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Prefeitura do Rio lança edital para construção do velódromo olímpico
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- Publicado em Sexta, 13 Setembro 2013 16:19
A prefeitura do Rio de Janeiro lançou hoje (13.09) o edital de licitação para as obras e a operação do velódromo olímpico e paraolímpico dos Jogos de 2016. O orçamento previsto para a construção é de R$ 136,9 milhões. O novo velódromo será uma instalação permanente, com capacidade de 5 mil assentos fixos e área disponível para até 800 lugares temporários ou flexibilidade para outras configurações da arena.
A instalação integrará o Centro Olímpico de Treinamento (COT), voltado para atletas de alto rendimento e que será o principal legado esportivo do evento para a cidade e para o país. Também farão parte do centro o Parque Aquático Maria Lenk, três pavilhões esportivos e a parte permanente do Centro de Tênis.
Assim como no edital do Centro de Tênis, lançado em 16 de julho de 2013, a prefeitura manteve a inovação no edital do velódromo ao prever não só a construção, mas também a operação do equipamento por 23 meses a partir de sua entrega. A proposta de garantir a operação da instalação foi apresentada pelo Ministério do Esporte, que vem trabalhando em estreita parceria com a Prefeitura. O Governo Federal vai transferir ao Município R$ 136,9 milhões para as obras e R$ 7,2 milhões para a operação da nova instalação esportiva, conforme acordo de cooperação técnica assinado entre o ministério e a prefeitura em maio de 2012.
As obras do velódromo estão previstas para começar no quarto trimestre de 2013, e a nova instalação será entregue no segundo semestre de 2015. O projeto básico já foi concluído. O projeto executivo está em fase de finalização e estará pronto antes do início das obras. Esses projetos foram licitados e estão sendo custeados pela prefeitura.
Com a construção do velódromo olímpico, o Brasil passará a ter duas instalações de ciclismo cobertas e com pista de madeira para treinamento e competições de atletas da modalidade. O antigo velódromo foi desmontado e será transferido pelo Ministério do Esporte para a cidade paranaense de Pinhais, mantendo o legado esportivo dos Jogos Pan-Americanos. O estado do Paraná é o maior polo de ciclismo de pista do país.
Itens de sustentabilidade garantem redução de custos de operação
O valor de construção do velódromo olímpico apresentado no edital está em linha com o valor da reforma do antigo velódromo, prevista no Dossiê de Candidatura divulgado em 2009, que, atualizado pela inflação do período e considerando aspectos legais e normativos não existentes à época, representaria atualmente cerca de R$ 140 milhões (valores de agosto de 2013).
Vale destacar ainda, como base de comparação, que a construção do velódromo dos Jogos de Londres 2012 custou cerca de 93 milhões de libras, que correspondem a aproximadamente R$ 338 milhões, em valor médio de agosto de 2013.
No Dossiê de Candidatura, o investimento previsto era destinado à reforma do antigo velódromo e não à construção de um velódromo com os requerimentos olímpicos. A estimativa de orçamento para a reforma era de R$ 70 milhões, em valores da época. Quando atualizado pelo Índice Nacional de Custo da Construção - Disponibilidade Interna (INCC-DI), que acumulou variação de 31,59% no período de janeiro de 2009 a agosto de 2013, o valor do Dossiê de Candidatura passa a atuais R$ 96 milhões.
A simples correção do valor pela inflação do período, entretanto, não permite a comparação adequada com o orçamento atual. Isso porque o projeto da candidatura incorporava os padrões da época em itens como acessibilidade, sustentabilidade e segurança, entre outros. As atuais exigências legais e normativas adicionaram valores da ordem de R$ 43,6 milhões (valores de agosto de 2013) ao orçamento da candidatura. São requisitos hoje considerados essenciais, como assentos antichamas exigidos pelo Corpo de Bombeiros, assentos destinados a pessoas com deficiência - conforme estabelecido no Decreto Federal 7.823/2012 - sistema de ar condicionado e outros.
