Na água, na rua, no campo, confira um balanço das finais dos JMPI
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Publicado em Sábado, 31 Outubro 2015 23:28
O último dia de competições dos Jogos Mundiais Indígenas reservou disputas nas águas, nas ruas de Palmas e na Arena Verde, com provas de canoagem e corrida. Na sexta-feira (30.10) haviam sido definidas as finais do futebol e da natação. Confira como foram as decisões:
Foto: Roberto Castro/ ME
Canoagem
O Ribeirão Taquaruçú Grande recebeu neste sábado (31.10) as semifinais e a final da canoagem. Após cinco baterias preliminares, seis etnias se classificaram para a decisão: Cocama (Colômbia), Emberá e Wounaan (ambas do Panamá), Kamayurá e Riksbaktsa, as duas de Mato Grosso, e Matis, do Amazonas.
Em prova acirrada, os Emberá cruzaram a linha de chegada em primeiro, seguidos de seus conterrâneos Wounaan e do povo Kamayurá. Tripulante da canoa campeã, Clímaco Tojirama comemorou bastante o título.
“Estamos muito satisfeitos por ter vencido na canoagem. Parabenizo o Brasil que nos trouxe até aqui e felicito a nossos outros companheiros do Panamá, que chegaram em segundo. No dia de hoje, dou graças por ter aberto uma porta aqui no Brasil. Seguimos em frente, lutando para representar nosso país”, afirmou.
Foto: Roberto Castro/ME
Natação
Na natação masculina, 68 atletas tiveram que completar um percurso de 500m. Ao final, o guerreiro Joprytohahke, do povo Gavião, cruzou a linha de chegada na primeira colocação, com o tempo de 5min39s. O segundo colocado foi Otu Kuikuro, com 5min40s, seguindo por Joilson Rikbaktsa, com 5min42s.
A bateria feminina mostrou que o domínio da prova estava nas braçadas do povo Gavião. Com 55 participantes, a natação entre as mulheres foi vencida por Amkrokwyi Gavião, em 7min09s, também no percurso de 500m. O segundo lugar também ficou com os Gavião, com a guerreira Tukwêre cruzando a linha de chegada em 7min16s. O terceiro posto foi da panamenha Mitzany Conde, com 7min19s.
“Foi uma prova cansativa, mas estou muito feliz em ter levado a vitória para a minha aldeia. Quero agradecer aos parentes que vieram assistir e que me deram força para chegar à frente”, disse a guerreira vencedora do povo Gavião.
Foto: Roberto Castro/ME
Futebol
A torcida brasileira encheu o Estádio Nilton Santos para apoiar os dois times do povo Xerente, que representaram o país nas decisões do torneio de futebol masculino e feminino. A emoção foi ainda maior porque os títulos foram definidos nos pênaltis: o Canadá ganhou entre as mulheres, enquanto os Xerente venceram a Bolívia entre os homens.
As finais foram disputadas em dois tempos de 40 minutos. A primeira partida da noite desta sexta-feira (30.10) foi o confronto feminino entre as Xerente e o Canadá. O jogo ficou empatado em 0x0 no tempo regulamentar. Nos pênaltis, a seleção feminina de futebol canadense levou o título ao anotar 3x1.
No masculino o povo Xerente mostrou a força do jogo indígena do país do futebol. Após empate por 2x2 no tempo regulamentar contra a equipe da Bolívia, os brasileiros garantiram o título com uma vitória por 3x2 nos pênaltis.
Fotos: Francisco Medeiros/ ME
Corrida
Com os pés descalços, sandálias ou tênis. A diversidade de indígenas que percorreram a prova de corrida de rua também era vista na forma como cada povo encarou a competição. Cerca de 500 atletas, entre homens e mulheres, de diferentes etnias, correram por Palmas na manhã deste sábado (31.10).
O percurso foi de 8,4 km, que iniciou e se encerrou na arena central dos Jogos. Demorou 29 minutos para que o primeiro atleta cruzasse a linha de chegada, o canadense Rilee Emmitt. O povo mexicano também fez a festa na prova masculina. Mateo Gonzalez e Silvino Cubesare chegaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
“Eu adorei participar dos Jogos Mundiais. É uma oportunidade conhecer povos de diferentes países. Pude apresentar e celebrar a vida, além de ficar muito feliz com a minha participação na corrida. Vou voltar para minha casa contente”, disse Emmitt.
A festa continuou na prova das mulheres. A peruana Pillar Villogas chegou na frente, seguida pela canadense Lannie Houk e pela brasileira Rayani, do povo Karajá.
Fotos: Francisco Medeiros e Roberto Castro/ ME
Breno Barros, Emília Andrade e Pedro Ramos, de Palmas
Ascom - Ministério do Esporte
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