Ministério do Esporte Atletas do Bolsa-Atleta estão de olho em vaga no bobsled nas Olimpíadas de Inverno
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Atletas do Bolsa-Atleta estão de olho em vaga no bobsled nas Olimpíadas de Inverno

Quatro atletas integrantes da equipe brasileira do bobsled, Edson Luques Bindilatti, Márcio Costa, Ricardo Raschini e Márcio Simões são contemplados pelo programa Bolsa-Atleta, na categoria Olímpica, recebendo ajuda mensal no valor de R$ 2,5 mil do Ministério do Esporte. A equipe encara, como o próximo desafio, a conquista de uma vaga para no XXI Jogos Olímpicos de Inverno. O evento acontece entre os dias 12 e 28 de fevereiro de 2010, na cidade Vancouver, no Canadá. Podendo chegar até 100 km/h, a modalidade consiste no uso de um trenó por equipes de dois ou quatro atletas, realizando descidas radicais cronometradas numa pista de gelo. O piloto da equipe Brasil-1, Edson Luques Bindilatti, atual campeão brasileiro da modalidade, possui experiência no quesito Olimpíadas de Inverno. O esporte que no Brasil é pouco conhecido foi representado por Edson Luques nas duas últimas edições dos jogos, em 2002 e 2006. Mesmo sem ter alcançado resultados satisfatórios, o fato de ter participado da última edição garantiu ao bobsleder a bolsa olímpica do governo federal. "Nossa equipe aposta todas as fichas na classificação para a próxima edição em Vancouver", disse confiante. Neste ano, o programa Bolsa-Atleta recebeu a solicitação de cinco esportistas para receber a ajuda financeira mensal, por meio desta modalidade. Segue abaixo, entrevista com o comandante da equipe brasileira, Edson Bindilatti. O que o Brasil precisa para conquistar a vaga para as Olimpíadas de Inverno? Edson - Na verdade, nenhuma equipe do mundo está classificada no momento. Isso porque ainda irá acontecer uma sequência de competições a partir dessa temporada prevista para o mês de outubro. Dessa temporada deve retirar os sete melhores das equipes e irão qualificar as 35 melhores. A vaga para as olimpíadas é feita de acordo com o ranking mundial. Como está à equipe brasileira? Edson - A nossa equipe mudou muito. Ela está melhor do que nas outras edições das Olimpíadas, realizadas em 2002 e 2006. Estamos mantendo uma equipe muito forte, com o pessoal do atletismo. Atualmente, eu sou o piloto e os demais integrantes estão tinindo para a próxima temporada. Qual a diferença da equipe atual para as anteriores brasileiras? Edson - Infelizmente, nas equipes de 2002 e de 2006 nossos pilotos não eram atletas. Eles pilotavam muito bem, entretanto, não tinham um treinamento físico adequado o que era uma grande dificuldade, pois a equipe perdia muito na parte inicial da corrida, conhecida como puxe, o que para pilotos comuns significa arranque. O atleta tem que empurrar e entrar no trenó e, nessa hora, perdíamos muito nesse trecho. O fato mudou. Nossa primeira temporada com a equipe nova, já nos aproximamos das equipes concorrentes mais fortes São quantas pessoas no trenó? Edson - O bobsled tem duas categorias. O trenó de dois e o trenó de quatro atletas. Tanto que nesse ano eu fui campeão brasileiro nas duas categorias. Com isso, fomos elogiados por vários técnicos de outras equipes do exterior. Com o desempenho, estamos concentrados e determinados na busca pela a classificar para os Jogos Olímpicos. Qual é a próxima competição que vocês irão participar visando as olimpíadas? Edson - O calendário ainda não saiu. A princípio, nosso técnico está conversando com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), para irmos aos Estados Unidos. Pretendemos viajar no mês de agosto para os EUA treinar o puxe.Estamos nos programando para realizar treinamentos em Salt Lake City e, logo depois, iremos ao Canadá onde participaremos de competições. Então o próximo treinamento será em agosto? Edson - A minha idéia é conseguir algum parceiro, para ajudar com as passagens para a viagem em junho, dos Estados Unidos ou Canadá. Meu pensamento é treinar o inglês. Como