Ministério do Esporte SEMANA DA MULHER: Bolsistas batem forte para erguer bandeira do boxe brasileiro
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SEMANA DA MULHER: Bolsistas batem forte para erguer bandeira do boxe brasileiro

O preconceito de gente ultrapassada, de que a prática do boxe deixaria as pugilistas diferentes das demais mulheres, feias e masculinizadas a ponto de influenciar até a orientação sexual, está caindo por terra. Ou melhor, está sendo levado ao chão do ringue, da mesma forma que são derrotados os adversários nocauteados. Com o  esporte feminino estreando nos Jogos Olímpicos de Londres, a missão de fazer o coração dos brasileiros bater mais forte está nas mãos, ou melhor, nas luvas de três bolsistas do Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte que disputam a vaga olímpica.

Érica dos Santos Matos, Roseli Feitosa e Adriana Araújo, que atuam nas categorias 75 kg, 60kg e 51 kg, respectivamente, disputarão o único classificatório para as Olimpíadas. A seletiva será de 21 de maio a 3 de junho, durante o mundial de boxe, na cidade de Qinhuangdao, na China.

Cada país disputará uma vaga olímpica nessas três categorias de peso representadas pelas bolsistas. Na seletiva serão escolhidas 13 esportistas por categoria. No caso do mundial especificamente, a expectativa é que cerca de oito atletas brasileiras participem da disputa, que inclui as categorias de peso 54 kg, 57 kg, 64 kg, 69 kg e  acima  de 81 kg.

"Nossas meninas estão prontas, preparadas física e tecnicamente para darem o melhor de si", informa o técnico da seleção feminina de boxe, Claudio Aires. A preparação das lutadoras dura cerca de quatro horas diárias, no Clube Escola de Santo Amaro, onde funciona o centro de treinamento da equipe olímpica permanente, em São Paulo, capital.

Otimistas, as boxeadoras se autodenominam bolsistas do Bolsa-Atleta "com muito orgulho", da categoria internacional "por enquanto", ou, pelo menos, até emplacarem para o Brasil a primeira medalha olímpica do boxe feminino. "Com o sonho olímpico concretizado, poderemos pleitear patrocínios", ressalta a soteropolitana Érica dos Santos.

Apesar de ter sido jogadora de futebol na adolescência, o forte de Érica é, mesmo, o boxe. Dos seus 28 anos de idade, oito foram dedicados à modalidade. A lutadora coleciona importantes títulos como o tricampeonato nos campeonatos pan-americanos de 2007 e 2009, ambos no Equador, e em 2010, em Brasília.

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Bastante experiente e muito bem treinada, foi por meio do boxe que a paulista Roseli Feitosa, 23 anos, conheceu o marido, José Antônio da Silva, mestre de muay thai, com quem está casada há seis anos. Foi ele quem apresentou a ela o boxe e as artes marciais. Quando era adolescente, Roseli jogou vôlei, entretanto precisou parar de treinar a modalidade para trabalhar. Foi recepcionista, atendente de telemarketing e vendedora de roupas em loja de surf em um shopping.

Quando conheceu o boxe, Roseli trabalhava de dia e à noite concluía o ensino médio. Com as  primeiras vitórias nas competições ganhou até uma bolsa de estudos, mas precisou interromper o curso de educação física para intensificar os treinamentos. "Valeu a pena o sacrifício, porque entre os nove títulos que possuo, emplaquei de uma só vez, em 2010, o ouro no campeonato brasileiro em Recife, no pan-americano, em Brasília, e no mundial em Barbados", orgulha-se.

Já a atleta pioneira do boxe, a baiana Adriana Araújo, 30 anos, afirma estar confiante no pré-olímpico na China. Ouro no sul-americano em Medellín (Colômbia/2010), a pugilista tem mais 12 medalhas em torneios nacionais e internacionais, Drica, como é mais conhecida, lembra que dos 12 anos em que atua no boxe, os sete primeiros foram os mais difíceis. Segundo ela, foi uma época marcada por limitações financeiras e pelo preconceito, expressado no formato, principalmente, da falta de patrocínio. "Foi um período em que o esporte era amador e precisei trabalhar para meu sustento. Fui agente em uma empresa de energia elétrica, recebendo um salário mínimo", recorda-se.

Hoje, a campeã sul-americana e sete vezes pan-americana ocupa sétimo lugar no ranking mundial. "A ajuda do Bolsa-Atleta somada a minha perseverança fez com que tudo em minha vida mudasse para melhor. Dessa forma consegui manter o nível técnico e conquistar títulos importantes para o Brasil", finaliza.

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Carla Belizária
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte
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