O edital de licitação para a construção e a operação do velódromo olímpico e paraolímpico dos Jogos de 2016 não inclui orçamento para a pista de madeira. A contratação da pista ficará a cargo do Comitê Rio 2016. Da mesma forma, o orçamento da reforma do antigo velódromo também não contemplava valores para a pista.
O vencedor da licitação para a elaboração dos projetos básico e executivo do velódromo olímpico, anunciado em 31 de janeiro de 2013, foi o Consórcio Rio Equipamentos Olímpicos, formado pelas empresas Arqhos Consultoria e Projetos LTDA, Arup do Brasil Consultoria LTDA, Blac Backheuser e Leonidio Arquitetura e Cidade S/C, Conen Consultoria e Engenharia LTDA e JLA Casagrande Serviços e Consultoria de Engenharia LTDA. Os estudos preliminares foram elaborados pela AECOM, vencedora do concurso internacional que escolheu a empresa responsável pelo plano geral urbanístico do Parque Olímpico da Barra, em agosto de 2011.
UCI não homologou o antigo velódromo para os Jogos Olímpicos
A decisão de construir um velódromo olímpico foi tomada em conjunto pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, o Comitê Rio 2016 e o Governo Federal, após diversas análises. Vistoria da Federação Internacional de Ciclismo (UCI, sigla em francês para Union Cycliste Internationale) no velódromo construído para os Jogos Pan-Americanos, feita a pedido do Comitê Rio 2016, resultou em parecer de que a estrutura não poderia ser utilizada nos Jogos Olímpicos.
A UCI citou diversos aspectos em seus relatórios que estavam em desacordo com os requerimentos necessários à realização das competições olímpicas. Entre eles, o fato de a construção ter dois pilares que atrapalhavam a visão do público, dos telespectadores e dos árbitros; e a pista não permitir que os atletas atingissem a velocidade necessária para superar recordes olímpicos e mundiais. No velódromo dos Jogos Pan-Americanos foi comprovado que a velocidade máxima atingida foi de 70 km/h, quando da homologação na época do evento de 2007. Atualmente, por exemplo, na prova de 200 metros o recorde mundial de velocidade é em torno de 79 km/h. Em Londres, durante os Jogos de 2012, a velocidade alcançada foi de 75 km/h. De acordo com os padrões olímpicos, as velocidades mínima e máxima a serem alcançadas, segundo os requisitos para uma pista Categoria 1, devem ser de 85 km/h e 110 km/h, respectivamente.
A desmontagem do antigo velódromo foi feita pela Concessionária Rio Mais, responsável pelas obras do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. A operação de desmonte começou no início de março de 2013 e foi concluída no início de junho, em conformidade com o cronograma de construção das instalações do Parque Olímpico.
Os técnicos responsáveis pela desmontagem buscaram aproveitar o máximo da instalação. Toda a estrutura de sustentação da pista, os assentos da arquibancada, estrutura e cobertura metálicas, luminárias, janelas, portas, elevador, tubulações, esquadrias de alumínio, canaletas, vidros, material de instalação hidráulica e de incêndio, e equipamentos da subestação de energia elétrica, entre outros itens, compõem o conjunto de materiais que serão transferidos para Pinhais. Todos os itens reaproveitáveis estão acondicionados em 21 contêineres. O Ministério do Esporte arcará com os custos de transporte e remontagem do antigo velódromo.
Rio vai ganhar outro velódromo, para iniciação esportiva
Além do velódromo olímpico, a cidade do Rio de Janeiro vai ganhar um velódromo para iniciação à modalidade. A proposta foi feita pelo Ministério do Esporte à prefeitura do Rio de Janeiro, que decidiu erguer a instalação em uma área que está sendo escolhida pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, dentro de uma das Vilas Olímpicas já em operação.
O ministério está analisando projeto padrão recomendado pela Confederação Brasileira de Ciclismo para instalações desse tipo. O novo equipamento, sem cobertura e em pista de concreto, será pago pelo Governo Federal e deverá ser construído em 2014. Embora menor e mais simples que o olímpico, o novo velódromo terá áreas de apoio e seguirá especificações técnicas da Confederação.
