Aldo Rebelo defende política nacional de esporte e destaca preparação de Copa e Olimpíadas

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Publicado em Quinta, 22 Dezembro 2011 19:53

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, concedeu nesta quinta-feira (22.12) entrevista coletiva para apresentar o balanço de ações em 2011 e as perspectivas do Ministério do Esporte para 2012. Em ano de Jogos Pan e Parapan-Americanos, as políticas públicas do setor tiveram grande influência, não apenas no quadro de medalhas, como também na estruturação do esporte no Brasil. Durante sua exposição, o ministro destacou o Bolsa-Atleta, a Lei de Incentivo ao Esporte e a Lei Agnelo/Piva, além de defender a formulação de uma política nacional que integre todos os participantes da comunidade esportiva. Aldo Rebelo também comentou os esforços para a organização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

A abrangência e o sucesso do programa Bolsa-Atleta se refletiram nos resultados do Pan e do Parapan, no México. No Pan-Americano, os atletas bolsistas ganharam 53 das 141 medalhas brasileiras (37%). Nos Jogos Parapan-Americanos, os bolsistas conquistaram 156 medalhas: 56 ouros, 52 pratas e 48 bronzes. No total, o Brasil conquistou 197 medalhas no Parapan e ficou em primeiro lugar. Os bolsistas foram responsáveis por 79% dos pódios brasileiros.

"A orientação da presidenta Dilma Rousseff é que ampliemos o programa para que nossos atletas se preparem para competições nacionais e internacionais. Estamos, inclusive, aprimorando o programa e analisando a possibilidade de contemplar também os corpos técnicos dos atletas", disse o ministro.

Desde a criação do Bolsa-Atleta, 14 mil atletas foram contemplados. Em 2011, são 5.338 inscritos e, para 2012, a previsão orçamentária do programa é de R$ 80 milhões.

A Lei de Incentivo ao Esporte também recebeu atenção na coletiva de imprensa. Segundo o ministro Aldo Rebelo, em 2011, por meio da lei deverão ser captados aproximadamente R$ 250 milhões. "Já foram beneficiadas cerca de 800 mil pessoas no Brasil inteiro, em 90 modalidades esportivas. Até o ano passado, foram quase R$ 430 milhões captados e mais de 1.100 empresas patrocinadoras", explicou.

Aldo Rebelo defendeu a criação de um marco legal no setor esportivo, a exemplo do que existe nas áreas de saúde e educação. "Não podemos fazer política esportiva só com convênios. Precisamos de uma política permanente e integrada, da base escolar ao alto rendimento."

Copa do Mundo
Faltando pouco mais de 900 dias para a Copa do Mundo, o governo federal tem adotado uma série de medidas para a organização do Mundial. De acordo com o ministro, a Copa é muito importante para a estruturação do Brasil. "Teremos estádios em padrão internacional. As obras de infraestrutura urbana, planejadas para a Copa, ficarão como legado para o país", afirmou.

Segundo o ministro, todos os esforços estão direcionados para a preparação da melhor edição da história do Mundial de futebol: "O governo federal está atento para viabilizar a realização da Copa. O Brasil acolhe com grande entusiasmo essa oportunidade. É um momento sublime para o esporte mundial".

Aldo Rebelo apoiou a presença nos estádios de brasileiros em situação de vulnerabilidade social e de índios. "É inadmissível uma Copa no Brasil excluir os mais pobres e que jogos em Manaus e Cuiabá, por exemplo, não contem com indígenas nas arquibancadas."

Sobre os Jogos Olímpicos de 2016, o ministro afirmou que um documento de obrigações, a Matriz de Responsabilidades, está em processo de construção. "Teremos até março para fazer isso e definir as atribuições do governo federal, estados e municípios", comentou. Ele ressaltou a importância de grandes eventos esportivos para os países-sede. "Todas as nações que sediaram Copa ou Olimpíadas tiveram melhorias em fluxo de turistas, na economia e em diversas outras áreas."

O ministro Aldo Rebelo foi acompanhado na entrevista coletiva pela coordenadora-geral de Futebol Feminino, a ex-jogadora Michael Jackson, empossada hoje; pelo secretário interino de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Joel Benin; e pelo diretor de Futebol Profissional da secretaria, Ricardo Gomyde.

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