Projeto social de Toledo (PR) se consolida como força do badminton nos Jogos Escolares

Publicado em Segunda, 25 Novembro 2019 14:31

Foi-se o tempo em que as competições de badminton nos Jogos Escolares da Juventude eram dominadas completamente pelos atletas do Piauí. Ainda que o estado nordestino siga como principal referência na modalidade, outro projeto, da Região Sul do país, tem chamado a atenção nas últimas edições do evento: a Ação Social São Vicente de Paulo, de Toledo (PR).

Criado em 2006 e liderado pelo professor Valdecir Anacleto Barbosa, o projeto social trouxe quatro atletas para Blumenau (SC) e tem revelado grandes talentos, como Willian Guimarães e Rafael Faria, que já estão na seleção brasileira de base e, no último final de semana, foram campeões sul-americanos sub-19, em Guayaquil (Equador), nas duplas - Willian ainda venceu na chave de simples, derrotando os três principais favoritos do torneio.

Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COBFoto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COB

Enquanto os meninos do São Vicente de Paulo representavam o país no exterior, outras duas atletas do projeto, Natasha Cunha, 13, e Tainara Lima, 14, se enfrentavam em uma final 100% paranaense nos Jogos Escolares, em Blumenau (SC).

“O Willian e o Rafael vinham de duas finais consecutivas nos Jogos Escolares, mas este ano não puderam vir por causa do Sul-americano. E tivemos essa primeira final feminina só com paranaenses, o que é muito importante para nós”, diz Valdecir, que viu Natasha vencer o jogo por 2 a 0 (21/17 e 21/14).

A Ação Social São Vicente de Paulo atende cerca de 300 crianças e jovens, que participam de diversas atividades, caso do badminton, cujas aulas ocorrem às terças e quintas-feiras. Os principais destaques dessas aulas são convidados a treinar nas escolinhas, no início da noite.

E pensar que, há alguns anos, ter tantos atletas no cenário nacional era algo impensável.

“Quando começamos o projeto em 2006, não sabíamos nada. Era tudo uma aventura. Entramos no projeto para fazer que com as crianças praticassem um esporte. Passados cinco anos, começamos a ver que algumas delas tinham habilidade e fomos procurar treinamentos para os professores. É muito bom ter atletas desse nível porque eles são espelho para todos que estão na entidade e precisam de uma oportunidade”, afirma Valdecir.

Natasha deixa a competição com duas medalhas: ouro no individual e bronze na dupla feminina. Tainara, por sua vez, conquistou três: prata no individual, além do bronze na dupla feminina e na dupla mista.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)