A decisão de erguer a nova pista atende à demanda por espaços para escolinha de ciclismo na cidade, incentiva a prática desta modalidade esportiva e reduz a carência de locais de treinamento para atletas que se desenvolvem no ciclismo de pista.
Leia mais:
Velódromo desmontado do Rio vai para Pinhais, no Paraná
Ascom - Ministério do Esporte
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A instalação integrará o Centro Olímpico de Treinamento (COT), voltado para atletas de alto rendimento e que será o principal legado esportivo do evento para a cidade e para o país. Também farão parte do centro o Parque Aquático Maria Lenk, três pavilhões esportivos e a parte permanente do Centro de Tênis.
Assim como no edital do Centro de Tênis, lançado em 16 de julho de 2013, a prefeitura manteve a inovação no edital do velódromo ao prever não só a construção, mas também a operação do equipamento por 23 meses a partir de sua entrega. A proposta de garantir a operação da instalação foi apresentada pelo Ministério do Esporte, que vem trabalhando em estreita parceria com a Prefeitura. O Governo Federal vai transferir ao Município R$ 136,9 milhões para as obras e R$ 7,2 milhões para a operação da nova instalação esportiva, conforme acordo de cooperação técnica assinado entre o ministério e a prefeitura em maio de 2012.
As obras do velódromo estão previstas para começar no quarto trimestre de 2013, e a nova instalação será entregue no segundo semestre de 2015. O projeto básico já foi concluído. O projeto executivo está em fase de finalização e estará pronto antes do início das obras. Esses projetos foram licitados e estão sendo custeados pela prefeitura.
Com a construção do velódromo olímpico, o Brasil passará a ter duas instalações de ciclismo cobertas e com pista de madeira para treinamento e competições de atletas da modalidade. O antigo velódromo foi desmontado e será transferido pelo Ministério do Esporte para a cidade paranaense de Pinhais, mantendo o legado esportivo dos Jogos Pan-Americanos. O estado do Paraná é o maior polo de ciclismo de pista do país.
Itens de sustentabilidade garantem redução de custos de operação
O valor de construção do velódromo olímpico apresentado no edital está em linha com o valor da reforma do antigo velódromo, prevista no Dossiê de Candidatura divulgado em 2009, que, atualizado pela inflação do período e considerando aspectos legais e normativos não existentes à época, representaria atualmente cerca de R$ 140 milhões (valores de agosto de 2013).
Vale destacar ainda, como base de comparação, que a construção do velódromo dos Jogos de Londres 2012 custou cerca de 93 milhões de libras, que correspondem a aproximadamente R$ 338 milhões, em valor médio de agosto de 2013.
No Dossiê de Candidatura, o investimento previsto era destinado à reforma do antigo velódromo e não à construção de um velódromo com os requerimentos olímpicos. A estimativa de orçamento para a reforma era de R$ 70 milhões, em valores da época. Quando atualizado pelo Índice Nacional de Custo da Construção - Disponibilidade Interna (INCC-DI), que acumulou variação de 31,59% no período de janeiro de 2009 a agosto de 2013, o valor do Dossiê de Candidatura passa a atuais R$ 96 milhões.
A simples correção do valor pela inflação do período, entretanto, não permite a comparação adequada com o orçamento atual. Isso porque o projeto da candidatura incorporava os padrões da época em itens como acessibilidade, sustentabilidade e segurança, entre outros. As atuais exigências legais e normativas adicionaram valores da ordem de R$ 43,6 milhões (valores de agosto de 2013) ao orçamento da candidatura. São requisitos hoje considerados essenciais, como assentos antichamas exigidos pelo Corpo de Bombeiros, assentos destinados a pessoas com deficiência - conforme estabelecido no Decreto Federal 7.823/2012 - sistema de ar condicionado e outros.
O edital de licitação para a construção e a operação do velódromo olímpico e paraolímpico dos Jogos de 2016 não inclui orçamento para a pista de madeira. A contratação da pista ficará a cargo do Comitê Rio 2016. Da mesma forma, o orçamento da reforma do antigo velódromo também não contemplava valores para a pista.
