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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

 

Informações: (61) 3217-1800 E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

V Jogos dos Povos Indígenas/2002

Mais um vez o Ministério do Esporte e Turismo, por meio da Secretária Nacional do Esporte, patrocinou entre os dias 14 a 22 de setembro de 2002 a realização dos V Jogos dos Povos Indígenas, na cidade de Marapanim, Pará.

Este evento se consolida de vez como o maior encontro desportivos cultural tradicional indígenas da América, com a participação de 1050 atletas indígenas de 60 etnias.

A equipe da Secretaria Executiva de Esporte e Lazer (SEEL/PA), mais uma vez demonstrou capacidade e competência na execução desses trabalhos, ao escolher conosco a Praia do Crispim, a 18 quilômetros de Marapanim. Um local inóspito e inimaginável para a realização de qualquer evento de tamanha envergadura, pois não havia praticamente acesso e infra-estrutura para o público, que se deslocaria debaixo de um calor de mais de 35º C. Os comentários entre outros coordenadores eram de que resultaria num total fracasso. Porém em nenhum momento desanimamos. Estávamos determinados em perseguir os nossos objetivos. O cenário ficou pronto com a construção de 34 ocas e uma arena com arquibancadas para 7 mil pessoas. Apesar de várias dificuldades administrativas, na tarde do dia 14 de setembro, 60 delegações indígenas adentram à arena para o desfile de abertura. Cada povo caracterizado com suas: vestes, cantos, pinturas corporais, indumentárias tradicionais próprias de uma beleza natural sem descrição. A partir daí, a Terra da Borboletinha do Mar; como é conhecido Marapanim, tornou-se o cenário para realização dos V Jogos dos Povos Indígenas - 2002.

Uma verdadeira Torre de Babel estava configurada, pois foram faladas nessa grande aldeia cerca de 40 línguas diferentes.

Estabelecemos um cronograma de programação de atividades desportivas e culturais, obedecendo as características e a diversidade cultural singular de cada povo indígena convidado. As nossas expectativas foram sendo superadas ao se concretizarem, em fatos, o que havíamos planejado em tese. Todos os povos envolvidos nessas atividades procuraram cumprir rigorosamente em detalhes aquilo que recomendamos, que é demonstrar nas apresentações a sua forma mais tradicional. Estávamos superando essa etapa de fazer entender com que cada etnia e atleta procurasse evidenciar, o que de fato são.

Superamos e fizemos os jogos acontecerem com uma equipe aguerrida e bem reduzida, fazendo movimentar dentro de nosso cronograma diário, mais de 1050 atletas e etnias com línguas e costumes diferenciado uma das outras. Cumprindo-se com sucesso e rigorosamente toda programação, sem nenhum atropelo ou mesmo ensaio preliminar na provas tradicionais e culturais.

A interação com o publico foi conseqüência natural sob todos aspectos, principalmente com a apresentação dos grupos de dança regional do carimbó na arena, criou-se assim maior empatia e aproximação da sociedade regional com os indígenas, estabelecendo-se laços de amizade e o inicio de um processo pré-educacional que afastam o preconceito.

Fica evidente que os jogos proporcionam diversos fatores positivos, como o fortalecimento da identidade cultural. Todo segmento da sociedade brasileira precisa descobrir e conhecer as formas tradicionais dos primeiros brasileiros, pois ignorâncias geram preconceitos. O conhecimento favorece a aceitação e o respeito, e uma das oportunidades é o evento, único do gênero no mundo a reunir, em um mesmo tempo e lugar, os povos mais autóctones de nosso país.

Estamos buscando parcerias para que possamos melhorar nosso desempenho nesse segmento, e procurando responder à altura de nossas responsabilidades. Para tanto, já estabelecemos junto ao governo canadense conversação de intenções para desenvolver oficialmente intercâmbio sociocultural desportivo com indígenas daquele país, razão pela qual estiveram presente, nos jogos três líderes indígenas do Canadá. Essa questão também envolve a Secretaria Nacional do Esporte em prosseguir com os trabalhos entre os indígenas na área das atividades do desporto social, a exemplo do Projeto Esporte Solidária. O estado do Pará nos deu pela segunda vez a oportunidade de mostrar ao Brasil e ao mundo os indígenas. As cidades de Marapanim, Marudá, Bacureteua, Vista Alegre e toda região nos deixam saudades. A chama do fogo dos jogos se apagou. Porém, nos corações indígenas, reascende esperanças de que uma pequena semente foi plantada na alma de cada pessoa presente no evento.Fazendo-os pensar índio.

