Os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina sagraram-se campeões, na última sexta-feira (19.10), das Paralimpíadas Escolares, evento que reuniu mais de 1,2 mil competidores de 24 estados e do Distrito Federal. As disputas começaram oficialmente no dia 16 de outubro, em São Paulo. Conhecida como a maior competição esportiva do planeta para atletas com deficiência física, as Paralimpíadas Escolares foram uma oportunidade de se detectar novos talentos, já pensando nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Segundo o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, além da detecção de novos atletas, as Paralimpíadas Escolares deixarão o maior legado: uma geração de jovens que acreditam no esporte como forma de exercer sua cidadania. "Nessa edição tivemos muitas surpresas, que com certeza contribuirão com a renovação do esporte de alto rendimento", disse. Parsons também parabenizou todos os estados presentes na competição, os atletas que fizeram o melhor, seja em quadra, no campo, na piscina ou na pista.

Para o coordenador técnico nacional da natação, Murilo Barreto, os atletas evoluíram em relação ao ano passado. "Pudemos perceber que a natação continua crescendo não só na quantidade de atletas participantes, mas principalmente em qualidade. Destaco as classes que estavam com deficit em termos de qualidade, como a S13 e a S14, nas quais se sobressaem os paulistas Felipe Caltran e o Guilherme Batista Silva, respectivamente. Entre outros atletas, eles são boas promessas para a nossa modalidade", revelou.

Os cariocas provaram ser bons de bola ao conquistarem o título no futebol de 5 (deficiência visual) e no futebol de 7 (paralisia cerebral). Na primeira modalidade, a vitória veio pelo saldo de gols e na segunda, o Rio garantiu o tricampeonato.

"Tivemos boas revelações e detectamos novos talentos, como o Julio Cesar, goleiro de Santa Catarina, e o Thiago Leonardo, jogador de Mato Grosso do Sul. Todos os atletas que estiveram aqui estão sendo observados, e claro, os melhores podem ter a chance na seleção brasileira", ressaltou o coordenador técnico nacional do futebol de 7, Paulo Veiga Cabral.