Os atletas brasileiros medalhistas nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011, no México, foram recebidos nesta quinta-feira (24.11), no Palácio do Planalto, pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo. A presidenta destacou o número de medalhas conquistadas pelos bolsistas do Ministério do Esporte e disse que acompanhou o desempenho dos brasileiros. "Vocês mostraram que é preciso expandir o programa Bolsa-Atleta. O desempenho dos bolsistas mostra que esse investimento está no caminho certo. Isso é um estímulo no momento em que o Brasil está se preparando para receber as Paraolimpíadas em 2016 e, assim, também possamos ser vitoriosos em Londres 2012", enfatizou Dilma.

Para Aldo Rebelo, a participação da delegação brasileira é um exemplo para todos. "Nós temos muito orgulho do que vocês protagonizaram em Guadalajara. Sei que vocês têm orgulho do que fizeram, desse esforço, dessa dedicação para superar os desafios. Os atletas, além de ser um orgulho para suas famílias, são também para a comunidade e para o país. Contem com o Ministério do Esporte, com o nosso apoio e empenho", afirmou Aldo Rebelo.

O nadador André Brasil, que voltou dos Jogos com seis medalhas, compareceu à cerimônia no Palácio do Planalto com cinco delas, porque uma foi dada ao treinador, como forma de agradecimento. "Esse é um dos momentos mais importantes da minha vida e para todos aqueles que acreditam no esporte e apoiam a nossa bandeira (o esporte adaptado). O que nos fez chegar aqui e receber essa homenagem não foi a nossa deficiência, e sim a nossa eficiência", afirmou André, beneficiado do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte.

André e Daniel Dias, também bolsista da natação e que conquistou 11 medalhas, ressaltaram a recente mudança nos critérios para o recebimento do Bolsa-Atleta. "Atletas como nós, que recebemos patrocínio privado, agora podem receber auxílio do governo. Isso é uma evolução do esporte nacional e mais uma garantia que ajuda a se dedicar cada vez mais ao esporte", apontou Daniel.

O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, frisou a importância do Plano Viver sem Limites, lançado pelo governo federal na semana passada. "Sem o apoio do governo federal, não teríamos conseguido esse desempenho no México. E o lançamento desse plano foi mais uma das medalhas para o esporte paraolímpico. Para o Brasil, foi um gol de placa.". O Viver sem Limites tem quatro eixos de atuação: acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade. O programa envolve ações de 15 órgãos federais, estados e municípios.

Estiveram presentes na cerimônia 85 atletas medalhistas, o presidente do Comitê Paraolímpico Internacional (cuja sigla em inglês é IPC), o britânico Philip Craven, o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.

Hegemonia brasileira
O Parapan 2011 foi marcado pela hegemonia total dos atletas brasileiros. A delegação nacional conquistou o primeiro lugar no quadro geral, com 197 medalhas: 81 de ouro, 61 de prata e 55 de bronze. Os atletas que recebem o auxílio financeiro do programa Bolsa-Atleta foram responsáveis por 79% dos pódios brasileiros.

Os bolsistas trouxeram para casa 156 medalhas do quadro geral: 56 ouros, 52 pratas e 48 bronzes. Ao se contabilizarem as medalhas conquistadas por atleta que recebe o benefício - como na modalidade futebol de 5, por exemplo, que tinha seis bolsistas, entre jogadores titulares e reservas -, o número sobe para 201 pódios: 94 ouros, 57 pratas e 50 bronzes.

A delegação brasileira contou com a participação de 222 atletas, dos quais 162 recebem o benefício do programa do Ministério do Esporte. No México, o país repetiu o feito do Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, quando também garantiu a primeira colocação do quadro geral de medalhas.

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