sou o piloto, eu tenho que andar muito nas pistas com os técnicos estrangeiros e preciso mais que nunca facilitar essa comunicação. Eu já compreendo várias expressões técnicas da língua inglesa, mas acredito que isso não seja suficiente. Tenho que avançar nesse processo de comunicação para que mais tarde ela não seja um empecilho na hora de superar metas dentro no esporte. Quero estar preparado quando os outros atletas da equipe brasileira chegarem para o treinamento. Como é composta a delegação brasileira de bobsled? Edson - O Brasil tem a equipe-1 e a equipe-2. Eu sou do Brasil-1, porque sou o atual campeão brasileiro. Já Márcio da Costa Silva, que é bolsista do Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte, pelo bobsled, é o comandante da equipe 2. Quem integra a equipe Brasil-1? Edson - Na dupla, sou eu e o Marcio Simões. Temos, como reserva da equipe, o Sergio Muniz. No bobsled de quatro, a equipe titular é integrada por nós três juntamente com o Odirlei Pessoni. Temos como reserva os bolsistas Márcio Silva e Ricardo Raschini. E a equipe Brasil-2? Edson - É composta pelos titulares Marcio da Costa Silva e Jonathan Viera. Flávio Cruz fica na reserva. Como foi a entrada dos atletas de atletismo? Edson - Eles vieram para somar. Eu sou do atletismo também, eu faço o decatlon. Com a minha experiência consegui analisar atletas legais. O desempenho físico deles regado a força e velocidade foi o que mais pesou na escolha e é o que a gente precisa. Em nosso esporte o que conta muito é a arrancada. Quanto menor o tempo você tiver na arrancada - considerando é claro, a qualidade do trenó e das laminas que deslizam no gelo - mais rápido vai chegar. Nos Estados Unidos e na Europa o bobsled utiliza muitos os esportistas do atletismo, principalmente porque detêm força e explosão muscular, características que considero como a base do esporte. Qual é a função do piloto? Edson - O piloto tem que prestar atenção em muitos detalhes. Depois que entramos no trenó, tudo depende do piloto porque os demais atletas ficam de cabeça baixa obedecendo ao comando para facilitar e agilizar a descida. Assim, você tem que saber o momento certo de entrar nas curvas, de se manter nelas e de sair delas. Existe todo trabalho técnico ao redor do piloto. E a equipe brasileira conseguiu casar isso. Agora é só lapidar. O bobsled não é difundido no Brasil. Como vocês encaram essa realidade? Edson - Eu sempre dou o exemplo da ginástica olímpica. Antes, as pessoas diziam que ninguém praticava a ginástica olímpica. Hoje temos o Diego Hypólito, Daiane dos Santos e a Jade Barbosa. O trabalho é em longo prazo. Foi uma batalha árdua que demorou a popularizar. Atualmente, a realidade é outra. O Brasil se superou graças ao bom desempenho dos ginastas nacionais que mostraram talento, difundiram a modalidade e sagraram-se campões mundiais. Agora só depende da gente. Fazer algum resultado expressivo para que as pessoas comecem a conhecer e ver o nosso potencial. Assim, teremos condições de formar outras equipes e discípulos do esporte levando para lá fora o nome do bobsled brasileiro. Essa é a nossa meta! Como você começou no esporte? Edson - Eu sou um dos pioneiros na modalidade. Participei da primeira olimpíada de inverno em 2002. E, infelizmente, ficou gravado na mente das pessoas, o nosso tombo em 2006. Queremos tirar esta imagem da equipe brasileira. Por isso estamos dedicando o máximo e buscando mais apoio da iniciativa privada. Qual é o papel do programa Bolsa-Atleta para prática e evolução do bobsled no Brasil? Edson - A nossa equipe só tem a agradecer ao Bolsa-Atleta. Foi graças a essa ajuda financeira que a manutenção dos atletas foi assegurada. O benefício está sendo muito importante para o desempenho esportivo porque temos mais tempo e respaldo econômico para viver do esporte. Podemos brigar de igual para igual com os outros países que têm tradição no esporte. Breno Barros Ascom - Ministério do Esporte

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