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Neurociência será usada em treinamento para aprimorar atletas de tiro esportivo
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- Publicado em Sexta, 18 Janeiro 2013 17:23
Os atletas brasileiros do tiro esportivo poderão contar com mais um importante auxílio para melhorar seu desempenho. Entre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro, durante o primeiro Treinamento Centralizado de 2013 (TC1), no Rio de Janeiro, eles poderão participar de um exercício com Neurofeedback (NFB). A avaliação será conduzida pelo psicólogo e pós-graduando em Neurociências Aplicadas Silvio de Aguiar Carvalho, e tem como objetivo identificar as áreas do cérebro utilizadas pelos atletas na prática do esporte e melhorar o desempenho de alto rendimento.
O NFB consiste em uma avaliação da atividade cerebral do atleta em seis regiões e em situações específicas. Após isso, são identificadas as áreas cerebrais do atleta que precisam ser trabalhadas e é elaborado um programa individual de treinamento. "Os atletas brasileiros do judô em Londres tiveram uma experiência rápida com o processo, mas essa é a primeira vez que este tipo de treinamento será utilizado pelos atletas do tiro esportivo. O processo já é bastante utilizado no exterior e apresentou resultados importantes em um período curto de tempo", afirma Silvio, que conta ainda com sua experiência como atleta no estudo: ele representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Moscou (1980) e de Los Angeles (1984), também no tiro esportivo, e atua como técnico da modalidade desde 2004.
"Se você analisar os 30 melhores do mundo no tiro esportivo, por exemplo, o nível técnico é praticamente o mesmo. O que diferencia o desempenho dos atletas em competições é a capacidade de reproduzir os resultados dos treinamentos. Muitas vezes o atleta não chega a um resultado porque está ansioso ou não consegue se concentrar. Esse treinamento visa trabalhar também a parte psicológica, que reflete diretamente no alto rendimento" ressalta o psicólogo.
O treinamento é elaborado com base no conhecimento de condicionamento operante, em que inconscientemente o cérebro oferece uma resposta para alcançar um benefício. Assim, a experiência é desenvolvida com vídeos e áudios que se tornam agradáveis a cada resposta positiva da atividade cerebral.
Segundo Silvio, a técnica já é utilizada por atletas de elite nos principais centros de treinamento do mundo: o ucraniano Serguei Bubka, do salto com vara, é um dos pioneiros na utilização do NFB, e o primeiro medalhista da Índia em Jogos Olímpicos no tiro esportivo também teve experiências com a técnica. "O ideal é que o treinamento dos atletas de alto rendimento seja psicofisiológico e o NFB é o mais próximo que temos disso", completa o psicólogo.
Experiência brasileira
A atiradora Roberta Boldrini já participou da avaliação e de duas sessões do NFB. Ela afirma que o processo veio para complementar o treinamento. "Com poucas sessões já notei diferença, principalmente na concentração. No tiro precisamos ter muita atenção e espero que, ao final do treino, consiga me concentrar por mais tempo e melhorar a minha segurança", ressalta a atleta. "Esse é o início desse trabalho, que tem como objetivo desenvolver as áreas cerebrais de interesse para o esporte", finaliza Silvio.
Paula BragaO NFB consiste em uma avaliação da atividade cerebral do atleta em seis regiões e em situações específicas. Após isso, são identificadas as áreas cerebrais do atleta que precisam ser trabalhadas e é elaborado um programa individual de treinamento. "Os atletas brasileiros do judô em Londres tiveram uma experiência rápida com o processo, mas essa é a primeira vez que este tipo de treinamento será utilizado pelos atletas do tiro esportivo. O processo já é bastante utilizado no exterior e apresentou resultados importantes em um período curto de tempo", afirma Silvio, que conta ainda com sua experiência como atleta no estudo: ele representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Moscou (1980) e de Los Angeles (1984), também no tiro esportivo, e atua como técnico da modalidade desde 2004.
"Se você analisar os 30 melhores do mundo no tiro esportivo, por exemplo, o nível técnico é praticamente o mesmo. O que diferencia o desempenho dos atletas em competições é a capacidade de reproduzir os resultados dos treinamentos. Muitas vezes o atleta não chega a um resultado porque está ansioso ou não consegue se concentrar. Esse treinamento visa trabalhar também a parte psicológica, que reflete diretamente no alto rendimento" ressalta o psicólogo.
O treinamento é elaborado com base no conhecimento de condicionamento operante, em que inconscientemente o cérebro oferece uma resposta para alcançar um benefício. Assim, a experiência é desenvolvida com vídeos e áudios que se tornam agradáveis a cada resposta positiva da atividade cerebral.
Segundo Silvio, a técnica já é utilizada por atletas de elite nos principais centros de treinamento do mundo: o ucraniano Serguei Bubka, do salto com vara, é um dos pioneiros na utilização do NFB, e o primeiro medalhista da Índia em Jogos Olímpicos no tiro esportivo também teve experiências com a técnica. "O ideal é que o treinamento dos atletas de alto rendimento seja psicofisiológico e o NFB é o mais próximo que temos disso", completa o psicólogo.
Experiência brasileira
A atiradora Roberta Boldrini já participou da avaliação e de duas sessões do NFB. Ela afirma que o processo veio para complementar o treinamento. "Com poucas sessões já notei diferença, principalmente na concentração. No tiro precisamos ter muita atenção e espero que, ao final do treino, consiga me concentrar por mais tempo e melhorar a minha segurança", ressalta a atleta. "Esse é o início desse trabalho, que tem como objetivo desenvolver as áreas cerebrais de interesse para o esporte", finaliza Silvio.
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte
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