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Confira artigo do publicitário Nizan Guanaes, publicado na Folha de São Paulo
- Detalhes
- Publicado em Terça, 13 Novembro 2012 17:10
O Brasil deve rejeitar os rótulos emergentes para criar o seu, dar significado ao "Made in Brazil"
Propaganda é a terceira carreira mais procurada deste ano no vestibular da Fuvest, o mais concorrido do Brasil. São 48 candidatos disputando cada vaga, atrás apenas de medicina e engenharia.
Os jovens estão sempre olhando para a frente. Eles veem o futuro na propaganda e a propaganda no futuro.
Nosso setor não é só cobiçado pelos jovens. Os grandes grupos estrangeiros estão todos aqui, com apetite que parece insaciável. Sabem, como nós, que a emergência do mercado interno brasileiro é também a emergência do mercado interno brasileiro de comunicação. Ele já era grande e ficou 40 milhões de consumidores maior.
As escalas ficaram finalmente do tamanho do Brasil. Então é preciso rever a marca. E a marca é o componente que vai do lado de fora da lata. Ela tem de ser competitiva. Não só dentro do Brasil mas nos Estados Unidos, na China, na Argentina. O único jogo é global.
Sou da geração que, com muito trabalho, conseguiu tirar a propaganda brasileira de dentro do mundo da propaganda, tornando-a nacional, nos consolidando como construtores eficientes de marcas. Depois veio o reconhecimento internacional, com todos os prêmios possíveis. O Brasil hoje é reconhecido pela boa propaganda lá fora. O desafio agora é tornar a propaganda brasileira global.
Esse novo Brasil nos dá uma inédita base continental para avançar pelo mundo. Ele nos dá força e nos dá segurança. A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016 estão acontecendo no Brasil por causa dessas transformações, não o contrário.
Temos um país singular, com oportunidades de investimento criadas por méritos nossos, não pelo acaso.
É claro que, para tudo na vida, é preciso um pouco de sorte. Mas é impossível não enxergar os méritos do país. O Brasil é o que é hoje porque tem um contingente de gestores que foram testados anos e anos por crises profundas. Nós temos MBA e somos Ph.D em realidade.
Eu vejo esses eventos mundiais não como uma janela de oportunidade, mas como uma porta, um caminho. As pessoas muitas vezes têm uma visão oportunista e insustentável do Brasil. O problema não é construir o estádio, é o que fazer com ele depois.
Por isso estou comprometido com o Brasil de 2017. Meu compromisso será mantido se a economia for bem ou não porque esta é a minha casa, meus filhos vivem aqui. Por isso, tudo o que nós fizermos para a Copa do Mundo e a Olimpíada terá foco no que vai acontecer depois da festa, para evitar aquela depressão pós-evento.
Nós estamos ao lado dos clientes para ajudar a construir um grande país que tenha grandes empresas e grandes marcas. A propaganda não será coadjuvante nessa construção. Ela é central, vital, estratégica. Imaginem os Estados Unidos, a maior potência do mundo, sem a propaganda americana.
A ideia de América, dos "founding fathers" até Barack Obama, sempre foi marcada pelo autoproclamado excepcionalismo americano. O Brasil tem todo o direito a reivindicar seu próprio excepcionalismo. Afinal, se você vai para onde todo mundo vai, você não constrói marca, você trabalha com commodities.
O Brasil deve rejeitar os rótulos emergentes para criar seu próprio rótulo, dar significado ao "Made in Brazil", como há significados no "Made in USA", no "Made in China", no "Made in Korea".
Não precisamos dominar o mundo, mas podemos encantá-lo. Somos um gigante pacífico, tolerante, miscigenado.
O "Made in Brazil" pode ser muita coisa. Mas nossa história não pode ser contada pelos mercados e seus interesses. Ela tem de ser contada por "nós, o povo", como diz lindamente a Constituição norte-americana.
A propaganda terá um papel importante nessa construção por seu poder de síntese e representação, por seu poder inigualável de comunicar, de transformar e valorizar pela comunicação.
Como dizia Charles Revson, fundador da Revlon, "Nas nossas fábricas, produzimos cosméticos. Nas lojas, vendemos esperança".