VI Jogos dos Povos Indígenas/2003

A sexta edição dos Jogos dos Povos Indígenas será realizada no período de 1º a 08 de novembro próximo, na Praia da Graciosa, em Palmas, Estado de Tocantins.

Reunirá mais de mil indígenas, de 60 diferentes povos do País, além de contar com a presença de indígenas do Canadá e da Guiana Francesa. O evento é realizado desde outubro de 1996, sob o patrocínio do Ministério Extraordinário dos Esportes, por meio das secretarias de esporte e prefeituras dos estados que acolhem o evento, com o apoio da Funai, responsável pela mobilização dos participantes do evento.

A experiência das cinco edições anteriores permitiu aos organizadores aprimorar a realização do evento, corrigir as falhas, observar e definir novas linhas de ações para alcançar a meta principal, hoje conhecidas por todos: a consolidação dos Jogos dos Povos Indígenas como a maior e mais importante festa de congraçamento dos povos indígenas, nascida de um sonho dos próprios índios. O critério para a participação é a força cultural das etnias, considerando tradições como a língua, a dança, os rituais, os cantos, as pinturas corporais, o artesanato e os esportes tradicionais.

A primeira edição ocorreu em Goiânia, em outubro de 1996, com a presença de 25 etnias e mais de 400 atletas e contou com a presença de Pelé, que incluiu o evento no calendário da Secretaria Nacional do Esporte, hoje Ministério Extraordinário dos Esportes. Os II Jogos foram realizados na cidade de Guairá, no Paraná, em outubro de 1999 e teve a participação de 31 etnias e mais de 600 atletas. Em Marabá, no interior leste do Pará, a terceira edição dos Jogos reuniu 800 atletas de 34 diferentes culturas indígenas. Em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, em outubro de 2001, o Parque das Nações Indígenas recebeu 470 atletas de 29 etnias. Em outubro do ano passado, cerca de 1100 atletas de 62 etnias demonstraram esportes indígenas e outros conhecidos dos não-índios, bem como danças e rituais de suas culturas ao numeroso público. A quinta edição dos jogos ocorreu na Praia do Crispim, em Marapanim, no litoral do Pará durante 8 dias.

Este ano, os VI Jogos dos Povos Indígenas terão a participação de 60 etnias. Já estão confirmadas as presenças de 45 delegações: Awa Guajá/MA; Aikewara/PA; Apinajé/TO; Avá Canoeiro/GO; Awetí/MT; Bakairi/MT; Bororo/MT; Cinta Larga/RO; Enawêne Nawê/MT; Gavião Kyikatêjê/PA; Guarani/PA; Hixkariana/AM; Javaé/TO; Ka'apor/MA; Kaiwá/MS Kalapalo/MT; Kamayurá/MT; Kanela Ramkokamekra/MA; Karajá/TO; Kayabi/MT; Kayapó/PA; Krahô/TO; Kuikuru/MT; Matis/AM; Nambikwára/RO; Parakanã/PA; Paresi/MT; Pataxó/BA; Rikbatsa/MT; Suruí/RO; Tapirapé-TO/MT; Tembé-PA/; Terena/MS; Uru-Eu-Wau-Wau-/RO; Wai Wai/PA; Waiãpi/AC; Waimri Atroari/AM; Waura/MT: Xavante/MT; Xerente/TO; Xikrin/PA; Xucuru Kariri/AL; Yanomami/RR; Yawalapití/MT.

Dos povos participantes confirmados, sete estão indo aos Jogos pela primeira vez: os Awa Guajá, do Maranhão, que falam e entendem muito pouco o português e cujo contato com não-índio se restringe praticamente ao chefe do Posto Indígena da Funai; os Avá Canoeiro, de origem desconhecida e com uma população de apenas 14 pessoas, representados nos Jogos por seis deles, que moram na região da Serra da Mesa, em Goiás; os Kaapor, do Maranhão, conhecidos pela arte plumária; os Nambikwára e os Uru-Eu-Wau- Wau, de Rondônia e os Waimiri Atroari e os Hixkariana do Amazonas.

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