A classificação de atletas e equipes para os Jogos Olímpicos Londres 2012 e a participação do Brasil na competição foram os principais critérios utilizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para definir a distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva às confederações em 2012.  Além do valor que cada entidade receberá, as confederações poderão dispor do Fundo Olímpico, criado pelo COB com o objetivo de atender aos projetos especiais apresentados por todas as confederações olímpicas.

A Lei Agnelo/Piva destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB (85%) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (15%). Para 2012, o COB trabalha com uma estimativa de arrecadação de R$ 145 milhões. Dos recursos recebidos, a entidade é obrigada por lei a investir 10% no esporte escolar (R$ 14,5 milhões estimados para 2012) e 5% no esporte universitário (R$ 7,25 milhões neste ano). Dos cerca de R$ 123,5 milhões restantes, R$ 60,9 milhões serão aplicados diretamente nos programas das 29 confederações olímpicas, exceto o futebol. Somando esse valor ao do Fundo Olímpico, de R$ 15,3 milhões, as confederações receberão R$ 76,2 milhões, 15% a mais que em 2011.

Os valores partem de um mínimo de R$ 900 mil anuais, como é o caso das confederações de Golfe, de Rugby e de Desportos na Neve, e atingem um teto de R$ 3,2 milhões, distribuídos a sete confederações: Atletismo, Desportos Aquáticos, Handebol, Hipismo, Judô, Vela e Vôlei.

O COB considerou ainda para a definição dos valores a análise da gestão das entidades em 2011 e os resultados de cada confederação neste ano em campeonatos mundiais e copas do mundo. Por fim, levou em consideração os atletas que estão na lista dos dez melhores do mundo e os patrocínios que as confederações receberão em 2012.

Além dos repasses, o COB investe em uma série de ações em prol do desenvolvimento das próprias confederações e dos atletas. Dos R$ 47 milhões que caberão diretamente à entidade em 2012, haverá investimentos nos projetos orientados especificamente para o treinamento e preparação de atletas e equipes; no incremento e na manutenção do Centro de Treinamento Time Brasil; na implantação do Laboratório de Ciências do Esporte; na operação do Centro Esportivo Crystal Palace, local de preparação dos atletas brasileiros antes e durante os Jogos Olímpicos Londres 2012; e na estrutura da missão brasileira em Londres (logística da operação, Vila Olímpica e aclimatação de equipes); nas atividades dos cursos de gestão e capacitação promovidos pelo Instituto Olímpico Brasileiro; e na manutenção do próprio COB.