Público elogia exposição em São Paulo sobre o cinquentenário da Copa de 1962

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Publicado em Terça, 26 Junho 2012 16:57

A exposição "Cinquentenário da Copa do Mundo do Chile de 1962" foi aberta ao público nesta terça-feira (26.06), no Salão de Atos Tiradentes do Memorial da América Latina, em São Paulo. Até o dia 8 de julho, sempre de terça à domingo, das 9h às 18h, a população terá acesso a painéis de fotos com momentos históricos de todos os jogos do Brasil na Copa do Mundo, textos e súmulas das partidas, camisas de jogadores e material da época. Outros destaques do evento são a exibição da taça Jules Rimet e a veiculação do vídeo completo da final de 1962, cedido pela embaixada da República Tcheca.

A exposição foi oficialmente aberta na segunda-feira (25.06) pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, com a presença de jogadores brasileiros e da seleção da Tchecoslováquia que disputaram a final da Copa do Mundo no Chile: Pepe, Zagallo, Altair, Amarildo, Coutinho, Djalma Santos, Gilmar, Jair da Costa, Jair Marinho, Mengálvio, Josef Masopust, Jiří Tichý, Josef Jelínek, Václav Ma?ek e Jozef ?tibrányi.

O público presente no primeiro dia da exposição elogiou a iniciativa do Ministério do Esporte em valorizar o futebol nacional e os craques do passado. Para o eletricista Edmundo de Jesus Silva, 48 anos, que nasceu pouco depois da Copa do Mundo, a história precisa ser revivida: "Precisamos dar valor aos nossos campeões, que jogavam em uma época difícil e por amor à camisa". Silva comparou o futebol daquele tempo ao atual. "Antigamente, tínhamos craques por todos os lados e era possível montar umas três seleções brasileiras de qualidade. Hoje isso é raro", afirmou.

O eletricista Edmundo Silva diante da taça Jules Rimet, na exposição em São Paulo

Quem comparecer à exposição "Cinquentenário da Copa do Chile de 1962" poderá ler, nos painéis, relatos memoráveis de cada jogo do Brasil, como o pênalti não marcado a favor da Espanha no segundo jogo da seleção. O Brasil perdia por 1 a 0 quando Nilton Santos cometeu falta dentro da área, já próximo à linha. Rapidamente, o lateral deu um passo à frente e o juiz, vendo a posição do marcador brasileiro, marcou falta fora da área. O Brasil virou o jogo e seguiu forte para a conquista do bicampeonato.

Saudosismo
Com oito anos de idade na época da Copa de 62, o porteiro Valdívio Paes Floriano, 58, trouxe a enteada Helena Lopes dos Santos, 12, para aprender um pouco sobre futebol. Ele relembra, com saudosismo, aqueles dias marcantes para o povo brasileiro. "Eu era novo, mas recordo bem que houve uma grande comoção pelo país inteiro após o bicampeonato", comentou. "A exposição é um resgate de tudo o que aconteceu naquele tempo e eu não poderia deixar de trazer a Helena para ver. Eu expliquei a ela que o futebol une nações e que esses jogadores amavam a camisa amarela que vestiam."

A mostra da Copa do Chile não atrai apenas os amantes do futebol, mas também chama a atenção dos que gostam de história e arte. O jornalista Alexandre Bordon, 23 anos, não é um fã do futebol, mas elogiou a exposição como forma de manter vivos os momentos mais marcantes do Brasil. "Não sou muito ligado a futebol, mas isso tudo aqui é arte e história de uma época interessante que reflete até hoje em nossas vidas."

Rafael Brais, de São Paulo
Fotos: Rafael Brais
Ascom - Ministério do Esporte
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