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Adaptação do "ultimate frisbee" é praticada por crianças carentes do PST em Criciúma (SC)
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- Publicado em Sexta, 26 Abril 2013 17:20
Cerca de 170 alunos do Programa Segundo Tempo (PST), em Criciúma, Santa Catarina, estão aprendendo um esporte diferente. Trata-se do ultimate frisbee, um jogo que traz a essência do arremesso do futebol americano e a marcação do basquete. Por não haver contato físico entre os praticantes e árbitros para controlar a disputa, o jogo trabalha o respeito ao próximo, a disciplina, o companheirismo e o espírito de equipe.
As crianças e adolescentes praticantes do frisbee são atendidas em um núcleo na escola Oswaldo Hulse, uma das 40 unidades da parceria com a Prefeitura de Criciúma que atende a 4 mil estudantes. Os alunos da Oswaldo Hulse moram no bairro de São Francisco - um dos mais carentes da região - e a prática do frisbee, além do vôlei, handebol e futebol oferecidos pelo Segundo Tempo, tem sido uma excelente alternativa para afastá-los do perigo das ruas.
Uma das jogadoras do frisbee é Kailany Camargo, de 12 anos. Na companhia de aproximadamente 60 colegas, ela pratica o esporte três tardes por semana, período em que não está na sala de aula. "Adoro pedalar, praticar o fresbee e a companhia de meus amigos", dispara a garota.
Conforme Fátima Zappelini Pereira, diretora da Oswaldo Hulse, o bairro São Francisco enfrenta muitos problemas: o tráfico de drogas é o principal, ação que, segundo ela, era facilitada quando as crianças estavam ociosas. "No Programa Segundo Tempo nossas crianças ficam ocupadas, é um período em que elas se exercitam, fazem amizades e ficam saudáveis", destaca a educadora.
Entenda o jogo
Durante a competição a meta dos jogadores é chegar com o disco na zona de gol localizada nas extremidades do campo. O esporte, geralmente disputado por 14 jogadores divididos em dois times, sofreu algumas adaptações para ser praticado pelos estudantes do programa de inclusão social do Ministério do Esporte: são 40 jovens em campo divididos em dois times mistos, ou seja, meninos e meninas jogam juntos. Além disso, o disco foi substituído por uma bola.
Ao lançar a bola para o alto, o jogador que alcançá-la tem que ficar parado. Depois, ele a repassa para outro colega, que terá que correr por um espaço delimitado. Sem permitir que os demais adversários tomem a bola, ele terá ainda que atravessar a linha final para vencer. Na disputa pela bola, sem contato físico entre os times adversários, perde pontuação quem deixá-la cair e ganha ponto quem atravessa a linha final.
A coordenadora setorial do Segundo Tempo, Viviani Dias Cardoso, conta que o PST promoveu uma capacitação para ensinar a essência do jogo aos seus profissionais "Fizemos uma pré-desportiva, na qual coordenadores e monitores aprenderam a marcação do jogo mediante o uso do cone e da bola", revela.
Carla Belizária
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte
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