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Em Nova York, ministro ressalta papel da linha produtiva do futebol brasileiro
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- Publicado em Quarta, 05 Junho 2013 17:12
O Brasil cria os artistas. A Europa internacionaliza o espetáculo. Com essas frases, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, resume o problema enfrentado pelo futebol brasileiro em geral e pelos clubes nacionais em particular. Principal protagonista do futebol mundial, o Brasil é responsável por apenas dois por cento de todo o movimento financeiro gerado pelo esporte mais popular do planeta, aí incluídas as rendas dos jogos, os direitos de transmissão, os patrocínios, a produção de material - bolas, uniformes, chuteiras - e impostos.
Aldo Rebelo está em Nova York, nos Estados Unidos, onde participa, com ministros de Esporte e presidentes de comitês olímpicos do mundo todo, nesta quarta e quinta-feiras (05 e 06.06), do 3º Fórum Internacional sobre Esporte para a Paz e o Desenvolvimento, organizado pela ONU e pelo COI. Na terça, o ministro do Esporte foi recebido nas redações da agência de notícias Associated Press, da revista Sports Illustrated e dos jornais Wall Street Journal, New York Times e Huffington Post.
A recente venda de Neymar para o Barcelona estava na pauta de todos os jornalistas. A pergunta é como manter a qualidade dos clubes brasileiros vendendo cada vez mais jogadores jovens para o exterior. O ministro explicou que a competitividade dos clubes para contratar e manter atletas de alto nível, e na só no futebol, depende de gestões mais qualificadas.
"O futebol do Brasil - pentacampeão mundial de seleções, com vários clubes campeões, com jogadores atuando nos gramados do mundo inteiro - é responsável por apenas dois por cento da movimentação financeira promovida pelo esporte. Isso acontece porque nós não internacionalizamos nossas marcas. E a coisa ficou assim: nós criamos os artistas, os europeus exortam o espetáculo. Eu já falei sobre isso com dirigentes da FIFA. É preciso buscar formas de impedir o que pode se transformar num colonialismo futebolístico", disse Aldo Rebelo.
Oportunidades de desenvolvimento
Aldo explicou aos jornalistas norte-americanos, em encontros que teve em sua passagem por Nova York para participar, na ONU, do 3º Fórum Internacional sobre Esporte para a Paz e o Desenvolvimento, que a Copa das Confederações da FIFA 2013, a Copa do Mundo da FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 são grandes oportunidades para que o Brasil, além de mostrar todo o avanço que já conseguiu no esporte pelo talento de seus atletas e treinadores, incremente o desenvolvimento econômico e a inclusão social que tem alcançado nos últimos anos.
"A expectativa é que esses eventos gerem 3,6 milhões de empregos e acrescentem, até 2019, cerca de 20 bilhões de reais ao PIB. Nossos aeroportos terão dobrado sua capacidade, as cidades serão dotadas de sistemas de transporte público, os órgãos de segurança estarão mais e melhor capacitados depois desses eventos", afirmou o ministro.
Sobre as expectativas de vitória do Brasil na Copa e da conquista de uma posição melhor no quadro de medalhas olímpicas em 2016, o ministro do Esporte disse que o Brasil não pensa na possibilidade de derrota em 2014. "Para melhorar nosso desempenho nos Jogos Olímpicos, o governo do Brasil criou o programa Brasil Medalhas, que vai investir R$ 2 bilhões na preparação de atletas com potencial de vitorias no Rio2016. Além disso, estamos construindo 5 mil quadras de esporte em todo o país e modernizando outras 5 mil. Também estamos construindo perto de 200 centros de iniciação esportiva, num primeiro passo para priorização da praticado esporte escolar", ressaltou Aldo.
Seleção dos EUA e a zebra
Em encontro com jornalistas do grupo Sports Illustrated, em Nova York, que participa do Fórum Internacional sobre Esporte para a Paz e o Desenvolvimento, Aldo Rebelo destacou que gostaria de homenagear integrantes da seleção norte-americana que participou da Copa de 1950.
O ministro lembrou que, formado por um grupo de amadores da cidade de Saint Louis, no Missouri, o time dos Estados Unidos derrotou a poderosa Inglaterra por 1 a 0, graças a uma atuação primorosa do goleiro Frank Borghi, hoje com 88 anos.
O gol norte-americano foi marcado por Joseph Gaetjens, jogador de origem haitiana que desapareceu no Haiti durante a ditadura de Papa Doc, aos 40 anos.
Gaetjens fez o gol dos Estados Unidos aproveitando, de peixinho, um balão do zagueiro Bahr, que mandou a bola quase na pequena área inglesa.
Fernando Guedes, de Nova York
Ascom - Ministério do Esporte
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