Artigo do publicitário Nizan Guanaes publicado no jornal Folha de São Paulo na terça-feira (12.11)
Propaganda é a terceira carreira mais procurada deste ano no vestibular da Fuvest, o mais concorrido do Brasil. São 48 candidatos disputando cada vaga, atrás apenas de medicina e engenharia.
Os jovens estão sempre olhando para a frente. Eles veem o futuro na propaganda e a propaganda no futuro.
Nosso setor não é só cobiçado pelos jovens. Os grandes grupos estrangeiros estão todos aqui, com apetite que parece insaciável. Sabem, como nós, que a emergência do mercado interno brasileiro é também a emergência do mercado interno brasileiro de comunicação. Ele já era grande e ficou 40 milhões de consumidores maior.
As escalas ficaram finalmente do tamanho do Brasil. Então é preciso rever a marca. E a marca é o componente que vai do lado de fora da lata. Ela tem de ser competitiva. Não só dentro do Brasil mas nos Estados Unidos, na China, na Argentina. O único jogo é global.
Sou da geração que, com muito trabalho, conseguiu tirar a propaganda brasileira de dentro do mundo da propaganda, tornando-a nacional, nos consolidando como construtores eficientes de marcas. Depois veio o reconhecimento internacional, com todos os prêmios possíveis. O Brasil hoje é reconhecido pela boa propaganda lá fora. O desafio agora é tornar a propaganda brasileira global.
Esse novo Brasil nos dá uma inédita base continental para avançar pelo mundo. Ele nos dá força e nos dá segurança. A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016 estão acontecendo no Brasil por causa dessas transformações, não o contrário.
Temos um país singular, com oportunidades de investimento criadas por méritos nossos, não pelo acaso.
É claro que, para tudo na vida, é preciso um pouco de sorte. Mas é impossível não enxergar os méritos do país. O Brasil é o que é hoje porque tem um contingente de gestores que foram testados anos e anos por crises profundas. Nós temos MBA e somos Ph.D em realidade.
Eu vejo esses eventos mundiais não como uma janela de oportunidade, mas como uma porta, um caminho. As pessoas muitas vezes têm uma visão oportunista e insustentável do Brasil. O problema não é construir o estádio, é o que fazer com ele depois.
Por isso estou comprometido com o Brasil de 2017. Meu compromisso será mantido se a economia for bem ou não porque esta é a minha casa, meus filhos vivem aqui. Por isso, tudo o que nós fizermos para a Copa do Mundo e a Olimpíada terá foco no que vai acontecer depois da festa, para evitar aquela depressão pós-evento.
Nós estamos ao lado dos clientes para ajudar a construir um grande país que tenha grandes empresas e grandes marcas. A propaganda não será coadjuvante nessa construção. Ela é central, vital, estratégica. Imaginem os Estados Unidos, a maior potência do mundo, sem a propaganda americana.
A ideia de América, dos "founding fathers" até Barack Obama, sempre foi marcada pelo autoproclamado excepcionalismo americano. O Brasil tem todo o direito a reivindicar seu próprio excepcionalismo. Afinal, se você vai para onde todo mundo vai, você não constrói marca, você trabalha com commodities.
O Brasil deve rejeitar os rótulos emergentes para criar seu próprio rótulo, dar significado ao "Made in Brazil", como há significados no "Made in USA", no "Made in China", no "Made in Korea".
Não precisamos dominar o mundo, mas podemos encantá-lo. Somos um gigante pacífico, tolerante, miscigenado.
O "Made in Brazil" pode ser muita coisa. Mas nossa história não pode ser contada pelos mercados e seus interesses. Ela tem de ser contada por "nós, o povo", como diz lindamente a Constituição norte-americana.
A propaganda terá um papel importante nessa construção por seu poder de síntese e representação, por seu poder inigualável de comunicar, de transformar e valorizar pela comunicação.
Como dizia Charles Revson, fundador da Revlon, "Nas nossas fábricas, produzimos cosméticos. Nas lojas, vendemos esperança".
Artigo do publicitário Nizan Guanaes publicado no jornal Folha de São Paulo na terça-feira (12.11)