Velejador explica peculiaridades da vela aos técnicos da Lei de Incentivo ao Esporte

Publicado em Quinta, 07 Agosto 2014 14:38

A dois anos para as Olimpíadas Rio 2016 e com os ventos soprando a favor do Brasil, na Regata Internacional de Vela, no Rio de Janeiro, evento-teste para os Jogos 2016, o Ministério do Esporte recebeu nesta quarta-feira (06.08) o atleta da vela (classe J24) e diretor-executivo da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Daniel Santiago.  O velejador participou do Café com Incentivo, e explicou aos técnicos da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) as peculiaridades que envolvem a vela, desde as categorias da modalidade até as condições meteorológicas para realização das competições.

(Foto: Francisco Medeiros/ME)(Foto: Francisco Medeiros/ME)

Daniel Santiago participou de três Jogos Pan-Americanos, foi medalha de prata em Santo Domingo, em 2006; medalha de ouro, no Pan do Rio, em 2007; e ouro em Guadalajara, em 2011. Ganhou oito títulos brasileiros, além de participar de vários campeonatos europeus. Daniel tenta conciliar o trabalho com os treinos nos fins de semana, pois com sua experiência pretende conseguir uma vaga para disputar o Pan-Americano de Toronto, em 2015, apesar de saber que tem muita gente boa em busca dessa vaga.

 “A vela é um esporte de muita tradição, um esporte olímpico extremamente vitorioso, a gente tem dois gênios na modalidade olímpica Torben Grael, e Robert Scheidt, esse último com chances de participar de sua sexta Olimpíada e brigando por pódio. São atletas geniais na modalidade. Atleta de nenhum esporte brasileiro tem cinco medalhas olímpicas como Scheidt têm”, afirmou Daniel Santiago.

Segundo Daniel, cada vez mais os parceiros privados fazem uso dos benefícios da Lei de Incentivo, um dos principais instrumentos essencial para o desenvolvimento da modalidade. “Sem a Lei de Incentivo nós teríamos menos fôlego e menos capacidade de investimento, principalmente nos atletas da equipe jovem. Eu me arrisco a dizer se não a totalidade a maior parte dos atletas da vela trabalham com recursos da lei. A CBVela mantém em execução o projeto "Participação da equipe brasileira de vela nas etapas do Campeonato Mundial e Copa do Mundo de Classes Olímpicas, aprovado em junho de 2014,   e aguarda a aprovação de mais quatro, todos para desenvolver a modalidade no Brasil.”

O velejador Daniel Santiago e o diretor da Lei de Incentivo, Paulo Vieira(Foto: Francisco Medeiros/ME)O velejador Daniel Santiago e o diretor da Lei de Incentivo, Paulo Vieira(Foto: Francisco Medeiros/ME)A vela é um esporte que exige muito investimento. “A confederação está sendo reestruturada, isso vai contribuir, principalmente, com a vela olímpica com o apoio que precisamos dar à modalidade, e esse é o desafio agora. Eu vejo a vela num cenário bastante positivo para 2016. A gente tem uma equipe talentosa e já está se organizando para dar todo o apoio necessário a esses talentos. Vejo um futuro promissor tendo em vista a tradição do esporte e o planejamento da CBVela”, ressaltou o diretor.  

Quanto à expectativa para 2016, Santiago explicou que a vela disputa dez medalhas, cada classe dessas dez, tem 12 ou 15 regatas para serem disputadas ao longo de dez dias de competição. “Não é fácil, não é simples, vai ser duro. Os atletas do mundo inteiro cada dia estão velejando mais tempo na baía de Guanabara, aprendendo os nossos segredos. Temos a vantagem de disputar as regatas em casa, mas a raia de competição é difícil. Não posso arriscar números, pois posso cometer um erro, mas estou certo que vamos conquistar medalhas”, disse.

Ao ser questionado sobre o planejamento dos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos, Daniel explicou que o trabalho está sendo feito. “Os investimentos hoje são bastante relevantes e expressivos. O plano é audacioso e possível de ser realizado. É viável e possível, mas precisamos trabalhar intensamente nesses dois anos que vão passar voando”, afirmou.

Cleide Passos
Ascom – Ministério do Esporte
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