Uma política pública para estruturar o esporte universitário e o tornar mais participativo e inclusivo foi o tema de um encontro entre gestores da Secretaria Nacional de Esporte, Educação Lazer e Inclusão Social (Snelis) e das universidades brasileiras. Eles discutiram e traçaram metas e estratégias para desenvolver o esporte de participação, articulando as ações voltadas à iniciação e à formação esportiva, além de ampliar o acesso à prática por meio de eventos de esporte e lazer.

Para o diretor do Departamento de Educação da Universidade de Brasília (UnB), André Luiz Teixeira Reis, o esporte universitário é o esporte representativo, ou seja, aquele que representa a universidade. Já o professor Amauri de Oliveira, da Universidade Estadual de Maringá, ressaltou que o cidadão do esporte "que nós pensamos e queremos é aquele que respeita as regras esportivas, assim como o cidadão que para no sinal de trânsito, e que respeita as vagas dos idosos."

A inserção de jovens no Programa Segundo Tempo Universitário, segundo o professor André, já é um sucesso na UnB, a qual contempla 400 jovens que usam a pista da universidade para fazer atletismo. "Isso é viável para o esporte", afirmou. O professor Hamilton Ferro, da Universidade Federal do Amazonas (UFMA), apontou seu desejo em implantar o Segundo Tempo.

A diretora do Departamento de Desenvolvimento e Acompanhamento de Políticas e Programas Intersetoriais, Gianna Perim, incentivou as universidades a adotarem medidas para desenvolver o esporte universitário com apoio do ministério. "Queremos também incentivar a autonomia financeira e administrativa desses projetos, para que suas atividades tenham continuidade independentemente de repasse de verbas do ministério, mas por meio de outras formas que atendam o objetivo do programa", completou Gianna.

Segundo o professor Amauri, consultor do ministério, os universitários hoje não priorizam a prática de alguma atividade física como melhoria de qualidade de vida. Para ele, a prática esportiva nas universidades é uma forma de reverter essa situação e contribuir para mudar a vida desses jovens. Durante o evento foram traçadas metas para incentivar o esporte universitário, como estímulo às instituições de ensino superior, fortalecimento e financiamento das Atléticas, incentivo para formação técnica dos profissionais de Educação Física, contratação de profissionais, apoio por meio da bolsa atleta universitário aos alunos, entre outros.