Campeão olímpico Rogério Sampaio apresenta projetos para judô e atletismo

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Publicado em Quinta, 26 Setembro 2013 21:35

Destacando a necessidade de diminuir a distância que se forma entre grandes campeões e atletas de base, o judoca Rogério Sampaio esteve nesta quinta-feira (26.09) na Secretaria de Alto Rendimento (Snear) do Ministério do Esporte, em Brasília, para discutir dois projetos com o secretário Ricardo Leyser e o diretor Ricardo Avelar. O primeiro, relacionado ao judô paulista; o segundo, à pista de atletismo do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), da Prefeitura de São Paulo, no Ibirapuera, do qual hoje é diretor.

Campeão olímpico da categoria até 65kg em Barcelona-1992, Rogério esteve acompanhado de Alessandro Puglia, também judoca, que assumiu a presidência da Federação Paulista de Judô, entidade com 15 mil filiados de 600 associações e que realiza mais de 60 eventos ao ano. "Pensamos em reeditar um trabalho em parceria com a Caixa, de alguns anos atrás, para equipes sub-18 e sub-21, com 32 atletas, 16 meninos e 16 meninas", explicou o ex-atleta. "São Paulo é um importante centro de formação de judocas: 80% dos medalhistas olímpicos brasileiros são da Federação Paulista."

Rogério Sampaio deu exemplos de judocas como o medalhista olímpico Rafael "Baby" Silva, medalha de bronze olímpica em Londres-2012 na categoria mais de 100kg, que foi descoberto por "olheiro" em torneio estudantil em Bastos, interior de São Paulo. Maria Suellen, prata da categoria mais de 78kg no Mundial do Rio-2013, e Felipe Kitadai, outro medalhista olímpico em Londres-2012 (até 60kg), foram outros dois nomes citados pelo ex-atleta como exemplo de judocas formados em São Paulo que agora representam o Brasil.

Alessandro Puglia lembrou da necessidade de se resgatar o treinamento conjunto de categorias de base com atletas de ponta, para que os primeiros se sintam motivados e os de alto rendimento não se acomodem. Assim, acrescentou, São Paulo também é um centro importante pela quantidade de atletas dos mais variados biótipos e técnicas para o trabalho que o judô requer - chegando-se a 80 ou 120 judocas treinando juntos.

Reforma da pista do Centro Olímpico
Ricardo Avelar, diretor da Snear, comentou que não é possível, para o governo federal, repassar recursos por convênios para atletas de determinadas federações, em detrimento de outras, de outros esportes. Mas ressaltou que é possível, sim, o investimento em clínicas de capacitação e aprimoramento e em compra de equipamentos para estruturar centros de treinamento que venham a compor a Rede Nacional de Treinamento que está sendo constituída pelo ministério.

É possível, por exemplo, que um projeto encaminhado à chamada pública seja contemplado para comprar tatames novos para reequipar os 16 centros regionais do judô no Estado de São Paulo, como explicou o secretário Ricardo Leyser, assinalando ainda a possibilidade de parceria com o governo do estado e a prefeitura de São Paulo.

Como diretor do Centro Olímpico, Rogério Sampaio apresentou projeto para reforma da pista de atletismo local, classe 1 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), que poderá ser o principal Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), hoje aberto a atletas de alto rendimento de diferentes clubes. Essa proposta será enviada para análise da equipe técnica do ministério.

Denise Mirás
Foto: Sueli Scutti
Ascom - Ministério do Esporte
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