Ministério do Esporte Bolsista Rafaela Silva ganha primeiro ouro feminino do judô brasileiro em mundiais
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Bolsista Rafaela Silva ganha primeiro ouro feminino do judô brasileiro em mundiais

Rafaela Silva fez história nos tatames do Mundial de Judô do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (28.08). Sob o olhar de um Maracanãzinho lotado, reforçado pela presença de quase 100 alunos do Instituto Reação, onde Rafaela treina, a brasileira se tornou a primeira mulher do país a subir no degrau mais alto de um Campeonato Mundial. A atleta, que recebe o benefício do Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, e participa de um projeto com recursos captados pela Lei de Incentivo ao Esporte, deve ser anunciada nesta quinta-feira (29.08) como uma das contempladas do Bolsa Pódio, previsto no Plano Brasil Medalhas do governo federal.

Ainda "sem parar para pensar sobre o título", Rafaela destacou a volta por cima que deu após as Olimpíadas de Londres, quando foi desclassificada por ter feito um golpe ilegal. "É muito bom porque, depois das Olimpíadas, fiquei muito desanimada. Troquei de categoria (depois dos Jogos), não me adaptei e voltei. Ser campeã na categoria e ter chance de estar entre as melhores é muito bom. Hoje o choro foi ao contrário. Foi de alegria."

Com a confiança de ser a campeã mundial e com vontade de estar bem nas próximas Olimpíadas, a bolsista já tem o caminho do sucesso traçado.  "Se Deus quiser, continuar treinando duro, forte, para garantir uma vaga para estar aqui no Rio de Janeiro em 2016", disse.



Campanha

Rafaela Silva venceu seu primeiro combate, contra a norte-americana Hana Carmichael, por dois yukos. Em sua segunda apresentação, fez uma emocionante luta contra a romena Loredana Ohai. Após levar um contragolpe, que valeu yuko para a adversária, Rafaela se recuperou e, com 10 segundos para o final, derrubou a atleta da Romênia. Com o wazari, garantiu vaga nas quartas-de-final.

Na busca pela semifinal, a brasileira enfrentou a judoca do Kosovo, Nora Gjakova. Com pouco mais de um minuto de luta, Rafaela encaixou o golpe e, por ippon, classificou-se para a briga por medalhas. Na semifinal, Rafaela enfrentou a francesa Automne Pavia, medalhista de bronze em Londres-2012 e líder do ranking mundial. Com domínio total, a brasileira abriu um wazari de frente e administrou a vantagem até o fim.



A disputa pelo ouro foi travada com a norte-americana Marti Malloy, também bronze nos Jogos de Londres e que havia eliminado a brasileira Ketleyn Quadros na segunda rodada deste Mundial. Com muito segurança, Rafaela logo encaixou um golpe perfeito na adversária e se tornou a primeira campeã mundial do Brasil. "Vim aqui com o objetivo de ser campeã mundial na minha cidade, no meu país. Ninguém ia me tirar essa medalha de ouro", afirmou a carioca, que no último Campeonato Mundial tinha sido vice-campeã.

Trajetória
Rafaela Lopes da Silva nasceu no dia 24 de abril de 1992, na comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Ela começou a praticar judô com apenas cinco anos, em uma academia na rua de sua casa. Aos oito anos, Rafaela ingressou no Instituto Reação, iniciativa do medalhista olímpico Flávio Canto e de amigos. Lá descobriu seu talento para os tatames. Atualmente, ocupa a quarta colocação no ranking mundial feminino.

Aos cinco anos de idade, a menina Rafaela foi levada ao judô pelos pais, por ser "muito sapeca". Depois de 16 anos, o judô não é mais brincadeira. "Quando entrei no judô, era só diversão. Nunca imaginei que iria participar de uma competição como esta, na minha cidade. É muito bom. Agradeço muito meus pais por terem me colocado nesse caminho", afirmou.

O técnico e guia pessoal de Rafaela, professor Geraldo Bernardes, umas das referências do judô brasileiro, comemorou o ouro e ressaltou a história de sua pupila. "Ela começou aos oito anos comigo e foi despontando até chegar aqui. Estava engasgado por causa das Olimpíadas (em Londres, Rafaela foi desclassificada por golpe ilegal)", desabafou. Bernardes destacou a mudança que o esporte trouxe à vida da atleta. "Quando ela chegou ao Instituto (Reação), era quase uma moleca de rua. Jogava bola, faltava na escola", lembrou. "Hoje, ela tem disciplina, entrou para a faculdade de psicologia. Além de formarmos uma campeã mundial, construímos uma campeã da vida."

Rafael Brais, do Rio de Janeiro
Fotos: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte
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