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Bolsista luta para ficar entre os melhores no mundial de levantamento de peso
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- Publicado em Sexta, 18 Outubro 2013 09:55
No Mundial Júnior de Levantamento de Peso de Sófia 2010, na Bulgária, o brasileiro Fernando Reis conquistou uma medalha de bronze, com 171 kg no arranco (quando o atleta "não para" a barra no peito, antes do levantamento; no arremesso, há essa parada). No total combinado, ele foi o quarto colocado, com 372 kg (soma dos quilos levantados nas duas modalidades). Já no Mundial Adulto, em Paris 2011, ficou em 20º no geral. Agora, vai representar o Brasil novamente, no Mundial de Wroclaw, na Polônia, que terá disputas entre os dias 20 e 27 de outubro, com a meta de se colocar entre os oito primeiros da categoria +105 kg.
Em mundiais - realizados anualmente, menos em ano olímpico - há medalhas para arranco, arremesso e total combinado. Em Olimpíadas, as medalhas são apenas para o total. Nos Jogos de Londres 2012, Fernando foi o 12º colocado, entre 19 competidores. Este ano, tornou-se tricampeão da categoria +105 kg, do Pan-Americano de Levantamento de Peso na Ilha de Margarita, Venezuela, no fim de junho, com 180 kg no arranco e 227 kg no arremesso.
Aos 23 anos, Fernando Reis faz parte do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte e fala da importância desses recursos. "Todo o dinheiro investido de maneira séria e controlada no esporte é válido e muito importante. Ainda mais para quem briga por medalhas internacionais", frisa.
Atualmente 11º colocado no ranking internacional de sua categoria, o brasileiro mora nos Estados Unidos, onde estuda e treina em Saint Louis, no Missouri, há três anos. "Na verdade, vim para cá juntar o útil ao agradável. Aqui tenho um lugar de treino ótimo, dentro da faculdade, e assim não perco tempo. Mas ainda treino melhor no Brasil (no Pinheiros, em São Paulo), com o meu técnico (o cubano Luís López)", diz o atleta, que se forma em maio de 2014 e tem planos de voltar ao Brasil, na sequência de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. "Esse é o objetivo. Treinar na Europa também é uma possibilidade. Acontecendo, será muito positivo."
As categorias entre 77 kg e 94 kg são aquelas com maior número de atletas, mas a sua (+105 kg) também é bem concorrida. "Os países do Leste Europeu são os mais fortes na categoria superpesado, mas também há um pessoal muito bom no Irã", acentua.
Força, velocidade, flexibilidade
Os treinos de Fernando Reis variam entre cinco e seis horas por dia, divididos em duas sessões, contando com programas de computador para auxiliar na parte técnica, mas, na maior parte do tempo, valem as análises do técnico. Nos períodos de base, há corridas, por exemplo, mas não nesta fase final de preparação para o mundial, quando o treino é mais específico, de movimentos para a competição, de arranco e arremesso. "Um levantador de peso olímpico tem de ser forte, veloz e flexível. E, sim, meu peso me permite comer de tudo, mas dou preferência a comidas saudáveis, evitando 'junk food?, completa o atleta.
Sobre a equipe brasileira para o Mundial de Wroclaw, Fernando ressalta que os irmãos Gregório Machado (Mateus e Marco Túlio, de 20 e 22 anos e das categorias 105 kg e 94 kg) são "o futuro do levantamento de peso" no Brasil. "Os dois têm talento e treinam muito. O Mateus é campeão pan-americano juvenil na 105 kg e o Túlio, medalhista pan-americano de bronze adulto na 94 kg."
Sobre a participação das garotas Jaqueline Ferreira ( 75 kg) e Rosane Santos (53 kg), que também integram o Bolsa-Atleta, como Fernando e Mateus, o atleta olímpico não acredita que seja "mais fácil" pelo menor número de participantes: "O nível é altíssimo", enfatiza.
Denise Mirás
Foto: Ricardo Bufolin/Divulgação ECP
Ascom - Ministério do Esporte
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