 16h, no Estádio San Paolo, em Nápoles, na Itália.

Nesta terça, véspera da abertura oficial, o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério da Cidadania, Washington Cerqueira, se reuniu em Nápoles com o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral. "É a maior competição de esporte universitário do mundo, a gente sabe que o Brasil sempre disputa bem o evento. É importante fazer esse acompanhamento e estar junto dos nossos atletas", disse o secretário Washington.

O secretário Washington Cerqueira, o presidente da CBDU, Luciano Cabral, e o chefe de gabinete da SNELIS, Sidney Vasconcelos. Foto: Raul VasconcelosO secretário Washington Cerqueira, o presidente da CBDU, Luciano Cabral, e o chefe de gabinete da SNELIS, Sidney Vasconcelos. Foto: Raul Vasconcelos

"É importantíssimo o secretário vir e conhecer os jogos de perto, porque o Brasil ainda conhece muito pouco da Universíade. É importante que as principais autoridades brasileiras venham conhecer os jogos e também ter essa relação de proximidade com a nossa delegação. Além disso, o investimento da Secretaria do Esporte é fundamental, porque o orçamento da CBDU é para o calendário nacional. E esses jogos são muito importantes na formação dos aletas do Brasil, tanto que 53% dos atletas que conquistaram medalhas no Rio 2016 passaram pela Universíade", disse presidente da CBDU.

Para garantir a participação brasileira na competição, a Secretaria Especial do Esporte repassou à CBDU o valor de R$ 3,3 milhões. Os recursos custeiam passagens, taxas de inscrição, materiais de uso pessoal, alimentação, entre outros. Além disso, 39 atletas da delegação são beneficiários do Programa Bolsa Atleta. O investimento anual nesses atletas é de R$ 722 mil.

Metas e expectativas
Na última edição da Universíade, em 2017, em Taipei-China, o Brasil conquistou 12 medalhas, sendo 2 de ouro, 4 de prata e 6 de bronze. No quadro geral de medalhas, o país ficou na 28ª colocação. A meta deste ano é conseguir um desempenho similar, embora muitos fatores contribuam para que a CBDU não tenha definido expectativas altas em relação a resultados.

A delegação brasileira este ano é bem menor - em Taipei foram 183 atletas brasileiros –, e muitas modalidades acabaram ficando fora. "Além disso, essa Universíade historicamente é muito forte, porque é a Universíade que antecede os Jogos Olímpicos. Os países da Europa, Ásia e América do Norte utilizam a competição para treinar suas equipes olímpicas, então aqui estão os atletas que estarão em Tóquio. O Brasil não utiliza a Universíade como plataforma, o que acaba desequilibrando bastante nossa participação", explica o presidente da CBDU, Luciano Cabral.

Por isso, a análise que a CBDU fará vai ser em cima das modalidades que o Brasil disputou na Universíade passada e que vai disputar de novo agora. "Nessa perspectiva, nós temos sim a expectativa de ter um resultado ainda melhor. Nós acreditamos que a natação terá um resultado melhor este ano. O atletismo não teve medalhas na edição passada e deve ter nessa", projeta Cabral.

Destaques do Brasil
As fichas apostadas no atletismo se justificam porque a delegação brasileira da modalidade este ano conta com dois campeões mundiais. Paulo André de Oliveira e Rodrigo Nascimento conquistaram o histórico ouro no 4 x 100m no Mundial de Revezamento em maio. E Paulo já avisou que pretende deixar sua marca também no esporte universitário.

"Eu já disputei quase todos eventos nacionais e internacionais, quero passar por todos e deixar legado, se possível recorde. A Universíade é uma vitrine para aqueles que estão começando a ficar em evidência. É uma competição forte. Quero ir bem para aos poucos ir chegando no topo, e esse evento é uma porta de entrada para que isso aconteça", disse o velocista capixaba.

Além de Paulo e Rodrigo, o atletismo também conta com Gabriel Constantino, que em junho foi bronze nos 110m com barreira em etapa da Liga Diamante, importante competição mundial de atletismo. Já na natação, o destaque é Luiz Gustavo Borges, filho do nadador medalhista olímpico Gustavo Borges.

Universíade
Com 60anos de história, a Universíade chega à 30ª edição de volta ao lugar onde tudo começou: a Itália. Se há seis décadas Turim realizou a primeira Universíade, dessa vez a cidade escolhida para ser sede do maior evento mundial de desporto universitário é Nápoles. De 3 a 14 de julho, a estimativa é que a cidade italiana receba mais de 10 mil pessoas envolvidas no evento.

Os números da trigésima edição dão uma ideia do tamanho da competição. São 5971 atletas, de 127 países, em 18 esportes. com 222 medalhas em disputa. Trata-se do segundo maior evento poliesportivo do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos.

Mateus Baeta - Ministério da Cidadania, de Nápoles (Itália)