Na manhã desta quarta-feira (22.08), uma comitiva do governo norte-americano reuniu-se pela segunda vez com o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, para estreitar os laços de cooperação entre os dois países no âmbito de organização de grandes eventos. Reta Jo Lewis, chefe da comitiva e presidenta da Global Intergovernmental Affairs Agency  (Agência de Relações Intergovernamentais para Assuntos Internacionais, na tradução livre), está confiante na parceria. "Existem inúmeras oportunidades no Brasil para os Estados Unidos, em diversas áreas. A conversa com o vice-ministro do Esporte é exatamente para sabermos como podemos trabalhar juntos para realizar eventos bem-sucedidos", disse Lewis.

Durante a reunião foram destacados alguns pontos de trabalho entre os governos, como a questão da regulamentação dos programas de voluntariado e a mobilização de universidades e outras comunidades nesse processo de desenvolvimento, assim como maior inclusão social. O primeiro passo será a realização de um seminário para que eles apresentem o modelo que usaram para a organização de megaeventos.

O secretário Luis Fernandes afirmou que o Brasil tem muito o que aprender com os Estados Unidos. "O Brasil é diferente dos Estados Unidos e do Reino Unido por ser um país ainda em desenvolvimento, o que exige maior investimento em infraestrutura, por exemplo. Por outro lado, nós temos uma organização governamental bastante semelhante à dos norte-americanos, por isso temos muito o que aprender com eles", ressaltou Fernandes.

Também participaram do encontro os assessores internacionais do ministério, Embaixador Carlos Henrique Cardim e Ana Prestes, e o diretor de Mercados Internacionais da Embratur, Marcelo Pedroso. A comitiva dos Estados Unidos era composta ainda pela vice-presidenta da Global Intergovernmental Affairs Agency, Rhonda Binda; pelo vice-chefe da Missão em Brasília, Todd Chapman; pelo diretor da Minority Business Development Agency (Agência de Desenvolvimento de Negócios com Minorias, na tradução livre), David Hinson; e pela oficial da Embaixada norte-americana no Brasil, Caitlin Tumulty.

Paradiplomacia
Paralelamente aos encontros e negociações com o governo federal, a Global Intergovernmental Affairs Agency está organizando missões e contatos com alguns estados e cidades brasileiras. Os Estados Unidos têm mais de 30 cidades com experiência na organização de grandes eventos e as cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 estão tentando estreitar os laços com as que apresentam mais semelhanças com o Brasil.

Rio de Janeiro e Nova York, por exemplo, mantêm um bom relacionamento com aquele país e já há um grande fluxo de informações e intercâmbio entre os dois. Há pouco tempo, Salvador e Atlanta também assinaram um acordo de cooperação.

Reta Jo Lewis visitou, nos últimos seis meses, as 12 cidades-sede e se surpreendeu com o que viu. "O país ainda está se preparando para os eventos. Mas, como pude ver em todas as cidades que visitei, está muito entusiasmado e empenhado. Pude perceber a mobilização de trabalho em conjunto, incluindo sociedade, setores privado e público, e universidades: todos trabalham com o objetivo de realizar, juntos, a transformação das cidades", completou a presidenta da agência.