Ministério do Esporte contribui com a política de expansão das universidades federais

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Publicado em Segunda, 15 Agosto 2011 17:46

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) vai apresentar à presidenta da República, Dilma Rousseff, proposta com as diretrizes de expansão das universidades federais, a fim de monitorar a política pública do setor. Os programas de assistência estudantil foram um dos temas motivadores da realização de um seminário, este mês, em Brasília. Entre os presentes, o secretário Nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro, ministrou palestra sobre a importância do esporte na vida social e acadêmica do estudante.

Esporte nas universidades, assistência à saúde, recursos humanos e financiamento para assistência estudantil fizeram parte da pauta de assuntos abordados no encontro, que contou também com representantes do Ministério da Educação, União Nacional dos Estudantes (UNE), parlamentares e especialistas. Para o secretário-executivo da Andifes, Gustavo Balduíno, a expansão da universidade federal precisa ser criteriosa e constante: "É fundamental ouvir todos os interessados".

Wadson Ribeiro apresentou o Segundo Tempo Universitário, projeto piloto do Ministério do Esporte destinado a democratizar o acesso ao esporte.  As atividades acontecem dentro da própria universidade onde o aluno estuda, em turno diferente ao das aulas. "Ao proporcionar o esporte, aproveitamos, principalmente, o tempo daquele estudante que está na universidade, fora de seu horário de aula", explicou o secretário.

Ampliação
O deputado Gilmar Machado (PT/MG) defendeu o direito à prática esportiva. "Ele é fundamental na vida do estudante. Ajuda na saúde, na interação e na disciplina", afirmou. O parlamentar ressaltou a necessidade de ampliação do conhecimento do aluno à área esportiva, no que se refere aos programas que o Ministério do Esporte oferece e à Lei de Incentivo ao Esporte.

O diretor de Desporto da UNE, Patrique Lima, sugeriu a criação de políticas para maior acesso ao esporte. "Um aluno com alto potencial esportivo que chega à universidade não consegue se formar no período devido. Falta uma flexibilização para isso. Não podemos perder esse atleta, nem ele pode ter sua vida acadêmica prejudicada."

Raio X do aluno
A Andifes apresentou o "Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Universidades Federais Brasileiras". Foram entrevistados 22.649 estudantes de graduação presencial. O trabalho contém informações sobre classificação econômica, sexo, raça, cor, etnia, moradia, trabalho e acesso à internet, entre outros.

Cerca de 56% dos alunos utilizam o transporte público para ir à universidade; 18% vão  de bicicleta, a pé ou de carona; apenas 21% usam transporte próprio. As mulheres ocupam a maioria das vagas: 53,5%. Jovens na faixa etária de 24 anos representam 75% dos estudantes.

A casa dos pais é a moradia da maioria dos alunos: 55,5%. Quase 10% vivem em repúblicas e menos de 7% moram sozinhos. O acesso à moradia estudantil na universidade ou custeada pela instituição ainda é baixo: apenas 2,5% conseguem o benefício.

A internet é a principal fonte de informação de 70% dos estudantes. Apenas 20% utilizam telejornais. O jornal escrito, o rádio e a revista tiveram os percentuais de 3,27%, 1,10% e 0,84%, respectivamente.

Quando o assunto é saúde, 41,7% dos estudantes das classes C, D e E utilizam a rede pública de saúde. A busca por um plano de saúde ou rede particular soma 54,7%, e a maioria dos alunos é das classes A e B.

Carla Belizária
Foto: Andifes/Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte
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