O vencedor da licitação para a elaboração dos projetos básico e executivo do velódromo olímpico, anunciado em 31 de janeiro de 2013, foi o Consórcio Rio Equipamentos Olímpicos, formado pelas empresas Arqhos Consultoria e Projetos LTDA, Arup do Brasil Consultoria LTDA, Blac Backheuser e Leonidio Arquitetura e Cidade S/C, Conen Consultoria e Engenharia LTDA e JLA Casagrande Serviços e Consultoria de Engenharia LTDA. Os estudos preliminares foram elaborados pela AECOM, vencedora do concurso internacional que escolheu a empresa responsável pelo plano geral urbanístico do Parque Olímpico da Barra, em agosto de 2011.
UCI não homologou o antigo velódromo para os Jogos Olímpicos
A decisão de construir um velódromo olímpico foi tomada em conjunto pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, o Comitê Rio 2016 e o Governo Federal, após diversas análises. Vistoria da Federação Internacional de Ciclismo (UCI, sigla em francês para Union Cycliste Internationale) no velódromo construído para os Jogos Pan-Americanos, feita a pedido do Comitê Rio 2016, resultou em parecer de que a estrutura não poderia ser utilizada nos Jogos Olímpicos.
A UCI citou diversos aspectos em seus relatórios que estavam em desacordo com os requerimentos necessários à realização das competições olímpicas. Entre eles, o fato de a construção ter dois pilares que atrapalhavam a visão do público, dos telespectadores e dos árbitros; e a pista não permitir que os atletas atingissem a velocidade necessária para superar recordes olímpicos e mundiais. No velódromo dos Jogos Pan-Americanos foi comprovado que a velocidade máxima atingida foi de 70 km/h, quando da homologação na época do evento de 2007. Atualmente, por exemplo, na prova de 200 metros o recorde mundial de velocidade é em torno de 79 km/h. Em Londres, durante os Jogos de 2012, a velocidade alcançada foi de 75 km/h. De acordo com os padrões olímpicos, as velocidades mínima e máxima a serem alcançadas, segundo os requisitos para uma pista Categoria 1, devem ser de 85 km/h e 110 km/h, respectivamente.
A desmontagem do antigo velódromo foi feita pela Concessionária Rio Mais, responsável pelas obras do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. A operação de desmonte começou no início de março de 2013 e foi concluída no início de junho, em conformidade com o cronograma de construção das instalações do Parque Olímpico.
Os técnicos responsáveis pela desmontagem buscaram aproveitar o máximo da instalação. Toda a estrutura de sustentação da pista, os assentos da arquibancada, estrutura e cobertura metálicas, luminárias, janelas, portas, elevador, tubulações, esquadrias de alumínio, canaletas, vidros, material de instalação hidráulica e de incêndio, e equipamentos da subestação de energia elétrica, entre outros itens, compõem o conjunto de materiais que serão transferidos para Pinhais. Todos os itens reaproveitáveis estão acondicionados em 21 contêineres. O Ministério do Esporte arcará com os custos de transporte e remontagem do antigo velódromo.
Rio vai ganhar outro velódromo, para iniciação esportiva
Além do velódromo olímpico, a cidade do Rio de Janeiro vai ganhar um velódromo para iniciação à modalidade. A proposta foi feita pelo Ministério do Esporte à prefeitura do Rio de Janeiro, que decidiu erguer a instalação em uma área que está sendo escolhida pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, dentro de uma das Vilas Olímpicas já em operação.
O ministério está analisando projeto padrão recomendado pela Confederação Brasileira de Ciclismo para instalações desse tipo. O novo equipamento, sem cobertura e em pista de concreto, será pago pelo Governo Federal e deverá ser construído em 2014. Embora menor e mais simples que o olímpico, o novo velódromo terá áreas de apoio e seguirá especificações técnicas da Confederação.
A decisão de erguer a nova pista atende à demanda por espaços para escolinha de ciclismo na cidade, incentiva a prática desta modalidade esportiva e reduz a carência de locais de treinamento para atletas que se desenvolvem no ciclismo de pista.
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Ascom - Ministério do Esporte
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