O jornal O Globo, em sua edição de 25 de outubro, traz na capa a informação de que "Delator articula com 7 ONGs novas denúncias no Esporte", no mesmo dia em que o "delator" admite não haver provas contra o ministro Orlando Silva em depoimento à Polícia Federal, segundo informações do mesmo. As irregularidades apontadas pelo Ministério do Esporte obrigam o "delator" a devolver quase R$ 4 milhões. João Dias não aparece no texto como alguém de quem está sendo cobrada a devolução de recursos públicos, mas como "delator". Há uma inversão de papéis. Delator que não apresenta provas contra quem acusou, mas que faz promessas de manter um enredo nas páginas de jornais.

Orlando Silva decidiu, desde sábado (21.10), tomar as medidas administrativas cabíveis para apurar denúncias que atingiram servidores do Ministério, à época dos convênios com João Dias, após publicação de supostas gravações publicadas em revista semanal. Deu consequência a esta informação constituindo, no primeiro dia útil após sua declaração, uma Comissão de Sindicância. E, antes disso, no dia 17, pediu apuração sobre denúncia que envolveu seu nome à Procuradoria Geral da República e à Polícia Federal, abrindo seus sigilos bancário, telefônico, fiscal e de correspondência, além de ter se colocado à disposição para ir à Comissão de Ética da Presidência da República. Tomou, ainda, a iniciativa de ir à Câmara e ao Senado prestar esclarecimentos sobre o tema.

O jornal trata ainda da existência de uma "enxurrada de fatos concretos de desvios para projetos partidários ou pessoais." O Ministério baseia-se em critérios técnicos e no interesse público para a tomada de decisão. O que há de concreto é a existência de duas Tomadas de Contas, enviadas ao TCU, para reaver dinheiro público desviado, determinadas pelo Ministro Orlando Silva. Como decorrência desta determinação, registre-se a atuação do Ministério Público Federal, que resultou em Inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça.

Ascom - Ministério do Esporte