ÁUDIO E VÍDEO: em Guadalajara, Orlando Silva mostra indignação com denúncia de revista

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Publicado em Sábado, 15 Outubro 2011 17:31

O ministro do Esporte, Orlando Silva, rebateu com veemência as denúncias publicadas em reportagem da revista Veja deste sábado (15.10). Ele concedeu entrevista coletiva em Guadalajara, no México, onde participou na sexta-feira (14.10) da abertura dos Jogos Pan-Americanos. "Meu sentimento é de indignação com essas acusações levianas", disse o ministro.

Na reportagem de Veja, o policial militar João Dias Ferreira e Célio Soares Pereira, apontado como gerente de uma das academias de ginástica do próprio João Dias, denunciam desvios de verbas do Programa Segundo Tempo por um suposto esquema de corrupção no Ministério. Orlando Silva definiu as acusações como "calúnias e cortina de fumaça", em referência ao fato de o policial militar responder a processo no Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades em dois convênios do Segundo Tempo.

Por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, João Dias firmou convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte, para atendimento a crianças e jovens no Programa Segundo Tempo. "A prestação de contas mostrou que não houve cumprimento do objeto. Fizemos diligências, suspendemos os repasses e determinamos, em junho de 2010, a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU", explicou Orlando Silva. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados.

Orlando Silva pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal investigue o caso e colocou à disposição os sigilos fiscal e bancário. "Moverei ação penal contra essas duas pessoas. Desafio os personagens dessa trama farsesca a apresentar uma única prova. Não existe prova porque não existe fato. É uma ficção a trama que foi publicada. Estou indignado com acusações levianas, com mentiras, com falsidades que, infelizmente, ganham ares de veracidade em função de uma reportagem que, lamentavelmente, deu espaço para uma matéria como essa."

Audiência
O ministro lembrou que João Dias responde a inquérito, em decorrência das irregularidades nos convênios, e foi preso no ano passado. Orlando Silva afirmou ter estado com o policial militar apenas uma vez, durante uma audiência, quando exercia a função de secretário-executivo do Ministério do Esporte, e que não conhece Célio Pereira.  "O único momento em que eu encontrei o caluniador foi numa audiência, portanto numa atividade pública, no ano de 2004 ou 2005, atendendo a uma recomendação do então ministro do Esporte, Agnelo Queiroz. A pessoa que o ministro Agnelo indicou era o presidente de uma entidade esportiva no Distrito Federal  e que propunha a realização de uma parceria para a implantação do Programa Segundo Tempo. Foi a única vez que eu encontrei essa pessoa. Há referência a uma segunda pessoa que eu não faço a mínima ideia de quem seja, que em nenhum momento eu encontrei na minha vida. Portanto, considero que são acusações gravíssimas e vou reagir à altura."

Orlando Silva contou ter falado por telefone com a presidenta Dilma Rousseff neste sábado, de quem recebeu apoio e confiança. "Fiquei muito feliz de ter conversado com a presidenta. Relatei que não há verdade na denúncia, e ela me tranquilizou: 'Siga sua agenda de trabalho?".

Confira a reportagem em áudio

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