Ministério do Esporte Alunos do PST/Forças no Esporte vivem experiência esportiva e cívica em Natal
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Alunos do PST/Forças no Esporte vivem experiência esportiva e cívica em Natal

Eles têm entre 7 e 17 anos, alguns bem longe dos 18 anos, quando acontece o alistamento militar para as Forças Armadas. Mas, graças à democratização do esporte proporcionada pelo Programa Segundo Tempo (PST), 220 alunos no Rio Grande do Norte vivem a experiência de uma carreira militar. Na rotina dos quartéis da Marinha, eles participam de cerimonial de hasteamento da bandeira nacional, marcham, desfilam, aprendem a ter postura e a cantar o Hino Nacional. Ao mesmo tempo, os estudantes alimentam o sonho de seguir carreira no esporte ou ser um marinheiro no futuro.

O local do aprendizado é o Grupamento dos Fuzileiros Navais de Natal, comandado pelo capitão de fragata Carlos Alfredo dos Reis Lessa e tem como coordenador de núcleo o capitão-tenente Jailton Alves Paraguai. Ali, meninos e meninas carentes aprendem de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 12h40 ou das 12h30 às 16h20, a praticar futebol, basquete, vôlei, atletismo, capoeira e caratê, recebem noções de civismo e reforços escolar e alimentar (café, almoço e lanche).

No endereço, adolescentes como Ronaldo Oliveira, 15 anos, estão determinados a vencer na vida graças ao esporte e à disciplina militar. "Aprendi muitas coisas com os soldados no Programa Segundo Tempo/Forças no Esporte, como ser honesto e ter mais responsabilidade", afirma. O garoto vai além. Conta que tem até gravado na cabeça uma meta de vida. "Se não der para seguir carreira como jogador de futebol, serei um fuzileiro naval", garante.

"O esporte realmente faz milagres", assegura o professor de caratê Marcos Gomes, ao ressaltar a disciplina e o esforço da juventude do PST, que vive em comunidades sob risco social. O carateca Alexandre Silva, 14 anos, destaca que o aprendizado militar está transformando sua vida para melhor. "Mudei o estilo de educação em casa, na escola e com meus amigos, pois eu fazia muitas besteiras antes", admite.

Reforço escolar
A organização e o interesse pelos estudos, por exemplo, são vivências que a garotada está adotando no dia a dia, fato confirmado durante o reforço escolar de matemática, em que prevalece o silêncio de alunos, comportados e atentos. De acordo com o professor Jarbas Araújo, cedido pelo pela Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac) para ministrar o acompanhamento pedagógico da matéria, a disciplina militar faz toda a diferença.

A unidade da Marinha tem parceria local com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que beneficia alunos como Cícero Ricardo, 14 anos. "Eu era péssimo em matemática e português. Agora, com o reforço escolar, eu melhorei", conta o garoto.

Forças no Esporte
No Grupamento dos Fuzileiros Navais de Natal funcionam dois dos 131 núcleos da parceria entre os ministérios do Esporte e da Defesa. Os beneficiados são estudantes de 10 escolas, entre estaduais e municipais, de Natal e de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da capital potiguar.

Confira matéria do Bom Dia RN sobre o PST/Forças no Esporte:



Carla Belizária
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte

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