Rafael Silva e Maria Suelen garantem mais duas pratas para o Brasil no Mundial de Judô
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- Última atualização em Sábado, 31 Agosto 2013 19:45
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Os brasileiros Rafael Silva e Maria Suelen conquistaram neste sábado (31.08) mais duas medalhas de prata no Mundial de Judô do Rio de Janeiro, realizado no ginásio do Maracanãzinho. Com o resultado, a delegação brasileira tem agora seis medalhas na competição: uma de ouro, três de prata e duas de bronze.
Os outros dois brasileiros que lutaram terminaram longe do pódio. Todos os judocas que estiveram hoje no tatame estão na lista de contemplados da Bolsa Pódio, uma das ações do Plano Brasil Medalhas, cujos valores variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por mês.
A paulista Maria Suelen, líder do ranking mundial da categoria +78kg e atual campeã do Grand Slam de Moscou, passou bem por sua primeira luta, contra a atleta do Kazaquistão Gulzhan Issanova. No desafio seguinte, contra a sul-coreana Kim Eunkyeong, uma luta rápida: a brasileira logo encaixou um wazari e, em seguida, utilizou técnica de imobilização para vencer o confronto e garantir presença na semifinal.
No caminho para final, a brasileira teve pela frente a francesa Emilie Andeol. Em uma luta igual e com poucas quedas, Maria Suelen levou a melhor por causa de punição levada pela oponente.
A grande final do Mundial de Judô reuniu a brasileira e a cubana Idalys Ortiz, segunda colocada no ranking e atual campeã olímpica. As judocas travaram um combate equilibrado e, ao final, Maria Suelen não resistiu à luta da cubana e foi vencida por um wazari, seguido por imobilização.
Apesar da frustração inicial com a derrota, a brasileira salientou a segunda colocação no Mundial. "No começo é um gostinho amargo, pois a gente sai de uma derrota. Mas, depois de conversar com os técnicos, percebi que fiz uma final de Mundial. Só tenho a crescer cada vez mais", afirmou.
Após a cerimônia de premiação, a brasileira analisou o combate decisivo e agradeceu todo o suporte dado pela família que a acompanhou de perto. "Eu errei na luta, andei pra trás (e levou o golpe). Agora é pegar o vídeo, ver e trabalhar para que isso não aconteça mais", explicou. "Me senti feliz e segura com meu marido (Carlos Honorato, também judoca e vice-campeão olímpico em Sydney-2000) aqui, torcendo por mim. Minha família também veio. São pessoas que sempre estão do meu lado, mesmo nas derrotas", agradeceu.
Baby
Bronze nos Jogos de Londres-2012 e atual líder do ranking mundial na categoria +100 kg, Rafael Silva, o Baby, iniciou a competição com vitória por ippon contra o atleta do Quirguistão Iurii Krakovetskii. Na segunda rodada, contra o japonês Ryu Shichinohe, mais um ippon, que valeu a classificação para a semifinal. A luta por uma vaga na final foi contra o alemão Andreas Toelzer. Depois de cinco minutos de combate, o brasileiro levou a melhor por ter tido menos punições do que o rival e avançou para a disputa do ouro contra o francês multicampeão Teddy Riner.
Atual campeão mundial e olímpico, Riner dominou a luta final, aplicou um wazari no brasileiro, seguido de imobilização, e garantiu o ouro. Para Rafael Silva, a prata representou sua primeira medalha num Campeonato Mundial. "Resultado inédito na minha carreira. Estou muito feliz por causa disso e por ter conseguido 'medalhar' em Mundial", disse.
Sobre Teddy Riner, que chegou ao sexto título mundial, o brasileiro se disse decepcionado pela derrota em casa, mas prometeu treinar cada vez mais para vencer o francês. "Me sinto frustrado por não conseguir a vitória, mas ninguém é imbatível. Vou treinar muito e me dedicar ao máximo para derrotar ele", disse.
Primeiro e único medalhista individual do judô masculino no Mundial do Rio, Baby destacou o empenho dos colegas e ofereceu a conquista a eles. "Queria oferecer essa medalha a todos os atletas masculinos. Todos treinaram muito, e acho que têm tudo para ir bem nas Olimpíadas de 2016", comentou.
Eliminados
Os dois judocas brasileiros da categoria até 100 kg, Luciano Corrêa e Renan Nunes, perderam nas rodadas preliminares e ficaram sem medalhas. O atleta da República Theca Michal Horak foi o primeiro desafio de Corrêa. Após vitória por ipopn, o brasileiro encarou o francês Cyrille Maret em sua segunda luta. Num combate equilibrado, o atleta da França encaixou um golpe, imobilizou e eliminou o brasileiro do Mundial.
Campeão da competição em 2007, Corrêa admitiu que a estratégia do adversário foi melhor e destacou o nível atual da modalidade. "O cenário mundial está muito concorrido. Para mim não deu certo hoje, mas tenho certeza de que teremos um ótimo resultado nos Jogos de 2016", completou.
Renan Nunes (-100kg) não passou da primeira rodada do Mundial. Derrota para o alemão Dimitri Peters por um yuko de vantagem. Mesmo com a eliminação precoce, o brasileiro ficou feliz com sua primeira experiência no torneio. "Ano passado eu estava na equipe de apoio e hoje estou aqui competindo. Tenho mais três anos para me preparar para 2016 (Jogos Olímpicos) e, quem sabe, ser campeão. Sei o caminho que preciso seguir", disse.
Rafael Brais, do Rio de Janeiro
Fotos: Francisco Medeiros e Rafael Brais
Ascom - Ministério do Esporte
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