Segundo Tempo e Pintando a Liberdade começam a ser implantados em Angola

Última atualização em Quinta, 16 Julho 2015 11:25
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O Ministério do Esporte do Brasil inicia, a partir de hoje (12/9), a implantação de uma fábrica do Programa Pintando a Liberdade no presídio de Viana. Distante 40 quilômetros de Luanda, capital de Angola, a penitenciária produzirá já nesta primeira etapa 7,5 mil bolas com a matéria-prima doada pelo governo brasileiro. Todo o material produzido na nova unidade atenderá às demandas do Programa Segundo Tempo, outra ação do governo federal do Brasil que também está sendo implantada em Angola, e também atenderá a diversos programas sociais do governo angolano. Um Termo de Cooperação Internacional assinado entre os Ministérios do Esporte de ambos os países garante a exportação da tecnologia profissional esportiva do Brasil. O Pintando a Liberdade busca a ressocialização de presos. Em Angola, o programa envolverá a mão-de-obra de 250 detentos. Os futuros profissionais das fábricas estão sendo treinados pelos técnicos brasileiros Dalvan Gama de Assis e João Alves da Silva, acompanhados pelo diretor do Ministério da Juventude e Desporto de Angola, Pedro de Almeida. Dalvan de Assis está confiante que o Pintando a Liberdade contribuirá bastante com os programas esportivos em Angola, já que o alto custo dos materiais utilizados é um dos graves problemas enfrentados no país. "A produção em escala vai garantir a oferta de bola, um dos principais itens para a prática desportiva no nosso país", assegura o diretor. Durante reunião na última sexta-feira (9/9), estiveram presentes representantes dos governos angolano e brasileiro. A diretora da Secretaria de Relações Institucionais, Josefa de Carvalho, também marcou presença no encontro. "Avalio como muito positivo o andamento da implantação dos Programas Segundo Tempo e Pintando a Liberdade", disse. Diretor de Esporte Escolar e Identidade Cultural, Júlio César Soares elogiou a escolha, pelo governo angolano, das entidades parceiras que irão sediar o Segundo Tempo, programa de inclusão social de crianças carentes. "Selecionar o Instituto Salesianos, o Centro Arnaldo Jansen e a Associação de Amigos e Naturais de Angola (Anatemo) foi uma ótima decisão", afirma Júlio. Capacitação- Também começou hoje (12/8) o processo de capacitação de profissionais para o Programa Segundo Tempo. A Anatemo será a primeira entidade privilegiada com o Encontro Presencial. A associação, que trabalha com crianças e jovens desenvolvendo atividades esportivas, ações de combate ao uso de drogas e de prevenção à Aids, vai contemplar com esporte, reforço escolar e alimentar cerca de 200 crianças e adolescentes da província de Rangel, cerca de 30 quilômetros distante de Luanda. Durante o primeiro treinamento, o professor Júlio César ministrou palestra sobre a concepção do Segundo Tempo aos profissionais que irão atuar no núcleo de atendimento na Anatemo. Já a professora Lene Santiago, coordenadora de Capacitação do Ministério do Esporte do Brasil, mostrou experiências do programa no Brasil e ainda fez uma apresentação sobre a importância da capacitação no Segundo Tempo. Durante o curso na Anatemo, o técnico do Ministério da Juventude e Desporto de Angola, professor Deslandes Gonçalves, apresentou a temática "Inserção Social por meio do Desporto". Amanhã (13/9), o Encontro Presencial de Capacitação acontece no Centro de Recolhimento Arnaldo Jansen. Na quarta-feira (14/9) será a vez do Centro Dom Bosco Salesianos. Também será organizada uma turma do Curso de Extensão em Esporte Escolar em Angola com a participação dos novos monitores e coordenadores do Programa Segundo Tempo. A ação possibilitará a continuidade da capacitação a distância desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB). Para Lene Santiago, a continuidade do treinamento - iniciado com o encontro presencial e finalizado com a capacitação a distância - representa um passo fundamental na cooperação internacional dos governos brasileiro e angolano. "Será uma oportunidade imperdível para o aperfeiçoamento e a reciclagem dos profissionais e voluntários envolvidos nos programas esportivos", assegura a educadora brasileira. Carla Belizária